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História Ruthless - Drogas.


Escrita por: TiaClara e AnneCGB

Notas do Autor


Bom quarta chegou, e com ela capítulo.
Primeiro, pedimos desculpas por possíveis futuros erros, foi revisado mas pode ter passado alguma coisa.
Segundo, gostaríamos de agradecer a todos os comentários, graças a vocês Ruthless está na terceira página das histórias originais mais comentadas, e isso nos fez ficar muito felizes, então continuem comentando muito, quem sabe não chegamos na primeira página?
Capa ( Cachorro da Sophie, Spike)
Boa leitura, beijos e comentem!! :)

Capítulo 25 - Drogas.


Fanfic / Fanfiction Ruthless - Drogas.

Pov Benjamin:

Meu corpo estava relaxado, era uma sensação ótima, era como se eu estivesse leve e flutuando, era como se meus problemas não importassem mais, que não passassem de uma ilusão ruim.

-Tenho que ir até meu departamento Benjamim, qualquer coisa pode me ligar irei até você meu filho.- Liam falou se despedindo de mim.

Assenti para meu avô que se levantou sorrindo e saindo dali, escorei mais na árvore e encostei minha cabeça no tronco, fechei os olhos, seria eternamente grato a Liam Stoel por ter me proporcionado paz, em minha mente veio aqueles olhos escuros e atraentes, a pele de chocolate com aquela essência de baunilha que me enlouquecia, seus beijos quentes com ardor e ao mesmo tempo ternos e calmos com paixão.

-Tamires- Pronunciei seu nome baixo e sorrir logo em seguida, aliás estava rindo por tudo, mas ela era e sempre foi meu motivo de alegria, olhei as horas em meu pulso contando ser um pouco mais de seis da tarde, olhei em meu celular vendo exatamente vinte e cinco mensagens, trintas chamadas perdidas, oito correio de voz, entres eles estavam Tami, minha mãe, pai, Matheus, todos a minha procura, dei de ombros estava relaxado e não seriam eles que iriam tirar  minha paz, sabia exatamente como prolongar essa paz de espirito, seria com uma certa morena, levantei depressa batendo as mãos em minha bunda tirando os resquício de grama que poderiam estar presente ali, e saindo rapidamente dali, meu trajeto foi em torno de meia hora, estava em frente à casa num tom pastel e olhei para o lado vendo que a janela do quarto de Tami estava fechada e a luz acesa então ela estava nele, olhei mais uma vez em meu pulso vendo que já eram quase oito, olhei para o quarto dos pais dela e o mesmo também estava aceso, abaixei pegando umas pedrinhas e jogando devagar, vendo a silhueta vindo a janela e abrindo ela, quando Tami terminou de abrir a janela e me olhou,  sorriu mas logo fechou a cara para mim, fiz sinal de silencio e pulei sua janela e a mesma recuou um pouco.

-O que você quer? - Ela perguntou baixo, mas era notável a irritação na sua voz, vi que ela estava lendo por que tinha um livro e seu edredom em sua cama, me aproximei dela a puxando de encontro ao meu corpo, a olhei de cima a baixo, seu cabelo estava em um coque, uma blusa grande branca da minnie, suas pernas desnudas e um chinelo nos pés.

-Estava com saudades-  disse isso e dei um beijo em seus lábios, mas ela se afastou rapidamente

-Você está diferente Benjamin, mas não parece que bebeu, e ainda estou brava, você sumiu o dia todo e sua mãe e sua família já estão todos nervosos pela Sophie e você para piorar a situação some, o que tem na cabeça Benjamim?

-Xii, me beija, depois você briga comigo, me bate, mas só me beija- Ela me olhou arqueando a sobrancelha.

-Mas fique ciente que ainda estou brava com você, seu cabeça dura.

Ela sorriu e me beijou

Pov Narrador

O beijo dos dois estava muito quente, era tudo feito na calada, Benjamin não queria que seus quase, futuros prováveis sogros o notasse ali, e atrapalhasse seu momento com a sua morena ele queria estar com ela hoje, ele a empurrou para a parede perto a janela, não pensava em nada, a droga em seu corpo ainda era evidente, mas Tamires, não percebia, notava que ele estava diferente, mas como ela poderia saber, Benjamim jamais usava nada ilícito, as vezes bebia com amigos, mas era socialmente, nada que alarmasse a família, o beijo dos dois estavam rápido e com desejo, o peito dela subia e descia ela sabia o que ele queria, mas ela não estava pronta, não ainda e não queria que fosse na casa de seus pais, não com sua cunhada em uma fase complicada, estava sem fala, sem ter reação alguma, ela viu a cunhada que não a rejeitou, mas mal a encarou, e Benjamim estava buscando um refúgio, mas não seria ali que ele teria, ele teria que ir para casa e tentar ficar com família, ela correspondia o beijo afinal amava o garoto,  não era apenas uma paixonite de adolescente não, ela o queria para sempre.

