Pov Dakota:
Eu realmente não esperava aquela reação do meu pai, mesmo que algo dentro de mim quisesse que toda aquela história que o Ethan me contou não fizesse sentido, tinha uma parte grande da minha alma, gritando, implorando para que o Ethan estivesse enganado, e quando eu falasse o nome dele para o meu pai, meu pai pudesse me explicar algo, mas ele acusou o Ethan, deixou claro o seu ódio por ele, mas por que? Essa era a questão, será que meu pai odiava Ethan pela monstruosidade na qual ele acusa meu pai? Não eu simplesmente me recuso a acreditar em tal coisa, meu pai pode estar nervoso por outro motivo, de repente por ciúmes, eu sempre fui a garotinha dele, e agora estou namorando, isso só pode ser ciúmes, tenho certeza que quando ele se acalmar e assimilar o fato de que estou namorando ele vai mudar de opinião, e tudo vai ficar resolvido, ele vai poder me explicar porque, Ethan o acha um monstro, e, com certeza, eu vou poder falar para Ethan a verdade e tudo vai ficar bem, pelo menos era nessa esperança que eu me prendia, eu nunca fui de acreditar em contos de fadas, ou em finais felizes, mas eu precisava, eu estava entre duas pessoas que eu não queria perder, eu queria que Ethan estivesse errado, eu sei que meu pai não é um monstro, não pode ser.
Tiro minha roupa lentamente entrando debaixo do chuveiro e deixando a água levar meus pensamentos com ela, escuto meu celular apitando e logo o Ethan veio na minha cabeça, o Escorpião anda sumido, acho que ele sabe que estou namorando, sorrio já prevendo a mensagem pervertida que meu namorado deve ter me mandado, saio do box, me enxugo e depois passo meu hidratante, pelo grande espelho do meu quarto eu consigo ver ainda algumas marcas que já estavam querendo deixar meu corpo, marcas de uma noite sádica com Ethan, algumas pessoas podem até me chamar de louca, mas eu senti prazer, não em apanhar, não, aquilo foi extremamente doloroso, e por muitas vezes internamente eu quis que aquilo acabasse logo, mas acho que quando estamos envolvidos de verdade com alguém, queremos dar prazer aquela pessoa, só a cara do Ethan, quando ele estar perto de alcançar seu orgasmo, já era o suficiente para me fazer gozar, eu sabia que mesmo lutando contra aquele demônio interior, Ethan estava sentindo prazer em me machucar, e aquilo mesmo errado, mesmo louco, mesmo sádico me deu prazer, muito prazer, não eram as chicotadas, não foi a dor que me deu prazer, não, a dor deu prazer ao Ethan, o que me deu prazer foi saber que ele estava em êxtase e eu era a causa disso, termino de passar creme, coloco meu pijama para dormir, secos meus cabelos, pois odeio dormir com eles molhados, e pego meu celular, ao contrário do que pensei não era o Ethan, e sim um número desconhecido na certa era o Escorpião, abri a mensagem.
** Devo confessar que estou muito irritado Dakota, seu comportamento em nada tem sido o de uma menina doce, da minha menina doce, deixar outro homem tocar em você Dakota não está certo, você é minha, você vai se arrepender por isso. Deveria escutar seu pai e se afastar dele, as consequências podem ser piores se você continuar com essa palhaçada, espero ter sido claro. Não pense que eu não estou por perto, que eu estou quieto quando não mandar mensagens, lembre sempre que as melhores mentes trabalham no silêncio, bons sonhos, doce Dakota, mas algo me diz que não vão ser tão bons assim! Escorpião**
Ok, ta legal agora de verdade esse cara está me assustando, quem ele pensa que é para falar isso? Quem ele é para saber tanto da minha vida? Fui tirada dos meus pensamentos por uma mensagem, já peguei o celular com raiva, pensando que a mensagem pudesse ser do Escorpião, mas me deparei com uma mensagem do Ethan.
**Como está minha linda?**
**Bem e você?**
**Já com saudades de você, acho que vou te sequestrar**
**Risos, isso seria impossível, meu pai está em casa, e não gostou nada de saber do nosso namoro**
**Sério que você contou? Você me surpreende! Eu imaginava que ele não fosse gostar, vocês brigaram?**
**Não foi bem uma briga, ta mais para um desentendimento, nunca vi meu pai nervoso, deixei ele lá embaixo e subi para o meu quarto, amanhã quando ele estiver com a cabeça mais fria conversamos**
**Quer que eu vá aí?**
**Viria enfrentar seu inimigo? Risos**
**Por você? Claro minha linda!**
**Não precisa está tudo bem**
**Qualquer coisa me avisa, vou terminar de analisar uma papelada que o Logan me mandou, mais tarde ligo para você, vou almoçar com você na faculdade amanhã**
**Ok, hum já vi que amanhã vai ser dia de ver aquelas meninas babando**
**Ciúmes, Stoel?**
**Jamais Fontaine, até bjs**
**Bjs, minha linda**
Terminei de mandar a mensagem e ouvi passos em direção ao meu quarto, sabia que era o meu pai, talvez esse fosse o momento para conversarmos e nos acertarmos, ele abriu a porta do meu quarto de forma brusca.
-Eu estou tentando processar tudo o que você falou lá embaixo Dakota- Meu pai falou com o maxilar travado e eu engoli a seco.
