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História Ruthless - O começo.


Escrita por: TiaClara e AnneCGB

Notas do Autor


Bom, quarta feira chegou e com ela capítulo!!!
O capítulo foi revisado, mas está sujeito a erros, então nos desculpe.
Contamos com os comentários de todos é muito importante!!!
Beijoos e comentem!
Anne e tia Clara.
:)

Capítulo 27 - O começo.


Pov Narrador:

 
         Depois que Benjamin viu, que realmente sua irmã estava tranqüila e em um sono profundo, depois de meses, aquela era a primeira noite que ela realmente descansava e isso o deixava mais alíviado, ele estava andando pelo seu quarto em círculos, as palavras, ou melhor as ameaças que Thiago fez envolvendo a menina que ele amava o atormentavam, ele não poderia deixar que sua Tamires se machucasse por sua falta de caráter e fraqueza, por sua culpa, ele que errou, ele que teria que pagar, ele sabia que nesse mundo obscuro, eles não tinham pena mesmo, cobravam caro as dívidas, sem se importar se aquele preço fosse a morte de alguém querido e inocente. 
Sua boca começou a secar, ele sentia seu corpo suar, e uma tremedeira passar por todo ele, estava a mais de um dia sóbrio, seu organismo pedia pelo seu alivio, seu prazer momentâneo, ele fechou os olhos, ele prometeu a Tamires que iria tentar, e faria de tudo para cumprir, um Fontaine nunca quebrava uma promessa. 
-Respira Benjamim, calma, você consegue. 
Ele falava para si mesmo, ele não poderia ir atrás de drogas, ele não podia  fazer mais isso, fechou os olhos e lembrou do olhar de sua irmã em cima de si, ela o analisava ele tinha percebido isso, ela se cortando, ele não pode errar, mas estava difícil, a imagem da Tami se fantasiava em sua mente, sendo pega, abusada e morta por Thiago, ele parou abruptamente como se fosse em um desenho animado, e uma lâmpada se ascendeu em sua cabeça, ele acabara de ter uma idéia, o cofre, seu pai sempre mantinha uma boa quantidade de dinheiro ali, ele falava que era para emergências e os filhos sabiam a senha, sempre souberam, o pai os deixavam ter acesso a quantia, desde que prestassem conta de quanto pegou e para o que pegou, isso era uma emergência, não era? Era sim, envolvia a segurança da mulher que ele tinha escolhido para ser dele para todo o sempre, depois se entendia com o pai, ele precisava de cem mil, era absurdo aquilo, ele tinha dado um carro exclusivo no mundo, e mesmo assim ainda devia, ele sabia que Thiago estava se aproveitando do seu medo, e sabia muito bem que ele era um Fontaine, dono de umas das fortunas mais estimadas do mundo, e aquele traficante estava se aproveitando disso, mas brigar com um traficante, não era nada bom, ele sabia que havia se metido em um problemão, mas a sua morena seria salva, roubar o próprio pai, isso era errado, a vontade em seu corpo estava o deixando louco. 
-Benjamim, você é maior que isso tudo, se concentra seu merda. 
Passou as mãos em seu rosto e olhou no relógio em seu criado mudo sendo uma e cinquenta e sete da manhã, ele passou pelo quarto de Sophie e a mesma estava dormindo enroladinha nas cobertas, viu os olhinhos do cachorro o observando, andou mais depressa e passou pelo quarto dos pais, o mesmo estava fechado, mas podia ver pela fresta embaixo da porta que nem mesmo um abajur tinha aceso, escutou um suspiro forte, logo percebeu que era seu pai dormindo, eles estavam cansados e parte disso era sua culpa, ele sumiu por três dias, mesmo sabendo que Sophie não estava em seu melhor momento, péssimo filho que ele é, e ele iria provar isso mais uma vez, roubando a casa de seus pais, desceu as escadas sem olhar para trás, se não ele não teria coragem. 
Como uma pessoa sóbria e determinada, pensa antes de agir e Benjamin estava percebendo isso, ele estava pensando, se fosse para comprar sua droga ceder a vontade do se corpo ele já estaria longe, mas era para dívida, uma dívida dele, e se sentia imundo por roubar o pai, até hoje ele tinha usado somente o que era seu, mas agora ele estava passando a linha do limite, quebrando a confiança, entrou no escritório, indo até a parede e tirando um quadro que tampava o mesmo, não era por questão de segurança, isso a casa tinha de sobra, era simplesmente porque, Dakota odiava aquele metal na parede, então o ocultava, sua mãe preferia uma foto do dia do casamento dos dois, era com certeza mais bonito de se ver, tirou o quadro com cuidado se deparando com o cofre metálico com os botões e visor eletrônicos, digitou a senha, tão simples, mas com um significado enorme para aquela família, oito dígitos, o dia do nascimento dos quatros integrantes da família, do mais velho para o mais novo, o som do bip foi ouvido e a tranca destravada, a porta se abriu, tinham alguns documentos importantes em pastas, mais ao fundo estava em pilhas os dólares, notas entre cinquenta e cem, elásticos em grupos a cada dez mil feito, ele viu um papel e viu que o valor que continha no cofre, conferido pela última vez era de, quinhentos e cinquenta mil dólares, tirou dez maços com o valor de dez mil cada e os colocou em cima da mesa, ali tinha os cem mil que precisava, fechou os olhos para bater à porta do cofre. 
-O que você está fazendo Ben? 
Ele tomou um susto, ele sabia de quem era aquela voz, mas não esperava nunca por aquilo, ele virou e se deparou com uma Sophie o olhando atenta, estava com uma blusa amarela grande do bob esponja, grande e de mangas compridas, tampando seu corpo e o curativo que ele fez em seu pulso, uma calca branca de moletom e pantufas, com o Spike em seus braços o olhando intensamente, ela havia falado, depois de meses ela tinha falado, e para ele, aquilo devia ser um aviso dos céus. 
-So-Sophie- Ele gaguejou, ele não estava certo se aquilo tinha mesmo acontecido, ou se era fruto da sua imaginação fértil o alertando que aquilo não era certo. 
- Por que estava mexendo no dinheiro do papai Benjamim? - Sophie disse calma e o olhando 
Ele se segurou na mesa para não cair, ela tinha falado e muitas palavras de uma vez, não era coisa da sua cabeça. 
- Eu estou desesperado, não queria fazer isso minha irmã, mas ele vai matar ela. 
Ele começou a chorar, não devia mentir, Sophie se aproximou e o abraçou ele se assustou, ela não tinha contato com ninguém e com poucas horas ela já o havia abraçado duas vezes e apertado, ela ficou com ele até a crise de choro dele parar. 
Os irmãos, sem perceberem estavam ajudando um ao outro, Benjamin precisava que a Sophie o ajudasse, afinal mesmo sendo coisa da cabeça de um jovem ainda, ele se sentia culpado, e ela por sua vez precisava quebrar esse medo, mas esse medo sempre gritava e ela recuava, ela sabia que seu irmão precisava de ajuda, mas o medo, sempre a merda do medo a impedia de tentar algo, no fundo ela sabia que ele e nem seu pai a fariam mal, mas a bosta da insegurança a atormentava dia e noite e foi quando seu cachorrinho a acordou que viu seu irmão passando pelo quarto dela, a princípio ela achou que ele iria se drogar e ela iria o impedir de fazer isso consigo mesmo, mas se surpreendeu ao ver o mesmo no escritório com tanto dinheiro em cima da mesa do seu pai. 
Benjamim estava mais calmo e a soltou, eles se olharam por longos minutos. 
-Benjamim conversa com nosso pai, ele pode ajudar você. 
-Não tenho tempo Sophie!
-Tem sim, por favor Benjamim por mim, não se meta em mais confusão, vamos nos reerguer juntos um apoiando um outro. 
Ela suspirou 
- Você faz o que papai quer para não ter mais esse vício, e eu tento também passar pela psicóloga que a medica queria, vamos pensar na mamãe, no nosso pai, por eles vamos tentar ser os mesmos de antes Benjamin, mesmo que algo dentro de nós tenha se quebrado. 
Sophie falava aquilo incerta, mas ela queria ver seu irmão bem, ela queria ver aqueles olhos negros como os da sua mãe e seu pai brilharem como sempre brilhou, eles decidiram que não iriam contar nada o que aconteceu naquela madrugada aos pais, seria um segredo deles, guardaram todo dinheiro de volta, e foram para sala se sentaram no sofá, o silêncio tomava conta do ambiente, não estavam com sono, mas ficariam quietos para não acordar os pais. 
-Sophie quem fez tanto mal a você? – Benjamin perguntou com receio.
Sophie se encolheu no canto do sofá, fechou os olhos e começou a lembrar do Alex a ameaçando, que se contasse mataria sua mãe, sua avó, depois de fazer aquilo, fazer sentir toda dor que ela sentiu, ela não queria que sua mãe sentisse o que ela sentiu, era sujo, imundo, doía, nojento, não tinha adjetivo bom para o que Alex a fez sentir, ela começou a tremer, cenas da violência passavam em sua mente, das cintadas, do beijo forçado, a hora que ele a pôs de joelho e colocou seu pênis na boca dela a forçando a ter ânsia de vomito, ela sendo filmada, soluçou alto e se agarrou a Benjamim, era como se aquele homem estivesse ali perto e seu irmão mais velho não o deixaria se aproximar, Benjamim viu seu desespero, ele não devia ter tocado naquele assunto, esperaria estar mais forte e assim conversarem. 
-Calma Sophie estou aqui- Ele dizia enquanto afagava os cabelos acastanhado dela, e ela foi se acalmando, ele estava começando a se sentir útil para sua irmã caçula, ela se acalmava com seus toques e falas.