Ele tirou os lábios da boca dela e foi para o pescoço mordendo e chupando o local, subia as mãos pelas coxas da mesma, ela fechava os olhos, não achava aquilo ruim, afinal faziam isso sempre, voltou o beijar e cedeu a língua do amado em sua boca, soltou um gemido discreto quando sentiu ser espalmada na bunda seguido de um aperto.

-Você está somente de calcinha Tami? -Ele perguntou, mas já sabendo a resposta do que havia debaixo daquela enorme blusa.

-Sim Benjamim, estava afim de tentar dormir, tivemos um dia cheio hoje.

Ele não deu importância a indireta e atacou os lábios dela, a levando para cama deitando em cima dela, e beijando seu pescoço.

-Ben, para- Tamires empurrava o peito do rapaz para cima, mas era como se fosse uma parede ele não se movia um centímetro.

-Benjamim, não, eu não quero, para por favor

Ele parou de alisar a perna da morena e a encarou

-O que foi Tami? Porque está tão retraída?

-Só não acho que seja um bom momento Benjamin, vá para casa, sua família está louca atrás de você, sua irmã precisa de você

-Mas que saco Tamires, quero esquecer um pouco toda essa merda, venho até a casa de minha quase namorada e você traz à tona tudo de novo- Ele dizia enquanto passava as mãos pelos cabelos pretos e curtos

-Você é um covarde Ben, não pode fugir dos problemas, sabe que uma hora ou outra terá que aceitar, não sabe?

Ele suspirou pesado.

-Olha se você vai ficar fazendo sermão e não vai me dar o que quero, vou nessa, queria uma mulher, uma companheira, não uma certinha que me cobra tudo, para isso já tenho o grande senhor Fontaine.

Ele viu os olhos da morena se encherem de água, ele sabia que estava errado, mas não entendia o porquê de ele estar falando assim com ela, ele brigava por ciúmes com ela, mas jamais a maltratou, ele praticamente cuspiu na cara dela que iria atrás de outra, sua cabeça estava doendo, ele queria mais daquele remédio que o deixou tão calmo, ele chegou perto da janela saltando para fora viu o olhar de suplica da morena, mas virou o rosto e saiu andando, se sentia frustrado, ele queria esquecer tudo, mas a pessoa que ele pensou que seria uma espécie de entretimento, foi a que trouxe toda sua dor de volta, e ainda o renegou, ela não o amava? Que espécie de pessoa que diz que ama rejeita o outro assim? Colocou as mãos na têmporas sua cabeçadoía muito,a dor estava voltando para seu corpo, para sua alma, ele precisa mais daquilo que seu avô lhe deu, pegou seu celular indeciso, mas a vontade era mais forte do que ele, discou aquele número pela primeira vez, mal ele sabia que aquele número seria o mais procurado em sua agenda, mal ele sabia que aquilo faria mal a sua família, mal ele sabia que aquilo iria acabar com ele,  sem ele perceber estava virando um viciado e mataria a sua família aos poucos juntamente com ele

Benjamin estava virando um viciado

(...)

Benjamin estava em frente ao local combinado, olhava a casa era mais para um loft, tinha luzes de neon por todo local, muitos jovens, Focus da Ariana Grande tocava assustadoramente alto, era uma festa, ou mesmo uma rave, o seu avô costumava frequentar esse tipo de local? Definitivamente ele não espera por isso, ele viu o senhor vindo em sua direção e sorrindo largamente.

-Benjamin tenho uma encomenda a entregar aqui se é que em entende, e então sinta-se à vontade .

Ele disse, Benjamin notou uma pequena caixa em suas mãos, e os dois seguiram para dentro daquele espaço enorme vendo os jovens dançando, uns se pegando, um barman fazendo drinks em uma habilidade incrível, o DJ tocava Confident remixado da Demi Lovato e ficou muito boa na versão remixada, ele pegou um drink que passava na bandeja de algum garçom, tomou aquele líquido rosa, vendo o quão doce era, já se fazia quase vinte quatro horas desde que ele saiu do hospital e estava fora de casa.