-Pai eu gosto do Ethan de verdade...- Eu ia falando quando fui interrompida por uma bofetada na cara, meu rosto esquentou.
-Você me bateu?- Eu perguntei surpresa e o rosto do meu pai era de pura fúria.-Você nunca encostou a mão em mim- Eu falei ainda surpresa.
-E você nunca se comportou como uma puta, uma vadia que vai para a cama com o primeiro traste que aparece- Ele falou se aproximando.
-Eu não sou puta, eu gosto do Ethan, aconteceu nos gostamos, estamos juntos e isso não vai mudar- Eu falei tentando reunir toda a coragem que eu tinha, mesmo com dor pelo tapa e surpresa, acho que estava doendo mais por dentro do que o tapa em si, meu pai riu sem humor.
-Isso vai mudar, você não vai mais ver ele- Meu pai falou firme.
-Você não pode me proibir- Eu bati o pé, e ele me segurou com brutalidade pelo braço me jogando na cama.
-Dakota, eu posso tudo, absolutamente tudo, inclusive proibir essa palhaçada que você chama de namoro- Meu pai falou puxando meu cabelo, então fez algo que eu realmente não esperava me acertou com um soco, eu senti muita dor, quando pensei que tinha acabado aí que ele continuou distribuindo socos por infinitas partes do meu corpo.
-Já vi que o Ethan gosta de bater, e se você se sujeita a isso, tem que se sujeitar a apanhar do seu pai, Dakota, você como uma futura advogada criminalista tem que aprender que cada ação tem uma reação e para cada ato você tem que arcar com uma consequência, pois bem Dakota, aqui está sua consequência - Meu pai disse com uma raiva que eu nunca havia visto nele, enquanto continuava a me bater, horas com tapas que doíam muito horas com socos, que pareciam que quebrariam meus ossos, eu só pedia a Deus para aquilo terminar logo, eu não pude deixar de pensar em como seria se minha mãe estivesse ali, será que eu apanharia, ela me defenderia? Eu procurava pensar em qualquer coisa, menos na dor que estava sentindo naquele momento, quando finalmente aquilo acabou, ele se levantou e me olhou, eu percebi que meu nariz e boca sangravam, nem queria ver como estava o meu rosto, ele saiu de cima de mim se ajeitando, me olhou, sorriu debochado e eu acho que nunca senti tanto ódio de alguém como estava sentindo dele naquele momento, eu estava com ódio, magoada decepcionada, o pai que eu achava que nunca seria capaz de fazer nenhuma monstruosidade tinha acabado de me dar uma surrar sem nenhum motivo concreto, o pai que nunca tinha encostado a mão em mim para nada, nem quando eu fazia minhas artes quando criança, tinha acabado de me machucar de forma covarde, o que houve com o homem que eu conheci? Será que ele nunca existiu? O que estava acontecendo com o meu pai? Por que ele fez isso comigo?
-Dakota seu celular, agora?- Ele disse e reparei com certa dificuldade que ele já estava com meu computador nas mãos, ele estava me tirando qualquer forma de contato.
-Eu não vou te dar meu celular- Eu falei com dificuldade, ele riu para em seguida me dar um soco na costela me fazendo gemer de dor.
-Está errada, se pensa que isso é uma negociação Dakota, eu estou mandando, eu quero o seu celular agora- Ele falou e puxou meu cabelo, eu me limitei a puxar meu celular debaixo do travesseiro e entregar para ele.
-Boa garota, você não vai ter contato com ninguém, não vai sair de casa, até que eu decida que isso pode acontecer- Meu pai falou e eu entrei em desespero.
-E a faculdade?- Eu perguntei
-Nós dois sabemos que ela não é mais sua prioridade- Ele disse e saiu do quarto.
Eu não consegui precisar quanto tempo eu fiquei deitada no chão, encolhida em meus braços, chorando sentindo as lágrimas arderem, eu sentia meu rosto inchado eu sabia que estava sangrando mas não queria levantar não queria me ver, acabei pegando no sono, no chão mesmo, acordei com o sol entrando no meu quarto e indo parar no meu rosto, abri os olhos lentamente e com dificuldade, olhei a hora e pela primeira vez na vida tinha perdido a hora, já eram mais de dez, eu deveria estar um bagaço para não escutar meu despertador, mas também de nada adiantaria eu não poderia ir a faculdade, eu tinha esperanças de acordar e tudo não passar de um pesadelo, mas não era, eu ainda estava com muita dor, mas precisava levantar, e tomar um banho pelo menos, depois descansaria de novo mas dessa vez no meu quarto, quando entrei no banheiro e encarei meu reflexo no espelho e me vi desfigurada, com um dos meus olhos inchados minha boca inchada e sangrando , meu nariz inchado e sujo de sangue e marcas pelo meu corpo, piores dos que a que o Ethan me deixou eu comecei a chorar, chorar compulsivamente, tomei um banho sentido a ardência dos machucados, passei remédio e fiz alguns curativos, tomei analgésicos e voltei para cama, dormindo quase que imediato.
(...)
Eu ouvia vozes, e tentava chegar até elas, mas não conseguia parecia que quanto mais eu andava mais alto eu escutava as vozes, mas, ao mesmo tempo, mais distante eu ficava de saber quem eram os donos das vozes.
