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História Ruthless - É a minha natureza!


Escrita por: TiaClara e AnneCGB

Notas do Autor


Oi amores, a linda da tia Clara chegou e como a gostosa da Anne disse estava com muita saudadeeee.
Vamos lá, vocês estão gostando de Ruthless? Porque a queda em comentários então? ;´(
Está acontecendo que a história está evoluindo e os leitores sumindo, sei que é difícil todos comentarem, mas poxa nem a metade!
Tivemos nossas férias por problemas pessoais e também por que merecíamos concordam?
mas somos comprometidas, mesmo que com problemas estamos em dia com vocês, e esperamos um retorno nem que seja um simples continua que tanto amamos, isso significa que estão gostando, não queremos números em favoritos e sim saber que leem de verdade e se gostam ou não.
tínhamos leitores fieis que sumiram =(
Vamos fazer as tias sorrirem e comentar muuittooo
E se não melhorar reduziremos para um capítulo na semana.
Sem delongas e até quarta
kisses de caramelo da Tia Clara

Capítulo 16 - É a minha natureza!


Fanfic / Fanfiction Ruthless - É a minha natureza!

Pov Carmem:

                O encontro com Liam me deixou abalada, mas eu precisava reagir, ele precisava saber que aquela Carmem que aceitava tudo que se sujeitava ao monstro que ele era, essa Carmem não existe mais, ela morreu com tudo o que eu sentia por ele, eu me pergunto como uma pessoa pode ser tão traiçoeira, tão desprezível, tão falsa como Liam, eu o amei, o amei com todas as forças nossa história parecia um conto de fadas, eu estava completamente desolada quando conheci Liam ou achei que conheci já que depois ele se revelou um monstro, eu tinha acabado de perder o meu pai e minha mãe em um acidente, nunca tive irmãos, e nunca precisei trabalhar, arrumei um emprego como garçonete e lá conheci Liam, com seu charme incrível, em pouco tempo estávamos apaixonados, quando ele conseguiu me levar para cama e se certificou que eu era virgem e ele era o meu primeiro homem, vi seus olhos lindos brilharem e me pedirem em casamento, alegando que queria ser o único homem da minha vida, depois veio Dakota, e Liam era um pai brilhante, ele vivia para ela, só que mais importante que a família era o poder, e por conta dessa ambição descontrolada ele sacrificou muitas coisas, inclusive a gente.

                Eu precisava contar para Ethan, ele precisava saber que Liam sabia que eu estava viva, e jurou que eu me arrependeria, Liam pode estar seguindo os meus passos, e se ainda não sabe sobre a gravidez da Dakota, não vai demorar muito para que descubra e eu preciso que Ethan esteja preparado, mas não quero preocupar Dakota, ela já está preocupada demais e tensa com a situação do Ruan e essa possibilidade dele ser ou não o escorpião, é como se o mundo dela estivesse desabando de novo, primeiro o pai que não era nada do que ela pensava, depois um dos melhores amigos, eu não quero deixar minha filha mais nervosa, eu não posso deixar isso pode fazer mal ao bebê.

                Peguei minha bolsa, e pedi dispensa das aulas que daria hoje, não teria cabeça mesmo para trabalhar, eu sabia que Dakota estava em casa, pois os enjôos por conta da gravidez estavam fortes, então ela estava trabalhando de casa, peguei meu carro, sempre tomando cuidado para notar se não estava sendo seguida ou vigiada por alguém, cheguei até a empresa do Ethan, e como minhas visitas eram comuns, por conta de Dakota, não precisamos de formalidades, os seguranças liberaram minha entrada e eu segui direto para o último andar onde ficava a sala da presidência, mal sai do elevador, recebi um sorriso amigável da secretária bondosa do Ethan, ela era um amor além de muito eficiente, Dakota que escolher, segundo ela a secretária antiga era uma vadia que Ethan já havia levado para cama algumas vezes, sorri ao me lembrar da forma agressiva como ela falou.

-A senhora deseja falar com o senhor Fontaine, certo?- A secretária perguntou para confirmar.

-Sim por favor- Eu respondi paciente, mas por dentro tremendo, eu sabia que Ethan explodiria com a possibilidade real de Liam estar por perto ainda mais agora, que Dakota já havia chegado ao seu sétimo mês de gestação, e estava na reta final.

-O senhor Fontaine está finalizando uma reunião com um dos acionistas, daqui a pouco termina, é muito urgente ou a senhora vai aguardar?- Ela perguntou para mim.

-Eu aguardo- Eu disse me dirigindo ao filtro onde peguei um copo de água para me dar mais “coragem”.

                Esperei o que pareceu cerca de dez minutos, então finalmente Ethan levou o acionista até a porta e me viu, sua expressão que estampava um sorriso de satisfação foi substituído por um de preocupação.

-Aconteceu algo com a Dakota?- Ele perguntou nervoso, esquecendo completamente do acionista.

-Não Ethan, calma tenho que conversar com você apenas- Eu disse me mantendo calma, eu tinha que estar calma para deixar ele explodir sozinho e conseguir controlar a fúria de Ethan Fontaine, ele se despediu do acionista um pouco mais calmo e me guiou para sua sala.

-Então a que devo a honra da visita, da minha sogra preferida?- Ele perguntou sorrindo e eu me permiti rir.

