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História Ruthless Love - Provocações


Escrita por: fckzjdb

Notas do Autor


Heyy! Até que eu não demorei tanto né? Notas finais, por favor

Capítulo 11 - Provocações


Katniss Fair Hoffman POV

Depois de recolher as minhas roupas, que estavam lotadas de feno, as vesti e saí do estábulo sem querer saber se Justin me seguia. Eu havia sido hipnotizada pelos seus olhos cor de mel, que me encaravam desde o momento que ele me prensou na porta do carro. Eu não ia permanecer dentro daquele estábulo abraçada com ele ou fazendo qualquer outra coisa do tipo que lembrasse um casal. Nós não somos um e não sei o que o fez pensar que aquilo tudo viria a se repetir. Talvez ele já esteja acostumado com esse tipo de "brinquedinho" que usa quando bem entender. 

Infiltrei-me na multidão, que já não comandava seus próprios movimentos, e tentei encontrar Jessica no meio do bando de bêbados. No caminho, senti gotas de cerveja e tequila caindo sobre meu corpo a cada trombada que eu dava com algum idiota que tentava apalpar a minha bunda. Um deles tentou levantar a minha saia e tocar na minha intimidade, mas, quando percebi, logo virei e lhe meti um tapa na cara. 

 - Que cacete! - reclamei enquanto me via sozinha e ao mesmo tempo cercada de idiotas. 

Já estava desistindo de encontrar Jessica quando avistei seus inconfundíveis cabelos loiros balançando no meio da multidão. Ao me aproximar - e empurrar mais alguns nojentos que tentavam me beijar -, notei que ela não estava sozinha. Pelo contrário, um menino com os cabelos claros agarrava sua cintura e tinha a boca colada em sua orelha enquanto dançava por trás dela, a agarrando e encouchando. Quando cheguei ao seu lado, fiquei parada esperando até que fosse notada, comecei a entrar na onda da música e a dançar ao lado de Jessica, que se entretinha ao meu lado. 

Dei uma rápida olhada para o lado e vi o homem, que antes a encouchava, agora a beijando. Ele estava de olhos fechados, mas mesmo assim senti que o conhecia. Não conseguia desviar o olhar até que descobrisse o motivo dessa minha intuição. De repente, seus olhos se abriram durante o beijo e os vi fitando os meus. Assustei-me pelo ato inesperado e logo desviei meu olhar, voltando a dançar conforme o ritmo da música enquanto tentava disfarçar que analisava o homem que Jessica beijava a segundos atrás. 

Percebi o moreno, o qual eu beijara na frente de Justin e que se chamava Gian, se aproximando novamente de mim. Dei um sorriso tímido enquanto esperava seu corpo se colar ao meu novamente; nossos olhares se cruzavam e percebia que ele tinha um sorriso de malícia nos lábios. No entanto, algo atrás dele me chamou a atenção: Justin estava agarrado a uma morena e envolvia a cintura dela de um modo possessivo. Senti meus batimentos cardíacos se acelerarem e tudo o que desejei no momento foi que o moreno gostoso que eu beijara chegasse logo até mim e grudasse seu corpo no meu. 

Meu desejo não foi saciado, porém, pois senti uma mão agarrando meus braços e me virando brutalmente para trás quando Gian já estava prestes a me alcançar. Já me preparava para gritar com o idiota que fez isso, até que me virei e percebi olhos verdes encarando os meus. 

O homem que Jessica beijava me olhava com um semblante confuso, suas sobrancelhas quase se uniam e expressavam uma dúvida que provavelmente passava por sua cabeça. Ele analisava todo o meu rosto; olhei para Jessica ao seu lado e a vi me encarando de um jeito furioso e confuso. Eu não estava entendendo o que estava acontecendo até que ele chamou meu nome, provocando-me um olhar assustado sobre o loiro de olhos verdes que me encarava e que eu nunca havia conversado antes. 

 - Katniss? 

 - Quem é você? 

Percebi Jessica cruzando os braços ao lado dele, aparentemente impaciente. Olhei para ela a fim de entender alguma coisa a respeito da cena que estava presenciando, no entanto, notei que ela também estava cheia de dúvidas. O homem começou a rir e seus olhos esbanjavam um sentimento de vitória.  

 - Ah meu Deus, é você mesmo - ele ria e passava a mão pelos cabelos. Alterava meu olhar entre ele e Jessica, a qual logo deixou de lado o semblante de raiva em seu rosto e deu lugar a uma expressão totalmente confusa acerca de toda aquela situação. De fato, o rosto dele não me era estranho, mas aquela situação sim - Já posso até ver o tamanho da minha recompensa por ter te encontrado, puta que pariu! 