-Eu vou embora com ela
-Você não vai sair daqui
-Você não tinha esse direito, você é monstruoso
-Monstruoso? Faça me o favor, eu fiz o que julguei necessário.
-Matar é necessário?
-Sim, algumas vezes muito necessário.
A cena mudou, eu estava presa, eu precisava de ajuda, eu gritava por socorro, eu não sabia porque mas eu sabia que precisava de ajuda, então ele apareceu, Ethan apareceu, mas quando ele ia me salvar, eu ouvi um grito e acordei ofegante.
-Droga, outro maldito sonho- Eu disse socando a cama.
(...)
Pov Ethan:
Não consegui falar com a Dakota depois das mensagens, acho que essa dorminhoca deve ter pegado no sono e não ouviu minhas chamadas para ela, sorri lembrando o quanto Dakota tinha um sono pesado, mas, na verdade, eu adorava ver ela dormindo, principalmente se fosse nos meus braços, o que era estranho é que eu já tinha mandado mensagens para o telefone dela de manhã e nada dela responder, já tinha ligado, mas caía na caixa postal direto, será que o telefone dela deu algum problema, no almoço eu saberia, estava torcendo para as horas passarem rápido, assim que chegou a hora do almoço eu peguei meu carro e fui para a faculdade dela, fui direto para a praça de alimentação, olhei um pouco e encontrei Vanessa, com os outros dois meninos que andavam com ela e Dakota.
-Boa tarde, oi Vanessa- Eu disse cumprimentando os garotos e Vanessa.
-Oi Ethan- Vanessa falou e os outros fizeram um breve aceno.
-Cadê a Dakota?- Eu perguntei notando que minha namorada não estava ali.
-Achei que ela ainda estava com você- Vanessa falou
-O que é estranho, Dakota não perde aula desde que éramos do jardim de infância- Falou Alex de forma simples comendo sua maçã.
-Ela não veio para a faculdade?- Eu perguntei surpreso.
-Não e desde ontem eu tento falar com ela, nem o telefone de casa ela atende- Vanessa falou e eu fiquei preocupado, chamei Vanessa para um canto e disse:
-Vanessa isso está estranho, Dakota não me atende desde ontem, e ela contou para o pai que estava namorando comigo- Eu falei e Vanessa ficou surpresa.
-O pai dela é louco por ela Ethan, ele não iria fazer nada com a filha- Vanessa falou concluindo o que eu estava pensando.
-Será que então você pode por favor passar na casa dela e ver o que está acontecendo, barrigudinha?- Eu falei e ela riu.
-Eu estou grávida e do seu afilhado- Ela falou séria.
-Não deixa de estar barriguda- Eu falei sorrindo.
-Ok, e passo na casa da Dak, e te aviso- Ela disse e eu beijei sua testa.
-Boa garota, e por favor joga aquela coxinha no lixo, e vai comer uma salada, Logan falou que sua médica cortou a gordura- Eu disse e ela bufou.
-Já não basta o Logan- Ela resmungou voltando para a mesa e eu rolei os olhos.
(...)
Pov Dakota:
Bateu uma fome, depois que acordei do pesadelo, decide descer para preparar algo, reparei que meu pai não estava em casa, passei em frente ao seu escritório e a porta estava aberta, entrei e lembrei do dia em que acidentalmente derrubei suas pastas e lembrei do nome, Fontaine, comecei a procurar a pasta em todos os lugares possíveis, até que encontrei sentei na cadeira do meu pai e comecei a ler, o relatório contava como foi a morte do casal Fontaine, no caso os pais do Ethan, foi exatamente como Ethan disse, o FBI e a Interpol estavam desconfiados que pudesse ser obra de algum policial corrupto e agora eu não duvidava mais que pudesse ser meu pai, fiquei pensando e fui surpreendida com ele entrando no escritório, arregalei os olhos e ele sorriu.
-Tão curiosa, quanto sua mãe era- Ele falou me olhando.
-Foi você? Você matou os pais dele? Você acabou com a família dele- Eu disse sentindo lágrimas quentes descerem pelo meu rosto.
-Esperta como sempre- Ele falou sem mostrar nenhuma feição.
-Você é um monstro- Eu disse o olhando.
-Sua mãe falou a mesma coisa- Ele disse e eu lembrei do meu sonho da briga que eu ouvia, não era um simples sonho, era uma lembrança, no meu sonho ou lembrança, a mulher acusava o homem de ser um monstro.
-Mas você é um monstro- Eu falei com raiva.
-O que você não entende é que o que eu fiz, eu fiz por você e pela sua mãe, você acha que só com o meu salário na Interpol eu iria conseguir bancar seus luxos, sua faculdade cara, essa casa, suas roupas, suas futilidades, o que eu fiz ,eu fiz para dar o melhor a minha família- Ele falou gritando.
-Não nos use, o que você fez, fez porque era, porque é um monstro- Eu disse mais alto.
-Sua mãe usou os mesmos argumentos Dakota, e o fim dela não foi nada legal, se não quiser ter o mesmo fim, acho melhor esquecer isso, nem todo acidente é de fato um acidente- Ele falou com um sorriso no canto dos lábios e tudo fez sentido.