-É tão sujo Ben, a mamãe já tinha conversado comigo sobre sexo, mas ela não me disse que machucava e era tão sujo- Ela disse chorando e Benjamin se sentiu péssimo ao ouvir aquelas palavras, ao mesmo tempo que sentiu um ódio crescer em si, quem fez isso a Sophie uma hora pagaria, ele abraçou mais forte a irmã.

-Não é sujo Sophie, quando é feito com amor, um dia você vai entender, não condene o mundo, por esse monstro, não se feche mais minha princesa.- Ele disse e ficaram em silêncio por um tempo. 
-Vamos sim Sophie, vamos mudar para nossa mãe e nosso pai, vamos ser os filhos que sempre fomos. 
Ela sorriu e ficaram ali o resto da noite conversando, as vezes Sophie até ria um pouco, e Benjamim também, a confiança aos poucos era restabelecida entre os irmãos. 
O dia começou a clarear lá fora e eles estavam abraçados no sofá onde cochilavam, Sophie teve a melhor noite de sono da sua vida, e Benjamim mesmo com a necessidade de se entorpecer, conseguiu se controlar para estar com sua irmã, foram acordados pelos empregados transitando pela mansão, eram seis da manhã em ponto, eles deviam estar se arrumando para o colégio, mas os dois estavam meses sem ir, Ethan tinha conseguido esse tempo para eles, depois teria reposição nas férias para não perder ano. 
-Bom Dia Sophie- Ele estalou um beijo na bochecha da irmã e ela retribuiu o carinho, era um grande passo sem dúvida. 
Decidiram fazer o café da manhã, surpreender os pais, Sophie fazia um suco de laranja que era o preferido da mãe, e a empregada ajudava Benjamim a fazer o café conforme o gosto do patriarca da família, até os empregados ficaram felizes, eles não sabiam muito o que estava acontecendo com os dois, mas sabiam que se tratava de algo grave e ver os dois ali na cozinha, fazendo o café para os pais enquanto riam e se sujavam era muito bom, eles colocavam em cima da mesa pães, bolachas, queijo, requeijão, algumas frutas, sucos, iogurte, estavam fazendo uma mesa farta, digna de uma cena de novela, há tempos não tinham uma mesa farta e tão colorida. 