-Que eu saiba sou sua única sogra- Eu disse fingindo estar ofendida.

-Deixe Dakota saber disso- Eu completei rindo e ele me acompanhou.

-Não, por favor é capaz dela me capar- Ele disse e eu gargalhei.

-Ainda bem que você sabe- Eu disse e depois fiquei séria de novo.

-Algo me diz que sua visita não é muito amigável- Ele falou, percebendo minha expressão.

-Não, não é- Eu disse mais aflita.

-Hoje quando cheguei para dar aula, Liam me abordou no estacionamento, ele sabe que eu estou viva e seguiu meus passos, é uma questão de tempo para que ele saiba sobre a gravidez da Dakota, e eu temo o que ele pode fazer- Eu disse aflita e Ethan socou a mesa, me fazendo sobressaltar.

-Ele vai descobrir sobre a gravidez dela, cedo ou tarde, a festa da empresa está se aproximando e lá saberemos o sexo e eu farei o anúncio oficial, então é tudo uma questão de tempo, eu só espero que ele não tente atravessar meu caminho, quando ele fez isso na primeira vez eu era uma criança eu não sabia nada da vida, agora eu sou um homem e serei pai, se ele ousar mexer com a minha família ele vai ter que arcar com as conseqüências.- Ethan falou com uma expressão sombria.

-Acho que por hora é melhor que Dakota não saiba de nada, ele está muito estressada e também está louca com os preparativos da festa, quer que tudo saí bem, não acho prudente falar agora- Eu disse de cabeça baixa.

-Tudo bem, eu concordo em não falarmos, acho que é melhor mesmo, porém vou dobrar sua segurança sem que ela perceba e vou dobrar a segurança na minha casa também, eu não quero que Liam tenha qualquer chance de se aproximar, acho prudente que você aceite pelo menos três seguranças meus.- Ethan falou e eu sorri.

-Agradeço a preocupação, mas não acho que seja necessário- Eu disse de forma simples.

-Amélia por favor eu insisto- Ele tentou mais uma vez.

-Tudo bem, mas não quero me sentir vigiada- Eu disse e ele assentiu.

-Você nem vai saber que eles estão por perto- Ele disse e eu sorri.

-Tudo bem, agora vou ver minha filha, não vi Logan desde a hora em que cheguei- Eu falei observando a ausência de Logan que trabalhava no mesmo andar que meu genro.

-Ele e Vanessa foram saber o sexo do neném deles- Ethan falou e eu assenti.

-Pelo visto só eu que não sei o sexo do meu- Ethan falou dramático.

-Calma Fontaine, logo você vai saber- Eu disse e me despedi dele, voltando para casa.

 

Pov Logan:

                Estávamos eu, Miguel e Vanessa na sala de espera, aguardando a vez que Vanessa faria a ultra, Miguel não ficava parado um segundo, mas quisemos trazer ele mesmo assim, não queríamos que ele se sentisse excluído em nada, principalmente com a chegada do novo irmão, Miguel estava com quase três anos.

-Filho por que você não para um minutinho?- Vanessa falou paciente.

-Vamos brincar papai- Foi o que ele disse em resposta, sorri ele era muito agitado, as vezes chegava em casa cansado do trabalho e mesmo assim não conseguia resistir ao seu lindo rostinho e seu sorriso encantador eu poderia até estar muito cansado, mas ainda encontrava forças para brincar com o meu filho, depois de um tempo ele sentou cansado, percebi Vanessa um pouco distante.

-Está pensando no Ruan?- Eu perguntei, sabia que isso tinha afetado minha esposa.

-Sabe Logan, sempre fomos muito amigos, Ruan chegou por último, mas sempre demonstrou ser um grande amigo, se for ele mesmo é uma grande traição, e o pior é que aquele sorriso debochado no final, me causou arrepios, eu nunca pensei que isso aconteceria, parece que todos esses anos de amizade foram uma mentira.- Ela falou um pouco decepcionada.

-Não fica assim amor, não foi uma mentira total, pode ter sido mentira da parte dele, mas de vocês não foi, vocês foram amigos, leais, se ele não foi isso não torna tudo uma mentira, isso torna ele um mentiroso- Eu disse dando um beijo calmo em seus lábios.

-Você sempre sabe o que dizer – Ela disse sorrindo e me dando mais um beijo, até que uma mão pequena nos afastou.

-Não beija a minha mamãe, ela é minha não sua.- Miguel falou nos fazendo rir.

-Sua? Garoto você mal saiu das fraldas, essa mulher aqui é minha, pode até ser nossa, mas só sua jamais, vai arrumar uma para você- Eu disse e Vanessa me deu uma cotovelada.

-Meu filho ainda está muito novo para namorar- Ela falou emburrada.

-E ele é da mamãe- Ela completou passando as mãos pelos cabelos dele, eu sorri com a cena.

-E como está  Alex? – Eu perguntei depois de alguns minutos em silêncio.

-De vocês ele era o mais próximo do Ruan- Eu completei.

-Eu falei com ele, que tentou a todo custo ligar para o Ruan, chegou a ir na casa dele e ele não quis atender ou falar com ninguém- Vanessa falou com o semblante triste.

-E isso para vocês quer dizer alguma coisa certo?- Eu perguntei e ela assentiu.

