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História Ruthless - Acerto de Contas.


Escrita por: TiaClara e AnneCGB

Notas do Autor


Chegamos amores, leiam sem moderação hahaha
sejam sinceras, ok, e comentem muito, precisamos saber o que acharam
Se alcançamos a expectativas de vocês, não posso falar mais sem soltar spoiler haha
GIRLS e BOYS SOCORRO
Gente queremos agradecer pela PRIMEIRA PAGINA DAS FANFICS MAIS COMENTADAS EM ORIGINAIS.
Obrigada, Obrigada e obrigada, estamos realizadas e felizes
até quarta se Deus quiser
LEIAM AS NOTAS FINAIS
OK? OK!

Capítulo 35 - Acerto de Contas.


Pov Sophie

Nunca em minha vida pensei que passaria por aquilo novamente, meu corpo foi jogado com força em cima daquela cama que tinha um cheiro desprezível, o cheiro dele, me desesperava por sentir aquelas mãos grandes e horrendas tocando em mim, tentava não escutar os gritos chorosos de Miguel, ele pedia e implorava que me soltasse, pedia para que Alex o encarasse, que ele o mataria, mas nós dois sabíamos que nada daquilo adiantaria, Deus, eu me sentia totalmente vulnerável, sabia que Miguel não poderia fazer nada por mim  e não o culpava, ninguém tinha culpa, soluços cortavam minha garganta enquanto sentia o arfar daquele homem em meu ouvido, sentia o pênis dele ereto sobre o grosso do seu jeans em minha perna desnuda, dessa vez, não tinha dor física pelos golpes deferidos em mim, ou tão pouco estava com medo, eu só pedia a Deus que aquilo acabasse logo, eu daria a volta por cima, eu era uma Fontaine, como papai brincava tínhamos o sangue azul, eu iria ficar de cabeça erguida, mas toda essa força foi dissipada quando olhei para meu lado oposto e vi Miguel caído no chão de tanto forçar para se soltar das cordas que eu tinha conseguido afrouxar um pouco, seus olhos estavam vermelhos, a blusa branca que ele usava estava suja devido ao local que estávamos, seu ombro onde tinha o ferimento causado pela tiro que ele levara estava com sangue, sinal do esforço que estava fazendo, nunca o vi tão louco e tão mal como naquele momento e chorei quando ele disse aquelas palavras que me marcaria para sempre .

-Me perdoe Sophie, mais uma vez não pude te proteger.

Escutei a risada escandalosa e tenebrosa de Alex em meu ouvido.

-Eu que a protejo de você seu tolo, ela é minha, e você verá isso quando ela gemer para mim- Alex dizia com um olhar mortal sobre ele.

-DESGRAÇADO- Miguel gritou a plenos pulmões e foi nesse momento em que ouvi as grandes portas de madeira do galpão bater contra parede e umas delas se soltar da dobradiça, e lá vi a solução, a fé e esperança renascer em mim, meu pai estava junto do meu irmão com uma arma apontada para Alex.

-Eu disse que nosso acerto de contas um dia chegaria escorpião, e esse dia chegou- Meu pai falou, eu chorava de alegria, de medo, era uma mistura de sensações em mim.

Alex se levantou e o que menos esperava naquele momento, ele fez, que foi me puxar e me dá um beijo a força nos lábios que doeram, meu pai atirou para cima o fazendo se soltar de mim.

- Finalmente esse jogo ficou mais interessante Ethan, já estava cansado de sempre ganhar.

-Tirem Sophie daqui- Meu pai gritou e vi quando Logan tirou uma jaqueta que usava e veio em minha direção, passando sobre meus ombros, pois no momento meus braços cobriam meus seios que estavam a mostra, vi que ele não tirava os olhos de seu filho.

-Pode ir lá tio, estou bem- Ele assentiu e foi até Miguel o desamarrando e o ajudando a se levantar, estava em um canto e percebia que Alex olhava sua arma que estava no chão perto da cama, e meu pai com a arma apontada para ele, ele não podia se mexer um centímetro que meu pai o matava, Miguel se levantou e nem se importou com o pai que o olhava aflito, correu para mim me abraçando e me olhando de baixo a cima, olhando provavelmente as marcas que teria no meu rosto e me ajudando vestir a jaqueta e abotoando os botões, percebia suas mãos com carinho ao fazer isso, mas elas tremiam, ele estava com a sua proteção em mim, os olhos dele que sempre os via mais claros, mas dessa vez  eles estavam escuros, muitos escuros, quase acinzentados.

-Eu nunca me perdoaria se algo acontecesse com você, eu me mataria Sophie, não podia suportar aquilo novamente.

Eu não conseguia falar nada, foi aí que o choro me atingiu em cheio, a crise de pânico, chorava alto e tremia, ele me puxou para um abraço e pedia para me acalmar que meu pesadelo acabava hoje, mas eu não conseguia, sentia meu soluço ecoar pelo galpão

-Tirem ela daqui- Meu pai dessa vez falou mais alto e rude, vi Matheus vindo em minha direção e cochichou algo com o irmão que não pude ouvir e Miguel fez um aceno com a cabeça, concordando, Matheus me pegou no colo, visto que se desse um passo eu cairia, minhas pernas tremiam, como todo meu corpo, não me importava pela jaqueta que mal cobria minha bunda, sabia que aqueles rapazes nunca me fariam mal, e sabia que Matheus me via com sua irmã, ele começou a andar e olhei para Miguel que mal me olhava.

-Você não vem?

-Não, eu fico, eu preciso ficar.

Sabia que era pessoal para ele, como para todos, mas ele e meu pai a dor era maior, Ethan por ser meu pai, se culpar por todos esses anos e saber que eu e minha mãe sempre tivemos na mira desse homem, já Miguel por me amar mais do que a si mesmo, por se culpar também pelos minutos que se seguiram agora, eles queriam vingança, assenti e Matheus se pôs a caminhar comigo em seus braços, pegando a chave do carro do meu pai com ele.

-Eu nunca mais vou permitir que esse homem faça mal para você minha joia, descanse, está segura agora.

