História Ruthless - Momentos

Pov Narrador:

2 semanas depois do nascimento dos gêmeos.

                Dakota e Ethan estavam em sua casa, tomando um bom vinho, com queijo, na sala de estar aproveitando o tempo frio que estava fazendo em Orlando, olhavam sua lareira abraçados um ao outro, Benjamin agora pai de família estava em sua casa, com sua esposa e filhos, Sophie havia saído com Miguel, não tinha empregados na casa, estavam só os dois.

-É bom ter um momento só eu e você- Ethan falou acariciando de forma delicada o rosto da esposa.

-São momentos que devem ser apreciados, principalmente depois que nos tornamos pais.- Dakota falou sorrindo.

-Mas se eu disser que sinto falta de toda a correria você me acharia louco?- Ethan falou rindo

-De modo algum, eu também sinto. É engraçado lembrar de como tudo aconteceu.- Dakota falou encarando o marido.

-Você era só a menina marrenta que eu salvei no shopping, e que além de tudo era mal agradecida.- Ethan falou roubando um beijo da mulher.

-Depois você descobriu que eu era filha do seu inimigo, passamos por tantas coisas Ethan, nada foi fácil para a gente desde o começo, primeiro, nossa relação maluca e conturbada, depois quando finalmente nos acertamos eu descubro que meu pai é um monstro e sofro aquilo tudo, e você como sempre me salvando, depois sua insistência em ser pai, algumas brigas até que chegou o Benjamin, Alex, escorpião, mensagens, sequestro, estupro da Sophie, Benjamin envolvido com drogas, somos a prova viva de força, passamos por tudo isso juntos, unidos, resgatamos nossos filhos, reestruturamos nossa família, e hoje temos dois netos lindos, muito obrigada pela família forte que você me deu.- Dakota falou olhando fundo nos olhos do marido.

-Eu que te agradeço, você me deu um sentido, mesmo em meio ao caos me deu motivos para lutar, me ensinou a mais árdua e maravilhosa tarefa a de ser pai, eu fui destruído e reconstruído várias vezes durante essa jornada, mas nada é mais gratificante do que ver meus filhos bem. Eu admito Miguel é bom para Sophie, mesmo que eu não queira nem imaginar o que eles possam estar fazendo agora, admito também que quando Benjamin falou que ia ser pai, eu fiquei mais feliz do que irritado, mas não podia demonstrar.- Ethan falou e Dakota o olhou.

-Dakota, eu era um único Fontaine, ai veio você, Benjamin, Sophie, e netos? Eu estava nas nuvens, mas precisava ser firme, e fazer com que meu filho se tornasse um homem, e acho que foi um bom trabalho, Benjamin está se saindo bem, e acho que eu me saí bem.- Ethan falou e Dakota riu.

-Você se saiu maravilhosamente bem, mas tem uma coisa que você também faz maravilhosamente, e que eu estou louca para fazer- Dakota falou marota, e ele sorriu, inclinando a mulher sobre o carpete, e ficando em cima dela.

                Dakota usava um vestido longo, que foi subindo lentamente até ser retirado de vez, deixando ela apenas de calcinha e sutiã, Ethan a beijava com luxúria, com prazer, ele adorava amar sua mulher, transar com ela, a ter em seus braços, tirou o sutiã dela, e desceu beijos pelo seu pescoço, deixando leves chupões enquanto via a mulher se contorcendo em prazer, sua mão desceu pela barriga de Dakota, e invadiu o fino pano da calcinha, fazendo com que ele constatasse que a mulher estava encharcada, sorriu com isso.