-Benjamin espera um pouco aqui, já volto- Liam gritou em seu ouvido e ele assentiu, olhava a tela de seu celular e viu uma mensagem de sua mãe implorando que ele voltasse para casa, que ela precisava saber dele, que mandava os seguranças o buscar onde estivesse, que já estava tarde para ele sair de casa, ele ignorou as mensagens e viu seu avô voltando com um rapaz alto e moreno, bem afeiçoado com o braço todo tatuado e tinha uma barba em seu rosto.

-Esse é o rapaz que lhe falei Tiago, o sirva à vontade essa noite, por minha conta.

Benjamin não entendeu e encarava os dois.

-Esse é o Tiago, toda vez que quiser algo meu querido neto pode recorrer a ele, ele te dará, hoje é por conta da casa, mas da próxima vez terá que pagar, e como você é um Fontaine, não terá problemas em pegar e depois pagar.

-Obrigado Liam.

Ele assentiu e saiu dali deixou os rapazes conversando e logo Benjamin estava aplicando Heroína em seu braço e consumindo bebida alcoólica.

As horas iam passando ele estava embriagado, drogado, sem camisa e dançava com uma ruiva e a mesma o beijava e ele ria, ele nem sabia ao certo qual era seu nome, ele com certeza descobriu  a oitava maravilha do mundo.

(...)

Matheus estava com seu irmão Miguel em busca do seu melhor amigo, estava apreensivo já eram quase meia noite e nada, Benjamin nunca foi disso.

-Você tem certeza Matheus, que não sabe onde Benjamin possa ter se enfiado? - Miguel perguntou sem tirar os olhos da estrada

-Não sei Miguel, ele nunca foi de sumir assim, todos os lugares que frequentamos juntos, já fomos.

Miguel balançou a cabeça negativamente, Ben estava sendo um irresponsável, como ele some assim? Sabendo que sua irmã estava naquele estado, que seus pais já tinham que se preocupar com o estado mental da Sophie, que era o mais difícil, ela tinha se fechado dentro de si, de acordo com a psicóloga, e o que ele faz ao invés de ficar com a família e com a irmã? Ele some por horas, irresponsável!

Ele entendia que Benjamin era só um rapaz com quinze anos, chegando aos dezesseis em breve, mas isso não o fazia ser uma criança, ele não poderia ter feito isso, ele apertou o volante em suas mãos, estava preocupado com o que poderia ter acontecido com o Benjamim, preocupado com o irmão que era agarrado com o Ben, e ainda tinha a pequena Sophie que era com quem ele deveria estar nesse momento, e era lá que ele queria estar, somente lá.

(...)

Benjamin saiu daquela rave, desnorteado não sabia por onde estava andando, achou um banco e se deitou ali, pegando no sono sem perceber, estava sem camisa, e seus lábios estavam brancos pelo frio, pelo consumo alto de droga e bebida ingerida em altas doses e diferentes composições.

(....)

Miguel freou o carro bruscamente quando viu um rapaz deitado no banco, Matheus e ele desceram rapidamente indo de encontro ao rapaz, e vendo ser de fato o Fontaine mais jovem.

-Ele está fedendo a álcool-Miguel o pegou fazendo careta, de fato o cheiro que ele estava exalando era forte e horrível, eles o colocaram no banco de trás, e Mateus deu uns tapas em seu rosto afim de acordá-lo.

-Me deixa dormir Mãe-Ele falava embolado e com a voz arrastada, estava em um porre que só.

-Não sou sua mãe Benjamin, acorda agora, vamos te levar para casa-Mateus falava com calma

-Se você vomitar no meu carro, eu te mato escutou Fontaine- Miguel falou sério e saindo rápido dali.

Miguel notou que Benjamin estava mais que bêbado, ele deve ter se drogado, quando Ethan soubesse seria mais uma tristeza, conversaram com o segurança dos Sanchez e pediram descrição, os pais não precisariam passar por mais uma tristeza em tão poucas horas, subiram praticamente o carregando e foram para o quarto de Matheus  o mesmo pegou um café forte sem açúcar, vendo Miguel o colocar debaixo do chuveiro com água gelada e Benjamin  xingando um palavrão alto,  arrancando as roupas.