         Ethan estava no quarto apertando o nó da gravata, e Dakota em pé com seu robe ainda, estavam felizes em mais de setenta dias e era a primeira vez que dormiam bem e seus filhos também, eles não se preocuparam, sentiam que os pequenos estavam bem, e os deixariam descansar até a hora que sentissem vontade. 
Se beijaram e como sempre Dakota acompanhou Ethan até a cozinha onde ele toaria um rápido café preto, já estavam se conformando quanto as refeições do dia não serem como antes, mas pararam ao ver a mesa do café da manhã todo posto na sala de jantar muito bem-posta. 
-Você pediu ontem à noite que alguma empregada preparasse o nosso dejejum Dakota? – Ethan perguntou 
-Não, estou estranhando também.- Dakota falou com a testa franzida. 
Eles olharam para a porta da cozinha afim de pergunta o que era aquilo tudo, mas se assustaram com Benjamin vindo com o bule com o café e Sophie com um cestinho onde haviam algumas torradas. 
-Bom dia mamãe e papai, vamos tomar café? 
Sophie pronunciou e eles a encararam boquiaberto, Ethan coçou os olhos e sorriu ao perceber que não estava sonhando, sim sua Sophie estava ali, estava falando, Benjamin estava ali e estavam bem.

Dakota correu até os filhos dando um grande abraço nos dois, Sophie colocou as torradas na mesa e foi até seu pai, que a apertou forte, sentindo o cheiro da menina.

-Minha pequena- Ele disse em forma de alívio, ele sabia que ainda tinham muitas coisas, mas só em saber que sua filha já o deixava se aproximar e já estava falando era um grande passo.

-Co... Como?- Dakota pronunciou, depois que enxugou as lágrimas teimosas.

-Ontem eu e Sophie fizemos um pacto, não vamos deixar nossa família ruir, ela vai passar pela terapeuta e eu- Benjamin abaixou os olhos por um momento.

-Eu aceito me internar, eu preciso me internar- Ele falou e Dakota o abraçou sentindo um aperto enorme em seu coração, Ethan se aproximou do filho e o abraçou.

-Eu nunca tive tanto orgulho de você como tenho agora, é preciso muita coragem para admitir que tem um problema, e mais coragem ainda para enfrentar o problema, eu te amo meu filho e sempre estarei com você- Ethan falou e Benjamin se sentiu muito bem com aquelas palavras.

-Vamos tomar café estou com fome- Sophie falou com uma careta e Spike latiu, fazendo todos rirem.

         O café da manhã foi tão bom, que Ethan mandou uma mensagem para a secretária informando que não iria trabalhar, hoje ele queria curtir aquele momento em família que há muito tempo não tinham.

         Depois que ficaram bastante tempo juntos, e Sophie acabou adormecendo novamente, afinal acordou de madrugada e acordou bem cedo, Benjamin resolveu chamar os pais.

-Mãe, pai eu preciso conversar com vocês.

-Vamos até o escritório- Ethan falou e eles seguiram para lá, assim que entraram Benjamin respirou fundo e falou.

-Bom antes de tudo, quero que vocês saibam que eu estou muito arrependido de tudo, eu fui um fraco um covarde, eu não agüentei a pressão pelo que tinha acontecido com Sophie, já estava me sentindo culpado, depois que você pai, me acusou de ser o culpado e me bateu eu me senti um lixo, eu só queria sair daquele hospital eu só queria sumir, eu comecei a andar sem rumo e quando vi, já estava na parte perigosa de Orlando, tinha entrado em um beco, e tenho certeza que apanharia de uns caras, além claro de ser assaltado, foi quando chegou uma pessoa que me salvou, ele me conhecia, ele sabia o que havia acontecido com Sophie, ele sabia de tudo, por que vocês nunca me falaram de Liam Stoel?- Benjamin perguntou e viu a expressão do seu pai antes tranqüila se transformar em puro ódio.

-Desgraçado- Ele esbravejou enquanto Dakota estava imóvel.

-Nunca falamos, porque nunca achamos que aquele desgraçado poderia voltar para nos infernizar, Benjamin Liam Stoel matou os meus pais, os seu avós, quando eu era criança, eu vi ele matar e colocar fogo nos corpos dos meus pais, e depois roubar tudo de valor que havia na minha casa, ele queria me matar quando pequeno, e só não fez porque eu estava escondido, eu cresci em um orfanato sem meus pais graças a ele, ele é um monstro, quando sua avó Carmem descobriu o que ele tinha feito, ficou horrorizada e quando pensou em denunciar ele, ele tentou matar ela, só que não conseguiu, sua mãe cresceu, boa parte da vida achando que a mãe estava morta, chorando por isso, e Carmem ficou longe da filha, quando Vanessa conheceu Logan e me apresentou sua mãe, eu já conhecia ela, havia a salvado de um maníaco que a perseguia com o codinome escorpião, que mais tarde viemos saber que era um amigo dela chamado Ruan e que foi morto. Sua mãe começou a se envolver comigo, e seu avô descobriu, ele deu uma surra na sua mãe e a deixou trancada em casa, eu que salvei ela, mais tarde ele ainda a seqüestrou, me fazendo pagar um resgate milionário, era para esse infeliz ter sumido.- Ethan falou socando a mesa. Benjamin ficou estático com tudo o que ouviu, Liam não era nem de longe o cara que ele pensava, ele o viciou em drogas para se vingar dos seus pais, ele havia feito tudo de caso pensado e Benjamin se sentia ainda pior.