-Molhadinha, como eu gosto disso, como eu gosto de transar com você, transar com você, nesse momento é a melhor declaração de amor que eu posso te oferecer, pelo menos quando estamos assim, e que se dane o moralismo, que se dane o romantismo, nesse momento, não existe isso para mim, amor é essa vontade louca que eu tenho de transar com você pela casa inteira, e em outros tantos lugares, eu sei que agora poderia simplesmente dizer que te amo, mas isso você já sabe, você já sabe que eu te amo com loucura, com paixão, com todas as forças que eu tiro do meu ser, e com outras forças que eu nem imagino que existem em mim, mas você nem imagina Dakota, o quanto eu gosto de transar com você, mesmo depois de vinte anos, mesmo depois de dois filhos, mesmo depois de tantas provas, mesmo depois de dois netos, eu contínuo querendo transar com você, com o mesmo prazer com a mesma vontade, com a mesma loucura, do que há mais de vinte anos atrás. Porra, quando eu te chamo na cama, de minha vadia, minha cachorra, minha puta e somente minha, acredite é uma forma de dizer te amo, de liberar o meu lado selvagem que eu aprendi a controlar com você, quando eu falo isso eu estou dizendo sim que te amo, estou dizendo que transaria com você a vida toda sem perder o puto tesão que eu sinto todas as vezes que te vejo, todas as vezes que você me provoca, eu quero transar com você, quero entrar fundo no seu corpo, porque além de ser a forma mais sincera que encontrei agora nesse momento de dizer que te amo, essa também é a maneira mais profunda de encostar minha alma na tua.- Ethan falou tirando a calcinha de Dakota, e olhando fundo nos olhos dela, enquanto lhe dava um beijo calmo.

-Então transa comigo, Ethan- Dakota pediu em um gemido. Ethan desceu beijos pelo colo e seios de Dakota, barriga, até chegar em sua intimidade, onde ele primeiro assoprou, e depois sem nenhuma espera, sugou, ele sugou com vontade o clitóris dela, lambia toda a sua extensão, lhe penetrava freneticamente os dedos, ele gostava de sentir o gosto dela, ele gostava de sentir o gosto de sua mulher, passaria a vida toda vivendo apenas dela, ele precisava dela, como precisa do ar que respira, ele jamais admitiria em voz alta, mas Dakota era sua âncora, sua forma de se manter vivo, tinha certeza que sua mulher era forte o suficiente para viver sem ele, mas tinha certeza absoluta que ele não teria força alguma para viver sem ela, depois que fez Dakota chegar ao primeiro orgasmo da noite, de desmanchando em sua boca, e ele lambendo até a última gota, se levantou, apreciando a mulher suada, com os cabelos colados na testa, com a respiração ofegante devido ao grande orgasmo que teve, seus belos seios subiam e desciam com uma frequência grande, não tinha mais o corpo de uma menina de vinte anos, mas tinha o corpo perfeito para o fazer enlouquecer, tirou sua roupa ainda apreciando a beleza da mulher deitada nua, no chão da sala, quando tirou sua boxer, separou bem as pernas da mulher e a penetrou fundo e forte, juntou a alma de ambos, segurou as mãos de Dakota, e investiu cada vez mais rápido e fundo, ficaram em uma sincronia grande e alucinada, tentaram enganar o prazer muitas vezes para não parar, não queriam parar, mas chegou uma hora que ficou difícil remediar o orgasmo alucinante que estava chegando, então sem demoras, se entregaram ao prazer, se recusaram a se desconectar do corpo um do outro, sabiam que ainda transariam, muitas e muitas vezes naquela noite.

(...)

                Matheus e Júlia finalmente começaram a faculdade, estavam felizes, todos estavam, Vanessa havia ficado emocionada que seu caçula tivesse se apaixonado pela medicina, e Logan estava feliz por ter um filho médico, a felicidade foi tanta, que Logan decidiu dar um apartamento para Matheus, a verdade é que ele tinha feito o mesmo com Miguel, tinha dado um apartamento para os dois assim que entraram na faculdade, Miguel mantinha o seu, mas não quis sair da casa dos seus pais, e Logan torcia para que Matheus nem tão cedo resolvesse sair também, gostava de ter seus filhos com ele. Mas a verdade é que quando Matheus ganhou o apartamento, foi inevitável não imaginar como estaria quando acabasse a faculdade, e já tinha planos e objetivos, e não mudaria aquilo, e seu apartamento seria o ponta pé inicial para alcançar seus objetivos.

(...)

                Dakota estava na sala, impaciente esperando sua filha, Ethan saiu do escritório vendo a esposa para lá e para cá.

-Está querendo fazer um buraco no chão amor?- Ethan perguntou.

-Não seja idiota, estou esperando Sophie, sabe que odeio esperar.- Dakota falou bufando.

-Possa saber onde duas das três mulheres da minha vida vão?- Ethan perguntou recebendo um olhar mortal da esposa.

