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História Solitude - Factóide


Escrita por: janeeiko

Notas do Autor


Bem, como eu disse, irei ficar tentando atualizar aos domingo. Eu sei que ainda falta uma hora pro dia 17 mas é porque eu sou muito esquecida e não quero cometer o mesmo atraso anterior.
(postando o capítulo uma hora adiantada mds alaksks)

Capítulo 24 - Factóide


Capítulo 24 - Factóide



Sehun acordara com o toque do celular avisando que tinha recebido uma mensagem. Seu quarto estava escuro, quente, mas húmido. Sentiu os olhos arderam ao ligar a tela do celular e demorou minutos para conseguir focar nas letras daquela tela brilhante.

2:55 am - Desconhecido: Cuidado!

Cuidado? Mas com o que? Quem?

Procurou algum indício de quem pertencia aquele número, mas não havia nada. Encarou as horas e a janela de seu quarto e, novamente, nada.


Colocou os pés no chão frio e acendeu o abajur de luz alaranjada no criado-mundo ao lado de sua cama de lençóis escuros. Bagunçou os cabelos prateados com os dedos finos de unhas a cortar. Olhou novamente para a mensagem e para a hora, de quem poderia ser?


E se fosse apenas um trote ou alguém que o conhecesse e quisesse brincar com si?


E se...


E se não fosse realmente uma pessoa...


Uma pessoa viva?

2:58 am - Desconhecido: Cuidado com quem está ao seu lado.


X

O céu estava escarlate e a piscina azul celeste brilhante. Era uma um feriado de segunda feira e não haviam muitas pessoas ali além da vigia e do faxineiro.


Jongdae observava o céu enquanto ao seu lado Junmyeon olhava pensativo para a piscina vazia naquele fim de tarde.


Faziam duas semanas que Junmyeon não via Jisoo visitar Jongdae e ele estava agindo estranhamente tristonho. Os dois costumavam conversar bastante e passar horas organizando relatórios do trabalho de Junmyeon, adoravam matemática, mas nos últimos sete dias nada parecia o mesmo.


- Então vocês terminaram? - Supôs. Jongdae não ficou surpreso.


- Eu não sei... - Respondeu quase num sussurro.


- Na última vez que tivemos uma conversa você havia me dito que Jisoo estava se preparando para ir fazer algo importante... - Parou para pensar, rápido. - Er... Vestibular?


- Sim. - Confirmou Jongdae com sua voz suave e melancólica.


- Então o que houve?


Os dois se olharam. O sol quase ausente ainda refletia entre as nuvens e fazia um flash de luz brilhar nos olhos cálidos de Jongdae que não sabia mais o que dizer.


Então apenas abaixou a cabeça e andou até o corrimão o qual separava a área de lazer do prédio do Jardim que dava a uma bela vista a cidade que parecia estar tão distante naquele momento.


Jongdae não queria contar. Não o motivo. Soaria estranho, ridículo, ainda mais quando não era verdade. Jisoo julgou que a amizade dos dois tivesse algo a mais pelo tempo em que passavam juntos, mas ela estava errada e não sabia disso e, talvez, Jongdae não quisesse contá-lá. Ele não queria contar nada a ninguém.


- Seja o que for. - Junmyeon pôs a mão em seu ombro. - Conta comigo.

x

Yixing estava tonto e andou até escorregar ao chão. Respirou fundo e tentou encontrar forças porém sua cabeça latejava de tanta dor que sentia.


Precisou ser rápido em retirar a seringa do bolso de seu blazer antes de sua cólera começar.


Com as mãos trêmulas perfurou sua pele com aquele fino fio de metal e sentiu seu sangue correr mais rápido.


O oxigênio veio mais forte e ele tossiu. O nariz ardia um pouco. Levantou-se normalmente e puxou um pedaço do papel toalha disposto na parede do banheiro.


Limpou o sangue do nariz.


x


- Me desculpe.


- Tudo bem.


- Eu não estava conseguindo pensar direito...


- Eu entendo.


Junmyeon e Jongdae tomavam chá sentados no confortável sofá de couro fino verde musgo na casa de Junmyeon. As xícaras eram pequenas e com detalhes simétricos nas bordas.


- Eu não sei o que dizer para os meus pais, eu não sei o que dizer pra ela! - Exclamou Jongdae aflito.


- E se você não precisar? - Junmyeon costumava ser bastante racional e calmo. Jongdae nunca o vira extrapolar as emoções.