Depois de quase uma hora no banho, e vestindo uma roupa do Matheus ele tomou o café, seu porre já não estava cem por cento, mas ele já falava  e sabia de toda merda e tudo que fez, colocava as mãos na cabeça.

- Está com dor de cabeça Benjamin?  Podia explodir, para ver se nunca mais você se droga seu otário- Miguel falava emputecido e Matheus estava na mesa de seu computador o olhando, mas não falava nada, estava mais curioso na verdade, Ben o olhou sem entender como ele sabia.

-Não sou idiota Benjamim, sabe que sou dois anos mais velho que vocês, querendo ou não sei mais, vivi um pouco mais, e tenho amigos usuários e sei muito bem a reação, e você ria como se nada tivesse acontecido, como fez isso? Não pensou em seus pais? Será que esqueceu que sua irmã foi estuprada e sabe a novidade, ela está morta em vida, palmas para você.

Miguel dizia sarcástico, batendo palmas fingindo animação e Matheus só observando.

-Não sei do que está falando Sanchez, eu só bebi mais um pouco do que eu deveria.-  Ele disse fazendo uma careta de dor, pela cabeça que latejava.

-E eu sou o coelho da páscoa Benjamin, não falarei desse ocorrido aqui hoje, mas se notar qualquer escorregão seu, falo diretamente com meu padrinho, está me escutando Fontaine?

Benjamin murmurou algo como puxa saco, mas ficou quieto, não poderia render aquilo, ninguém poderia saber seu segredo, bem exceto pelo seu melhor amigo Matheus, ele o olhou e o viu sendo observado com curiosidade.

-Espero que haja como homem e vai ver sua irmã e família, só não sei se ela vai quere te receber qualquer pessoa que tenha um pênis ela não aceita por perto.

-Como assim cara?

-Você não estava se divertindo então procura saber por si só.

Miguel saiu de lá batendo a porta e os deixando para trás e Matheus explicando o que de fato houve com a irmã mais nova dele.

(...)

Duas semanas depois:

Sophie tinha ganhado alta, seu corpo já estava mais forte, mas o que comia era obrigado por sua mãe,  ainda nenhuma palavra tinha saído de sua boca, ficou decidido que só as mulheres a buscariam, com certeza Sophie não entraria em um carro se tivesse algum homem nele.

Carmem tinha passado em um pet shop e comprado um York ShireTerrier para a netinha um pequeno com os pelos marrons, parecia uma bolinha, e o nomeou como Spike, a psicóloga disse que seria uma forma de tratamento, ela precisaria interagir com alguém, e um animalzinho de estimação ajudaria nesse processo, que deixasse ele dormir com ela, ficar vinte quatro horas com ela, ela fizesse tudo com ele, ela tinha que confiar em alguém e talvez esse animalzinho seria o primeiro passo para ela recuperar sua confiança e segurança em se aproximar de algo que seja vivo.

Sophie desceu agarrada ao braço da mãe, e não olhava para ninguém só para baixo, ela estava com vergonha, muita vergonha, por isso era bom evitar muitas pessoas ao seu lado, agora era melhor só avó e a mãe, ela se sentiria pressionada com mais pessoas, viu sua vó no banco do motorista, mas nem um sorriso saiu daqueles singelos lábios, entrou no banco de atrás e sua mãe no banco  passageiro, para lhe dar espaço,  viu o cachorrinho com a coleira vermelha no pescoço , e estranhou, mas não perguntou, somente se sentou longe dele.

-Vovó comprou para você espero que goste-Carmem disse e virou para frente na hora, a deixando em paz, ela hesitou em pegar, mas ele era tão pequeninho tão bebê, parecia que precisava de cuidados, de amor e proteção, ele era como ela, só precisava de cuidados e amor, sem ser invadido.

O que a psicóloga falou foi certo, ela se assemelhou ao cachorro, em querer afeto, mas sem ser pressionado, sem ter muitos ao seu redor, em cima dela, Dakota e Carmem olhavam pelo espelhinho da frente a observando, viram quando as mãos da pequena vacilaram, mas ela o pegou com cuidado e olhando o nome da coleira, Spike, o pequeno abriu os olhinhos e deu uma lambida em seu nariz todo manhoso e preguiçoso, ela sem perceber deu um sorriso bem pequeno, bem casto, sem dentes e escondidos, os olhos estavam opacos ainda, mas Carmem e Dakota tremeram de felicidade era o primeiro passo para a pequena princesa voltar a viver, o processo seria demorado, mas em meio a um amor que fere, sempre tinha um que cura.