Senti seus lábios em minha testa e saímos daquele lugar, onde vi muitos seguranças que trabalhavam para meu pai ali, Alex não teria chances, por isso estava tranquila, Matheus me colocou no carro e saiu dali tão rapidamente, como chegou, coisa que levou menos de cinco minutos para ser feito, não sei o que me deu, mas meu corpo foi ficando mole e pesado, fechei os olhos me entregando ao cansaço que sentia, senti uma manta ser jogada de mau jeito em mim e abri somente um olho, vendo Matheus dividindo a atenção entre mim e a estrada

- Descanse Sophie, está segura agora pequena.

Dei um sorriso casto e me entreguei a escuridão.

Pov Narrador

- Então você gosta de brincar com mocinhas indefesas Alex- Ethan disse com o nojo aparente em sua voz- Eu vou te mostrar porque era considerado IMPIEDOSO.

Sim, Ethan antes de conhecer Dakota, antes de conhecer o amor, antes de ser pai, era um homem frio, que fazia tudo calculadamente, o amor o mudou, mas naquele momento ele iria usar a dor para defender o que era seu, o que ele conquistou, a sua família.

- Não vou ser covarde vou te deixar se defender, será apenas eu e você, nenhum deles irá se intrometer.

Ethan pegou sua arma e tirou o cartucho com as balas e Logan fez o mesmo com a de Alex.

- Para que tanta cena Ethan, me mate logo, mas isso não muda fato que Sophie é minha de corpo e alma.

Alex estava mais doente que nunca, seu lado obsessivo tomara conta de seu lado racional, porém, isso não mudava o fato de que ele era um desgraçado, nojento, pois arquitetava bem suas monstruosidades.

-Nós dois nos amamos, e isso ninguém pode mudar

Miguel trincou os dentes, e apertou os punhos, seu ombro nem doía, ele nunca sentiu tanto ódio e raiva como estava sentindo naquele momento.

Uma briga começou, pois Alex gritara que Sophie era sua, a sua doce Sophie, Alex podia ser maior, e mais trabalhado em massa corporal, mas Ethan era mais ágil, e seus anos de boxe o ajudava a se esquivar, um soco foi dado bem no maxilar de Alex que o fez cuspir sangue, Ethan deu um chute em sua perna, o fazendo cair de joelhos e segurou os cabelos de Alex que sempre fora de um tamanho razoável, o fazendo o encarar.

- Eu vou te ensinar que ninguém mexe comigo ou com os meus e sai impune.

Alex riu sarcástico e cuspiu no rosto de Ethan que limpou tranquilamente, aquilo teria volta mil vezes pior

- O amarrem- Ele gritou e dois de seus seguranças o prenderam na mesma cadeira que Miguel estava minutos antes

- Estou afim de brincar um pouco com você escorpião, e não quero ser interrompido quando se mijar, sabe eu nunca fiz tortura do modo que vou fazer agora, mas quero que saiba meu caro, você despertou o pior de mim.

Logan, Miguel e Benjamim, assistiam a tudo tranquilamente, nada daquilo os afetava, ele não merecia compaixão, se não tivessem chegado, Sophie sofreria mais um abuso sexual, e provavelmente Miguel seria morto.

Ethan passou seu olhar pelo local vendo uma mesa com uns utensílios enferrujados que estavam ali, melhor ainda, e Alex vendo onde Ethan olhava tão fixamente engoliu a seco, não queria demonstrar medo, mas não teve sucesso.

Por isso Matheus que saiu dali ele era mais fraco para certas coisas, e Sophie era nova para ver o que aconteceria ali.

- Vamos brincar um pouco com ele- Ethan estava irreconhecível e Logan percebeu isso, qualquer um que entrasse em seu caminho para tentar impedir ele mataria, contudo ele havia esperado por aquilo por anos.

Naquele momento era Miguel que estava cara a cara com Alex.

- Vou te mostrar porque Sophie é minha, vou te fazer pagar por cada lagrima e dor que ela sentiu por todos esses anos.

Sendo assim ele começou a disparar tantos socos no rosto de Alex, que seus dedos que estavam fechados em forma de punho, para murros, os socos doíam e  feria os dedos de Miguel, mas ele não parava, Alex estava visivelmente cansado, mas sua pose de durão estava ali, ele apanhava calado, vez ou outra soltava um gemido sôfrego, o que era estranho e diferente era que Miguel enquanto o batia  chorava, ele era bom, puro, uma alma doce, e lavava sua alma naquele momento, foi batendo e surrando Alex até sentir uma mão quente em seu ombro e escutou a voz de seu pai perto dele .

-Lembre-se de quem você é meu filho.- Logan falou e Miguel parou no mesmo instante, olhando o pai, recobrando a consciência de quem ele era.

-Tenho certeza, que agora que você foi pego, vai ter o que merece Alex, e conviva com seus últimos dias, sabendo que é comigo que Sophie vai estar, e por livre e espontânea vontade, é comigo que ela divide seus momentos bons, chora e procura consolo nos seus momentos ruins, você é só um merda Alex, e vai pagar por isso. 

Miguel saiu de perto do Alex, em seguida saiu daquele galpão, pegando o carro do seu pai e saindo dali ele não podia fazer aquilo ou presenciar aquilo, o que de fato era o certo, eles eram apenas jovens, não precisam ver ou fazer nada, quem poderia fazer bem a ele, e ele poderia fazer o mesmo, nesse momento devia estar em casa sofrendo e ele ficaria com ela, somente com ela.

- Meu cunhado pegou leve com você, mas vou te mostrar que nem todos são assim Alex, ou melhor titio- Benjamin falou sarcástico, e deu um soco em seu estomago o fazendo perder o ar, Benjamin dava tantos socos que Alex tinha o lábio e supercílio cortados, estava esgotado com uma cara de dor, mas um sorriso cafajeste ainda estava lá, como se nada o afetasse, Benjamin percebeu um cabo de aço no chão e o pegou dando a volta e ficando nas costas do Alex e passando em volta do seu pescoço  apertou o fazendo se debater tentando procurar por  ar.

-Pede desculpa ao meu pai, pelo que que fez a minha irmã, implora para não morrer seu bastardo, ANDA.