-Ele sabia o que falar, sabia o que dizer, ele me ofereceu drogas, me levou até Thiago o traficante que me forneceu tudo, e me transformou nisso- Benjamin falou com pesar, Ethan sentiu seu sangue ferver, Liam mexeu com seu ponto fraco, mexeu com seu filho, mas dessa vez não teria perdão, dessa vez teria sangue, olho por olho, dente por dente.

-Eu vou matar ele- Ethan falou com ódio.

-Pai, isso não é tudo- Benjamin falou frustrado e Ethan o olhou.

-Quando fiquei três dias foras, me droguei direto e não estava com dinheiro, o traficante que eu peguei as drogas, o Thiago, veio me cobrar, falou que a dívida estava alta, muito alta, eu não ia pagar, mas então ele ameaçou a Tami, e eu não podia deixar ela pagar por um erro meu. Eu dei meu carro para ele- Benjamin falou e já estava em lágrimas, Ethan se aproximou do filho colocando sua mão no ombro de Benjamin, ele não brigaria, sabia que o filho tinha chegado ao fundo do poço e ele faria de tudo para tirar o garoto de lá.

-Mas ele falou que o carro não cobria a dívida me cobrou mais cem mil. Ele não brincou quando disse que pegaria Tami, pai por favor não deixa ele fazer mal a ela- Benjamin disse e chorou como um bebê nos braços de sua mãe.

-Sabe o endereço dele?- Ethan perguntou e Benjamin assentiu.

- Me passe o endereço dele, eu vou resolver isso.- Benjamin assentiu, Dakota ficou preocupada, mas sabia que seu marido daria um jeito.

-Pai eu vou me internar- Benjamin falou e Ethan abraçou o filho.

-E eu vou estar ao seu lado, sempre- Ethan falou.

-Sobe com ele Dakota, vão descansar, eu vou resolver isso e logo estarei aqui- Ethan falou e Dakota assentiu subindo com o filho.

         Quando Ethan se viu sozinho no escritório, respirou fundo, acharia Liam e faria o que já deveria ter feito há muitos anos, Liam havia tirado seus pais, quase lhe tirou Dakota, e ainda tentou tirar Benjamin, tocar em Benjamin foi o estopim, Liam havia declarado guerra e dessa vez nada faria Ethan Fontaine recuar, pegou o interfone ligando para a sua segurança.

-Preciso de seis homens comigo, bem armados, para daqui a dez minutos, chame o Logan por favor- Ethan falou e desligou o interfone, seu melhor amigo, seu irmão, era seu vizinho, logo não demorou muito e Logan entrou pela porta do escritório com uma cara preocupada.

-Está tudo bem? –Logan perguntou.

-As coisas estão começando a ficar bem- Ethan falou sorrindo e contou tudo para Logan que ficou feliz, por Benjamin resolver se tratar, feliz que Sophie havia falado, e também estava disposta a superar, e sentiu um prazer enorme quando ouviu de Ethan que eles iriam atrás do traficante que havia fornecido drogas para o seu filho.

 

(...)

         Depois que acertaram todos os detalhes, Logan e Ethan saíram com os seguranças, chegaram até as partes baixas de Orlando, mal saíram do carro e os capangas do traficante Thiag, logo sacaram suas armas, Ethan sorriu debochado olhando para a sua segurança, que estava muito melhor armada, não precisou de um sinal, os seguranças de Ethan, atiraram a sangue frio em todos os capangas, Ethan sorriu pulando eles, tirou uma arma da sua cintura e investiu contra a porta, deu um chute na mesma causando um estrondo, encontrou um cara na faixa dos trinta anos, estava com três mulheres com ele, todas nuas.

-Thiago?- Ethan perguntou e Thiago tremendo assentiu.

-Ok, vocês vadias, para a rua-Ethan falou e as garotas saíram correndo.

-Quem são vocês? O que querem?-Thiago falou tentando manter a pose.

-Ethan Fontaine, prazer- Ethan disse debochado.

-Eu vim pagar a dívida do meu filho- Ethan disse guardando a arma e Thiago ficou mais calmo assumindo a postura de “traficante perigoso”.

-Acho bom mesmo- Thiago disse Ethan olhou para Logan que negou rindo e partiu para cima de Thiago, deferindo socos e chutes na cara do mesmo.

         Quando Thiago já estava todo ensangüentado, Ethan o soltou.

-Cadê a chave do carro do meu filho?- Ethan perguntou e Thiago apontou para a mesa, Logan revirou tudo e achou a chave.

-Considere hoje como o seu dia de sorte, porque preciso que você seja o meu garoto de recado, eu sei que você sabe do Liam, pode não saber como encontrar ele, porque aquele filho da puta é esperto, mas ele vem até aqui, diga para ele, que o plano dele falhou, ele não conseguiu acabar com a minha família, pede para ele se preparar, porque Ethan Fontaine está fazendo uma caçada mortal contra ele. E esse foi o pagamento da dívida do meu filho, acho bom você ficar longe dele e de qualquer pessoa da minha família ou amigos, se algo acontecer com eles, eu vou te achar Thiago, e não vou mais te dar uma surra, estamos avisados- Ethan perguntou chutando a barriga do traficante, que assentiu com dor.

-Ótimo e para você ver que eu não estou de brincadeira- Ethan falou e estendeu a mão pegando com Logan um alicate, e sem demora cortou um dos dedos de Thiago que gemeu e chorou de dor, Ethan sorria enquanto via o sangue espirrar.