É claro, ele era um dos seguranças de meu pai. Reconhecia-o, pois o vira algumas vezes na vigia de minha casa. Seus lábios ainda se abriam num sorriso vitorioso, mas também desacreditado. Olhei para os lados a fim de descobrir se algum dos meninos me observava naquele momento e, apesar de a multidão ter me impedido de possuir ampla visão do local, não avistei nem Chaz, Ryan ou Justin pelos arredores. 

 - Vamos - disse ele segurando mais uma vez em meu braço, dessa vez me puxando para o meio da aglomeração - Tenho que te levar até o chefe.

 - Trabalha pro Jackson? - perguntei apenas para tentar confirmar minhas suspeitas. 

Ele andava na minha frente enquanto me puxava e abria caminho até o gramado. Quando o questionei, ele virou um pouco a cabeça, permitindo-me identificar um sorriso malicioso se formando em seus lábios. 

 - Pode me chamar de Luke. 

Interpretei isso como um "sim". Continuei o acompanhando até onde provavelmente seu carro estaria estacionado. Durante alguns instantes, eu olhava para trás a fim de me certificar que ninguém nos seguia. Meu coração parecia querer saltar do meu corpo devido ao medo que percorria minhas veias. 

Minha relação com Justin havia melhorado, e, embora eu quisesse a minha vida de volta, havia lhe passado a confiança de que não iria mais fugir. Na verdade, só havia sido sensata o suficiente para perceber que ele sempre estaria um passo à minha frente, e que tentar qualquer escapatória me levaria a tapas e confinamento constantes. 

Apesar de ele ter melhorado seu comportamento comigo - e de termos acabado de transar -, eu não gostava da ideia de ser feita de refém ou de ser considerada um prêmio. Queria minha vida de volta e me livrar desse jogo de gato e rato. 

No momento que notei carros estacionados à minha frente, acelerei os passos para poder acabar logo com isso. No entanto, senti meu corpo sendo puxado para trás e uma nova figura loira apareceu à minha frente dando um soco no rosto de Luke, que cambaleou para o lado ao ser pego desprevenido. Seus olhos encontraram os de Justin e eles ficaram se encarando durante míseros segundos, até que Justin reagiu novamente com um novo soco. 

Luke começou a revidar, acertando Bieber na mandíbula direita um pouco antes de ser atingido no queixo. Sangue começou a sair pela boca do segurança de meu pai, o qual sorriu quando percebeu que isso acontecia e Justin parou de atacá-lo. Seus dentes estavam vermelhos e isso tornava a sua feição mais assustadora. 

 - Quem é você? - perguntou Justin, claramente irritado. 

 - Quer dizer que foi você mesmo quem pegou ela? - disse Luke de maneira debochada enquanto apontava com a cabeça para mim. Seus lábios ainda estampavam um sorriso sarcástico - Até que pra um moleque você engana bem, Bieber. 

Justin desviou a sua atenção de Luke e olhou para mim. No início, seu semblante expressava dúvida, mas com o tempo sua cara foi fechando e vi a raiva tomando conta dele à medida que provavelmente percebia que Luke estava ligado ao meu pai. Com passos lentos, Justin se aproximou de mim até parar a centímetros do meu corpo. Sentia meus batimentos cardíacos se acelerando, pois já sabia o que esperar de suas próximas ações. 

 Ele colocou a mão na minha nuca e puxou o meu cabelo, fazendo minhas costas se arquearem para trás. Suprimi um gemido de dor e fechei meus olhos com força. Senti sua respiração se chocando com meus ouvidos, fazendo-me engolir em seco já esperando pelo pior. 

 - Você estava tentando fugir, Katniss? - sussurrou com uma voz rouca, fazendo os pelos do meu corpo se arrepiar - O sexo não significou nada pra você? - sua voz expressava um tom de ironia e deboche. 

Eu mantinha meus olhos fechados, no entanto os abri quando não ouvi mais nenhuma palavra saindo de sua boca, por mais que ainda a sentisse colada ao meu ouvido. Encontrei Luke me encarando enquanto ele ainda limpava o sangue que saía do meio de seus lábios. Seu rosto não parecia demonstrar qualquer compaixão por mim, seu único interesse era a recompensa que ganharia ao me devolver para o meu pai. Mais uma vez, eu estava sendo tratada como um prêmio. 

Justin se afastou um pouco de mim, de forma que seus olhos pudessem encarar os meus a milímetros de distancia. Fiquei observando suas íris castanhas enquanto esperava pelo tapa que ele provavelmente lançaria sobre o meu rosto. 

 - Acho que você se esqueceu, então eu vou repetir - disse com um tom de voz sombrio - Quando eu perguntar, você responde, porra! 