Elas observaram quando a pequena o aninhou em seu colo, empurrando o cesto para o canto, e deitando a cabeça no vidro, olhando a cidade que passava bem devagar diante dos seus olhos, as duas não tinham pressa para a deixar enfurnada dentro de um quarto como já ficou no hospital pôr longos quinze dias.

Mas nesses quinzes dias que todos só pensavam na pequena Sophie e moravam lá, Benjamim ficava mais em casa em seu mundo, ele se afundava cada vez mais no mundo das drogas no caminho fácil.

Ele já era um dependente, e nesses quinze dias, já devia muito ao traficante Tiago que seu avô lhe apresentou,sua mesada e o dinheiro que tinha guardado não eram o suficiente, ele já havia gastado tudo e ainda tinha uma dívida grande e ele queria mais e mais e faria o que fosse para ter seu pó, sua heroína e seu ecstasy.

 

            Benjamin estava em seu closet caçando dois dos seus relógios mais caros, para conseguir pagar a dívida e para se drogar mais, seu pai estava em casa, Ethan já havia tentado de todo o jeito falar com o filho, mas Benjamin sempre se esquivava, Dakota também já tinha tentado algum contato mas o mesmo recusou, os pais não insistiram muito, não sabiam da realidade, achavam que Ben, estava tentando evitar e fugir daquele mundo, e daquele pesadelo, e não o culpavam, afinal Ethan e Dakota por várias vezes pensaram em como seria bom, achar uma fuga e esquecer o que aconteceu, mas eles não poderia, não tinham como fazer isso, Sophie precisava deles, eles precisavam resgatar a menina, mal sabiam os Fontaines que teriam que resgatar seus dois filhos.

            Matheus decidiu finalmente conversar com o amigo, ao contrário do seu irmão, Matheus era mais paciente, gostava de entender os motivos, com Miguel não, ou era certo ou era errado, Matheus passou pelo seu tio Ethan, que estava sentado no sofá apreensivo, na certa esperando a chegada da filha.

-Oi tio- Matheus falou baixo.

-Oi meu filho- Ele disse simples com um sorriso amargo.

-Elas já saíram do hospital?- Matheus perguntou.

-Sim, Carmem deu um cachorro para Sophie, elas ficaram de dar umas voltas pela cidade- Ethan falou desolado, e Matheus sabia o porque dele estar assim, a filha sempre preferiu a presença dele a de qualquer outra pessoa no mundo, e agora ela simplesmente rejeitava o pai, Matheus se aproximou de Ethan e apertou seu ombro.

-Sabe o que é legal? Sophie sempre quis um cachorro e a tia Dakota nunca deixou, não se preocupe eu sei que ela vai voltar- Matheus falou e Ethan deu um sorriso sincero.

-Vou subir para falar com Benjamin- Matheus anunciou.

-Espero que você consiga. Meu filho está evitando todo mundo, eu só queria dizer para ele que eu sinto muito de verdade, que eu não queria culpar ele...- Ethan se perdeu nas falas, Matheus engoliu a seco, não diria o que de fato estava acontecendo com Benjamin.

- Ele só está processando tudo, da forma dele- Matheus respondeu subindo.

            Entrou no quarto do amigo encontrando o mesmo vazio, ouviu barulho vindo do closet e foi até lá, achando um Benjamin completamente transtornado bagunçando suas coisas.

-O que está fazendo?- Matheus perguntou.

-Procurando alguns relógios meus- Benjamin respondeu rápido.

-Para que?

-Para fazer aquilo que tenho necessidade, você não vai fazer igual seu irmão e me julgar né?- Benjamin perguntou e Matheus negou.

-Na verdade, quero entender, por que você está usando drogas?- Matheus perguntou por fim.

-Porque ao contrário do que falam na escola, que é uma coisa que te afunda sem você perceber, eu descobri que não, a droga te proporciona alívio, te proporciona uma sensação de liberdade, te tira a culpa- A última parte ele falou mais baixo.

-Você sabe que o que aconteceu não foi culpa sua, estávamos todos na quadra, foi um momento de distração, não teve culpado no que aconteceu com Sophie só o babaca que fez isso- Matheus argumentou.

-Isso é outra coisa que a droga me proporciona, o dia que eu descobrir quem é esse otário eu vou matar ele.

-Entra na fila cara.

-Achei- Benjamin falou pegando dois dos seus relógios.