-Acho que ficou claro, que não estou brincando, entende que ninguém passa um Fontaine para trás, não vai ser você um traficante de merda que vai fazer.- Ethan falou e saiu, sem saber se Thiago conseguiria socorro antes de morrer por estar perdendo tanto sangue e machucado, ele até queria que o recado fosse passado a Liam, mas se Thiago morresse não faria falta.

 

(...)

 

         Liam estava com presa, estava recolhendo sua parte nos lucros, com os traficantes de Orlando, faltava Thiago que sempre lhe rendia os melhores lucros, mal chegou perto da casa de Thiago e estranhou sangue na porta, pegou sua arma e adentrou o local encontrando um Thiago todo machucado sendo tratando por uma puta.

-Acho que alguém se envolveu em uma briga- Falou Liam debochado guardando a arma.

-Nos envolvemos- Thiago falou e Liam franziu a testa.

-Sabe quem fez isso? Sabe quem matou meus capangas e quase me matou? Ethan Fontaine, e adivinha ele me deixou vivo para te dar um recado, ele está te caçando Liam, uma caçada mortal- Thiago falou e Liam ficou furioso, seu plano havia dado errado, na certa aquele fedelho de merda, havia contado para Ethan, ele precisava de uma solução rápida.

-Thiago, já deu seu recado?- Liam perguntou e Thiago assentiu.

-Ótimo- Liam disse pegando a arma e atirando na testa de Thiago e da mulher que estava cuidando dele.

-Se Ethan pensa que isso acabou, está muito enganado, isso está apenas começando.- Liam falou saindo rápido dali.

 

(...)

Dois dias haviam se passado, estava difícil para Benjamin se controlar e não ter vontade de se drogar, sempre que a vontade vinha ele procurava ficar com a sua irmã e com a sua família, ele já havia aceitado se internar, e faltavam 2 dias para a sua internação, ele estava usando esse dia para arrumar suas coisas, estava no quarto quando seu pai entrou.

-Eu ainda não tinha te devolvido, mas acho que agora já posso te devolver, espero que volte logo para usar- Ethan falou entregando a chave do carro para Benjamin que o olhou surpreso, seu pai havia dito que resolveria o problema com Thiago, e Benjamin estava tão bem sem pensar nisso que resolveu não perguntar, mas agora que seu pai estava ali lhe estendendo novamente a chave do carro, a curiosidade falou mais alto.

-Como conseguiu recuperar?- Benjamin perguntou surpreso.

-Basta você saber que Thiago não vai ser mais um problema, se concentra no seu tratamento, será intensivo, a médica disse que se você conseguir levar, em três meses você saí.- Ethan falou com lágrimas nos olhos, ele sabia o que significava intensivo e Benjamin  também.

-Vai ser horrível ficar três meses longe de vocês, eu não posso nem receber visitas- Benjamin falou suspirando.

-Vai passar rápido filho, é para o seu bem- Ethan falou abraçando ele.

-Eu te amo pai, eu te amo muito- Benjamin falou e Ethan o apertou ainda mais forte.

-Eu te amo meu filho, e daria a minha vida pela sua, sem pensar duas vezes, vamos sair dessa juntos.- Ethan falou e Benjamin assentiu.

-Tami ligou ontem- Ethan falou ajudando o filho com as malas, Benjamin suspirou.

-Eu sei, mas não quero me despedir dela, acho que a saudade vai ser pior.- Benjamin falou e Ethan nada disse, a porta foi aberta e uma Dakota chorosa entrou.

-Vocês não estão arrumando a mala, desse jeito não vai caber nada- Ela disse se aproximando dos dois e começando a dobrar as roupas do filho, um soluço escapou de seus lábios e Benjamin que já ultrapassava o tamanho da mãe a abraçou.

-Calma senhora Fontaine, três meses passam logo-Benjamin falou e Dakota colocou a cabeça na curva do pescoço do filho.

-Promete que vai se cuidar, promete que vai comer, e obedecer os médicos?- Dakota falou e Benjamin assentiu.

-Será que pode ligar para a vovó, para os meus padrinhos, Miguel e Matheus e pedir que eles venham aqui.- Benjamin falou e Dakota assentiu.

         Na verdade Benjamin queria conversar particularmente com todos eles, primeiro veio a sua vó, que o sufocou em intermináveis abraços, depois de dar alguns puxões de orelhas e chorar bastante, mais do que Dakota, Carmem fez o neto prometer que faria tudo para em três meses estar com eles novamente, depois foi a vez da sua madrinha, que o abraçou e claro chorou, mas deu sua visão como médica, disse que não seria fácil, disse que Benjamin precisaria de uma âncora algo forte e bom o suficiente, tão viciante quanto as drogas para conseguir passar pelas crises de abstinência e Benjamin pensou muito sobre qual sensação poderia ser sua âncora, depois veio seu padrinho, que chorou um pouco, deu seus conselhos e disse que sentiria saudades, não demorou muito e entrou Matheus, Benjamin fez ele prometer que cuidaria de Tamires e não deixaria nenhum babaca se aproximar, eles riram e por fim Matheus pediu que o Benjamin que era seu irmão voltasse logo, por último e talvez a conversa mais longa, foi com Miguel.

-Posso entrar?- Miguel perguntou

-Claro- Benjamin disse, Miguel sentou na cadeira de frente para Benjamin.

-Primeiro me desculpa pelo soco e tudo o que eu falei naquele dia estava descontrolado.- Benjamin falou e Miguel sorriu.

-Tudo bem o soco nem doeu tanto- Miguel disse rindo e Benjamin o acompanhou.

-Eu te chamei aqui para te pedir algo- Benjamin falou e Miguel o olhou atentamente.

-Eu nunca entendi a sua relação com a minha irmã, e no fundo algo em mim grita que o dia que eu entender não vou gostar- Benjamin falou enciumado.

-Sophie... Sophie é como uma irmã- Miguel falou tão incerto que quase saiu como uma pergunta.