Suas mãos passaram a apertar minha mandíbula, mas eu continuava a encará-lo independentemente da dor que sentia. Eu sabia que suas perguntas haviam sido retóricas e que ele só queria me ver mentindo para ter mais gosto ao me bater. Eu já passei por isso antes. 

Sem medo, mantive meu olhar fixo no seu quando balancei a cabeça em negação. Evitei demonstrar medo pela minha expressão e pareceu ter funcionado. Justin abriu um sorriso malicioso e percebi que ele mexia em algo que estava na sua calça. 

 - Então devo acreditar que vocês só iam dar uns amassos? Ou que ele estava te forçando a voltar pro seu papaizinho? 

Ele sabia que estava brincando com suas deduções, sabia o que realmente estava acontecendo, mas tortura psicológica parecia ser seu hobbie preferido. 

 - Bom, nesse caso - disse ele antes de passar a língua no meio dos lábios sem desviar o olhar do meu - O que acha que eu devo fazer com ele, Katniss? 

Ele sussurrou suas últimas palavras em meu ouvido, fazendo-me ficar arrepiada. No instante seguinte, sacou uma arma do cós da calça e se virou para o local onde Luke se encontrava parado. Não houve tempo de reação, Justin logo atirou no segurança do meu pai, atingindo-o no ombro, barriga e peito. Não demorou até que Luke caísse morto no chão. 

Não pude evitar deixar de demonstrar meu desespero e repulsa com essa situação. O sangue de Luke se misturava com a grama verde abaixo de seu corpo e tudo o que eu consegui fazer foi cobrir minha boca com as mãos. Desviei meu olhar do corpo caído e instantaneamente os arbustos ao longe pareceram mais atrativos para os meus olhos. Fiquei os encarando ainda em estado de choque. 

Percebi que Justin se movia até mim, o que me deixou mais apreensiva. Dessa vez não ousei olhá-lo e mantive a minha cabeça baixa. Pude ver seus pés parando na frente dos meus e, inconscientemente, senti minha respiração se acelerando. Seus dedos pousaram no meu queixo e o levantaram, fazendo com que eu olhasse diretamente em seus olhos cor de mel. 

Ele ficou me analisando até passar as mãos pela lateral do meu rosto, alisando-o antes de colocar uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha. Estremeci com seu ato, pois não sabia o que ele queria ao fazer isso comigo. Justin havia acabado de matar um homem na minha frente, mas agora agia como se nada tivesse acontecido. Talvez para ele aquilo realmente não tenha sido nada demais, mas para mim foi. 

 - Volte a tentar fugir de novo, meu amor, e o corpo estirado no chão será o seu. 

Engoli em seco e senti minhas pernas bambearem. Ele me ameaçou com uma naturalidade que tornou suas palavras ainda mais verdadeiras. Ele guardou a arma em suas calças e em seguida pegou em meu pulso, começando a andar comigo para dentro da multidão. Não sabia para onde eu estava sendo levada, mas apenas permiti que ele me guiasse sem me debater. Preferia ficar quieta do que ficar com marcas roxas e vermelhas pelo corpo. 

 - Para onde estamos indo? - perguntei grudada ao seu ouvido, tendo que falar alto devido à musica. 

 - Embora. 

 - Pensei que estivesse ocupado com garotas por aí - disse me referindo à mulher com quem ele dançava. 

Instantaneamente, ele parou de andar, o que fez meu corpo trombar com as suas costas. Justin virou um pouco a cabeça para o lado de forma que eu pudesse ver o perfil de seu rosto. Isso já foi o suficiente para notar um sorriso malicioso surgindo em seus lábios. 

 - Pelo jeito, o sexo realmente significou algo para você. 

Percebia o tom debochado em sua voz, o que me fez revirar os olhos e me segurar para não xingá-lo. Justin voltou a andar e me arrastar junto consigo para o meio das pessoas embriagadas. 

 - Te odeio - resmunguei baixinho. 

Temi pelo o que aconteceria ao chegarmos a sua casa. Sabia que seu humor não estava dos melhores e tinha medo que fosse tudo descontado em mim. Mesmo assim, não vacilei em meus atos e continuei o seguindo até o carro. Acabei passando ao lado de Jessica e a puxei pelo braço ao mesmo tempo em que apertei a mão de Justin, em sinal para que ele esperasse um pouco. Ela se virou e pude ver a expressão de raiva em seu rosto, que logo se aliviou ao ver que era eu quem a puxava. 

 - Vai lá amanhã? - gritei para conseguir ultrapassar o volume da música. 