Benjamin gritava a todos pulmões e apertava com força cada vez mais, era possível ver cortes que o fio fazia no pescoço do homem,

-Me desculpem, por favor não me matem

Benjamin ainda apertava com força e olhava o pai que olhava Alex friamente, sabiam que aquelas desculpas eram da boca para fora, e mesmo se fossem verdadeiras não teria perdão, Alex estava começando a arroxear ele morreria logo se Benjamin não o soltasse.

-Chega meu filho, não quero que suje suas mãos.

Benjamim o soltou a contragosto, ele sabia que seu pai tinha razão, ele não se tornaria um assassino, ele seria pai dali a mais ou menos quatro meses iria começar sua vida dignamente, foi para seu padrinho e ficou com ele enquanto via seu pai se aproximar de Alex.

- Você implorou para não morrer e vou atender seu pedido desgraçado, mas não faço por pena ou compaixão, faço isso por não ser um assassino, mas vou te dizer algo Alex Meraz, sabe a diferença de mim para você, eu sou amado, eu tenho uma família linda, eu tenho a mulher que você sempre quis, essa mesma mulher me deu dois filhos lindos e fortes, eles passaram por tantas coisas e superaram, pois, esse é o nosso lema de família, a SUPERAÇÃO, você tentou mexer com Dakota que nunca te olhou com outros olhos, sabe por que? Porque eu sou o homem que ela escolheu para amar, e hoje em dia ela te odeia tanto quanto eu lhe odeio, e quer saber mais, a Sophie é amada, ela está crescendo, está se tornando uma mulher incrível, ela é amada por mim e ela tem o amor de um homem, esse mesmo homem a ama com loucura, paixão, desejo, ela vai ser feliz, ela é feliz e um dia ela vai ter seus filhos me dá muitos netos e você fará parte do passado dela, ela não vai se lembrar de seu rosto, sabe porquê? Porque o amor do meu afilhado a salva e a salvará todos os dias por toda a vida.

Alex tirou o sorriso cafajeste e se mostrou verdadeiramente abatido, como nunca se mostrou, ele o afetou, viu uma faca em cima da mesa e a pegou.

- Vou te deixar uma lembrança, você nunca mais poderá por essas mãos imundas em ninguém, segurem ele.

Dois seguranças seguraram as mãos de Alex que teve dedo por dedo cortado, enquanto um por um caia ao chão, o homem gritava e acabou se mijando tamanha era a sua dor, era uma cena um tanto cruel, aqueles dez dedos caídos no chão, Benjamin olhava para o outro lado, ele não vira aquela cena a pedido do pai, Ethan queria poupar os jovens o máximo que podia, toda  violência que já presenciaram eram brigas com socos e chutes nada mais que isso, Alex desmaiou, era insuportável aquela dor, eles o amararam e  juntos foram em uma SUV, não antes de Ethan atear fogo naquele galpão, todo passado doloroso de sua menina iria ficar para trás.

Ao passar em frente à delegacia jogaram o corpo fragilizado de Alex e saíram dali.

Ao chegarem em casa, encontraram Sophie que estava deitada no sofá e dormia no ombro de Miguel que também, cochilava, Ethan queria a abraçar e dizer que acabou, que nunca mais aquele homem voltaria, no entanto com a voz ressentida ele teve que admitir que Miguel era o melhor para ela naquele momento, e ele tinha que aceitar depois do menino ter presenciado tudo e quase ver sua filha violentada mais uma vez, ele era merecedor dela, nunca duvidou disso, ele tinha que aceitar que Miguel nasceu para sua filha.

Resolveu falar com Dakota, que estava bem mais calma, depois que sua filha passou pela porta de casa com Matheus, bem.

(...)

Foi um alvoroço quando o delegado viu quem era a vítima que seus policias haviam falado, era nada mais, nada menos que seu procurado número 1 da sua lista de criminosos, ele sorriu ao ver o estado do cara, ele sabia que uma só pessoa poderia fazer aquilo, Ethan Fontaine, o certo seria conversar com Ethan, no entanto ele deixou passar, arquivaria aquele caso, deixaria aquele homem ser feliz com a família dele.

Alex olhou o delegado a sua frente, ele estava todo acabado, seu rosto estava todo machucado e arroxeado e sua mão já estava enfaixada para que onde os dedos ficavam, cicatrizassem.

-Senhor Meraz, finalmente você vai pagar pelos seus erros, levem ele para cela.

- Para uma cela especial senhor, visto que ele é filho de um policial que era muito influente.- Um dos seus policiais falou.

O delegado viu o sorrisinho de Alex triunfante, ele não poderia ter honrarias por causa do pai.

-Não, põe em uma cela comum, e pode avisar que se trata de um estuprador, sabe como os rapazes gostam deles.

- Vocês não podem fazer isso em respeito à memória de meu pai,

Pela primeira vez Alex falava com medo na voz presente.

- Seu pai seria o primeiro a não te dar regalias, conheci a índole do doutor Meraz.

Ele saiu gritando e arrastado por dois policias que gritavam no corredor, "estuprador na aérea", os presidiários que estavam ali, gritavam e xingavam, eram assassinos, drogados, ladrões, e todos esses bandidos, tinham repulsa por um estuprador, pois mulheres nunca tinham força para competir com um homem, Alex foi jogado em uma sala com três companheiros dois negros e um ruivo com sardas na bochecha, todos altos e muito bem definidos, eles eram assassinos e o ruivo era um chefe de máfia.

-Então essa é a nossa nova mulher, rapazes vamos ter uma festa particular por uma temporada- O ruivo que comandava os outros falou com um a voz alta e grossa que botaria medo facilmente em qualquer um.

-Vocês não podem tocar em mim, eu tenho dinheiro, eu tenho nome, não toquem em mim por favor- Alex já falava chorando, tamanho era seu desespero, o ruivo olhou para um dos rapazes que sorriu e se aproximou de Alex, puxando seus cabelos.

-Me diz uma coisa, quando a garota que você estuprou, pediu por favor, você deu, você foi bondoso, por um mísero segundo, deixou ela ir, e a livrou da dor imensa de conviver com um estupro? - Um dos caras perguntou sarcástico.

-Por favor não façam isso, por favor, eu pago a vocês, eu pago, por favor- Alex pedia de joelhos, juntando as mãos machucadas.

