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História Ruthless Love - Ele realmente se importa?


Escrita por: fckzjdb

Notas do Autor


Meu Deus, quanto tempo! Me desculpem, mas aconteceram muitas coisas! Me perdoem, espero não ter sido abandonada... Boa leitura <3

Capítulo 5 - Ele realmente se importa?


O dia amanheceu frio, encontrava-me enrolada nas duas grossas cobertas que esquentavam meu corpo. Apertava meus olhos lutando contra o clarão que predominava no cômodo, lembrava-me perfeitamente como as cortinas tampavam aquelas ventanas desde o dia que eu chegara a "minha nova casa". Senti coisas macias serem jogadas em meu rosto me fazendo finalmente abrir os olhos e, por mais que minha visão fosse ainda embaçada, percebi uma figura parada no pé da cama. Esfreguei os mesmos relatando a presença de Justin me observando.

- Bom dia, bela adormecida - eu estava confusa.

- Que foi? - indaguei com a voz rouca.

- Se arruma, você vai comigo.

- Eu vou pra onde? - disse varrendo os olhos pelo quarto - Eu não tenho mais roupas. - ele apontou para a cama e eu vi uma calça de montaria e uma blusa preta consideravelmente comprida, conclui que aquilo fora o que atingira minha face.

- Peguei do quarto da minha mãe. Se veste, e desce. Estou te esperando.

- Para onde nós vamos, Bieber?

- Quando chegar, você descobre - ele riu irônico e me deixou sozinha com meus próprios pensamentos, o que me enraiveceu.

Peguei a troca de roupa que gentilmente ele me oferecera e notei uma outra cair. Uma cueca, limpa. Aparentemente, Justin estava sendo bondoso comigo, não que eu não gostasse, preferia assim.

Era realmente um saco ter de sair do meu conforto sobre as cobertas e enfrentar o frio daquela manhã porque eu era obrigada a ir a algum lugar.Ao me levantar senti a onda de ar frio entrar em contato com minhas pernas e braços desnudos, meus dentes bateram um contra o outro e por mim eu voltaria a me enfiar naquela cama quente e confortável.

Peguei as mudas de roupa, entrei no banheiro e liguei o chuveiro esperando o vapor de calor cobrir o box e se espalhar pelo ambiente. Tirei as roupas que vestia e as deixei caídas no canto, antes de prender meu cabelo em um coque mal feito. Ao entrar em contato com a água quente senti os pelos de meu corpo se arrepiarem, fechei os olhos e passei minha mão por meus ombros, eu simplesmente sou apaixonada pela sensação que a água térmica me traz em dias como estes desta semana. Para falar a verdade, o frio que fazia era estranho considerando que estamos em agosto, um mês parcialmente quente em Atlanta.

Fiquei o tempo que achara necessário para me esquentar e o tempo que Justin não me xingaria. Enrolei-me na toalha que usara na noite anterior ainda úmida, após secar meu corpo vesti a box de Justin e calcei a legging que ele me oferecera e ficara na medida certa em meu corpo, coloquei a blusa e abri a porta do banheiro sentindo a onda de ar frio se chocar com minha pele aquecida, logo fui a procura de meu próprio casaco para evitar um possível resfriado ou apenas o frio. Soltei meu cabelo e fui em direção às escadas.

Justin estava comendo um cereal com leite encostado no balcão da cozinha com seu celular posicionado sobre a mesa onde a tela mostrava imagens estranhas.

Abri a geladeira sem perguntar-lhe se podia ou não, apenas estava a procura do leite. Peguei uma tigela e despejei-o ali, colocando os cereais sobre o balcão por último, abri uma das gavetas alcançando uma colher. Sentei-me a frente dele.

Ele não movera um músculo.

Além de sua boca - a passagem para o alimento - e seus olhos que rolavam de acordo com o que a tela de seu celular projetava.

- Onde está Chaz?

Ele fingiu não ter ouvido, revirei os olhos e voltei a comer meus cereais enquanto encarava a colher que parecia mais interessante do que o estúpido do Bieber.