Ela me olhou e então vi seu olhar ser direcionado ao local onde Justin segurava meu pulso. Em seguida, Jessica olhou para ele, me encarou de novo e sorriu, fazendo um movimento afirmativo com a cabeça. Não tive tempo de dizer mais nada, pois Justin já me puxava novamente pelo meio da multidão. 

Chegamos no local em que seu carro estava estacionado, ele entrou no banco do motorista e eu rapidamente me ajeitei ao seu lado. Justin disparou com seu Bugatti em direção a estrada, não me dando chance de olhar para trás e ver se alguém notaria o corpo jogado no chão. 

 - Justin? - chamei-o poucos minutos depois de termos deixado o racha. Olhei para ele e o vi balançando a cabeça de modo tedioso em sinal para que eu continuasse a dizer o que queria - Você realmente não se importa em deixar corpos sangrentos e nojentos no chão, onde qualquer um pode ver? 

Senti o carro sendo levemente freado, mas isso não evitou que a redução repentina de velocidade não causasse impacto sobre o meu corpo, o qual se descolou ligeiramente do encosto do banco. Olhei para Justin assustada, tentando entender o motivo dessa reação. Vi seus lábios projetarem um "porra" inaudível enquanto ele pegava o celular no bolso. 

 - Ryan? - disse segundos depois - Vai pra um lugar com menos barulho, porra! - Justin gritou e ficou alguns instantes mudo, provavelmente esperando enquanto Ryan mudava de posição - Olha só cara, vai até a lateral do estábulo, tem um corpo jogado lá pra você acender fogueira. 

Sua naturalidade me assustava. Apesar do meu pai não se diferenciar dele quanto aos atos, eu nunca precisei vivenciar esse tipo de atitude. Tentei ignorar o que ele dizia e entender que eu já deveria ter me acostumado com esse tipo de mundo. Desviei minha atenção para o rádio do carro e o liguei, procurando alguma estação que prestasse. 

Assim que Justin terminou a ligação, vi seu celular sendo jogado para dentro do porta-copos. Não quis olhá-lo, pois nem havia motivo para isso. Percebi, porém, de canto de olho, que ele me observava alterando as estações da radio. Continuei fazendo o que estava fazendo, fingindo que não percebera nada. 

 - Não - disse ele repentinamente - Na verdade, eu me importo - continuou e olhou para mim, piscando com o olho e sorrindo. Foi então que eu percebi que ele estava respondendo a minha pergunta anterior. Encostei minhas costas no banco novamente e fiquei observando a estrada à frente. Antes disso, não pude deixar de revirar os olhos e rir fracamente pela resposta dele. 

 

Ao chegarmos à sua mansão, logo subi para o quarto onde eu estava "hospedada", sem me importar com o paradeiro de Justin. Entrei no banheiro e me preparei para tirar todo o cheiro de álcool e de nicotina que se impregnava em meu corpo e roupas. Fechei a porta e liguei o chuveiro, despindo-me e jogando o que eu vestia no chão, fazendo um coque no cabelo em seguida. Deixei a água quente percorrer todo o meu corpo sem me importar se gastaria muito tempo com isso. 

Saí de dentro do box alguns minutos depois, já me enrolando na toalha para não perder o calor que emanava do meu corpo devido ao banho que acabara de tomar. Enquanto me secava, soltei meus cabelos e percebi que alguns fios estavam úmidos na região perto da nuca, o que me levou a dar uma leve enxugada ali antes de sair do banheiro, coberta pela toalha de algodão e amarrar os cabelos novamente. 

 - Merda! - gritei pela surpresa ao ver Justin sentado na minha cama, aparentemente me esperando. 

Agarrei ainda mais a toalha que envolvia meu corpo, temendo que de alguma forma a gravidade falhasse e a fizesse cair no chão. Justin me encarava com um sorriso malicioso nos lábios e um brilho nos olhos que poderiam fritar meus seios, os quais eram o foco de seu olhar. Eu fiquei parada próxima a porta do banheiro mesmo quando ele se levantou. Apesar do medo que eu estava sentindo, parecia que meu corpo não sabia como reagir a uma situação inesperada como essa. 

Justin começou a se aproximar com passos lentos enquanto umedecia os lábios, me dando a sensação de que seria devorada em breve. Meus neurônios aparentemente começaram a reagir, pois comecei a andar para trás até me encontrar com a batente da porta. Ele parou a alguns centímetros de distância e levantou um pequeno tubo vermelho em mãos. 

 - Acho que você deixou seu batom cair de novo. 

Eu o encarava de modo apreensivo quando tirei meu matte de seus dedos. Quando ele percebeu o impacto que aquela situação estava causando sobre mim, sorriu maliciosamente.