-" Por favor", "pagar", nós é que pagamos pelo simples fato de ver pessoas como você pagando por esse crime hediondo, agora você vai aprender a nunca mais estuprar mulher, agora você vai ver como um estupro pode ser bom, façam as honras.- O homem ruivo falou, dando a ordem.

Os dois negros levantaram Alex com agressividade, arrancaram a roupa dele, rindo dos pedidos chorosos e implorativos de Alex.

-Vejam como nossa mulherzinha é gostosa.- O ruivo falava levando Alex até a frente da cela, mostrando para os outros presos, que gritavam e excitação, e comemoração.

-Vocês querem ver ele gemendo? - O ruivo perguntou e os presos foram ao delírio batendo nas grades, e gritando calorosos, "sim".

-De joelho, covarde- O ruivo falou e Alex se recusou, o ruivo riu, e chutou os joelhos de Alex, fazendo o mesmo ficar curvado.

-Eu mandei ficar de joelhos.- O ruivo falou desabotoando suas calças, passou seu pênis ereto pelo rosto de Alex, que fechou a boca e virou o rosto tentando evitar aquele contato o máximo que podia.

-Agora abre essa boquinha e me chupa vai, mas chupa com carinho, se morder, se eu sentir seus dentes, eu arranco eles, um por um.- O ruivo falou forçando a boca de Alex, para abrir, assim que o mesmo conseguiu uma abertura suficiente enfiou todo o seu membro na boca do rapaz, fazendo o mesmo engasgar, e os presos todos gargalharem e gritar em euforia, ele literalmente fodia a boca de Alex, e toda vez que o mesmo pensava em uma forma de se livrar, era agredido de alguma forma. Quando o ruivo chegou ao seu ápice na boca de Alex, e o mesmo pensou em cuspir, ele segurou pelos cabelos do mesmo, virando a cabeça dele para trás.

-Agora você vai engolir, engolir tudo, anda- O ruivo falou e vendo que não teria outra alternativa, Alex, engoliu o líquido viscoso que desceu rasgando pela sua garganta, ele chorava desesperado, estava com medo, dolorido, se sentindo humilhado, caiu no chão exausto.

-Está pensando que acabou, mocinha, a bonequinha já cansou galera.- O ruivo falou fazendo os presos gargalharam.

-A brincadeira só está começando, boneca- O ruivo falou rindo.

-Rapazes, façam as honras, arranquem as pregas desse babaca.- O ruivo falou e o primeiro negro se aproximou do corpo nu de Alex, o colocando de quatro, não sem antes, aterrorizar Alex, com seu membro duro, grande e grosso.

-Preparado boneca, ou vou ter que dar uma cuspida para lubrificar- O negão falou rindo, e indo para trás de Alex, que se debatia, mas o cara era muito maior que ele, então não precisou de muito esforço para o imobilizar, e o deixar sem condições de se mexer, deu uma primeira estocada forte e fundo em Alex, fazendo o mesmo gritar e chorar de dor, para Alex era doloroso e humilhante, para os outros, era pura diversão, ele estava sentindo o peso dos seus atos mais do que nunca, por fim, já não tinha mais força para nada, nem para gritar, não sentia mais seu corpo, quando o primeiro homem finalmente chegou ao seu ápice se derramando dentro de Alex, ato que fez o escorpião sentir um imenso nojo de si mesmo, Alex pensou que finalmente estava livre, olhou suas pernas, que tinham sangue, resultado, da violência que tinha cometido, por um momento entendeu o fato de Sophie ter medo dele, por um momento entendeu a dor que causará na menina, não foi o suficiente para que ele e sua mente louca conhecessem o perdão, mas o suficiente para ele sentir aquela dor na pele, pensou que finalmente cairia exausto no sono, e rezaria para que lhe mandassem uma boa advogada no dia seguinte, que pudesse pleitear uma cela individual. Pensou em recolher suas roupas e fechar seus olhos, mas seu corpo estava tão cansado que não permitiu se levantar, simplesmente tentou se entregar ao cansaço, tentou mas não foi possível, já que com um susto, se sentiu ser penetrado outra vez, sua cara foi impagável, para os outros presos que riam de forma descontrolada.

-Aguenta firme bonequinha, ainda tem eu- Falou o ruivo, puxando a mão de Alex em contato com o seu pênis, fazendo o mesmo apenas chorar de forma desesperada. 

 

(....)

Cerca de um mês havia se passado e todos sabiam que Alex passaria por um julgamento no meio da semana, nenhum advogado particular quis pegar o caso dele, restando um, ser selecionado pelo estado que tentava alegar insanidade mental e o pôr em uma clínica para loucos para recuperação, todos pedidos de habeas corpus foi negado, a mãe de Alex foi até a casa de Dakota pedir perdão e chorar, tanto Ethan quanto Dakota não a culpavam, sabiam o quanto aquela mulher era moral e ética, ela não tinha culpa do filho ser o que era, e também não podiam a julgar, ela abraçou Sophie e chorou como nunca, a menina era uma princesinha de tão delicada que era, se com seus quase dezesseis anos era assim, quando seu filho fez a violação, não podia imaginar quão pequenina ela deveria ser.

-Me perdoa minha filha, eu não moverei um dedo para tirar meu menino de lá, ele tem que pagar, mesmo que isso doa em mim, ele tem que pagar, pobre Cristóvão se meu marido estivesse vivo, ele morreria de desgosto, pois não existe ser humano na face da terra com mais caráter que meu velho.

Sophie beijou a testa da mulher com doçura e pediu que não chorasse mais, e se surpreendeu quando viu Carmem ali, elas conviveram por poucos anos visto que as famílias eram amigas, mas Carmem foi dada como morta, e Carmem contou tudo sobre o que Liam fez e ela se chocou, nem tudo era o que parecia ser.

Dakota pegou as cartas que estavam em suas mãos que a empregada havia lhe entregando e uma com o selo da justiça de Orlando lhe chamou atenção, ela rasgou a carta e começou a ler, seus olhos brilharam em felicidade, ela não havia falado nada mas tinha retomado a sua profissão.

- O que é isso amor? -Ethan se aproximou dela, que sorriu para ele e foi até a sua filha pegando em suas pequenas mãos

- Sophie a mamãe não falou nada antes, mas eu que estava por trás, todas as vezes que um pedido de soltura era emitido para que liberassem Alex e este era negado, a mamãe revogava, entende, eu entrava com um de anulação.