-Duas das três Fontaine?- Ela falou ameaçadoramente e ele levantou as mãos para cima em sinal de rendição.

-Sim agora temos a Emily, que é o amor do vovô- Ethan falou todo bobo e Dakota suavizou a sua expressão sorrindo.

-Por falar nos nossos netos, Ben pediu que eu falasse com você sobre os presentes que anda dando para os gêmeos, eles não querem mimar os dois, e você a cada oportunidade aparece com um presente que eles não tem idade para brincar- Dakota falou repreendendo o marido.

-A Dakota, você e Benjamin precisam parar de ser chatos, eu dei aos meus netos, presentes que logo eles vão estar usando, falta bem pouquinho.- Ethan falou se defendendo.

-Falta bem pouquinho para o nosso neto estar pilotando um helicóptero, porque você deu um para ele.- Dakota falou fazendo careta do exagero do marido.

-A Dakota, eu não mimei meus filhos, acho mais do eu justo mimar meus netos, é para isso que os avós servem, para estragar os netos, para dar tudo.- Ethan falou e Sophie desceu.

-Cêus, pensei que tinha desistido.- Dakota falou exasperada.

-Claro que não, estava no telefone com o Miguel.- Ela falou e Ethan fez uma careta revirando os olhos.

-Então ninguém me respondeu, onde vocês vão?- Ethan perguntou e Dakota olhou para filha, incentivando ela a contar.

-Na clínica da tia Vanessa, vou fazer uma consulta com a ginecologista.- Sophie falou e viu o pai respirar fundo, ficando branca.

-Não vai me dizer... Não, não, Sophie você é muito nova, eu vou capar o Miguel...- Ethan ia falando e Dakota o interrompeu.

-Ethan relaxa, Sophie não está grávida, nem desconfiada, ela só vai a ginecologista para começar a tomar remédio e você não precisar capar o Miguel- Dakota falou e Ethan se acalmou embora continuasse emburrado, ainda não era fácil para ele admitir que sua garotinha estava crescendo.

-Vamos mãe?- Sophie chamou dando um beijo no pai, Dakota assentiu dando um selinho no marido e saindo com sua filha, entraram no carro e foram conversando coisas aleatórias até chegar a clínica da Vanessa, desceram e ela já estava esperando a amiga e a nora.

-Oi tia Vanessa, achei que iríamos te encontrar na sua sala.- Sophie falou confusa.

-E iam, mas eu não volto para a minha sala, até que você tenha passado pela consulta, larguei meu celular lá, Miguel já me ligou umas quinhentas vezes.- Vanessa falou rolando os olhos e Dakota riu.

-Para que?- Sophie perguntou surpresa.

-Para ter certeza que você se consultaria com uma ginecologista mulher, para saber se era uma boa ginecologista.- Vanessa falou com a voz exausta.

-Miguel é um príncipe- Sophie falou sonhadora.

-Miguel é um chato, agora vamos, Sophie vai querer que eu e sua mãe, a gente entre e participe da consulta?- Vanessa perguntou com calma.

-Dessa primeira vez sim- Sophie respondeu de forma simples.

-Então vamos- Vanessa conduziu a amiga e a nora até o consultório da médica, que era uma bela mulher, deveria ter uns 27 anos, sorriu para Sophie de forma doce, e para Vanessa e Dakota, Vanessa já havia deixado ela um pouco a par da situação de Sophie.

-Então Sophie, vou fazer algumas perguntas, antes de fazer o exame ok?- A médica perguntou e Sophie assentiu.

-Está com a vida sexual ativa a quanto tempo?- Ela perguntou as bochechas de Sophie coraram um pouco e ela respondeu.

-Uns cinco meses.

-Qual é o método contraceptivo que você usa?

-Camisinha.

-Sempre? Ou já esqueceram alguma vez.

-Bom, tiveram duas vezes que no auge da situação esquecemos, mas ele interrompeu o ato antes de gozar, e eu usei a pílula do dia seguinte.- Sophie falou corada.

-Ok Sophie,  vamos fazer seu exame.- A médica falou e elas levantaram, e foram para a parte do consultório mais isolada, onde só ficava médica e paciente, a médica fez o preventivo, pediu que Sophie se arrumasse novamente, e voltaram para a sala.