 - Você podia ter me entregado depois - falei. 

 - Não teria a mesma graça do que ter entregado agora. 

Engoli em seco. Justin se aproximou mais e passou a mão no meu cabelo, que ainda se prendia em um coque. Suas mãos passaram a alisar a minha nuca e eu já pude perceber meus batimentos cardíacos querendo se acelerar.

 - Prefiro quando eles estão soltos - sussurrou com sua voz rouca em meus ouvidos enquanto soltava o coque que eu fizera.

Justin voltou a me encarar, dessa vez mais próximo do que antes. Seus dedos passearam pelos meus lábios e, sem pensar, logo os umedeci. Ele sorriu, mas não parou de contornar minha boca com os dedos. Eu não conseguia empurrá-lo para longe de mim, minhas mãos ainda seguravam a toalha e o batom que ele me entregara, mas esse não era o motivo de não afastá-lo. Eu simplesmente não queria negar o que meu corpo ansiava naquele momento. Apesar de eu ter afirmado que não repetiria o ato do estábulo, eu não poderia negar que a sua proximidade me causa reações e desejos contraditórios, me colocando numa eterna guerra interna. 

 - Você me deve uma, Katniss - disse ele agora alisando minha bochecha - Eu teria tido uma segunda foda maravilhosa hoje, se não fosse a sua infeliz tentativa de fugir - Justin umedeceu os lábios e passou o carinho para as proximidades da minha orelha - Então o que me diz de compensar todas as suas merdas agora? 

 - Não entendi - disse de modo cínico - Você quer que eu ligue para algum puteiro e te encomende algumas putas? 

Ele riu e emitiu um som rouco com a voz. Justin tombou a cabeça para o lado e ficou me observando. Abri um sorriso cínico e mordi meu lábio inferior. Ele logo deixou as carícias de antes no meu ouvido de lado e passou a mão para a minha nuca, apertando e puxando meu cabelo de modo agressivo. Reprimi um gemido de dor e continuei o encarando enquanto ele parecia analisar cada canto do meu rosto. 

 - Não, querida - disse de um modo sombrio - Eu quero que você seja a minha puta. 

Justin, ao puxar meu cabelo, me desgrudou da batente da porta e me levou até a cama, me jogando violentamente sobre ela. Acabei deixando o batom cair de minhas mãos e a toalha agora já se abria no meio das minhas pernas apesar de eu ainda segurá-la nas proximidades dos meus seios. Minha respiração estava acelerada e via Justin subindo sobre o meu corpo como um animal prestes a devorar a sua presa. 

Minha intimidade latejava e pedia por ele, o modo com o qual Justin me olhava contribuía para a minha excitação. Suas mãos deslizaram pela minha perna nua e subiram pela minha coxa, se aproximando cada vez mais da minha intimidade. Justin, porém, não chegou a encostar ali e colocou sua outra mão na lateral do meu rosto, alisando meu cabelo. 

 - Me diz o que você quer, Katniss - pediu. 

Mentalmente, me recusei a respondê-lo, não queria lhe dar o gosto de me ter entregue de novo e resistiria ao máximo de implorar por qualquer atitude sua sobre o meu corpo. Justin apertou minha nuca, sua mão agilizou os movimentos na minha coxa e ela logo se encontrou com a minha intimidade, o que me fez gemer e perceber um sorriso saindo de seus lábios enquanto ele mordiscava minha orelha. 

Justin começou a estimular meu clitóris, fazendo-me contorcer na cama e puxar o lençol sobre o colchão. Mordi seu ombro na tentativa de abafar os meus gemidos enquanto Justin sussurrava em meu ouvido. 

 - Anda, Katniss. 

Contive-me mais uma vez até que senti seus dedos penetrarem minha vagina, movimentando-se lá dentro e me levando à máxima excitação. Gritei seu nome, mas não me rendi a implorar por seu pênis, mas Justin era insistente. 

 - Diga o que você quer - sussurrou antes de ir chupar meus seios, que agora estavam expostos pela toalha que ele me fizera soltar - Anda, vadia. 

Justin inclinou meu quadril para o lado e bateu fortemente na minha bunda, fazendo o som do estalo percorrer todo o cômodo. Seus dedos se agilizaram na minha intimidade e seu dedão começou a estimular meu clitóris. Ele abocanhou meu seio novamente enquanto apertava o outro.

 - Diga que quer meu pau em você, porra! 

Sua raiva se expressava nos movimentos frenéticos e desesperados que ele realizava na minha vagina e eu já não conseguia mais me conter. Eu arranhava as suas costas e me contorcia embaixo de seu corpo, o desejo me consumia e se tornou mais forte do que qualquer orgulho. 