Dakota tentava explicar em termos mais fáceis de entender.

-Está entendendo minha pequena?

-Sim mamãe.

- Então meu anjo a mamãe recebeu uma notificação agora, fui nomeada como primeira advogada de acusação no julgamento dele meu amor junto com outros dois pelo estado, mamãe voltou a trabalhar porque quero te dar sua liberdade, sua paz, você quer?

A menina abraçou a mãe emocionada, assentindo, e Ethan olhava emocionado aquela cena, nunca pensou que Dakota exerceria a função algum dia, e o mais lindo era que ela a faria pela filha.

- Então minha pequena juntas iremos colocar aquele homem para sempre na cadeia, posso contar com você, com seu depoimento.

Sophie suspirou fundo e seu olhar estava determinado, ela naquele momento tinha superado tudo, ela enfrentaria seu maior pesadelo e o venceria.

- Sim mamãe pode sim.

Durante a semana que passou, todos deixavam Dakota trabalhar, ela passava dias e noites em claros, papéis que não faltavam, lia e relia o caso de cabo a rabo, sobre o comportamento de Alex, o quanto ele apanhou e teve que ter uma cela sozinho, as vezes que ia para solitária e ficava por três dias sozinho a pão e água, por desacato e desobediência, conseguiu testemunhas do antigo prédio de Alex alegando que ele era estranho e tinha um comportamento anormal, as vezes escutava brigas lá, entrou com um processo judicial com a operadora de seu celular e conseguiu todas as mensagens que recebia do escorpião mais nova, e o acusou também por assedio,  conseguiu uma fita de Ruan entrando no apartamento dele naquela noite que foi assassinado, e não foi visto saindo, por mais que o estado tivessem provas do assassinato, e do estupro ela não deixaria passar nada, ela não deixaria brecha, ela não formou com honrarias na faculdade como a melhor aluna em direito por nada, pois sem se gabar, realmente ela era boa.

-Alex você sairá da sua cela direto para o corredor da morte, isso eu garanto.

Ethan observava a mulher trabalhando, e achava lindas as caretas que ela fazia.

No dia do julgamento, uma quarta feira, pela manhã, todos levantaram cedo, Dakota já tinha saído para o tribunal, ela tinha que chegar cedo, para a reunião com promotores, júri, juiz, ela estava com seus cabelos escuros soltos, um terninho composto por saia e blusa, uma blusa  branca por baixo, e um salto enorme nos pés, estava a caráter, aos poucos a sala ia se enchendo com algumas pessoas, família, amigos próximos, e toda comitiva do tribunal, ela não viu seus filhos e Miguel e Matheus todos eram testemunhas para o sumiço de Sophie naquele maldito dia, e com certeza deviam ter separados todos, Sophie devia estar com medo.

Ela viu quando Alex entrou na sala, estava careca, seus pés estavam no chão, suas mãos algemadas, e com aquele macacão laranja horroroso, ele a olhou e sorriu cafajeste, manteve a compostura, ela se vingaria na hora certa, só que sustentava seu olhar sobre ele, o juiz entrou, teve um silencio no recinto, e todos ficaram em pé na mesma hora

- Em nome da lei, concito-vos a examinar com imparcialidade esta causa e a proferir a vossa decisão de acordo com vossa consciência e os ditames da justiça, os doze jurados presente- Ele falou nome por nome e todos falavam assim o prometo, olhou todo recinto em si e deu a famosa martelada em sua mesa, todos se sentaram.

-Que comece o julgamento do réu Alex Meraz, nacionalidade americano, 42 anos, filho de Maria Geralda Meraz e Cristóvão Meraz falecido e foi um renomado policial, acusado de assédio sexual, dois assassinatos, pedofilia e estrupo.

Ele olhou para Alex

Alex colocou a mão na bíblia e olhou para o júri

-Eu juro perante a minha honra dizer somente a verdade, nada além da verdade, diante ao juiz e todos aqui presentes nesse tribunal.

E assim foi dado início ao julgamento, com perguntas do advogado de defesa que fazia de tudo para mostrar que ele era incapaz, pela promotoria que era mais imparcial ainda, só buscavam a verdade.

- Advogada de acusação tem alguma pergunta?

Dakota se levantou e parou em frente ao juiz.

-Meritíssimo, senhores júri, ele alega que não assassinou o senhor Chávez, que ele fez em legitima defesa pois o senhor Chávez era o escorpião.

Ela pegou uma folha azul entregando ao juiz, onde continha umas mensagens do escorpião que vinham do celular dele, cadastrado no nome dele.

- Se ele não era o escorpião, como algo pode ter vindo do número dele?

-Eu perdi meu celular, ele deve ter roubado- Alex falou tranquilamente

-Por anos senhor Meraz, não cancelou ou bloqueou? -  ela olhou para Alex vitoriosa, diante o desconforto momentâneo dele, a promotoria ficava de olho nas reações dele, ele estava se contradizendo.

- Senhor juiz temos provas de três homicídios doloso quando há intensão de matar por parte do réu, as vítimas são de Ruan, Lucy e Giovanna, essa última foi encontrada pelos pais e policiais nos arredores de uma floresta, na qual Alex usava como esconderijo, a vítima havia sido estuprada, pedimos autorização da família para exames, e encontraram resquícios do DNA do senhor Alex, os outros dois foram pessoas que foram próximas a ele por anos, o vídeo está acessível para a promotoria e júri, e gostaria que o avaliassem em uma reunião privada, contém cenas onde a menor Sophie Charlotte Fontaine foi brutalmente machucada e violentada pelo réu, a pedido do pai da mesma que não quer que a exponha mais do que já foi.

O juiz observava, ele sabia que a advogada era mãe da vítima, e ela estava se comportando como tal, defendia a filha, mas continha imparcialidade, trabalhava sem deixar emoção tomar conta.

-Pedido aceito advogada de acusação.

As horas iam passando e todos passavam por julgamento sendo questionado o que houve no dia do abuso da menina, Matheus, Miguel e Benjamin, falavam o que sabiam, Sophie estava em uma sala sozinha, ela estava com medo, suas mãos pequenas tremiam, porém, ela tomou sua decisão ela iria fazer aquele homem pagar.