-Sophie, está tudo ok com você, nem corrimento você tem tido, eu vou passar o anticoncepcional, você vai esperar sua próxima menstruação, quando ela for embora você começa a tomar, quando o comprido da cartela acabar, você menstruará de novo, até lá use apenas camisinha, mesmo que no calor do momento vocês se sintam tentados a esquecer é importante, que você use pois não vai poder tomar pílula do dia seguinte, já que um remédio anula a função do outro.

-Ok, farei de tudo para não esquecer.- Sophie falou sorrindo.

-Eu sei que é difícil, meu filho é tão tentador como meu marido.- Vanessa falou pensando alto.

-Vanessa- Dakota chamou a amiga a repreendendo. Todas riram, a médica receitou o remédio para Sophie e quando elas saíram deram de cara com um Miguel preocupado.

-Mas meu filho, Sophie só foi a uma consulta com a ginecologista, não foi ter um filho, que o senhor nos de paciência quando ela engravidar, porque o Miguel vai ficar um saco.- Vanessa falou dando um beijo na filha.

-A mãe eu só vim saber se tudo estava ok, e sair com a Sophie.- Ele falou passando as mãos no cabelo, e dando um beijo na namorada.

-Está tudo certo amor, vamos?-Sophie falou se despedindo da mãe e da tia.

-É Vanessa ficaremos só nós duas, como nos velhos tempos. O que acha de fazermos umas comprinhas- Dakota sugeriu.

-Acho ótimo, vou pegar minha bolsa- Vanessa falou se despedindo do filho e da nora.

                Miguel e Sophie saíram, Sophie pediu para passarem na farmácia, sua menstruação desceria dali a dois dias, já queria estar com o remédio em mãos, Miguel parou em frente a farmácia.

-Pode ficar aqui, só vou comprar o remédio- Sophie falou e quando ia sair do carro, Miguel a puxou pelo braço, tirou sua carteira, e lhe entregou seu cartão.

-Miguel não precisa- Sophie falou.

-Precisa sim, é uma coisa nossa, e uma coisa nossa eu que me responsabilizo.- Ele falou fazendo carinho no rosto da namorada, que sorriu, foi rápida, logo voltou para o carro e contou para Miguel sobre a consulta, o remédio, como deveria tomar.

-Então depois da sua semana perigosa, eu vou poder te sentir por completo, e me derramar em você- Ele falou segurando os cabelos de Sophie e mordiscando sua orelha.

-Pode, e acredite é o que eu mais quero- Ela falou sorrindo sapeca.

-Você me deixa louco- Ele disse e ela sorriu, inclinou o banco dele, aproveitou a rua sem movimento e o carro com vidros escuros, abriu sua calça colocando o membro dele para fora, e o masturbando.

-Você que não tem noção de como me deixa louco.- Ela disse sorrindo, e ele sabia o que viria a seguir, se amariam loucamente.

(...)

                Benjamin estava chegando em sua casa depois do trabalho, encontrou Tami enrolada na toalha, e os gêmeos deitados no bebê conforto na sala, enquanto Tami, estava comendo uma maçã.

-Você está tentadora.- Ele disse se aproximando da mulher e lhe dando um beijo calmo, que ganhou forma, ele desceu beijos pelo pescoço dela, onde deixou um chupão.

-Se comporte, seus filhos acabaram de dormir.- Ela disse e ele sorriu olhando suas duas preciosidades, sentaram juntos no sofá, ela no colo dele desfazendo sua gravata, enquanto olhavam com carinho os filhos.

-Como pode dois seres tão pequenos, serem toda a sua vida?- Benjamin falou sem tirar os olhos dos filhos.

-Me pergunto isso desde que coloquei os dois nos meus braços.- Tami falou enquanto eles namoravam mais um pouco os filhos.

-Vou ao médico amanhã, iria hoje, mas quero a ginecologista que já estou acostumada, e hoje quem foi nela foi a Sophie, vou tomar injeção, uma ótima opção não quero mais filhos, pelo menos nos próximos dez anos.- Ela falou rindo e Benjamin a acompanhou, mas de repente seu sorriso sumiu.

-Epa o que minha irmã foi fazer na ginecologista?

-Começar a tomar anticoncepcional.- Tami falou de forma simples.

-Eu vou matar o Miguel, como assim ele quer se aproveitar da minha irmã, só porque eu não estou por perto.- Benjamin falou sério.