 - Me fode logo, porra! 

 - Boa garota. 

Justin rapidamente tirou seus dedos de mim e ficou em pé ao lado da cama enquanto tirava sua calça e camisa. Em seguida, retirou sua cueca e subiu em cima de mim novamente, posicionando seu pênis na minha intimidade enquanto a alisava. Seus lábios roçaram os meus e ele me beijou com movimentos desesperados realizados por nossas línguas. Em seguida, Justin subiu até minha orelha, dando uma única mordiscada ali antes de penetrar seu pênis em mim com toda a sua força. 

Justin metia freneticamente, até que saiu de mim e colocou as mãos debaixo das minhas costas, as arqueando e me fazendo virar e ficar de quatro na cama. Ele me puxou mais para a borda e ficou em pé no chão, levou dois de seus dedos à sua boca e os umidificou, esfregando-os na minha intimidade em seguida. Sem precedentes, Justin logo voltou a introduzir seu membro na minha vagina enquanto batia na minha bunda. Eu gemia e meus seios balançavam de acordo com as entocadas dele. 

Quando Justin percebeu que gozaria, saiu apressadamente de dentro de mim e puxou meu corpo para o chão, me colocando ajoelhada à sua frente. Abri a boca e comecei a chupar seu membro enquanto ouvia gemidos roucos saindo pela sua boca. 

 - Ah, Katniss, engole tudo. 

Ele segurou no meu cabelo e afundou minha cabeça em sua pélvis, fazendo quase todo o seu membro ser degustado por mim. Instantes depois, senti o gozo de Justin me preenchendo e eu o engoli. 

Ele se sentou na beira da cama com a respiração acelerada. Levantei-me e fui até o closet procurando pelo meu pijama. Quando voltei ao quarto, Justin já colocava sua calça e segurava sua camisa; ele me olhou e suspirou fundo. 

 - Valeu. 

Disse e saiu do quarto, batendo a porta sem dizer mais nada. Encarava a madeira desta com uma expressão indignada. Passei a mão pelos meus cabelos e revirei os olhos. O que eu estava pensando?

 - Idiota. 

Fui até minha cama e arranquei o lençol, arrumei-a e entrei debaixo de novas cobertas. Fechei os olhos na esperança de logo adormecer, no entanto meu sonho demorou a chegar devido aos pensamentos em Justin e em como eu era uma otária. Uma hora, porém, ele veio e eu adormeci. 

 

Acordei sozinha no dia seguinte, sem a interferência de qualquer barulho ou claridade. Olhei para as cortinas e percebi que não havia sinal de qualquer raio de sol. Esfreguei os olhos e me espreguicei na cama, me levantando em seguida. Fui até o banheiro e realizei a higiene matinal, deparando-me com uma figura totalmente descabelada e com leves marcas vermelhas no pescoço. Decidi passar uma maquiagem ali, pois não queria nenhum resquício que me lembrasse da idiotice da noite anterior. 

Saí do quarto ainda de pijamas e desci para a cozinha. Logo na escada já pude sentir o cheiro de macarrão tomando conta do meu olfato, que se aguçou quando entrei no cômodo no qual Madalena estava parada em frente ao fogão. 

 - Bom dia - disse enquanto me sentava à mesa - Não tem mais café? 

 - Boa tarde, senhorita. Já são duas horas da tarde, pensei que você preferiria almoçar direto. Já está quase pronto. 

 - Meu Deus, eu não tinha me dado conta disso - disse me referindo ao horário - Pensou certo, Madalena, obrigada. 

Levantei da cadeira e peguei um iogurte na geladeira para não ficar com fome durante o tempo que esperaria o macarrão ficar pronto. Não queria admitir, mas me perguntava onde Justin poderia estar e se almoçaria em sua casa. Reprimi a vontade de questionar Madalena e fui até a sala, me sentando no sofá e ligando a televisão em um canal qualquer. Alguns minutos depois, Madalena anunciou que o almoço estava pronto, me fazendo levantar rapidamente e ir até a cozinha mais uma vez. 

 - Caralho, eu adoro macarrão - escutei uma voz masculina, seguida de alguns passos que entravam no mesmo cômodo em que eu estava. Olhei para trás e vi Chaz, Ryan e Justin entrando ali.

 - Você só pensa em comer, Somers - proclamou Ryan indignado. 

 - Dizem que você é o que você come, e é por isso que eu sou tão gostoso - respondeu Chaz se gabando antes de piscar para mim. Sorri e abaixei a cabeça um pouco envergonhada. 