-Cara esses relógios são caros, cada um deles custa mais de vinte mil dólares- Matheus falou surpreso.

-Eu sei, um eu vou usar para pagar minha dívida e o outro eu vou usar para ter mais do que eu preciso.- Benjamin falou sorrindo.

-Você não acha que está indo muito rápido com isso não?- Matheus perguntou e Benjamin bufou.

-Eu te conheço Matheus, se veio até aqui é porque quer saber o que eu sinto quando uso as drogas, não tente bancar de Miguel, que por sinal está mais chato que nos outros dias.

-Ele só está abalado com o que aconteceu com Sophie, ela não é mais a mesma.

-Sabe o que é engraçado, sempre que o assunto é a minha irmã seu irmão fica mais abalado que o normal- Benjamin falou raivoso.

-Saí dessa cara, eles se gostam como irmãos- Matheus falou tentando acalmar o amigo, mas sem saber realmente se o que estava falando era verdade.

-Eu acho bom mesmo.- Benjamin falou.

-Mas então, vai bancar a minha mãe e meu pai, ou vai sair para se divertir comigo? Tenho certeza que você não vai se arrepender, e hoje é por minha conta- Benjamin falou balançando os relógios, Matheus pensou um pouco, mas quem ele queria enganar, estava realmente muito tentado a saber qual era a sensação, afinal não poderia ser tão ruim quanto ele tinha ouvido, se não não teriam tantos viciados no mundo, o momento era perfeito, todos estavam tão vidrados na recuperação da Sophie que não os notariam.

-Eu vou com você- Matheus disse por fim.

-Assim que se fala.- Benjamin falou.

-Ei cara, daqui a algumas horas para ser exato vai ser seu aniversário, faltam menos de 24h- Matheus falou e Benjamin concordou sem dar muita importância.

-Vamos logo cara, antes que minha mãe chegue e comece o interrogatório- Benjamin falou pegando um casaco, calçando os tênis, e guardando os relógios em seus bolsos.

            Desceram a escada lentamente, mas Ethan ainda estava na sala de estar, assim que viu o filho abriu um sorriso, que não foi correspondido pelo garoto.

-Vocês vão aonde?-Ethan perguntou olhando para Benjamin, mas quem respondeu foi Matheus.

-Vamos na casa de um amigo- Matheus respondeu rápido e Ethan assentiu não muito feliz, sabia que faltavam menos de um dia para o aniversário do primogênito e mesmo sem clima, queria ser o primeiro a da parabéns e entregar seu presente, talvez adiantar o presente fosse uma boa escolha.

-Benjamin- Ethan falou e o filho o olhou.

-Sei que provavelmente você vai voltar tarde, então acho que posso te dar adiantado o seu presente de aniversário-Ethan falou e jogou uma chave para o filho, ela tinha uma laço azul Benjamin olhou para a chave e internamente disparava fogos de artifício aquela era a chave da nova Ferrari, só haviam duas delas no mundo todo e uma era sua, era o carro de seus sonhos, Benjamin olhou para o pai e assentiu, Ethan esperava que com essa oferta de paz conseguisse pelo menos um abraço do filho, mas o sorrio no canto dos lábios foi o suficiente para ele ter certeza que o filho gostou do presente.

            Benjamin sem dar mais qualquer atenção, puxou Matheus pelo braço saindo dali.

-Algumas horas me separam de dirigir o melhor carro do mundo- Benjamin falou animado e Matheus sorriu, entraram em um taxi e foram rumo ao Loft onde acontecia a festa.

            Mal chegou e Benjamin já foi parado por Tiago.

-Espero que tenha trazido a minha grana, se não você dança- Tiago falou, Matheus ficou assustado mas Benjamin riu debochado puxando um dos relógios de seu bolso.

-Isso paga até mais do que eu estou te devendo, mas considere um bônus, esse relógio vale mais de vinte mil dólares, e esse também- Ele falou pegando o outro relógio.

-Quero que eu e meu amigo aqui, tenhamos as melhores drogas desse lugar- Benjamin falou animado puxando Matheus e Tiago concordou, mandando os dois para a área vip.

            Matheus começou acanhado mas depois que puxou sua primeira carreirinha de drogas se soltou, a música era alta, o ambiente era confuso, era difícil dizer quem estava se drogando mais se era Matheus ou Benjamin, e ambos estavam com várias mulheres ao seu redor, ignoraram ligações e telefonemas e só saíram do Loft quando o sol estava começando a aparecer.