-Ben, não seja ridículo, Sophie e Miguel já fizeram isso que você está pensando a algum tempo- Tami falou rindo.

-E você acha graça, pois eu vou falar com o meu pai- Benjamin falou sério.

-Ele já sabe.- Tami falou com cara de tédio.

-Estou me sentindo um corno, o último a saber, estou me sentindo traído.- Benjamin falou de forma dramática.

-Não se sinta, você ainda tem a Emilly, para fazer você se sentir assim- Tami falou e ai que ele ficou mais furioso ainda.

-Mas nem pensar que a minha princesa vai namorar, essa tem que ser freira, tem que ser- Ele repetiu enquanto Tami ria.

(...)

                Sophie havia recebido uma carta de sua escola que autorizava ela a avançar em seus estudos, já que a mesma tinha ótimas notas, agora ela estava nervosa, esperando uma carta da Universidade que havia se candidatado, tinha medo, de não ser escolhida, de ser rejeitada, estavam todos na casa dos Fontaines.

-Calma amor, tenho certeza que você vai passar- Miguel falou tentando acalmar a namorada.

-É importante para mim, eu quero fazer serviço social, para ajudar todas as mulheres vítimas de violência, para poder lutar firmemente contra o estupro, existem casos mil vezes piores do que o meu, e eu sinto que preciso fazer alguma coisa para mudar isso, não posso deixar essas mulheres virarem estatísticas .- Sophie falou firme, fazendo todos sentirem orgulho dela, a verdade é que todos já sabiam a resposta da faculdade, só queriam fazer uma surpresa para Sophie, na verdade Ethan queria, quando viu sua filha motivada a ajudar pessoas que sofreram como ela, sentiu um imenso orgulho, e percebeu que ela era muito mais forte do que ele poderia imaginar, ela queria brigar por uma causa, queria usar a dor dela, para movimentar uma ação, ela não foi a vítima que se escondeu, ela foi a vítima que resolveu lutar, e isso era motivador.

                Ethan foi para fora da casa pegar a carta, fazia questão dele mesmo entregar a filha junto com o seu presente por ter entrado na faculdade.

-Sophie, a carta- Ele falou feliz entregando a carta para a filha.

                Sophie olhou para todos que a incentivaram e abriu a carta de uma vez, olhando a resposta e sorrindo de alegria.

-Eu consegui, eu consegui.- Ela falava animada e foi abraçar o pai.

-Eu já sabia- Ele falou e ela o olhou.

-Precisava da resposta deles, para te dar seu presente.- Ele falou

-Pai você não...- Sophie começou mas seu pai a interrompeu.

-Não minha filha, você entrou por mérito próprio, eu só movimentei para saber mais rápido o resultado e te dar seu presente.- Ele disse entregando uma caixinha para ela, assim que ela abriu e se deparou com uma chave sorriu.

-Ganhei um apartamento?- Perguntou confusa, não imaginava que o pai lhe daria um apartamento, não ela sendo a garotinha do papai.

-Não minha filha, essa é a chave da Instituição Sophie Fontaine para mulheres vítimas de violência, o lugar está equipado só esperando sua visita- Ethan falou emocionado e sua filha chorou o abraçando.

-Muito obrigada pai, eu te amo.- Ela disse abraçada ao pai.

-Eu que te amo minha jóia corajosa, e tenho orgulho de ser seu pai, o que você passou não foi fácil, mas que você sirva de exemplo para várias mulheres e meninas que passam pelo mesmo, que isso pare- Ele falou e beijou a testa da sua filha, aquele era sem dúvida um momento de comemoração.

(...)

Seis meses depois:

                Matheus estava em sua casa, ia falar com seus pais, tinha tomado uma importante decisão, foi até o quarto dos seus pais e bateu.

-Vocês estão vestidos?- Ele perguntou e ouviu um sim, então entrou.

-Bom, quero conversar com vocês- Ele falou respirando fundo enquanto os pais o olhavam.

-Eu tomei uma decisão, e vou fazer ela assim que terminar a faculdade, mas quero deixar ela oficializada, eu vou pedir Júlia em casamento.- Ele disse de uma vez, Vanessa sorriu e abraçou o filho emocionada.