-Você matou a minha mãe- Eu falei baixo e ele riu
-VOCÊ MATOU A MINHA MÃE- Eu disse e avancei para cima dele, mas estava com dor, fraca e jamais conseguiria alguma coisa, ele apenas me empurrou fazendo minha cabeça bater na quina da mesa, e a última coisa que eu lembro é de ver meu pai saindo do escritório, antes de desmaiar.
(...)
Pov Vanessa (mini)
Saí da faculdade e fui direto para a casa da Dakota, como meus pés já estavam bem inchados, eu não estava com muita facilidade para dirigir, então Logan me deixou com um motorista, eu não queria entrar no condomínio mas a casa da Dakota, tinha uma distância boa da casa dos meus pais, pedi para o motorista me esperar no carro e entrei a pé no condomínio, me aproximei da casa de Dakota pela lateral, onde ficava o escritório do pai dela, ouvi gritos, gritos da Dakota, de repente um barulho e depois silêncio, fiquei quieta e ouvi barulho de carro, era o pai da Dakota saindo e ele estava sozinho, dava para ver, já que ele dirigia um conversível, decide ligar para o Ethan, antes de tentar entrar.
Ligação on:
-Oi Vanessa conseguiu descobrir algo?- Ethan perguntou preocupado.
-Eu consegui ouvi uma discussão dela com o pai mas não consegui entender o que era, estava do lado de fora, então não deu para ouvir muito bem, mas a Dakota gritou, depois tudo ficou em silêncio e o pai dela saiu de carro- Eu fiz um resumo para Ethan.
-Estou indo para aí- Ele falou nervoso.
-Ethan a casa da Dakota tem seguranças, você não vai entrar fácil- Eu disse
-São quantos seguranças?- Ele perguntou
-Acho que uns três- Eu falei
-Eu vou com os meus e dou um jeito de entrar, agora saí daí e vai para a casa- Ele falou
-Mas eu quero saber da minha amiga- Eu falei começando a ficar nervosa.
-Eu vou te mandar notícias dela, agora vai para a casa por favor- Ele falou
-Tudo bem- Eu disse e desliguei o telefone
Ligação off
(...)
Pov Ethan:
Depois da ligação da Vanessa eu fiquei mais nervoso ainda, reuni cinco dos meus melhores seguranças e fui até a casa da Dakota, eu sabia o quanto Liam podia ser monstruoso, passei uma lábia no porteiro do condomínio e não foi difícil entrar lá, eu já tinha perguntado para Vanessa o número da casa da Dakota, parei próximo e reparei nos três seguranças, eu olhei para os meus, eles haviam trazido armas tranquilizadoras, silenciosas, um tiro e eles ficariam desacordados pelas próximas cinco horas, fiz sinal e eles atiraram, o efeito foi imediato os seguranças caíram no chão, pedi que eles os deixassem em algum lugar que não fosse visível e entrei na casa, óbvio que eu tive que dar um tiro para abrir a porta, por sorte eu também tinha trazido o silenciador da minha arma, comecei a chamar por Dakota e nada, fui até um quarto e pelas fotos vi que era o seu quarto e não a encontrei, fui até os outros quartos e achei o que parecia ser o quarto do Liam, o celular da Dakota junto com o computador estava em cima da sua cama, desci novamente e quando passei em frente ao que parecia ser um escritório eu vi o corpo dela caído no chão, me aproximei correndo, ela estava praticamente irreconhecível, seu corpo estava com marcas que não foram causadas por mim, seu rosto estava inchado e saía um pouco de sangue da sua cabeça.
-Dakota, meu amor, por favor fala comigo- Eu a sacudia de leve, então ela abriu seus lindos olhos negros.
-Ethan- Ela falou com dificuldade e surpresa.
-Você estava certo sobre meu pai- Ela falou por fim, e abaixou a cabeça.
-Olha para mim- Eu disse pegando seu queixo e levantando com cuidado.
-Foi ele que fez isso com você?- Eu perguntei com ódio e ela apenas assentiu com a cabeça.
-Vamos embora daqui agora- Eu falei ajudando ela a levantar.
-Mas se ele me procurar, se ele fizer isso comigo de novo?- Ela falou com medo.
-Seu pai nunca mais vai encostar em você Dakota, confia em mim, eu não vou deixar- Eu falei e ajudei ela a subir até seu quarto, ela fez suas malas, e colocou uma boneca, eu sorri e ela sorriu de volta.
-Não me separo dela, ela se chama Amélia, minha mãe me deu um pouco antes de morrer- Ela falou colocando a boneca na mala, encheu uma outra bolsa com seus livros e matérias de estudo, encheu uma outra sacola com seus produtos íntimos ela realmente esvaziou o armário deu três malas grandes fora as bolsas, eu passei no quarto do pai dela e peguei o computador dela e seu telefone lhe devolvendo, ela sorriu e desceu entrando no escritório e saindo de lá com uma pasta preta.
-Fala sobre o caso dos seus pais, não consegui ler tudo, mas, de repente, tenha alguma informação que consiga te ajudar a colocar meu pai atrás das grades.- Ela falou me entregando a pasta.
-Dakota eu não tenho a menor intenção de prender o seu pai, eu vou matar ele- Eu falei e ela nada disse, meus seguranças me ajudaram a colocar as malas nos carros, sorte que eu fui com o meu e eles estavam com mais dois carros, coloquei Dakota no banco carona e fui para casa, decide tirar o dia para cuidar dela, ajudei ela no banho, fiz seus curativos e preparei algo para ela comer.