-Você sabe que Sophie falou depois de meses, comigo, você sabe que ela está se recuperando e sua companhia sempre foi importante para ela, eu vou passar três meses fora, sem ter nenhum tipo de contato, eu preciso ter certeza que você vai cuidar dela, fazer o possível para que ela se sinta bem e sorria, não deixe ela pensar em como eu estou, você pode fazer isso?- Benjamin falou e Miguel assentiu.

-Eu posso, mas volta logo irmão- Miguel falou e eles se abraçaram.

 

         A noite caiu, Benjamin seria internado no outro dia a tarde, queria acordar cedo para aproveitar com a sua família, estava quase dormindo quando a porta do seu quarto foi aberta e Sophie se jogou na cama dele.

-Que foi princesa, não está conseguindo dormir?- Benjamin falou e Sophie negou.

-Quero dormir com você, vou sentir saudades- Sophie falou triste.

-Ei, três meses passam logo, eu vou voltar melhor e quero te encontrar melhor, você sabe que o papai, tio Logan, Matheus e Miguel são de confiança, confie neles, se permita novamente Sophie- Benjamin falou e Sophie assentiu.

-Posso dormir com você?- Sophie pediu e Benjamin sorriu assentindo, logo um latido foi ouvido e Spike pulou na cama.

-Acho que ele também vai sentir saudades- Sophie disse vendo o cachorro lamber a cara do irmão e eles riram antes de deixar o sono os levar.

 

(...)

         No outro dia eles acordaram cedo, Sophie foi para o seu quarto se arrumar para o café e Benjamin foi tomar seu banho, estava nervoso, mas sabia que precisava passar por aquilo, se Sophie estava sendo tão corajosa o mínimo que ele poderia fazer era ser corajoso também.

         Saiu do banheiro enrolado na toalha e tomou um susto ao ver Tamires sentada em sua cama, com uma camisa dele nas mãos, ela estava linda, usava um vestido florido de alcinha, que batia na metade de suas coxas torneadas, nos pés uma rasteirinha, os cabelos com cachos nas pontas, sem maquiagem, ela era linda ao natural.

-Seus pais me deixaram subir- Ela disse rápido.

-Por que você não atendeu minhas ligações, por que você não queria se despedir de mim?- Ela perguntou e Benjamin não a olhou.

-Olha para mim, por favor- Ela pediu chorosa e ele a olhou.

-Porque eu não suportaria me despedir de você, porque a saudade ia aumentar, porque eu te amo porra, eu te amo muito- Ele disse e se jogou na cama com as mãos no rosto, Tamires ficou em cima dele com uma perna de cada lado.

-Eu também te amo muito, sempre te amei- Ela disse e beijou os lábios de Benjamin, o beijo era apaixonado, mas foi ganhando forma e vontade, Benjamin virou ficando por cima dela, e olhando fundo nos seus olhos, viu todo o desejo que tinha refletidos nos olhos da garota.

-Se você não me mandar parar, eu não vou me segurar.- Benjamin falou e ela sorriu.

-Não para, eu quero ser sua como sempre fui.- Tamires falou e ele sentiu seu coração bater mais rápido.

-Tem certeza?- Ele perguntou e ela assentiu.

         Ele voltou a beijar sua boca sem pressa, seus beijos foram descendo pelo pescoço da garota, onde fez questão de marcar com um grande chupão, fazendo a mesma gritar.

-Espero que dure três meses- Ele falou maroto, e desceu devagar as alças do vestido dela, beijou lentamente seus ombros, Tamires estava com os olhos fechados em deleite, as mãos firmes de Benjamin começaram a passear livremente pelo corpo da garota, ele apertou suas coxas com força, e foi subindo o vestido fino que ela usava, tirou o vestido com cuidado, tendo a visão da morena só de lingirie, ela era linda ele facilmente se perderia em seu corpo, em suas curvas, nos seus traços, beijou o pescoço da garota e desceu beijos pelo seu decote, fazendo Tamires, gemer em antecipação, e ansiar pelo seu toque, ele sorriu ao ver a menina tão entregue a ele e ao desejo, beijou suas coxas, deu um beijo na intimidade da menina por cima do pano da calcinha, soltou seu sutiã, jogando longe, assim como fez com a calcinha, levantou apenas para olha a menina completamente nua, era melhor do que ele poderia imagina, pensou em como pode ter sido tão idiota e não ter admitido que amava aquela mulher a sua frente, talvez muitas coisas pudessem ter sido evitadas, mas agora na queria mais pensar nisso, ele só queria aproveitar a sensação de ter a morena nua em sua cama, Tamires seu dúvidas era a sua melhor droga, ele estava completamente duro, mas queria fazer tantas coisas com o corpo da menina que precisou se controlar, primeiro massageou um dos seus seios enquanto colocava o outro na boca, sem sombra de dúvidas para Tamires, o paraíso era estar nos braços de Benjamin, sentindo seus toques sentindo sua língua, Benjamin sugava com tanta vontade seus seios, ele literalmente mamava nela, enquanto massageava o outro seio, ele intercalava, chupadas, lambidas em seus mamilos sensíveis e carícias, que já estavam levando a menina a loucura.

-Benjamin- Ela falou em um gemido com a voz completamente entorpecida, e ao ouvir seu nome sair da boca da garota daquela forma, um tigre rugiu dentro dele.

-Fala de novo- Ele falou olhando para a menina que não entendeu.

-Diz meu nome de novo daquela forma- Ele pediu colocando o outro seio da garota em sua boca, e não foi difícil para ela atender ao pedido dele, ela gemeu, gemeu seu nome alto, ele desceu beijos por sua barriga finalmente ficando de cara para o seu sexo.