-Você foi chamada senhorita, por favor me acompanhem.

O guarda que estava com ela a levou até a sala, quando ela entrou no tribunal, sentiu suas pernas tremerem, todos de sua família estavam ali, sentados, ela viu seu pai apertar o banco de madeira, viu uma bancada com várias pessoas, o júri, era o que sua mãe a explicou.

No banco em frente lá estava ele, ele a olhava com os olhos grandes e firmemente, ela abaixou a cabeça.

-Sente-se por favor senhorita Fontaine.

A promotora pediu naquele momento, e pela primeira vez no dia a voz dela continha uma doçura, ela se sentou e olhou a mulher a sua frente, sua mãe, que a olhava com carinho como se lhe passasse coragem, a coragem que ela estava ali.

- Senhorita Fontaine jura falar a verdade, somente a verdade, nada mais que a verdade?

- Eu juro.

A promotora falava sua visão do caso, tudo o que havia entendido sobre o acontecimento, o juiz e júri prestavam atenção em cada palavra proferida com imparcialidade, a promotoria, não defendia, nem acusava, ela expunha os fatos e cada advogado fazia seu trabalho.

- Advogado de defesa alguma pergunta?

- Sim meritíssimo- O senhor levantou abotoando seu paletó e olhando a moça em sua frente.

-Senhorita Fontaine você alega que o meu cliente lhe abusou sexualmente, afirma isso?

-Sim-Ela disse o olhando

- Você também admite que beijava, o abraçava, sentava no colo dele, dizia que o amava?

Ethan mordeu a própria boca com força, ele entendeu o que aquele advogado queria, queria fazer parecer que Sophie o seduzia, Logan segurou a mão dele discretamente para ele não estourasse ali mesmo, e Dakota o olhou de longe pedindo calma com os olhos.

-Sim

- Como percebemos caro júri- O advogado virou para o corpo de jurados- Essa menina incentivava meu cliente a isso, o senhor Meraz ele tem uma mente perturbada, ele não agiu no seu melhor dia, se ele a tocou é porque ela o incentivou, ela permitiu, ela o incitou a fazer isso.

Sophie chorava e olhava para mãe desesperada, Dakota tinha vontade de dar um tapa na cara do homem, Miguel olhava com um ódio mortal aquele advogado, todos sabiam como Sophie sempre foi pura e ingênua, não sabia nada.

- Mais alguma pergunta advogado de defesa?

-Não vossa excelência.

- Advogada de acusação?

Dakota se aproximou de sua filha e a olhou.

-Senhorita Fontaine, qual era seu grau de proximidade com o réu?

-Ele é meu padrinho

-Você confiava nele?

-Sim

-Porque?

- Ele era como se fosse meu pai, eu o amava, confiava nele

- Pode nos contar o que sentiu na noite que ele lhe atacou, queremos ouvir sua versão da sua história.

-Protesto- o advogado de defesa gritou

-Pedido negado- O juiz falou e voltou sua atenção para a vítima.

Sophie respirou fundo, seus olhos já estavam lacrimejando.

- Bem, naquele dia meu irmão jogava basquete com nossos amigos Matheus e Miguel, eu fui com eles e fiquei observando o jogo, não sei como ou de onde ele surgiu, esse homem apareceu ao meu lado, eu fiquei contente, ele era meu padrinho, tinha onze anos na época e o amava, o via como um herói, a gente se denominava a dupla dos descolados, porque era sempre assim, minha mãe me impunha limites e ele e meu pai me estragavam se é que posso usar esse termo.

Ela respirou fundo, ela já era uma moça, estava conseguindo explicar bem, por mais que sentisse vergonha ou até mesmo lembranças daquele dia passassem em sua mente a cortando como facas afiadas, ela decidiu expor sua dor para o mundo, sua mãe havia lhe explicado que uma mulher não devia se calar quando é abusada, elas não tinham culpa, e quem fez isso devia arcar com as consequências, e disse também que infelizmente ela não foi a primeira e nem será a última e que se ela tinha o poder de pôr um atrás das grades era o dever dela, ela faria por ela e por todas as mulheres que já passaram isso alguma vez.

- Ele naquela noite pela primeira vez deixou sua máscara cair, ele percebeu que eu estava entediada vendo o jogo, e que não estava recebendo atenção, me chamou para dar uma volta, pensei que ele me levaria ao shopping, ele sempre me levava para lá, para comprar o que eu quisesse, não vi necessidade de avisar aos meus irmãos, estaria com Alex, e todos o conheciam e confiavam nele, entrei no carro, mas ele pegou um caminho que eu nunca vi, começou a passar a mão em mim dentro do carro, e dizer que eu iria gostar, estacionou o carro em frente a um galpão, ali naquele momento eu não queria estar com ele, pedi que me levasse até o meu pai, eu gritei pelo pai, achei que ele pudesse ouvir, e chegar até mim, eu só queria o meu pai naquele momento.- Sophie deu uma pausa e olhou para o pai, ela chorava e Ethan também, mesmo tendo Alex ali pagando pelo o que fez, se sentia impotente, se sentia incapaz, estava revivendo tido novamente, Sophie chamou por ele em um momento de desespero e ele não estava presente, Sophie retomou sua fala.

-Ele dizia que meu pai não poderia fazer nada por mim, eu não queria, eu nunca quis, eu sempre gostei, eu sempre amei Miguel, Alex sempre foi o meu segundo pai, e eu nunca poderia imaginar que ele faria aquilo, ele me bateu todas as vezes que eu tentei o empurrar e negar que ele se aproximasse, ele me bateu muito, e depois ele me estuprou, me causando dor e medo, depois do que aconteceu, depois do ato, eu desmaiei, e só me lembro de ter acordado no hospital, e todos já estavam presentes.- Sophie falou sem conseguir controlar as lágrimas, não conseguiria detalhar todos aqueles momentos, e sua mãe não queria que a mesma fizesse, a tática de Dakota, era fazer com que o júri assistisse ao vídeo, sabendo o quanto aquilo causou dor na vítima.

-Sem mais perguntas meritíssimo- Dakota falou e Sophie foi liberada, sentando junto de seu pai, que a abraçou apertado.