-Se ele não é culpado, por que então não tentou se explicar, não lutou para provar, se isolou e nem com o Alex quis falar? E o pior de tudo é que Alex está se sentindo culpado, pois as atitudes de Ruan tanto no jantar como depois foram suspeitas, Alex confessou que sempre achou que Ruan tinha uma certa queda pela Dakota, mas como todos éramos muito amigos, ele nunca levou para um outro lado, Alex está muito mal.- Ela falou deixando uma lágrima solitária escapar pelos seus olhos.

- Não fica assim meu amor, não é momento para isso, estamos aqui, para saber o sexo do nosso bebê, é um momento feliz, vocês não perderam nada, se livraram, já Ruan perdeu grandes amizades, Alex daqui a pouco cola com um rabo de saia e volta ao normal- Eu disse rindo e ela me acompanhou.

-Por falar em rabo de saia, e essa tal de Lucy, Dakota falou que ela chegou cheia de amor para cima do Ethan, eu espero não me aborrecer- Vanessa falou firme.

-Lucy é uma amiga do orfanato, cresceu comigo e com o Ethan e nunca tivemos nada é só amizade mesmo, você e Dakota não tem motivos para sentir ciúmes- Eu disse ela suavizou a expressão.

-Eu posso até não ter ciúmes, mas a Dakota acho bem difícil- Ela disse rindo.

- Ethan vai cortar um dobrado- Eu disse e Miguel me olhou.

-Meu padrinho vai cortar o que?- Ele perguntou sem entender e eu e Vanessa gargalhamos.

-Nada meu filho, esquece- Eu disse rindo e ele deu de ombros, não demorou muito e a médica nos chamou, peguei Miguel no colo e fomos até a sala, Vanessa colocou aquelas camisolas e deitou na cama, a médica que estava acompanhando a gravidez da Vanessa agora, era a mesma que acompanhou quando ela estava grávida de Miguel.

-Então Miguel, será que você vai ter uma irmãzinha ou um irmãozinho?- Ela perguntou e Miguel bateu palmas.

-Irmãozinho- Ele disse contente.

-Vamos saber agora- Ela disse passando o gel na barriga da Vanessa, então ela começou o exame, a máquina estava percorrendo a barriga da Vanessa, até que finalmente a vi o sorriso da médica.

-Acho que o Miguel estava certo, parabéns mamãe e papai tem outro menino vindo aí- A médica disse e eu olhei emocionado para Vanessa que já deixava lágrimas rolarem.

-A mamãe queria uma menina?- A médica perguntou.

-Não, na verdade eu acho que nasci para ser mãe de menino para estar cercada pelos homens da minha vida que cuidam de mim- Ela disse olhando carinhosamente para mim e para Miguel.

-Mas ainda podemos engravida mais umas três ou quatro vezes- Eu disse e Vanessa arregalou os olhos.

-Não senhor, depois desse fecharei a fábrica.- Vanessa disse e eu fiz bico.

-Poxa, Dakota também quer dois, se tivermos mais um já passamos do Ethan- Eu disse e Vanessa riu.

-Logan isso não é uma competição para ver quem tem mais filhos- Vanessa falou como se fosse óbvio enquanto a médica ria.

 

(...)

Pov Ruan:

                Eu estava na minha casa, em meio a papeis e fotos, a doce Dakota, você precisa me ouvir, você precisa saber.

                Saí do meu apartamento decidido a falar com a Dakota, eu sabia muito bem que ela estava resolvendo os últimos detalhes da festa da empresa do Ethan, então eu aproveitaria que ela não estaria em casa o que significava que ela não estaria naquela fortaleza e eu teria mais acesso para falar com ela, peguei meu carro e segui até a porta do condomínio do Ethan, vi quando Dakota saiu com o motorista e os seguranças atrás, era esse o momento, liguei o carro e comecei a seguir de forma que não parecesse de fato isso, assim que ela saísse do carro eu tentaria falar com ela.

                Fiquei com meu carro em movimento, cerca de trinta minutos, finalmente o dela parou e eu parei em seguida, assim que ela colocou os pés para fora, eu saí do meu carro.

-Dakota- Eu gritei e ela me olhou assustada.

-Precisamos conversar- Eu disse nervoso e um dos seguranças dela ficou na sua frente.

-Você precisa me ouvir, precisa entender- Eu disse ainda mais nervoso, e soquei o carro em que ela estava fazendo ela se sobressaltar.

-Fica calmo Ruan, não posso falar com você assim, por que fez isso?- Ela perguntei decepcionada.

-Eu confiei em você, todos nós confiamos e olha o que você fez- Ela falou exasperada.

-Me deixe explicar, você precisa me ouvir, você precisa entender- Eu falei e um outro segurança me empurrou me afastando ainda mais dela.

-Você vai se arrepender por não ter me escutado Dakota, você vai se arrepender por isso, todos vocês vão- Eu disse e voltei para o meu carro.

 

(...)

Pov Dakota:

                Depois do encontro com Ruan, assim que os seguranças afastaram ele, eu pedi para que ligassem para Ethan e para a minha mãe, minha mãe tinha passado mais cedo na minha casa, mas depois foi para a sua e eu vim para o salão onde aconteceria a festa da empresa do Ethan, os seguranças fizeram o que falei, em menos de trinta minutos Ethan chegou ofegante, me medindo da cabeça aos pés, em seguida chegou minha mãe, eu fiquei abraçada a Ethan chorando, mais uma vez a vida me mostrou que uma pessoa não era nada daquilo que eu imaginava, mais uma vez eu me enganei, mais uma vez eu me decepcionei.