-Feliz aniversário mano- Matheus falou rindo atoa, tinham feito sexo, e se drogado, tantas e tantas vezes que talvez tivessem até perdido a noção de quem eles realmente eram, puxaram algum dinheiro que restou no bolso da calça e com muita dificuldade pararam um táxi, deram ao taxista mais do que deveriam e o mesmo não era uma pessoa de boa fé, pegou o dinheiro dos garotos e foi embora.

            Eles se despediram e entraram em casa, Benjamin subiu devagar, mas ouvia vozes no quarto de seus pais, sabia que eles deveriam estar a sua espera, mas passou direto, deveriam ser umas 5h da manhã, passou pelo quarto da irmã que estava iluminado e com a porta aberta, viu a pequena dormindo calmamente ao lado de um cachorrinho, que parecia estar protegendo a menina, sentiu algumas lágrimas quentes descerem pelo seu rosto, e foi para o seu quarto batendo a porta e trancando, logo ouviu as batidas na porta.

-Ben, filho abre para a mamãe, quero saber se chegou bem, te dar um beijo já é seu aniversário- Dakota falou amorosa.

-Está tudo bem meu filho?- Escutou a voz firme de Ethan.

-Está tudo bem- Falou meio embolado,

-Estou cansado nos falamos amanhã- Benjamin falou, mas na verdade já tinha planos para amanhã ou mais tarde, iria sair antes de todos darem sua falta, precisava de mais drogas, parecia que não conseguia respirar direito, se não tivesse se drogando.

            Ethan e Dakota estavam voltando para seu quarto, quando ouviram Sophie.

            A menina estava em mais um de seus pesadelos, seus pesadelos eram tão reais que ela parecia estar vivenciando de novo a sensação de estar sendo invadida, tudo o que seu padrinho fez, todas as ameaças, a menina gritava.

-PARA POR FAVOR, ESTÁ ME MACHUCANDO, ME SOLTA! PAI, PAPAI!!- A menina chamava em pesadelo, Ethan sentiu seu coração apertar, foi correndo até o quarto da filha, e constatou que ela estava tendo um pesadelo, a abraçou apertado, ouvindo os latidos de alerta do cachorro.

-Calma princesa papai está aqui- E então abraçou apertado sua filha, como precisava abraçar ela, dizer que tudo ficaria bem que ele estava ali, e que ficaria ali o tempo que precisasse, a menina abriu os olhos lentamente, e se afastou do pai, procurando a mãe que estava do outro lado da cama.

-Está tudo bem filha, a mamãe vai dormir com você- Dakota falou se aconchegando na cama da menina, Ethan olhou a cena, deixando uma lágrima escapar de seus olhos, ela gritou por ele, ela gritou pelo socorro do pai ela esperava que ele a salvasse e ele não estava lá, ele não pode impedir o que aconteceu, estava mais uma vez derrotado, sentindo a culpa, talvez não merecesse ser pai, não sabia como desempenhar essa tarefa, afundou sua cabeça nas mãos e ficou na cadeira, todo torto, enquanto via sua mulher e filha deitadas.

(...)

            Mal Matheus passou pela sala escura da sua casa, escutou um chamado forte, e a luz ser acessa.

-Matheus- Logan falou e parecia estar furioso, se aproximou do filho abrindo seus olhos e constatando que estavam vermelhos.

-Não acredito que você se drogou- Logan falou com sua voz carregada de tristeza e decepção, subiu com o filho tirou sua roupa lhe deu um banho gelado, depois o sentou e deu um analgésico e um café amargo.

-Por que você se drogou?- Logan fez uma pergunta simples.

-Queria saber a sensação, queria me sentir livre, Benjamin falou que era bom- Ele disse por fim se arrependendo de ter falado e entregado o amigo.

-Sabia que Benjamin estava envolvido com algo do tipo.- Logan falou transtornado.