Não levantei meu olhar quando percebi que Justin se sentara à minha frente, continuei comendo enquanto fingia que sua presença não me abalava e que nada acontecera na noite anterior. Ao terminar de almoçar, peguei meu prato e o depositei na pia, onde Madalena já lavava algumas louças. Senti-me incomodada em deixar minha própria sujeira em suas mãos, mas ela logo tirou o prato de mim e começou a ensaboá-lo. 

 - Obrigada - disse tímida. Ela sorriu e balançou a cabeça em negação, como se não entendesse o meu agradecimento. 

Decidi subir para o quarto e, por fim, me trocar. Vesti um shorts larguinho, uma camiseta básica e um moletom fechado por cima, o qual quase tampava o shorts que eu colocara. Deitei-me na cama e liguei a televisão, ficando restrita aos programas que esta poderia me proporcionar, já que eu não tinha celular ou qualquer outro aparelho eletrônico. Deixei em um canal que passava o show da Taylor Swift, apesar de eu não ser uma grande fã, eu curtia suas músicas. Aumentei o volume da TV e me deitei na cama, observando-a e cantando. 

 - Katniss - disse Justin ao entrar no meu quarto sem nem bater na porta. Meus batimentos cardíacos se aceleraram devido ao susto e fui obrigada a colocar as mãos no peito. 

 - Mas que droga - sussurrei. 

 - Iremos trabalhar, não atrapalha e abaixa o volume dessa merda. 

Revirei os olhos e peguei o controle para seguir suas ordens. Assim que ele saiu do meu quarto, aumentei o som de novo. 

 

Algumas horas já haviam se passado desde o início do show - que acabou há um tempo -, e meu tédio parecia estar se acumulando cada vez mais. Jessica dissera que viria aqui hoje, mas não aparecera até então, o que era estranho, já que passavam das 6 horas da tarde. Resolvi mudar os ares e ir até a sala de estar, onde eu poderia esperá-la melhor e ainda procurar filmes com mais facilidade. Não a considero uma melhor amiga. Não, é como se ela fosse o meu passatempo desses dias infinitos de sequestro, responsável por me tirar do tédio todos os dias. Ou quase todos. 

Abri a porta do meu quarto e me deparei com um estranho silêncio que rodeava a casa. Justin dissera que eles estariam trabalhando, mas não imaginei que fossem tão sérios em serviço. O silêncio, no entanto, foi interrompido quando ouvi alguns gritos abafados. Fiquei assustada com o que poderia estar acontecendo, mas mesmo assim segui a origem do barulho, deixando minha curiosidade tomar conta das minhas emoções. 

Acabei parando na frente do quarto de Justin no mesmo instante que os gritos se cessaram. Temi que ele estivesse torturando alguém e esse medo acabou retardando a minha reação de colar o ouvido na porta, mas eu o fiz, me arrependendo logo em seguida. 

 - Aw Justin - gemia uma voz feminina. 

Instintivamente, revirei os olhos e me afastei um pouco da porta enquanto pensava o quão repugnante ele é. Sendo tomada pela curiosidade mais uma vez, voltei a escutar o que acontecia lá dentro, mas então  meu coração parou e eu não soube como reagir. 

 - Isso Jessica, senta no meu pau. 

Desgrudei da porta de uma vez e passei a encará-la com os olhos arregalados. Eu não sabia como deveria reagir ou o que deveria sentir, mas tudo o que passava pela minha cabeça era raiva e necessidade de vingança. Não sei exatamente do que eu queria me vingar ou o porquê, mas me sentia tão usada que só queria fazer alguém se sentir assim também. Na verdade, acho que queria fazer Justin se sentir assim. A raiva eu sabia que vinha por causa de Jessica e seus interesses de vir até aqui não por mim, mas por ele. Isso parecia bem claro agora. 

Decidi parar de espionar os dois e desci até a sala de estar. Novos sons se tornaram audíveis, mas dessa vez reconhecia o barulho característico de bolas de bilhar se chocando. Fui até a porta que daria acesso ao salão de jogos e a abri, me deparando com Chaz e Ryan concentrados sobre a mesa de sinuca. Sorri assim que os vi. 

 - Katniss! - disse Chaz alegre enquanto Ryan mirava na bola branca. Sorri ainda mais e me aproximei dele. 

 - Onde está o Justin? - perguntei apenas para manter as aparências enquanto ajeitava o cabelo de Chaz na tentativa de provocá-lo com nossa proximidade. Ouvi o som abafado da risada de Ryan. 

 - Com uma puta - disse ele. Encarei-o com um sorriso pervertido no rosto. É claro que ele estava com uma puta. 

 - Não sei por que ainda pergunto - respondi divertida, Chaz riu fraco. Encarei-o nos olhos e então passei a admirar sua boca, mordendo a minha em seguida. Ele abriu um sorriso malicioso e estava prestes a pegar na minha cintura, mas fora interrompido. 