-Já passou meu amor, ele nunca mais vai se aproximar de você eu prometo- Ethan falou me apertando forte.

-Como ele pode ter mentido para mim, para Alex, para Vanessa como alguém pode ser assim?- Eu perguntei exasperada.

-Dakota minha filha, não se torture mais por isso, pelos menos agora vocês sabem da verdade, sabem com quem vocês estão lidando, não creio que Ruan será maluco o suficiente para aparecer de novo, e se aparecer vocês podem chamar a polícia- Minha mãe falou acariciando meus cabelos.

-Você não entende mãe, não é mais o medo que Ruan possa fazer algo de ruim comigo, é a decepção essa dor palavra bonita nenhuma vai poder me livrar agora- Eu disse deixando as lágrimas rolarem pelo meu rosto, eu me permitir desabar e chorar toda a dor que eu estava sentindo naquele momento, e graças a Deus, minha mãe e Ethan respeitaram minha dor, e apenas me deram apoio me deixando chorar e extravasar toda a frustração que eu estava sentindo naquela hora, todos os momentos que eu vivi com Ruan que não passaram de mentiras.

 

(...)

Dois dias depois:

                Finalmente chegou o dia da festa, algumas coisas aconteceram nesses dois dias depois do meu péssimo “encontro” com Ruan, soubemos que ele tinha saído do seu apartamento e não fazíamos idéia de para onde ele havia ido, mas descartamos ter sido uma mudança pois o porteiro disse que ele saiu sem qualquer mala, Alex ficou mal, e me pediu assim como pediu para Ethan desculpas, mesmo ele não tendo culpa de nada, ele não sabia que Ruan faria isso, ele não tinha como saber, a verdade é que Alex era tão vítima quanto eu e Vanessa, mas ele estava se recuperando, Vanessa e eu ficamos bem tristes, mas tratamos de reverter a situação, não é bom que grávidas fiquem tão tristes, eu já sabia o sexo do neném da Vanessa, o que só estava aumentando a minha curiosidade e ansiedade para saber o sexo do meu neném, mas isso iria acabar hoje, o grande dia da festa chegou, a gesta da empresa do Ethan, era um dos acontecimentos mais esperados da sociedade de Orlando, estava tudo certo a lista de convidados que foi modificada por último também já estava pronta, saiu Ruan e entrou Lucy para o meu desgosto, eu ainda não gostava nada da aproximação dela com Ethan, Vanessa insistia em dizer que não tinha nada a ver, pode ser os hormônios mas essa tal de Lucy ainda não estava descendo na minha garganta.

                Saí do meu banho, Ethan já estava pronto e arrumado me esperando lá em baixo, eu queria me arrumar com tranqüilidade, fora que eu queria que tudo fosse surpresa para Ethan, meu vestido era verde e Logan, soltinho mas bem marcado no busto com pedras em tom de verde e prata, nos pés eu estava com um salto prata porém bem confortável, o vestido dispensava o uso do colar, então me limitei a colocar um belo par de brincos longos, e uma bracelete, meus cabelos estavam jogados para o lado, com leves cachos nas pontos, dando um volume lindo neles, coloquei uma maquiagem mais leve, mas fiz questão de marcar com um delineador, e um batom vermelho para finalizar, passei duas borrifadas do único perfume que eu ainda não havia enjoado e finalmente estava pronta.

                Assim que apontei na escada, antes que eu pudesse descer, Ethan subiu correndo e agarrou minhas mãos.

-Como isso é possível?- Ele perguntou e eu a olhei sem entender.

-Como é possível você ficar mais linda a cada dia?- Ele perguntou me olhando com intensidade e eu sorri.

-Agora me da a mão bola, que eu não quero que você role essas escadas-  Ele disse debochado e eu rolei os olhos, não ia adiantar mandar ele parar de me chamar de bola, pois ele continuaria a fazer isso.

                Descemos com cuidado, peguei a minha Ferrari e seguimos para a festa, mal entramos e vários cliques de fotos foram feitos, perguntas como “ para quando seria o herdeiro Fontaine” “Qual era o sexo”.

                Por falar em sexo do bebê, era com essa revelação que abriríamos a festa.

Depois que cumprimentamos todos os convidados, nos dirigimos para onde um grande bolo branco estava, em cima do bolo estava dois sapatinhos um rosa e outro azul, Ethan chamou a atenção de todos e disse:

-Agradeço a presença de todos, principalmente nesse momento tão especial, onde eu irei descobrir o sexo do meu primeiro filho, meu primeiro herdeiro, fico muito feliz de poder compartilhar esse momento emocionante em nossas vidas com vocês, e agora sem mais espera pois eu quase não consegui dormir de tamanha agitação eu vou cortar o bolo, se a massa dele for azul significa um menino se for rosa uma menina.- Ethan falou e todos se calaram em expectativa, um garçom nos trouxe a espátula que pegamos juntos para cortar o bolo, contamos até três e cortamos, puxando a fatia, que exibia uma linda massa azul.

-É um menino!- Ethan falou animado, vibrando enquanto minha mãe sorria toda boba, por já saber, e eu deixava lágrimas grossas rolarem pelos meus olhos, Ethan me abraçou e me deu um beijo cheio de carinho.