- Já foi - ele respondeu após um tempo, levantei o olhar e o encarei, ele permanecia com os olhos grudados em seu celular - Anda logo, Katniss, estou com pressa.

Não respondi, terminei de comer meu cereal, levantei, peguei a tigela das mãos de Justin e a depositei na pia junto com a que eu usara. Ele guardou o aparelho no bolso da calça, foi para a sala e eu o acompanhei, pegou os óculos sobre a mesa de centro e os colocou.

- Eu queria muito saber aonde vamos - disse enquanto descíamos as escadas até a garagem.

- E eu queria muito que você ficasse quieta.

Revirei os olhos e sentei no banco de passageiro no carro o qual ele destravara, coloquei o cinto enquanto ele ignava as chaves e arrancava com o carro por uma passagem subterrânea que saia direto na rua de sua casa, como se fosse aqueles estacionamentos de prédios.

Ao encarar o tempo lá fora percebera o céu cinza, o sol não se manifestara e caía pingos leves sobre o pára-brisa. Olhei para o relógio do carro, ali marcava quinze para as cinco da manhã.

- Você só pode estar brincando, não é? - disse revirando os olhos.

- Do que você está falando?

- São quase cinco horas da manhã, para onde estamos indo a essa hora, Bieber? - ele não tirava os olhos da estrada, o que estava me irritando. Eu poderia estar dormindo agora - Eu preferia ter ficado presa naquele quarto.

- Também to começando a preferir isso - ele disse rangendo os dentes.

- E porque não me deixou lá?

- Não podia arriscar que você fizesse mais alguma ligação para sua casa - pude perceber através de seus óculos que ele me fuzilava, eu engoli em seco.

- E-eu não - ele revirou os olhos, suspirei fundo - Como você sabe?

- Eu tenho identificador de ligações, Katniss.

- Mas se me deixasse presa no quarto, não se preocuparia com isso. Porque me trouxe?

- Você acha que eu sou tão mau assim? - ele esbanjou um sorriso irônico no canto de sua boca, logo em seguida derrapou com o carro, estacionando-o.

Olhei ao redor e encontrei uma grande casa coberta por trepadeiras em quase toda sua extensão, parecia uma casa a beira de desabar, era feita de madeira e não havia mais nada por aquela região além matos, mas não parecia ser tão longe do centro.

Justin pegou um aparelho no porta-luvas e apertou-o, vi um feixe de luz surgir no canto da parede e uma grossa matéria ser colocada para fora.

- Vem - ele disse indo em direção à abertura e eu o segui. Percebi que seu lado esquerdo da calça possuía um certo volume estranho e logo identifiquei o formato da arma.

Lógico, ele nunca sairia sem ela.

- O que é isso? - disse entrando numa espécie de galpão, havia muitos aparelhos por ali. Identifiquei Chaz sentado em frente a um computador concentrado no que via, reparei em dois meninos de costas que pela estatura de um deles deveria ser Ryan. Eles tinham na mão uma calibre e uma metralhadora, apontavam-nas em um ponto vermelho na parede oposta e atiravam neste por vezes seguidas. Meus ouvidos doíam pelo som causado pelas armas, sentia meu corpo vibrando a cada disparou dado.

Justin, ignorando minha pergunta a qual não era mais precisa de uma resposta, seguiu em direção a onde estava Chaz e estagnou-se olhando o que, após passar atrás deles, percebera que se tratava de uma rota.

Não me pergunte de que.

Encontrei uma cadeira desocupada em frente a um computador e virei-a para que tivesse visão do movimento dentro do galpão e não daquela tela preta.

Ryan e o menino moreno deixaram as armas penduradas para irem falar com Justin, o qual lhes tinha chamado. Ele apontava com os dedos a trajetória e apenas balançavam a cabeça em concordância ao que era dito. Eu não estava interessada em saber o que diziam, não me importava.

Olhei para as armas penduradas e para os meninos entretidos no que viam.

Talvez um pouco de diversão não fosse ruim.