-Seu cheiro é maravilhoso, eu preciso experimentar você- Ele disse e sem demoras enfiou sua língua quente na intimidade molhada de Tamires fazendo ela se contorcer em prazer, ela estava com os olhos fechados, agarrando os lençóis de sua cama.

-ahaaa- Ela gemeu ofegante, quando a língua de Benjamin passou a ser introduzida enquanto um dos seus dedos, brincavam com o seu clitóris, depois ele inverteu, sua língua passou a brincar com o clitóris da menina enquanto um de seus dedos a penetrava, assim que ele colocou um dedo, sentiu a menina ficar retraída, começou devagar e viu o quanto ela era apertada, sorriu com isso, depois colocou mais um dedo, e a garota chegou ao ápice, ele lambeu tudo, não queria perder uma gota, assim que Tamires se recuperou, empurrou Benjamin ficando por cima dele, jogou a toalha que estava enrolada na cintura dele, longe, e deu de cara com seu membro, estava tomada por uma coragem incomum, mas logo ficou insegura.

-Você não precisa fazer isso, se não quiser- Benjamin falou calmo.

-Eu quero fazer, só não quero te decepcionar- Ela disse baixo.

-Isso seria impossível- Ele disse então a garota beijou a cabeça de seu membro, para depois o abocanhar de vez, Benjamin segurou nos cabelos dela mas não precisou ditar os movimentos, ela sabia muito bem o que fazer, ele estava chegando ao paraíso, Tamires sentiu as veias do membro dele engrossarem, ela sabia o que vinha a seguir, Benjamin tentou a afastar mas ela não permitiu, ele se derramou por inteiro na boca da garota, e ela tomou tudo, levantou ainda extasiada olhando para ele, e percebeu que tinha sêmen no canto de sua boca, em um ato super natural, passou seu dedo por ali o colocando na boca, o gosto de Benjamin era maravilhoso, ela não sabia mas aquele ato deixou Benjamin em estado de alerta novamente, ela olhou para ele como se tivesse feito algo errado e ele riu, ficando por cima da menina.

-Como consegue ser tão sexy sem perceber- Ele disse beijando a boca dela, abriu a gaveta da sua cômoda sem separar o beijo, pegou uma camisinha, se afastou para colocar.

-Se eu te machucar me fala- Ele falou abrindo as pernas da menina que assentiu fechando os olhos.

-Não, não fecha os olhos, deixa eles abertos- Ele pediu, ele queria saber até quanto a garota suportaria a dor, lentamente ele foi a penetrando, quando sentiu que ela já estava molhada o suficiente, investiu fundo, rompendo a barreira, Tami gritou cravando as unhas em suas costas.

-Caralho, você é tão apertada- Ele disse enquanto investia devagar, mas logo eles pegaram o ritmo e se entregaram ao prazer, Tami gozou primeiro e Benjamin a seguiu, ele caiu ao seu lado ofegante.

-Eu te machuquei?- Ele perguntou depois que a respiração de ambos havia se normalizado.

-Não, foi maravilhoso- Ela disse extasiada.

-Você é minha- Ele disse lhe dando um beijo.

-Toda sua- Ela disse sorrindo.

-Oficialmente também- Ele disse e ela sorriu.

-Isso é um pedido de namoro?- Tami disse sorrindo.

-Acho que não precisamos de um pedido né?- Ele disse e ela gargalhou.

-Com certeza não- Ela disse e eles passaram a tarde se amando, e trocando juras de amor, estar com Tami fazia Benjamin esquecer tudo, até a vontade de se drogar, era ela a âncora que sua madrinha havia falado, era Tami, era essa sessão de prazer que eles estavam passando, era nesse momento que ele pensaria, fazer amor com Tami, era viciante e muito melhor que qualquer droga, então ele pensaria nisso, e sempre nesses momentos de entrega, de troca de prazer de ambos, perderam as contas de quantas vezes se levaram ao prazer, só perceberam que a hora passou quando Dakota bateu na porta.

-Bom eu não vou perguntar se posso entrar, porque tenho certeza que não posso, Benjamin você precisa descer, está na hora.- Dakota falou e Benjamin percebeu a voz embargada da mãe, olhou para Tamires que estava triste.

-Vai passar rápido- Ele falou acariciando o rosto da morena.

-Eu vou pensar em você todos os dias- Ela disse passando as unhas de forma leve pelo braço do rapaz.

-E eu em todos os segundos- Ele disse dando um beijo apaixonado nela.

         Tomaram um banho juntos em meio a carícias se vestiram e desceram, todos estavam lá em baixo esperando por eles, Matheus e Miguel o olhavam maliciosos, seu pai e seu tio Logan com um sorriso de quem sabia o que tinha acontecido.

-Parece que foi uma grande despedida- Matheus falou fazendo graça e Tami ficou roxa de vergonha.

-Perdemos o tempo conversando- Ela falou rápido.

-Conta para a gente que bicho selvagem participou da conversa e deixou você com essa marca no pescoço e o Benjamin com esses arranhões no braço- Matheus atentou mais uma vez, e Benjamin deu o dedo do meio para ele, com pesar e muito choro, se despediu de toda a família e de sua morena.

 

(...)

1 mês Benjamin na clíica.

         Fazia um mês que Benjamin estava na clínica, sem notícias da família, dos amigos e de Tamires, era horrível, suas crises de abstinência eram terríveis, logo no começo da internação, precisou ser levado para o quarto isolado, pois ficou muito agressivo, depois conversou com o médico, que o ensinou a controlar isso, a usar a tão falada âncora que sua madrinha havia mencionado, toda vez que a vontade chegava, Benjamin lembrava daquele dia, lembrava da sensação de ter Tami nua na sua cama,  cada vez a vontade de se drogar era menor, o único sentimento que sempre crescia em seu peito, era a saudades.

 

(...)