-A vítima foi encontrada na madrugada, pelo pai Ethan Fontaine, e aqui está o laudo médico comprovando a violência, o laudo psicólogo alegando que ele afetou emocionalmente também. Peço tempo para que vocês possam fazer a análise do vídeo.- Dakota falou e o Juiz assentiu.

-Tempo concedido, pausa para a leitura da prova, daqui a vinte minutos reabriremos a sessão, onde o júri irá ler a sentença.- O juiz falou e todos se retiraram, Dakota foi até a filha e a abraçou.

-Você foi muito corajosa Sophie, você mostrou que não se deve ter medo, ele só atrapalha, valerá a pena seu esforço minha filha.- Dakota falou abraçando a filha.

-Mãe, tem alguma possibilidade, do advogado de defesa ganhar? - Benjamin perguntou.

-Agora está nas mãos do júri- Dakota falou suspirando.

-Só nos resta esperar, esses malditos vinte minutos.- Ethan falou passando as mãos no rosto de forma nervosa.

 

(...)

Vinte minutos depois.

-Silêncio para o pronunciamento do Juiz

O juiz entrou e todos se puseram de pé, era notável o esgotamento físico, estavam no tribunal a cerca de seis horas, algumas mulheres que estavam no corpo de jurados, percebia os olhos vermelhos, os homens olhavam com repulsa e ódio para o réu, mas visto que aquele vídeo foi cruel, além de conter cenas do estrupo, o mesmo, fez chacota em várias falas, não poderia ser diferente.

-Quer falar alguma coisa promotora?

A senhora com mais ou menos quarenta anos, com a expressão carrancuda se levantou se pondo em frente a Sophie e a olhou

-Estudos provam que mulheres que sofrem violência por pessoas próximas, demoram a identificar aquilo como um abuso. Ela confunde, acha que fez algo errado, e isso aconteceu com a vítima, vemos isso claramente no laudo da psicóloga, a senhorita Fontaine passou por momentos terríveis, ela além de ter seu corpo violado, ela sofreu pressão psicológica com ameaças, isso não deve ficar impune, o réu para mim não é considerado doente, ele é um ser perverso, ele filmou o ato e se divertia com aquilo, peço ao corpo de jurados que façam o correto.

Agradeço a oportunidade meritíssimo.

-Todas as provas já foram coletadas e avaliadas, o júri já chegou a sua decisão.- O juiz falou olhando para o júri, o representante do júri levantou com o envelope da sentença, Sophie estava abraçada ao seu pai, e segurando a mão de Miguel, Benjamin estava atrás com Logan e Vanessa, Matheus havia ficado em casa com Júlia e Tami, que já estava com um barrigão, todos estavam ansiosos pela decisão do júri.

-Pelo assassinato de Ruan Chávez, Lucy Halle e o estupro e assassinato de Giovanna Ciello, o júri considera o réu culpado. Pelo estupro violento da menor Sophie Charlotte Fontaine, o júri considera o réu culpado e o condena ao corredor da morte, esse procedimento foi exonerado a muitos anos, mas temos a opção de usar ou não, visando que os crimes que cometeu, são hediondos, e estava em plena consciência e teve tudo muito bem planejado, nada mais que ter uma morte hedionda, tão igualmente perversa, - O representante do júri falou.

-Alex Meraz o senhor está condenado ao corredor da morte, tem um dia para se despedir de parentes vivos. Processo encerrado.- O juiz falou e bateu o martelo, Alex olhava para tudo sem acreditar, Dakota se aproximou de Alex olhou fundo em seus olhos.

-Eu falei que te condenaria ao corredor da morte seu infeliz, e eu fiz, faça bom proveito do seu último dia de vida, pois amanhã estarei aqui, para ver a luz deixar seus olhos, para ver o mundo ficar livre de um crápula como você, você vai servir de exemplo, para que saibam que esse crime hediondo não ficará impune.- Dakota falou e se afastou de Alex, vendo o desespero tomar conta dos olhos do escorpião.

Dakota andou até sua família e os abraçou, agora finalmente o pesadelo havia acabado, e todos tinha tido, sua vingança, e de alguma forma conseguiram a paz que precisavam, cada qual fez sua parte para garantir que Alex pagaria pelo que fez, Ethan salvou sua filha, mesmo que tenha sido na segunda vez, mas salvou, torturou Alex, Benjamin bateu nele, até lavar sua alma, Miguel a mesma coisa, Dakota se tornou responsável pela condenação e por mandar ele ao corredor da morte, Sophie estaria em paz, e ninguém sujou as mãos, todos conseguiram a paz, foram embora felizes, nada mais precisava ser dito, Alex seria passado em breve.

No dia seguinte, Alex andava em sua sala de um lado para o outro, o presidio estava em um silêncio, poderia dizer que o cheiro da morte pairava o local, ele seria eletrocutado até a morte, lhe explicaram como seria morte e não era de longe de rápido, era dolorido e lento o processo.

Seu rosto ainda tinha hematomas, ele sempre apanhava, as mãos que já não tinham dedos, estavam cicatrizadas.

-Tem algum último pedido detento, seu momento está chegando? -Um guarda perguntou e ele negou, já não havia resquício de superioridade, de deboche, ele iria morrer dali alguns minutos, pior do que morrer, é ter data e hora marcada e isso ele tinha, seria dali mais ou menos quarenta minutos.

Quando ele chegou no corredor da morte, seus olhos lacrimejaram, estava com medo, um detento assistiria era sempre assim, o lugar era frio, e uma única porta estava no fim do corredor sozinha.

Ele entrou e notou no local Ethan, um padre, policiais e nada mais, não tinha ninguém por ele ali, nem mesmo sua mãe, a sua frente estava a cadeira, grande e de madeira e com assento de borracha, viu um balde com uma solução, agua e sal provavelmente, para facilitar a passagem de corrente para o cérebro. Sem a esponja, a cabeça pode até pegar fogo. Na cadeira continha cinta liga, as cintas prendem o peito, os pulsos e os tornozelos. Elas são apertadas bem firmemente para manter o condenado imobilizado, pois o corpo chacoalha violentamente durante a eletrocução.