-Meu filho, meu bebezinho está virando um homem.- Vanessa falou chorando.

-Estou feliz com a sua decisão meu filho, se é isso que quer, fico muito feliz, Júlia operou milagres mesmo- Logan falou rindo e o filho o acompanhou.

-Sim pai, Júlia me mostrou como é bom estar apaixonado, e depois que conheci ela não consegui mais olhar para mulher nenhuma, é ela que eu quero, estamos indo bem na faculdade, temos empregos garantidos quando sairmos.- Ele disse e olhou para mãe, que sorriu.

-Nossas notas estão boas, eu tenho o apartamento, e não tenho mais dúvida que eu quero dividir minha vida com ela.- Matheus falou e nesse momento Miguel entrou no quarto sorrindo.

-Então o senhor garanhão Matheus vai casar, que bonitinho- Falou apertando as bochechas do irmão que o empurrou.

-Sério cara, Júlia é uma menina incrível, faça o seu melhor para a fazer feliz, vocês merecem- Ele disse abraçando o irmão.

-E vem cá, vai ser pedido sem anel?- Vanessa perguntou rindo.

-Não, estou economizando há um tempo, e comprei, vou fazer o pedido de um jeito simbólico para a gente.- Matheus falou.

-Comprou a aliança com seu próprio dinheiro, muito bem.- Logan falou sorrindo.

-Pedir de um jeito simbólico? Júlia fez milagre mesmo.- Miguel brincou.

-Bom vou indo, tenho um pedido a fazer- Matheus falou saindo.

                Sabia que Júlia ficaria na parte da tarde, em um parque com seu cachorro o Bob, esperou a namorada jogar algo para Bob, e chamou o cachorro sabendo que ele atenderia, colocou algo em sua coleira e ficou observando, quando Bob se aproximou de Júlia e ela estranhou algo preso em sua cólera, sorriu em expectativa, ela pegou o papel, tudo estava como o planejado.

“O acaso é algo realmente assustador e ao mesmo tempo uma alegria infinita, no dia em que quase te atropelei por causa do Bob, não queria ter saído de casa, mas então eu saí e encontrei uma menina cheia de marra, apaixonada por cachorros, eu te amei quando te vi, só não tinha entendido isso, então quando entendi, parei de chamar de acaso e passei a chamar de destino, era para ser você, tinha que ser você, só poderia ser você, eu te amo e tomei a decisão mais importante da minha vida.

Júlia quer casar comigo? Ser minha mulher, mãe dos meus filhos?”

Júlia terminou o bilhete em lágrimas olhou para o lado e viu Mathues se aproximando, ele se abaixou em frente a ela, e abriu uma caixinha.

-Então?- Ele perguntou cheio de expectativa.

-É claro que eu aceito seu bobo, você tem meu coração, meu corpo, minha alma.- Júlia respondeu dando um beijo em Matheus apaixonado.

-Vai ter que pedir oficialmente aos meus pais e irmãos.- Ela disse e ele pareceu ficar com medo.

-Por enquanto vamos curtir o momento.- Ele disse e os dois riram.

(...)

                Estavam os casais novos na casa de Benjamin, eles fariam uma noite de jogos, já que tanto Vanessa e Logan como Dakota e Ethan tinham saído para um jantar, eles estavam rindo e curtindo os gêmeos que já estavam com quase oito meses, e estavam bem espertos, Matheus contava a Benjamin e Miguel, como estava se preparando para contar sobre o casamento para os pais de Júlia, já que os irmãos eram muito super protetor com ela. Miguel se abstraiu do papo enquanto via Sophie com Emilly no colo, não pode deixar de imaginar como seria quando Sophie tivesse os filhos deles, construir uma família com Sophie, se aproximou da namorada que embalava a sobrinha afilhada, a abraçou e disse:

-Não vejo a hora de ser o nosso, quero um filho- Ele falou pidão arrancando uma risada doce dela.

-Agora? Nesse momento?- Ela perguntou rindo.

-Não seria uma má ideia, tudo bem que eu não veria meu filho crescer, seu pai e Benjamin me matariam, mas podemos ir treinando- Ele falou mordiscando a orelha dela.

-Concordo plenamente- Ela disse lhe dando um beijo.

-Bom vamos começar os jogos- Tami falou chegando com os petiscos.