-Desculpa não ter acreditado em você- Ela falou parecendo envergonhada.
-Não precisa se desculpar, você acreditou no homem em quem confiou, acho que se eu fantasiasse e confiasse tanto em alguém assim eu também não acreditaria, você foi tão vítima quanto eu, não pensa mais nisso, agora eu estarei aqui- Eu disse e ela sorriu.
-E eu também- Uma voz alegre falou na porta do quarto, olhei para trás de vi Vanessa.
-Eu e seu afilhado viemos te paparicar- Ela falou se jogando na minha cama ao lado da Dakota.
-Nossa que abuso, toda esparramada na minha cama, não quer mais nada não?- Eu falei debochado.
-Já que você se ofereceu, pede para sua empregada fazer um brigadeiro, eu e Dakota adoramos, beijinhos- Vanessa falou e eu rolei os olhos, mas Dakota estava sorrindo e isso é o que importava para mim, resolvi deixar as duas conversando e desci.
Pov. Dakota
Vanessa me olhava com o rosto demonstrando incredulidade, as vezes abaixava meu olhar.
-Não acredito que Liam fez isso com você- Ela disse pegando em meu rosto e olhando as marcas visíveis, mas não era dor física que eu sentia, era emocional, doeu muito saber que o meu pai, o homem que mais amava na face da terra, que mais confiava, e descubro o quanto ele é ruim, um monstro.
-Dakota? -Vanessa estalava os dedos em meu rosto.
- Pois é Nessa, também não quero acreditar, mas é minha realidade, fazer o quê- dei de ombros, ela é minha amiga, mas não queria falar sobre, doía, e muito, então o jeito era cortar o assunto, todos perceberiam que não queria falar sobre o ocorrido, e não me pressionariam, eu teria o meu tempo, e no meu tempo me sentiria mais à vontade e colocaria tudo para fora, sorri ao ver a empregada entrar com uma bandeja e nela continha um prato de brigadeiro e duas colheres, do jeito que gostava, os enrolados são bons, mas os de colher são insuperáveis para mim.
-Com licença senhoras o senhor Fontaine pediu para preparar- Assenti, e ela colocou a bandeja na minha cama, que Vanessa já pegou a colher bem recheada e colocando tudo na boca, cruzes, gulosa, ela me olhou e riu
-Está me achando gorda e gulosa, que sei, conheço esse seu olhar Dak- Ela disse rindo, e comendo mais, rir concordando e comendo
-Está quase no oitavo mês?
-Sim, meu filho vai ser enorme, olha o tamanho dessa barriga.- Ela disse subindo a blusa, e me dando a visão completa- Mal consigo dormir, sexo então, é impossível, mas damos um jeito- Ela gargalhou alto, e pela primeira vez no dia soltei uma risada alta.
-Você não presta.
-Não fui eu que passei nas mãos de um sadomasoquista e gostei- Ela me olhou de rabo de olho, e eu abaixei a cabeça rindo baixo, essa vaca vai me jogar na cara isso por uma vida, falar com Ethan para dar umas idéias ao Logan, senti meu celular vibrando e arregalp os olhos.
- Mensagem do escorpião?
-Sim -Ela tomou o celular de minhas mãos, lendo em voz alta.
- **Está me matando ver você tão debilitada minha menina, e não está me agradando em nada saber que está morando na casa de seu namorado, e ainda dormindo no mesmo quarto, isso não é certo, onde está aquela mulher séria? Você está me confrontando demais, vai se arrepender disso minha doce Dakota. Escorpião** -Ela pois a mão na boca.
-Você tem que contar isso para Ethan você sabe disso, não sabe, isso parece ser perigoso amiga.
-Eu sei, mas é que- mordi meu lábio, estava tão frágil, já queria chorar, mas é muita coisa para um ser humano, mesmo que esse ser humano seja uma quase advogada criminalista, mas nunca pensamos que algo assim esteja tão perto, ou mesmo que possa acontecer conosco- Eu queria saber quem é, sabe como sou curiosa.
-Você só pode estar louca Dakota Stoel, você precisa contar, Ethan tem que saber.
Quando ia revidar, sua voz me fez estremecer, quando ele entrou no quarto, mas ele sorria divertido.
-O que eu preciso saber?- Vanessa se engasgou e eu tremi, o que falaria, olhei para Vanessa, quase que implorando com os olhos que não abrisse a boca, por que ela daria com a língua nos dentes sem pensar duas vezes.
- Que estou com um pouco de dor, é isso, e ela já pensa que estou morrendo- Ela me lançou um olhar mortal, mas ficou quieta.
-Vou ir para casa, minhas costas, estão me matando- Ela saiu sem nem me olhar, sei que daqui umas horas ela volta, isso é porque odeia que a contrariem.
-Vocês brigaram? - Ele perguntou achando graça
-Não, ela é doida assim mesmo- Ele se deitou ao meu lado, me puxando para deitar em seu peito, mas como sempre bruto, me fazendo sentir dor no corpo, não reclamei, ele só quer mostrar que de alguma forma está comigo em todo o momento, senti um beijo no topo da cabeça
-Descanse Dakota.
Olhei para cima, e o vi fechar os olhos, fechei os meus também, nós dois estamos aprendendo a conviver, a se suportar, nos gostamos? Claro que sim, mas ainda temos nossos gênios fortes, mas sei que no dia a dia, e com o passar dos dias, vamos nos adaptar.