-Nunca vão existir palavras suficiente, que eu possa usar para agradecer a você o tamanho desse presente, meu amor –Ele disse e eu o beijei.

-Faço das suas palavras minhas, eu estou muito feliz com o começo da nossa família.- Eu disse abraçando ele.

-Quando vamos providenciar o próximo- Ele perguntou animado.

-Ethan meu amor, esse nem nasceu e você já está pensando no próximo? Se acalma meu amor- Eu disse e ele gargalhou.

                A festa seguiu bem, até a chegada da Lucy que veio nos cumprimentar e felicitar.

-Fico feliz por vocês, Dakota Ethan sempre quis ser pai- Ela disse de forma simpática.

-Eu fico muito feliz de ser eu a mãe do filho dele- Eu falei frisando bem a palavra eu, ela terminou de nos cumprimentar e seguiu até Logan e Vanessa, que já haviam feito festa com a gente dizendo que os meninos dominariam o mundo, então eu deixei claro que tinha certeza que na minha próxima gravidez viria uma menina.

                A festa estava indo super bem, claro que eu estava com os meus olhos bem abertos com a Lucy e toda vez que ela se aproximava do Ethan eu chegava perto também, Alex chegou atrasado como sempre,  mas já estava sabendo do sexo do neném, segundo ele já havia virado notícia em todos os sites de fofoca, então como ele vivia com a cara no celular já sabia e já chegou fazendo festa, por ter outro menino vindo, era uma eterna criança, mal ele chegou e eu notei seus olhares para Lucy, e para o meu alívio ela estava correspondendo aos olhares, foi quando tive a brilhante idéia de apresentar os dois.

-Vem comigo Alex, vou te garantir sua noite.-  Eu disse e ele me olhou animado.

- Com licença- Eu pedi me aproximando de Lucy que estava conversando com algumas pessoas.

-Lucy- Eu chamei e ela se aproximou de mim.

-Lucy esse é meu grande amigo Alex, Alex essa é uma velha amiga do Ethan Lucy- Eu apresentei e Lucy sorriu.

-Muito prazer- Ela falou.

-Prazer ainda não, isso só na cama- Alex falou e ela sorriu sem timidez, dando espaço para ele.

-Vejo que vocês estão se entendendo, vou atrás do Ethan- Eu falei deixando os dois conversarem, e já pareciam se entender bem e fui até Ethan, que sorria olhando a cena.

-Espero que agora pare com seus ciúmes bobos e sem fundamentos- Ethan falou me enlaçando pela cintura.

-Eu tenho um homem muito gostoso ao meu lado, eu preciso ser ciumenta- Eu disse abraçando seu pescoço.

-Então agora você me entende, é complicado ter uma mulher gostosa- Ele disse e me beijou.

A festa estava ocorrendo muito bem, tudo muito lindo, ganhei tantas coisas para o meu filho, ele seria muito paparicado no que dependesse dos amigos mais íntimos e família.

-Amiga agora serão os três mosqueteiros, o meu Miguel, o meu pequeno Matheus e o seu filho, já escolheram o nome de seu filho? – Vanessa me perguntou como se fosse uma atrocidade eu não ter um nome em mente ainda.

-Minha querida amiga não se esqueça que soube o sexo do meu filho horas atrás, mas de hoje não passa.

Estávamos conversando quando Vanessa começou a rir muito alto olhando por cima de meus ombros.

-Alex não perde tempo mesmo, olha isso- Ela disse entre gargalhadas, olhei para onde a mesma olhava e vi Alex beijando a Lucy com muito gosto, e pelo jeito ele estava gostando, pois deu a mão para ela e saíram sem serem notados, esse aí não vejo tão cedo agora, provavelmente só amanhã.

Comecei a ouvir alguns gritos do lado de fora, começando a chamar atenção até mesmo de alguns convidados, o que estava acontecendo lá fora?

Um segurança entrou e falou algo no ouvido do Ethan que apertou as mãos em punhos e me olhou, na mesma hora senti as mãos da minha mãe em meu ombro e a olhei.

-Seu pai está em frente aos portões gritando aos quatro ventos que quer te ver, ele disse que sabe que será avô.

Vi Ethan saindo acompanhado e pedindo os convidados que seguissem normalmente com a festa, fui atrás dele correndo.

-Dakota não- Minha mãe tentou me parar o que foi em vão pois já estava na entrada da porta principal que dava acesso a saída da casa, Ethan olhou para trás e juro que vi uma nuvem negra, talvez até uma áurea ruim, por um momento parei.

-Você não se atreva a sair dessa festa Dakota, me obedeça pelo menos dessa vez.

Eu queria bater de frente com ele, mas o seu olhar escuro, o seu rosto endurecido, seus punhos travados e tremendo, aquele não seria o momento, minha mãe me levou para dentro e ele continuou a descer as escadas.

Pov Ethan

Esse homem só podia estar brincando comigo, como ousa vir em minha casa, em um dia tão especial como esse e para me afrontar e ainda exigir  falar com a MINHA MULHER? Foda- se que é o pai dela, só serviu para gozar na Amélia que é maravilhosa e gerar esse ser lindo, calmo, que se dar aos amigos, humilde que é minha mulher, nunca pensei em desejar a morte de alguém e ainda matar com minhas próprias mãos como desejo a morte de Liam Stoel.