- Como assim?


- E se não for preciso dizer nada? - dizia retoricamente - Você sabe, algumas coisas simplesmente acontecem.


- Mas eu preciso dar uma explicação.


- Não, você não precisa. - Pousou a xícara no pires - Você quer dar uma explicação. - Disse pausadamente.


Jongdae não compreendia. Tudo aquilo havia acontecido por sua causa, Jisoo estava chateada e sem falar consigo, seus pais perguntavam por ela e o porquê dela não os visitar por dias e ele nunca sabia o que responder.


- Não quero que entenda errado. - Junmyeon dizia com cuidado - Mas se você quisesse resolver isso já o teria feito.


- O que você quer dizer com isso?


- Que você não está sendo verdadeiro consigo mesmo, Jongdae.


x

Ainda era bem cedo quando Sehun se levantou. Na verdade, ele não conseguiu dormir desde a mensagem que recebeu.


Decidiu que tomaria um pouco de café de depois chá para pensar um pouco. Usando um roupão de cetim azul claro e com os pés descalços estavam sentado rente ao balcão amadeirado da cozinha com seus cabelos recém molhados e penteados.


A xícara que usava já estava pela metade e já não sublimava mais. Intercalava o olhar entre o céu pela janela e o celular com a tela desligada a sua frente. Uma observação.


Apoiou o queixo no punho fechado e pensou em talvez rastrear o número. O problema era que não entendia muito de tecnologia, computadores e telas retangulares que vibram. Gostava de ler e era um jovem garoto bastante inteligente, mas códigos binários e megabytes nunca foram seu forte. Ele simplesmente não se atraía.


O ronco do vento rangindo das janelas começava a diminuir e os flashs de luz nas frestas das janelas naquele cômodo indicavam que talvez já fosse cinco da manhã.


Bebeu o resto do líquido em seu copo e o deixou da pia. Colocou o celular no silencioso e o guardou no bolso inferior que seu roupão de cetim possuía.


Subiu os degraus frios com seus pés pálidos de dedos rosados e suspirou cansado. Não fazia ideia do que estava esquecendo.


Quando se deu conta de sua sonolência se deparou em frente à porta do quarto de hóspedes, onde Luhan provavelmente estaria dormindo, dormia até tarde sempre que podia.


Sehun estranhou a porta não estar trancada e sem fazer barulho a abriu devagar. Olhou em volta e as janelas estavam bem fechadas onde o dia parecia não ter atingido ainda.


Luhan dormia de barriga para baixo com os braços e as pernas bem esticados os quais só uma cama de casal o portaria bem. Não usava roupas apropriadas para dormir e Sehun deduziu que talvez tivesse ficado mexendo no celular até tarde, já que o mesmo estava meu ao lado do travesseiro, do lado oposto de seu rosto.


Mexendo até tarde. Não. Não era aquilo.


Sehun não queria dar uma de detetive, muito menos o espionar o próprio primo, estaria ele não o confiando?


Mas... E se?


Sempre existiam as possibilidades e Sehun já havia queimado neurônios demais se questionado sobre a veracidade e honestidade das pessoas. Não confiava facilmente nas pessoas mas talvez tivesse deixado algo passar.


O cetim do tecido da vestimenta que usava balançava em sicronia de seus passos e também bem ao lado de seus pés quando parou ao lado da cama onde Luhan dormia como uma criança.


Suspirou devagar e sem pressa já estava com o celular do primo em mãos. Franziu o cenho e estranhou que não tivesse senha.


Demorou um pouco para achar a caixa de mensagens, pois não tinha muita experiência com esse tipo de aparelho, e olhou mensagem por mensagem.


Digitou o próprio número na opção de busca de contatos e a última ligação que o mesmo havia feito para si havia sido há uma semana, bem no dia que ele havia ido ao psiquiatra depois da escola.


E novamente nada.


Não sabia se ficava contente ou desamparado com a descoberta. Talvez tivesse sido apenas um pensamento bobo. Luhan não perderia seu tempo mandando mensagens estranhas de madrugada para si.


Bobagem.


Talvez fosse engano ou troca de número.



Notas Finais


Só queria dizer que estou muito viciada na série Sherlock Holmes e talvez isso tenha afetado um pouco minha narrativa pois estou inserindo mais diálogos. Não tenho tanta criatividade assim
:S


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