-Ethan?
-Hum- Ele falou com apenas um resmungo, sei que estava com sono.
- Tenho que procurar onde morar, não posso ficar na sua casa por resto da vida.
Ele me olhou espantado e se sentou na cama.
-Mas você já está na sua casa, seu lugar é aqui comigo Dakota, ao meu lado, para de besteira.
Não sei porque, mas sei que sorrir abertamente ,ele puxou meu queixo com calma, já que meu rosto estava todo estourado, e me beijou de forma calma e carinhosa, nos deitamos e logo o cansaço de meu corpo foi me levando para escuridão.
(…)
Os dias passavam, e com eles, todas as marcas, todas lembranças ruins dando espaço as alegres, não que tenha esquecido, mas Ethan fazia de tudo para me fazer esquecer, e viver o nosso presente, tinha voltado a faculdade, as vezes ia até empresa com ele e ficava por lá, até olhava alguns contratos dele, para ver se estava tudo legalizado de forma correta, e ele se divertia com meu jeito mandão, somos café com leite uma mistura perfeita.
O escorpião sumiu desde a última mensagem, meu coração pede para eu sair disso, não ler nenhuma mensagem enviada por ele, já minha mente quer saber quem é o cara que mexe tanto assim com meu psicológico.
Meu celular começou a vibrar, e era meu pai, meus olhos trabalhavam por aquele visor, meu dedo deslizava pelo pequeno telefone verde que indicava que era para atender aquela ligação, tinha que atender, do que adianta não atender
Ligação On:
-Oi – fui seca
-Querida filha, que saudades- Ele disse sarcástico
-Fale logo o que quer senhor.
- Aproveite enquanto é tempo minha querida menina, estou indo viajar por um tempo, minha segunda função exige isso, comprei briga com cachorro grande, tenho que dar um tempo de Orlando- Ele mudou sua voz para tom ameaçador- Escute bem Dakota, eu nunca esquecerei que preferiu meu inimigo, do que a mim.
Ligação Off
Dito isso ele desligou o telefone na minha cara, isso foi uma ameaça, tirei isso da minha cabeça, Ethan me prometeu nunca o deixar se aproximar de mim.
Pov Vanessa.
Oito meses, estava inchada, cansada, com muito sono, mas estava feliz faltava tão pouco para ter meu menino em meus braços, todos queriam saber seu nome, mas manterei segredo, só quando ele estiver nos meus braços revelarei, eles que se aguentem de curiosidade, Logan ficava todo cheio de marra, mas acabou cedendo esse meu capricho, estava no planeta baby, uma loja especializada em tudo que se trata de bebê, apesar do meu pequeno príncipe ter tudo, mas sou mãe, e tudo que vejo, ao sair me sento na praça em frente, e meus olhos brilham ao ver um vendedor de algodão-doce, compro um, e me sento, olhando as crianças brincarem, logo seria o meu que estaria aqui, olho mais a frente e congelo, meu pai estava ao celular, conversando, jogo meu cabelo no rosto a fim de tentar me esconder, não podia me levantar, ele estava, muito próximo e eu queria ao máximo evitar qualquer tipo de contato, eu não gostaria de falar com ele, eu sei que uma hora teríamos que nos entender, mas aquele não era o momento, naquele momento eu queria curtir o final da minha gravidez a chegada do meu filho não confrontar meu pai, eu sei que já haviam se passado mais de seis meses que saí de casa, no fundo eu gostaria de saber se meus pais ainda estavam com toda aquela raiva de mim, e também me magoava saber que eles estavam levando suas vidas sem saber se estava bem ou mal, eu sai de casa grávida e sem dinheiro eles não se preocuparam nem em saber quem era o pai da criança, se ele me ajudaria, sorte que Logan cuidou de mim, cuida da gente, quando pensei que meu pai iria se afastar eu levantei, e tentei sair dei alguns passos até que escutei sua voz.
-Achei que te encontraria em alguma esquina, não pedindo dinheiro na praça- Meu pai falou com a voz seca e eu me virei lentamente o encarando com raiva.
-Não imagino o porque estaria em uma esquina, e muito menos não sei da onde você tirou a idéia de que estaria pedindo dinheiro na praça, está me vendo passar algum chapéu- Eu falei petulante e ele bufou irritado.
-Não seja petulante comigo.- Ele falou rude.
-Eu sou petulante com quem é comigo, e eu não te devo nenhum respeito, se não estou enganada, você deixou claro que eu não era mais sua filha se decide levar minha gravidez a diante.
-E vejo que você realmente peitou a decisão de ter o filho.
-Nós peitamos, eu e o pai do bebê.
-Eu não quero nem conhecer esse vagabundo.
-Meu marido não é nenhum vagabundo.
-Marido, você se casou?- Ele perguntou com surpresa.
-Casei.
-Você é uma vadia uma decepção, como uma filha minha casa assim, ainda bem que eu nunca fui de te exibir na mídia se não, não conseguiria explicar essa vergonha- Meu pai falou e aquilo doeu e doeu muito, quando pensei em falar algo, eu senti uma pontada muito forte na minha barriga e me abaixei sentindo dor.
-Vanessa- Meu pai falou se aproximando de mim, e eu senti um líquido quente escorrer pelas minhas pernas.