- O que quer em minha casa Liam?

- Não é você que vim ver, vim ver minha filha e exijo falar com ela imediatamente.

Mantive a calma, não poderia dar uma porrada nesse homem mesmo desejando isso a anos, mas estava na festa que Dakota organizou com tanto zelo e amor, e era algo para o meu filho e não começaria errando com ele estragando seus momentos.

-Liam- Usei todo o desprezo na entonação de seu nome – pelo que eu saiba Dakota já é uma mulher, adulta e não é obrigada a conversar com você como ordena se ela não quiser, então lhe peço com educação que se retire dessa casa ou terei que envolver a polícia no meio e acho que não queremos isso, não é mesmo, até porque você  é chefe na Interpol.

- Já sei que ela está gravida e vim até aqui para impedir que ela tenha essa coisa que chamam de filho

Quando ele disso isso atravessei o portão e agarrei a gola de sua camisa.

-Nunca mais fale essa besteira, nunca mais ameace a vida do meu filho novamente,  nunca mais ouse chegar perto dessa casa, nunca mais se aproxime da minha mulher e nem da mãe dela, você mexeu comigo quando eu era uma criança, mas agora sou um homem e não tenho medo de você, seu resto de aborto, acredite o dia que te pegar não terei pena de você, serei cruel, quando bateu na minha Dakota, quando a sequestrou, lembra que colocou fogo nos corpos de meus pais, pois então,  eu farei diferente eu colocarei fogo em você vivo e farei questão de apagar e colocar de novo, não mexa com a minha mulher, nem mesmo pense em chegar perto dela e do meu filho, mas hoje é dia de festa, e ao contrário de você eu ambiciono só sorrisos da Dakota.

Vi ele engolindo a seco, mas a pose de durão estava intacta.

-Você vai se arrepender de ter colocado os olhos em cima da minha filha, ter colocada essas garras nelas, ela é minha menina, ela é a minha doce Dakota, e acredite quando digo que ela ficará comigo, somente ela e mais ninguém.

Ele se soltou de mim, desamarrotou a camisa e foi em direção a aquela carroça que chama de carro, mas não antes de olhar para trás e sorrir debochado.

Entrei em casa e fui para a cozinha onde Dakota comia um pedaço generoso de bolo, coloquei um sorriso no rosto, ela não tem culpa de nada, não é porque é filha daquele monstro que preciso assemelhar ao mesmo.

-Oi bola, igual formiguinha aí no bolo me dá um pedaço? - Disse beijando o topo de sua cabeça

-De jeito nenhum, pegue para você, amo doce!

-Nem percebi- Peguei a colher dela e levei na boca  ganhando um olhar mortal, mas só dei de ombros e rir quando ela colocou um pedaço maior que estava no prato alegando que era para compensar o que eu tinha comido

-Gulosa

Ela revirou os olhos deu de ombros voltando a comer.

- O que meu pai queria?

Vi que a mãe dela também me olhou, não estragaria a noite dela, falando as terríveis palavras que saiu da boca daquele ser, ela já estava de sete meses, não causaria essa dor a minha menina e a mãe sabia que iria a poupar de algo tão desagradável.

-Só soube de sua gravidez, mas o mandei embora ele não rendeu assunto

-Sem ameaças? Finjo que acredito Ethan

-Ele sabe onde e quando puxar uma briga amor, não se preocupe com isso, ele sabe que a casa tinha muitos seguranças e ainda convidados e se chamassem a polícia, ele sendo quem é na Interpol e tudo que faz por debaixo dos panos, não poderia facilitar

Ela me encarou e suavizou a expressão, não queria mentir, mas ela não pode saber, não em seu estado.

- É, pode ser que tenha razão Ethan.

 A Festa ocorreu como se nada tivesse acontecido eram duas da manhã quando os últimos convidados estavam saindo, fui para o meu quarto onde Dakota já saia enrolada em sua toalha, após ter tomado o banho que ela tanto queria, vi ela olhando suas camisolas e logo sorrindo para mim, sabia o que ela iria fazer e foi exatamente o que pensei ela pegou uma das minhas camisas de algodão e a vestiu se jogando na cama, entrei no banheiro e tomei uma ducha consideravelmente rápida, vestindo uma calça de moletom preta e voltando para o quarto ligando o ar condicionado e deitando perto da minha mulher e a mesma já começava a ressonar, fechei os olhos deixando o sono tomar conta do meu corpo.

(...)

Acordei com Dakota me cutucando, mas fingir que não percebi ela me chamar, abri um pouco meu olho vendo o relógio sobre o criado-mudo sendo apenas três e dezoito da manhã, dormimos um pouco mais de uma hora.

-Fontaine sei que está acordado, me dá atenção amor estou tão sozinha e não consigo dormir.

Percebi sua voz chorava, e virei para seu lado  constando o que havia percebido ela estava com olhos lacrimejando.

-Merda de hormônios da gravidez, porque estou chorando mesmo?

Ela disse entre lagrimas e risos, o que me fez rir um pouco, recebendo um tapa na cabeça.

-Não ria de mim, é horrível mudar de humor do nada, sem saber de fato o que se passa, viu.

-Desculpe bola, não fiz por mal, mas adoro acompanhar cada mudança em você.

Ela sorriu.