Ele sentia a fralda lhe incomodar e se lembrou das palavras do policial, durante a eletrocução, a pessoa perde o controle das funções fisiológicas, ou seja, urina e defeca involuntariamente.

- Se arrepende de seus pecados e aceita Jesus como seu único salvador meu jovem? - O padre perguntou e Alex nem o olhou, ele estava rogando pragas a toda família Fontaine.

O padre começou um Pai Nosso e Alex e Ethan eram os únicos a não rezar para que Deus tivesse pena de sua alma.

Ele foi preso e amarrado sobre a cadeira, o pedido de Ethan foi atendido ele que molhou a esponja e colocou sobre a cabeça de Alex, colocaram o capuz que cobre a cabeça do condenado para evitar que as testemunhas vejam sua agonia. Com o choque, os músculos do rosto se contraem e os olhos podem até saltar das órbitas. Além disso, é comum ocorrer sangramento dos olhos, ouvidos e narinas.

O equipamento foi preso junto a esponja e capuz de Alex, ele receberia três descargas elétricas, uma de 2 300 volts por oito segundos, outra de 1 000 volts por 22 segundos e, por fim, uma de 2 300 volts por mais oito segundos.

-Queime no inferno Alex- Ethan pronunciou e a válvula foi ligada, o corpo de Alex chocalhava e podia se ouvir seus gritos abafados pelo capuz, logo o silêncio se fez presente ele havia desmaiado, na terceira descarga o processo estava sendo finalizado onde fritava os órgãos, estomago, pulmões e intestino.

O legista se aproximou do corpo e constatou que o mesmo estava morto, Ethan suspirou aliviado e saiu da sala, indo para um parque próximo dali, vendo sua esposa conversando animadamente com Vanessa, viu seu filho com Tamires que comia um algodão doce feliz e ele sorria para ela, ele agia como ele quando estava esperando a chegada do primeiro filho, no caso dele, filhos, olhou mais adiante, Matheus e Júlia brincavam com Spike e o cachorro enorme da namorada, em uma arvore encostado estava Miguel com sua filha entre as pernas dele encostado em seu peito, ela sorria para um pombo que comia pipoca diretamente de suas mãos, e vez ou outra seu afilhado a roubava um beijo singelo, todos estavam felizes naquele momento, ela teve alguns pesadelos, mas a família esteve ao seu lado e ela por si só procurou a psicóloga novamente e ali estava ela com um sorriso enorme.

-Acabou? - Ele olhou para o lado e viu Logan que estava ao seu lado com uma garrafinha de cerveja em mãos, ele a pegou e deu um generoso gole e olhou para o amigo e sorriu, um sorriso verdadeiro depois de anos.

- Sinto que de agora diante teremos somente alegrias Sanchez

- O que depender de mim, será assim Fontaine.

Os dois se abraçaram, dois órfãos, que contava somente um com outro nesse momento olhava a família que construíram, sorrir, brincar, e o amor de dois jovens os uniriam ainda mais, Logan olhou para Miguel que beijava Sophie com fervor e cutucou Ethan mostrando o amor florescer ali

-Aposto que serei melhor avô que você meu caro

Ethan sorriu, mas quando interpretou o que o amigo disse, fechou a cara, sua menina era um bebê ainda, olhou para Logan que sorria de orelha a orelha.

-Corre- Ele falou alto e correu atrás do amigo que gargalhava de Ethan, podia se passar dez, vinte, trinta anos, os dois sempre seriam aqueles moleques que aprontava todas juntos, e seriam sempre uma grande família.

(...)

 

Uma semana depois, Alex já havia morrido fazia uma semana, tudo estava perfeito, Alex era só a lembrança de um tempo ruim, e isso seria por pouco tempo, logo ele nem na lembrança de ninguém ele sobreviveria, Sophie estava na cama de Miguel esperando ele chegar do trabalho, eles iam ver um filme em casa mesmo.

O garoto chegou e encontrou a namorada deitada com um vestido, rosa claro, pulou em sua cama, enchendo a mesma de beijos.

-Eu te amo muito- Ele disse descendo beijos pelo pescoço dela, que se arrepiou, e achou que não teria hora mais perfeita que aquela, sabia, tinha absoluta certeza que estava pronta, inverteu as posições ficando em cima de Miguel, tirou sua gravata, e abriu os botões de sua camisa, dando beijos sexys, em seu peitoral, olhou fundo nos olhos dele, e soltou o laço de seu vestido, dando a visão dos seus seios fazendo Miguel arfar.

-Sophie o que está fazendo? - Miguel perguntou intrigado.

-Enterrando meu passado, e eu quero enterrar ele com você no meu presente, e sabendo que será você no meu futuro, não me pergunta se eu tenho certeza Miguel, porque eu tenho, apenas me faça sua, completamente sua.- Ela falou sorrindo e Miguel abriu também um sorriso lindo.

-Você já é minha, princesa- Ele disse e virou a posição, dando um beijo calmo na boca da namorada.

-Prometo que será inesquecível.- Ele disse fazendo carinho no rosto de Sophie que fechou os olhos se deixando levar pela carícia do rapaz, a noite prometia.

Depois de tantos contratempos, eles estavam ali, prontos um para o outro, se amavam, já tinha experimentados muitas coisas juntos, o que ajudou e fez Sophie tomar iniciativa, eles agora iriam completar o processo de serem um do outro de corpo, pois de alma, eles sempre foram.


Notas Finais


Dedicamos esse capítulo as mulheres vítimas de estupro em todo o mundo, dedicamos esse capítulo aquelas que perderam voz e sonhos. Que se sentem com medo, que ainda passam por isso, que não denunciaram esse crime, que de alguma forma teve sua vida mudada por um estupro.
Não, o estupro não é normal, é crime e precisa ser denunciado.
Deixamos aqui nosso profundo sentimento, e nossa mensagem de força, por pior que seja a situação,as meninas e mulheres que sofreram essa violência e seus familiares, e fazemos um apelo em nome daquelas que muitas vezes foram largadas mortas, vamos denunciar esse crime, vamos combater esse crime.
Sempre podemos superar, sempre se pode ter um novo sonho.
Sophie foi personagem da nossa cabeça, mas sabemos que ela simboliza milhares de meninas e mulheres, e isso não pode continuar.


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