-Me leva para o hospital- Eu pedi, meu pai mesmo com dificuldade me pegou no colo e me levou para o carro dele, eu estava quase desmaiando de dor, peguei meu celular e entreguei para o meu pai.
-Liga para o Logan, ele é o pai do neném, ele tem que estar comigo.- Eu falei e não agüentei as dores e acabei desmaiando a última coisa que lembro foi do meu pai mexendo no meu celular.
(...)
Pov Logan:
Estava acabando de sair de uma reunião, realmente hoje eu estava a mil, já tinha resolvido problemas dentro e fora da empresa, tanto problemas da empresa legal como problemas da empresa laranja. Estava quase chegando na minha sala quando o telefone tocou, olhei no visor e vi o retrato da Vanessa, sorri e atendi.
Ligação on:
-Logan?- Falou uma voz de homem
- Quem é?- Eu pergunte.
-Aqui é Carlos Gonzales eu sou pai da Vanessa, eu estou ligando pois ela passou mal na praça e eu estou levando ela para o hospital ela pediu que eu te ligasse.
-E cadê ela?- Perguntei nervoso.
-Ela está desmaiada, sentiu muitas dores e desmaiou, mas já estou chegando no hospital.
-Estou indo aí agora- Eu disse e desliguei o telefone.
Ligação off
Fui que nem um louco para o hospital no caminho liguei para Ethan e Dakota, e eles disseram que me encontrariam lá, entrei como um louco no hospital nem estacionei minha Ferrari, simplesmente parei com ela na porta do hospital sem me dar ao trabalho de trancar, entrei correndo.
-Estou procurando Vanessa Sanchez- Eu falei para a recepcionista.
-Ela foi levada para a sala de parto, vou pedir para um enfermeiro vir te pegar e levar o senhor para a higienização, para que possa acompanhar o parto- A recepcionista falou, e eu fui para a recepção esperar, vi um senhor preocupado lá.
-Você deve ser o Logan- Ele falou me estendendo a mão e eu assenti, quando pensei em continuar o cumprimento o médico apareceu.
-Senhor Logan, teremos que fazer um parto de emergência na sua esposa, o bebê está em sofrimento.- O médico disse
-Mas ainda não está no tempo, Vanessa estava bem, estávamos fazendo os acompanhamentos certos, não imagino porque minha esposa e filho tenham que passar por um parto de emergência.
-Senhor, o final de gravidez é muito complicado, qualquer simples aborrecimento, poder ser comprometedor.- O médico disse
-Mas Vanessa não se aborreceu- Eu falei exasperado e ele olhou para o pai da Vanessa.
-Vou preparar sua esposa, e logo um enfermeiro vai vir te acompanhar- Ele falou e eu assenti, antes que pudesse me virar para o pai da Vanessa um guarda me chamou.
-Senhor, você é dono da Ferrari parada na porta do hospital?- O segurança perguntou e eu assenti.
-Senhor, você não pode estacionar ali, ou vai levar multa- Ele falou e eu dei de ombros.
-Pode multar- Eu disse e me virei para o pai da Vanessa.
-O que houve de verdade?- Eu perguntei e ele suspirou pesado.
-Eu encontrei Vanessa na praça e discutimos- Ele falou mostrando arrependimento.
-Eu não deveria ter feito isso, mas me entenda, Vanessa tinha de tudo e de repente aparece grávida de qualquer um, como uma vadia...- Ele ia dizendo mas eu o interrompi com um soco.
-Nunca mais chame a minha mulher de vadia, isso é por ter batido nela naquele dia, eu já deveria ter feito isso a mais tempo- Eu disse e ele massageou o maxilar.
-Eu estou arrependido, ver minha filha passar mal, me fez perceber o quanto eu estava sendo um cabeça dura, incompreensível, eu só quero fazer as pazes com ela.- Ele falou simples e eu reparei em Dakota e Ethan chegando ao hospital.
-Você não vai chegar perto da Vanessa nem muito menos do meu filho, não precisamos de você, se depois mais lá para frente Vanessa quiser uma reaproximação, podemos pensar no seu caso, mas vai ter que partir dela e não de você, agora vai embora daqui- Eu disse com os dentes trincados.
-Mas quero saber como está a minha filha- Ele falou nervoso e eu gargalhei.
-Filha? Pelo amor né, agora quer bancar o pai preocupado, mas você não pensou duas vezes em colocar ela para fora na chuva, sem carro sem dinheiro e grávida, guarde sua preocupação para você- Eu falei e ele saiu.
-Como está minha amiga?- Dakota me perguntou e eu fiz um breve resumo explicando tudo.
-Logan Sanchez- Uma enfermeira me chamou em voz alta.
-Vamos trazer seu filho ao mundo- Ela falou rindo e eu olhei para Ethan.
-Você vai ficar aqui?- Eu perguntei.
-Só saio, quando eu ver meu afilhado, relaxa irmão, vai dar tudo certo eu estou aqui- Ele falou e me abraçou, Dakota riu.
-Aí que momento fofo- Ela falou debochada e demos o dedo do meio para ela.
Entrei na sala e encontrei Vanessa, ela estava acordada, mas anestesiada.
-Vamos ver nosso filho- Eu falei e ela sorriu.