-Não está com sono?

-Sim

-Então porque não dorme, vem te faço carinho até o sono te pegar.

-Mas não quero dormir, estou com fome!

Levantei minha cabeça espantado, e procurei olhar para ela e ver se tinha brincadeira em seus olhos se ela estava brincando, mas a mesma estava com uma careta.

-Dakota isso é sério? Você jantou com os convidados, comeu um monte de doce, dois pedaços enormes de bolo e fora os petiscos antes do jantar que lambiscou que eu vi mocinha.

- Vai me controlar agora?- Ela perguntou de cara fechada

-Não, por mim que coma o que quiser, mas porra, tem certeza que só tem um filho aí dentro?

Ela riu.

- Quero sorvete na tigela, vamos lá na cozinha comigo Ethan.

Levantei com ela, e ela veio descalça rindo atrás de mim.

- Estou começando a reconsiderar a ideia de ter cinco filhos com você, não sei o que é um sono descente desde que engravidou!

-Nem a pau que vou ter mais que dois filhos Fontaine.

Chegamos a cozinha e peguei a tal tigela, que ela disse que teria que ser sorvete na tigela, se não não teria graça, falou isso mais de mil vezes, quando coloquei a quantidade suficiente de flocos, ela ficou olhando a tigela como se não a agradasse

-Grávidas- Disse revirando os olhos  irônico

-Está faltando alguma coisa.

Ela disse  pensou e logo sorriu

-Já sei!

Deu um pulo da cadeira e foi até onde tinham umas coisas que tinha sobrado do jantar e pegou uma porção de batatas  levando para perto do sorvete, tenho certeza fiz uma cara de maior babaca, tentando entender o que ela iria fazer com aquelas duas coisas totalmente diferentes uma da outra, ela pegou uma batata e passou no sorvete  levando a boca, arregalei os olhos, aquilo era nojento.

-Que delicia, quer? - Ela falou lambendo os lábios e enchendo outra batata com sorvete pondo na boca

-Nem me pagando, você tem cada desejo estranho Dakota!

Ela deu de ombros.

-Nem quero ser você, quando lhe der uma dor de barriga por causa disso.

-Não vai, está muito gostoso.

-Dakota que nome daremos ao nosso filho?

- Eu amo o nome Benjamin, me agrada esse nome e Benjamim significa o filho da felicidade o bem-amado.

Pensei e o nome me agradou ele seria realmente isso a nossa felicidade e muito amado por todos que o rodearem.

-Benjamim Fontaine papai vai te amar muito, vai brincar muito com você, te dar o primeiro carro, vou a todos seus jogos de futebol, vou a sua formatura em todas elas, e quando arrumar sua primeira peguete e a dona ciumenta da sua mãe vir bancar a louca com você, papai vai te ajudar, sempre estarei ao seu lado meu pequeno anjo.

Dito isso ele chutou onde minha mão estava e se remexeu todo, eu adorava conversar com ele, pois ele sempre me respondia com seus pequenos chutes.

- Nunca te agradeci devidamente Dakota, e acho que nunca poderei.

-Não precisa meu amor só ame a mim e seu filho para sempre.

-Sempre os amarei, vocês dois são o que mais tenho de importante e valioso nessa minha vida medíocre.

Pov Narrador

Ruan estava sentado em seu apartamento, ele esteve sumido pois o que ele iria falar com a Dakota quando a mesma não o deixou se aproximar, ele tinha que mostrar para ela tudo o que descobriu, ouviu a companhia soar em seu apartamento, e ele se levantou  abrindo a porta quando viu um homem todo de preto, com máscara, luvas, jaqueta, calça e um saco preto nas mãos que estava cheio por sinal, quando ele tentou fechar a porta o cara que estava totalmente coberto, mas que Ruan sabia muito bem quem era, o impediu.

- Não tente me impedir meu caro, tenho habilidades policias, não pode contra mim.

- Por que você fez isso, por que perseguir tanto a Dakota?

-Doce Dakota Ruan, quando você a colocou com esse apelido, caiu como uma luva, e foi tão besta de usar o colar com o pingente do meu amigo, o grande escorpião.

- Por que se alto denominou como esse inseto? Eu uso porque é meu signo, mas e você?

-Por isso...

O escorpião abaixou a calça mostrando sua virilha, eram poucas pessoas que sabiam que ele tinha uma tatuagem ali, um grande escorpião que ocupava do início da virilha e ia até um pedaço da coxa.

-Sou como ele, astuto, traiçoeiro, belo, e você ter levantado suspeita de ser eu, me caiu como uma luva, nada contra você, sei que é amigo da minha doce Dakota a anos, mas preciso ganhar tempo, e nada melhor que o escorpião morrer não acha?

O mesmo gargalhou quando Ruan arregalou os olhos e deu uns cinco passos para trás, ele é doente, possessivo, podia ver isso em seus olhos, virou o conteúdo do saco preto no chão da sala, eram fotos da Dakota nua, de lingerie, dormindo, comendo, conversando com os amigos, fazendo amor com seu namorado, calcinhas da mesma que haviam desaparecido, fitas de vídeo possivelmente de momentos íntimos.

-Você é doente cara, como tem tudo isso?