-Do que você está fugindo? As drogas não são fugas, são derrotas são mais problemas, eu sei que não estamos passando por uma fase boa, Sophie precisa de ajuda não de mais problemas, fugindo? Se você não consegue resolver problemas, você nunca vai se tornar um homem, você não tem porque fugir, fugir de uma casa boa, de uma boa família, pais que te amam, um irmão que te ama e se preocupa com você, fugir do luxo que você tem, do excelente colégio que você estuda, fugi das suas roupas caras e de marcas, sugiro que você fuja, viajando fazendo qualquer coisa produtiva, não venha reclamar da vida, não venha colocar o que aconteceu com a Sophie como desculpa para você se afundar em drogas porque eu não vou aceitar, Sophie passou por tudo, não a gente, podemos ficar tristes e sentidos mas acima de tudo temos que ser fortes, ajudar Sophie a passar por essa, você tinha que ser o primeiro a entender o seu amigo e ajudar ele não se afundar com ele. Decepção e tristeza não chega nem perto de tudo o que eu estou sentindo, depois de tudo o que estamos passando receber meu filho, tarde da noite drogado, não venha me falar de fugir, de dificuldade Matheus, eu perdi meus pais cedo, mesmo com eles em vida não tive uma vida luxuosa, meus próprios avós me renegaram, fui para um orfanato, dormi com baratas, felicidade era na época do natal quando tínhamos sorvete, e nem por isso eu fui fraco e recorri a drogas, e venci, seu tio Ethan venceu e hoje vocês gozam de todos esses privilégios, então não vem me falar de dor de fuga ou de dificuldade porque você não sabe o que é isso, espero que você entenda que esse caminho não tem volta, e eu não vou perder meu filho para as drogas, se ousar usar essas porcarias de novo, eu interno você, agora vai dormir e me apresente uma cara melhor amanhã- Logan falou e saiu, mal bateu a porta foi até seu escritório chorar, como se não bastasse tudo o que estava acontecendo, ainda tinha seu filho mais novo envolvido com drogas, ele sabia que Matheus sempre fora mais problemático que Miguel, enquanto um era a razão o outro era a emoção, mas nunca pensou que seu filho faria isso, ele precisava contar para Ethan, sobre Benjamin, sabia que o amigo estava com muitos problemas, mas eles precisavam fazer algo pelos filhos, esperaria chegar mais tarde e contaria para Ethan.

 

(...)

            Quando eram 9h da manhã, Logan não tinha conseguido pregar os olhos, saiu de sua casa indo direto para a casa do amigo, chegou lá notando o silêncio, viu a porta do escritório aberta e seguiu até lá, viu o amigo na cadeira com a cabeça jogada para trás.

-Pelo visto não foi só eu que não dormi- Logan falou e Ethan se assustou com a presença do amigo.

-Sophie teve pesadelos- Ethan falou e Logan respirou fundo, nunca gostou de rodeios e enrolações, iria falar de uma vez com o amigo.

-Preciso conversar com você, muito sério- Logan falou e Ethan ficou rígido.

-Matheus chegou quase 6h da manhã em casa- Logan falou e Ethan assentiu.

-Benjamin também- Ethan falou.

-Você viu ele chegando?

-Só escutei quando a porta do quarto bateu- Ethan respondeu negando.

-Então você não viu o que eu vi- Logan falou e Ethan ficou sério.

-Matheus chegou em casa drogado, e falou que Benjamin apresentou a “sensação” para ele, eles se drogaram a noite toda, e não foi a primeira vez do Ben, ele está usando drogas Ethan, talvez a mais tempo do que a gente imagine- Logan falou de uma vez e Ethan ficou estático, o que estava acontecendo com a sua família, por que tantos problemas de uma única vez, seu filho, seu primogênito, lembrou de todos os momentos de Benjamin, de como ele era quando criança, dos heróis que ele imitava, e se permitiu chorar e derrubar as coisas da sua mesa frustrado.

-Eu não sei ser pai, eu não sei o que fazer?- Falou desesperado para Logan

-Sabe sim, vamos ajudar nossos filhos, todos eles, por algum motivo isso aconteceu, e é por esse mesmo motivo que vamos mostrar que estamos unidos, vamos vencer, vamos mostrar força, vamos saber o que fazer, são nossos filhos.- Logan falou e Ethan caiu sentado na cadeira frustrado.

-Eu gostaria de matar duas pessoas nesse momento, quem estuprou a minha filha e quem ofereceu drogas para o meu filho- Ele disse e socou a mesa.

-Essa não é a prioridade agora, temos que ajudar eles- Logan falou e Ethan assentiu, frustrado, triste, decepcionado, sem rumo não sabia o que fazer, nunca pensou que ser pai, fosse assim tão difícil, queria seu pai ali com ele, para lhe dizer que aquilo iria passar, que as coisas vão mudar, que tudo vai ficar bem.


Notas Finais


Beijos e comentem!!! :)


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