-Achei que você não chegaria a tempo, estou com vontade de dormir- Ela disse
-É a anestesia- A enfermeira explicou.
-Não queria dormir sem ver você chegando- Vanessa falou e eu sorri.
-Eu te amo, e estou aqui- Eu disse e segurei sua mão enquanto os médicos faziam o parto cesárea dela, ela agüentou firme, logo um choro invadiu o quarto, e foi a melhor coisa da minha vida, a sensação é única, ali estava o meu filho, o fruto do meu amor com uma mulher incrível, ele era lindo e grande, a enfermeira, limpou ele e foi pesar.
-Nossa uma bebê bem grande, considerando o fato de ter nascido prematuro, tem 3Kg e 800 gramas e 52 cm um bebê enorme- Ela disse e entregou nosso filho para Vanessa, que acho que na emoção do momento, perdeu totalmente a vontade de dormir.
-Qual é o nome do nosso filho amor?- Eu perguntei e ela sorriu.
-Miguel, Miguel Sanchez como o seu pai- Ela falou e eu deixei uma lagrima cair, meu pai sempre foi tudo para mi, pena que morreu eu sentia falta dele, e muita e foi a melhor coisa que Vanessa poderia fazer, eu contei a história dos meus pais para ela, logo assim que casamos.
-Muito obrigado meu amor, foi uma linda homenagem e o Miguel é a melhor coisa que já foi minha, assim como você, eu amo vocês- Eu disse e depositei um beijo leve nos lábios de Vanessa.
-Agora a mamãe precisa descansar- A enfermeira disse pegando Miguel, e levando Vanessa.
(...)
Pov Ethan:
Algumas horas depois, a recepção já tinha não somente eu e Dakota, mas também Alex e Ruan, que assim que descobriram que a amiga estava em trabalho de parto, foram direto para lá, mas acho que eles se perderam na espera, já que foram buscar café e até agora não voltaram.
-Nossa seus amigos estão demorando com o café- Eu falei para Dakota.
-Relaxa na certa estão se engraçando para alguma médica, enfermeira e até mesmo paciente- Ela disse de forma simples.
-Nossa até paciente?- Eu falei rindo.
-Aqueles ali não deixam passar nada- Ela falou rindo, conversamos mais um pouco, e Logan apareceu na recepção com o sorriso mais bobo do mundo.
-Nasceu, meu filho nasceu porra- Ele falou e eu fui abraçar ele.
-Parabéns cara- Eu disse e depois Dakota o abraçou
-Parabéns, como está a Nessa, e o neném? Qual é o nome?- Dakota perguntou
-Vanessa e o neném estão ótimo, mas Vanessa precisou descansar por conta da anestesia, o nome é Miguel o mesmo nome do meu pai- Ele falou e eu sorri para ele, eu sabia o quanto aquilo tinha um significado grande para Logan, Dakota também gostou muito do nome.
-Podemos passar no berçário para ver o meu afilhado?- Ela perguntou animada e ele assentiu, nos levando até o berçário.
-Ele é lindo!!- Dakota falou babando
-Dar até vontade de ter um- Ela falou babando meu filho
-A gente pode fazer- Eu falei sorrindo malicioso.
-Vontade é uma coisa que dá e passa- Ela disse me dando um tapa, nós ficamos babando ele mais um tempo, depois chegou Alex e Ruan, que fizeram planos de como ensinar meu afilhado a ser um pegador enquanto eu ria e Dakota revirava os olhos, resolvemos ir embora, e visitar Vanessa uma outra hora.
(...)
1 semana depois
Já tinha uma semana que meu afilhado havia nascido, Vanessa e ele já estavam em casa, todos os dias eu e Dakota íamos na casa do Logan, ver Miguel que estava cada dia mais lindo, estava saindo da empresa quando fui parado por Amélia.
- O que está fazendo aqui?- Eu perguntei surpreso
-Precisava falar com você- Ela respondeu rápido.
-Tudo bem, podemos conversar, o que você quer?- Eu falei paciente.
-Fiquei sabendo o que houve com a Dakota e sei que ela está morando com você- Ela falou e eu assenti, incentivando ela a continuar.
-Eu quero falar com a Dakota, quero contar toda a verdade para ela- Amélia falou
-Tem certeza?- Eu perguntei
-Tenho, não agüento mais esperar, eu quero contar a verdade- Ela disse e eu assenti
-Então vamos para a minha casa- Eu falei apontando para o carro.
Pov Dakota:
Estava na cozinha, comendo uma maça quando ouvir o barulho do carro de Ethan, fui correndo para a porta, mas me surpreendi ao ver ele chegando com a minha professora da faculdade, Amélia.
-Professora Amélia, o que faz aqui?- Perguntei surpresa.
-Precisamos conversar Dakota- Ela falou séria.
-É sobre minha nota na prova?- Eu perguntei assustada mesmo tendo certeza que tinha ido bem na prova dela.
-Vou deixar vocês sozinhas, estarei no meu escritório, para qualquer coisa- Ethan falou dando um beijo leve na minha testa e saindo.
-Não é sobre a prova Dakota- Ela falou séria.
-Nossa vocês está me assustando, foi algum trabalho...- Eu ia falando mas ela me interrompeu.
-Eu sou sua mãe Dakota, eu sou Carmem Stoel- Ela falou de uma vez, e eu cai sentada no sofá, sem saber o que pensar.
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