- Tenho meus contatos e meios, mas aquele maldito Fontaine, tinha que achar minha câmera que com muito custo coloquei naquela maldita boneca, e ainda tocou nela, mas é questão daquela coisa nascer e a pegar para mim, ELA É MINHA OUVIU, MINHA.

Ele gritou aos quatro ventos e pulou sobre o corpo do Ruan o imobilizando e colocando o saco em sua cabeça  fazendo com que o mesmo se debatesse a todo instante a procura de ar, mas não tinha como, o escorpião era mais fortes e ainda sabia como pegar uma pessoa e a deixar sem nenhum movimento,  fazia isso enquanto ria.

Ruan caiu morto no chão com os olhos abertos. O escorpião abaixou perto do corpo sem vida do Ruan, olhando bem sua expressão de dor e sorrindo.

-Não tenho nada contra você meu caro, mas é questão de sobrevivência, e nós escorpiões somos assim, traiçoeiros, aqui vencem os mais fortes.

Ele saiu satisfeito de lá. Os dias foram passando e o odor estava ficando desagradável, quando a polícia foi acionada e arrombaram o apartamento encontraram o corpo de Ruan todo em decomposição, o mal cheiro era insuportável, e os policias olharam as provas no chão, e reconheceram o homem da foto sendo Ethan Fontaine, um dos caras mais ricos do país.

Avisaram que alguém teria que fazer o reconhecimento do corpo, pois a família do mesmo ninguém sabia onde encontrar no momento, e as duas mulheres grávidas, Dakota com seus oito meses e Vanessa em seu sexto mês não tinha lógica, restou para Alex o reconhecimento, o mesmo saiu do IML enjoado e entristecido indo para a mansão ver as amigas junto com sua namorada Lucy, eles resolveram tentar um compromisso sério.

-Era mesmo o Ruan, deu para ver um pouco o seu rosto- Falou com Lucy e a mesma suspirou.

- Não sei se sinto ódio por ele ser o desgraçado que tentou fazer mal a Dakota tantas vezes, não sei se choro por ter perdido meu amigo de festa e balada, estou tão mal, me sinto culpado não pude fazer nada, ele disse socando o volante.

- Calma Alex, deixe que eu dirijo, você não tem condições.

Eles seguiram para mansão e se assustaram ao perceber uma viatura ali, entraram e viram Dakota assustada e segurando o pé da barriga, assim que viu Alex, correu para seu amigo e o abraçou com força soluçando.

-Me ajuda, faz parar de doer Alex, está doendo tanto, me ajuda por favor!

Ela pediu em prantos, enquanto ele a apertava, descobrir que seu amigo era mesmo o escorpião, saber que suas coisas pessoais estavam com um monte de policias como provas e seu namorado sendo o principal suspeito de homicídio, prestes a dar à luz, a Vanessa já tinha passado mal e Logan  teve que a levar para casa.

- Senhor Fontaine entende que você foi apontado como o principal suspeito do homicídio do senhor Chávez?

- Sim estou à disposição das autoridades, podem me convocar quando quiserem, que prestarei honras em ir até onde for me designado, mas como disse tenho álibis que estava em casa no dia do assassinato do mesmo, tem câmeras de vigilância da minha empresa e minha casa foi  onde estive, minha namorada é advogada criminalista e ela pode dizer que não podem me levar sem uma ordem judicial.

Eles olharam a barriga da Dakota, não teria como colocar pressão em uma mulher naquele fim de gravidez.

- Peço que se retire da minha casa delegado, como o senhor Fontaine mesmo disse você não tem um mandado de busca e apreensão e muito menos um de prisão, pode deixar que irei instruir meu cliente a não sair da cidade ou do país, ele estará disponível sempre que for chamado, ele é inocente e iremos provar.

O delegado a olhou e se admirou a mulher era forte e determinada, mesmo chorando pelo namorado e grávida, o defendeu como uma bela advogada,  não negava a raça ela era filha do Stoel um dos policiais mais renomado de Orlando.

- Boa tarde, com licença.

O mesmo saiu e deixando eles a sós, Dakota foi para perto do seu amado enquanto Alex sentava no sofá perto da sua namorada.

- Temos uma tempestade a enfrentar por esses tempos!- Alex disse suspirando cansado.

- E vamos passar ilesos- Dakota disse firme, recebendo um afago do namorado.

(...)

Os dias haviam passado, havia ainda a dor, o medo a insegurança estavam ali, mas respiravam um pouco mais aliviados, a polícia não havia mexido ainda com Ethan.

Dakota estava sentada no sofá comendo sorvete, era o que mais fazia ultimamente, sentiu uma pontada no pé da barriga e imediatamente o pote de sorvete caiu no chão, sentiu suas pernas molharem.

-ETHAN, BENJAMIN QUER VIR AO MUNDO ME AJUDA!- Ela gritava com dor, sorrindo, chorando com careta tudo junto.

Ethan saiu do seu escritório apressado e pegando a esposa, colocando a mesma no banco traseiro ligando para sogra para que ela levasse a bolsa dela e do pequeno anjo que ele teria em seus braços em algumas horas, ele olhou a morena no banco de trás, sentindo amor, idolatração, veneração ao ver que ela mesmo com dor e mordendo o lábio para não gritar com tamanha dor  sorria mesmo com careta, mas sorria para ele, não poderia xingar, a dor que sentia era apenas seu filho querendo trazer a alegria e a felicidade a pequena família que se tornariam agora.



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