 

Dois meses depois:

         Hoje era o dia do aniversário de Sophie, a menina faria doze anos, ela já estava bem melhor, Ethan tentou algumas vezes tirar da menina quem poderia ter feito tanto mal a ela mas a mesma recusou falar, a terapeuta estava indo com muita calma, e ainda não tinham chegado a isso, ela havia dito que o melhor era a família não pressionar, Sophie já não sentia tanto medo do sexo oposto, voltou as suas roupas normais, mas ainda não ficava de biquíni ou peças mais curtas, toda vez que estava no escritório do seu pai e algum segurança entrava na casa a garota ficava em estado de alerta e se encolhia perto do pai, por essa razão, Ethan preferiu limitar o acesso dos seguranças na casa, toda vez que eles tivessem que fazer alguma ronda, deveriam informar antes, para que Sophie ficasse no quarto, todos os dias a menina falava do irmão, todos sentiam muitas saudades de Benjamin.

         Para comemorar o aniversário de Sophie, ela não quis nada grande como das outras vezes, ela optou por algo simples, só com sua família, sua avó, Vanessa, Logan, Matheus, Miguel e Tamires.

         Ela já se sentia a vontade com a presença de Matheus e Miguel, mas não era a mesma coisa que antes e eles respeitavam o momento da menina, estavam todos na área externa da casa, e o bolo havia chegado para Sophie soprar as velas, era um bolo branco com pasta azul e uma boneca segurando um cachorro, ela adorou, viu as velas de doze anos, mas não quis soprar.

-Vamos filha, assopre as velas- Ethan falou.

-É a primeira vez que vou soprar as velas e Benjamin não vai estar aqui- Ela falou triste.

-Não quero velas esse ano- Ela disse.

-Poxa, mas é tradição, todo ano sopramos juntos- Ela olhou para trás surpresa e viu o irmão com as malas, todos menos ela sabiam que Benjamin estava chegando, mas não sabiam a hora, assim que ela viu o irmão pulou em seu colo.

-Você voltou, voltou- Ela dizia alegre.

-E você acha que eu deixaria de soprar a vela com a minha princesa esse ano?- Ele disse e ela lhe deu um beijo estalado na bochecha.

-Você vai ficar, para sempre?- Ela perguntou com receio que ele dissesse que não.

-Sim, eu vim para ficar para sempre- Ele disse e olhou Tamires que o olhava com lágrimas nos olhos.

         Todos cantaram parabéns, e como já era tradição, Benjamin soprou as velas com sua irmã, chegou a hora de entregar os presentes, o último a dar o presente foi Miguel, que deu uma pulseira para ela com pingentes de cachorro, ela colocou o presente na hora e deu um abraço sincero nele, que retribuiu se sentindo bem com a aproximação da garota, o telefone tocou e Dakota foi atender.

Ligaçãoo on:

-Dak, sou eu Alex.

-Que amigo desnaturado, quanto tempo, está tudo bem?

-Na verdade não, faz dois meses que meu pai morreu e agora quem caiu doente foi a minha mãe, minha vida está de ponta a cabeça, fui um péssimo padrinho, como está a minha menina?

-Agora está bem melhor, já aceita o contato com os outros, voltou ao grude com o Ethan, acho que agora as coisas estão se encaixando.- Dakota falou e Alex sentiu uma raiva dentro de si.

-Eu vou resolver algumas coisas, meu pai tinha uma empresa aqui, preciso ver o que vou fazer com ela, cuidar da minha mãe, acho que passarei mais um tempo longe, mas vou voltar assim que possível, você não imagina a saudades que estou de Sophie- Ele disse e Dakota não percebeu mas ele estava com muita malícia na voz, na verdade ele estava vendo o vídeo que fez quando estuprou Sophie e se tocando ao mesmo tempo, se controlando para não gemer no meio da ligação

-Tudo bem- Dakota falou compreensiva.

-Hoje é aniversário dela, deixa eu falar com a princesa- Alex falou e Dakota foi com o telefone até Sophie.

 

-Sophie, seu padrinho ele quer falar com você- Dakota falou e a garota arregalou os olhos, e se agarrou ao pai.

-Eu não quero falar, por favor pai eu não quero falar- Sophie falou e Ethan entendeu, que a filha estava confiando nas pessoas aos poucos, Alex estava afastado, logo o processo com ele também seria longo, olhou para Dakota negando e a mesma suspirou.

 

-Alex acho que não é uma boa hora, volte o quanto antes, Sophie está em uma fase que precisa confiar de novo. Espero que tudo fique bem.- Ela disse

-Tudo bem Dak, deixa um beijo meu para ela, até breve- Ele disse e desligou o telefone.

Ligação off.

         Dak voltou para a sala, e Sophie ainda apertava seu pai, então achou melhor não falar que Alex tinha mandado um beijo. Aos poucos Sophie foi se soltando de novo.

         Ethan via tudo com um sorriso largo nos lábios, a um pouco mais de seis meses atrás, estava enfrentando problemas com droga, estupro e sua família se desmoronando, agora estava ali, vendo seus filhos, Benjamin bem e curado, Sophie se mantendo e sendo forte, todos felizes, ele sabia que o caminho era longo, e sentia dentro de si, que seu coração só encontraria a paz total quando matasse Liam e quem fez aquilo com Sophie, mas por hora estava feliz, por saber que sua família era forte.

         Sorriu ao ver que Benjamin tinha sujado Sophie com bolo, ela tentou acertar o irmão e acabou acertando, Matheus que acertou Tami que acertou Miguel, e todos estavam correndo no jardim afim de se sujar.

-É um começo- Ouviu a voz delicada de sua mulher.

-Sim o começo de um longo caminho- Ele disse e beijou sua mulher com ternura.


Notas Finais


Espero que tenham gostado, comentem!! :)


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