Peguei o calibre 18, identifiquei um único abafador de ouvidos posicionada na parede e o alcancei, posicionei meus pés a uma boa distância do ponto vermelho no concreto. Estiquei a arma na altura de meus olhos, aperfeiçoei minha visão espremendo-os e posicionei meu dedo no gatilho.

Uma inspirada.

E boom.

Tirei os abafadores de ouvido e localizei a bala enterrada a milímetros do ponto vermelho, sorri satisfeita de eu mesma.

Satisfeita de algo sujo.

Mas o sujo acabou se tornando rotina.

- Mira quase perfeita - sua voz rouca soou em meu ouvido, ele pegou meus braços e os ergueu na linha de meus olhos, deslocou um pouco a direção da arma em minha mão posicionando nossos dedos no gatilho e o apertou. Eu sentia seu corpo colado ao meu e eu não gostaria de admitir isso, mas me senti excitada, o que me faz ver que sou uma garota normal, afinal ele é um puta de um gostoso.

Movera meu corpo para trás com o choque do barulho da arma, encontrando-o mais com o do homem loiro parado atrás de mim.

Sai do acomodo de seu calor e deixei a arma pendurada.

- Eu não tenho experiência com isso, Bieber - encostei em uma mesa e virei de forma a encarar seus olhos de mel que não desgrudavam dos meus - Toquei em uma arma poucas vezes, não espere que eu tenha uma mira perfeita, sabe?

Ele riu fraco e voltou a instruir seus capangas. Fui atrás de Chaz para saber o que faziam, não aguentava ficar sentada sem fazer algo, por mais que aquilo não me interessasse era melhor do que ficar travando uma batalha entre os meus dedões.

- Estamos revendo o caminho ao Banco SunTrust, há muitas câmeras espalhadas pelo percurso que planejamos por mais que seja o menos monitorado em relação aos acessos mais fáceis e precisamos achar um jeito de não desconfiarem de nosso carro ao sairmos correndo dos tiras.

- Ah certo, e o que cada um de vocês fazem? - perguntei me inclinando na mesa.

- Justin e Ryan cuidam mais da prática, Jake ,quando está junto, acaba os ajudando, e eu só fico avisando se eles vão se fuder ou se o caminho tá limpo - ele sorriu e me olhou.

- E quando Jake não está, ele está com meu pai, certo? - ele concordou com um aceno de cabeça. Olhei ao redor, e ele não estava ali.

Traíra.

Ouvimos barulhos vindo do lado de fora do galpão, desencostei da mesa e fiquei a encarar a parede aguardando o que viria a seguir. Chaz desligara o sistema após já ter todas as alterações salvas e alguns poucos homens logo se apressaram em se direcionarem a porta e terem suas armas apontadas ali.

- O que está acontecendo?

- Eu não sei - Chaz disse se levantando e olhando para Justin atrás de nós - Coisa boa com certeza não é. Nós não recebemos boas visitas inesperadas.

Tiros começaram a serem disparados contra a porta maciça, os homens protegiam seus rostos com suas mãos e ainda assim armas estavam miradas.

- Vem comigo - meu corpo estava sendo puxado para trás por sua mão que não segurava a arma, e conforme seu ritmo corríamos até onde devíamos.

Fomos até os fundos de onde havia uma porta com acesso inferior e seguimos caminho até ali embaixo.

- Fica aqui - ele tinha sua respiração controlada - Eu não sei quem é, mas fica aqui e não saia, entendeu?

- Entendi - seu olhar caia sobre o meu como se procurasse algum ponto mostrando que eu escaparia - Por que não me deixou lá em cima? Não faria mal nenhum, estão todos lá.

- Porque tenho certeza que não é assunto seu - Justin se virou pronto para subir as escadas novamente - E eu não posso deixar que se machuque.
 


Notas Finais


Cara, eu juro que vou tentar demorar menos, mas é final de ano, preciso passar sem rec e preciso me esforçar. Me perdoem pela demora, mas tenho uma vida social...

Espero que tenham gostado, e que não tenham me abandonado... "/ É isso, beijosss e até mais sz


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