 - Chaz - disse Ryan querendo rir - Sua vez. 

Chaz bufou, mas foi se posicionar para jogar. Ryan me encarava e eu podia ver um sorriso querendo sair em seu rosto, o que me fez rir. 

 - O que foi? 

 - Calma Katniss, só mais três bolas e ele é todo seu. 

 - Na verdade - disse Chaz se reaproximando com o taco na mão - Mais nenhuma bola. Vaza, Butler. 

 - O que? Você acertou tudo? - disse Ryan indignado conferindo a mesa, que só tinha a bola branca sobre si. 

 - Um dia você chega lá. Agora vaza. 

Aquela situação me divertia e eu ria pelo fato de Chaz estar expulsando o amigo do recinto e, ao mesmo tempo, pela cara que Ryan estava fazendo. 

 - Você é um merda. 

Ryan deixou o taco em seu devido lugar e saiu do salão jogos enquanto mostrava o dedo do meio. Eu ria fracamente enquanto olhava para a porta, até que senti Chaz me agarrando por trás e as suas mãos pousando na minha barriga. Respirei fundo e tombei minha cabeça para trás enquanto fechava os olhos, encaixando-a na curva do ombro dele. Chaz começou a passar seu nariz pelo meu pescoço, me causando arrepios. Sorri quando acabei sentindo cócegas pelo seu toque. 

 - To querendo te fuder há tanto tempo - disse em um sussurro. 

Pra ser sincera, eu não sabia muito bem se queria isso. Havia tido relações com Justin na noite anterior e me sentiria muito suja em trocar de parceiro já no dia seguinte - apesar de ele obviamente não se sentir assim. Chaz é gostoso, mas eu ainda não sabia se queria um novo pênis, pertencente a outro traficante desprezível, me invadindo. Relaxei o pensamento e deixei que o momento me guiasse. 

Virei-me de frente para Chaz e comecei a beijá-lo. Ele colocou as mãos na minha bunda e a apertou, me pegando no colo em seguida. Chaz seguiu com minhas pernas enroladas nele até me colocar sentada sobre a mesa de sinuca. Continuávamos nos beijando quando coloquei minhas mãos dentro da sua camisa, arranhando seu abdômen e depois seguindo para as suas costas. Chaz arfou durante o beijo mas sua língua continuou tocando a minha. Sorri quando ele mordeu e puxou levemente meu lábio inferior. Suas mãos começaram a passear pelo meu corpo, descendo pela barriga e encontrando minha intimidade, coberta pelo shorts. 

Eu estava receosa com o que viria a acontecer, eu já havia transado com caras diferentes antes, mas nunca com um diferente para cada dia. Tinha medo de romper alguns princípios que eu pretendia manter, apesar de no momento o sentimento de vingança e de raiva ainda me dominarem. Talvez por causa disso, permiti que ele continuasse me tocando, mesmo sobre o tecido do shorts. Chaz afastou o jeans no meio das minhas pernas e seus dedos passaram a me tocar sobre a calcinha. No mesmo instante, deslizei minha mão até a região do seu membro, começando a massageá-lo sobre a calça que ele usava. Chaz estava excitado e segurava na minha nuca enquanto nos beijávamos, até que seus lábios descolaram dos meus, dando espaço a um gemido vindo dele. 

 - Ah, Katniss, chupa meu pau. 

Chaz abria o zíper da sua calça, mas, no mesmo instante, a porta foi escancarada. Encarava a figura de Justin se aproximar de nós com passos rápidos e furiosos, eu certamente exibia uma expressão assustada devido ao choque que tomara pelo estrondo que a porta fizera ao se chocar com a parede.

 - Chupa o seu pau o caralho. 


Notas Finais


Heey, como vocês estão? Espero que bem porque afinal ACABARAM DE SAIR AS DATAS DA PWT AAAAAA Mass devo dizer que estou bem mal até porque meus pais estão simplesmente embaçando MUITO pra me deixarem ir, e as vendas já estão chegando né (to desesperada cara hahahah)
Enfim, eu não demorei tanto dessa vez e ainda postei um capítulo grande, como tinha prometido. MASSS tenho uma má notícia agora.. Provavelmente ficarei um bom tempo sem postar, pois está chegando o fim do ano e com ele os vestibulares, e eu preciso de foco total nisso! Espero que entendam!
Eu ia escrever mais coisa para esse capítulo, mas percebi q já tava ficando muito grande e deixarei pro próximo. Muito obrigada pelos comentários e favoritos, isso foi o que me estimulou a postar logo, fiquei muito feliz!
Beijosssss


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