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História Solitude - Próximo


Escrita por: janeeiko

Notas do Autor


Era pra mim atualizar só domingo mas como vou estar muito ocupada até próximo final de semana resolvi atualizar logo ;-; então... Até um domingo ae

Capítulo 27 - Próximo



x

Jongin chegou em casa mais cedo depois do treino naquele dia. Não estava tão cansado mas sentia o corpo pesar, talvez fosse o excesso de exercícios que havia feito no dia anterior, sempre os fazia quando estava estressado.


Andou com passos largos até a cozinha e procurou algo na geladeira que não fossem folhas e chá que sua mãe insistia tanto em o convencer a comer, até mesmo não comprando mais nada apenas para que seu filho comesse algo que não fosse carne, batata e suplementos. Jongin era um atleta esforçado, sempre dava o melhor de si, e era um dos melhores do futebol na seleção de ataque da escola, porém, preferia correr, embora não fosse um esporte tão valorizado quanto os outros.

Abriu todas as portas dos armários até finamente encontrar algo que fosse mais apetitoso.

- Você nunca foi muito de comer frutas... - A voz de Zitao surgiu atrás de si.

- Como entrou aqui?

- Eu fui treinado. - Deu dois passos. - E você também. Jongin suspirou.


-  Faz muito tempo, eu não lembro de mais nada.


- Não é o que suas abilidades de luta e reflexo dizem...


- Você andou me espionando na escola?


- Estudando. - Corrigiu. - Estudando para saber se você ainda tem o mesmo extinto de dois anos atrás.


- Obviamente as coisas mudam.


- Não para um ex soldado. Não é mesmo? A morte sempre bate na nossa porta, e temos que estar preparados para recebê -la... Ou combatê-lá.


- Não sei se posso concordar com isso.


- Ora, vejamos, você ainda pensa demais no que deve ou não responder.


- E você de menos.


- Meu papel é ser ágil, não Dalai Lama.


- Eu já disse que não vou voltar.


- Não tem como voltar para um lugar o qual você nunca saiu. - Aproximou -se de Jongin. - Não é mesmo? Aposto que ainda sente o cheiro de pólvora e areia húmida todas as noites antes de dormir. - Murmurava com exatidão.


- O código 13 tem alguma coisa a ver com isso?


- Completamente.


- Eu... Eu vou pensar.


- Enquanto você pensa ex colegas seus estão sendo decapitados na frota como quem abate gados.


- Não quero arriscar cometer outro erro... Agente 185.


- E você não vai. Só você tem acesso ao templo de Xuan Ji, só você pode dar a eles o que eles querem para nós deixarmos livres. - O coreano de Zitao havia melhorado bastante, notou Jongin.


- Eu sei.


- Então? - Estendeu a mão.


- Tá. - Apertou a mão do chinês.


x


- Andou brigando com o travesseiro de novo, Chanyeol? - Perguntou Kris com ironia.

Os dois andavam nas ruas azuladas pelo começo de noite para a casa do mais velho. Chanyeol tinha os olhos fundos e sua cabeça latejava sempre que tentava curvá- la para baixo.


Não estava muito a fim de falar nada, pois se o fizesse provavelmente não sairia nada com muito sentido e sua voz com certeza falharia.


Kris morava um tanto longe da escola então seria uma longa caminhada.


- Escuta... - Tentou quebrar o silêncio - Eu andei pesquisando um pouco sobre esse campus que fica em Jeju, sabe, o acampamento - Chanyeol fez que sim com a cabeça, levando a mão ao pescoço em seguida pela dor que sentiu. - Você tá legal? - Interrompeu a própria explicação para prestar atenção no amigo. Os dois pararam e Chanyeol o olhou nos olhos com cansaço.


- Tá. Tá sim, eu só estou cansado. - Continuou andando - Não dormi muito bem ontem.


- Ah... - Seguiu os passos do mais novo - Continuando, eu andei pesquisando sobre esse acampamento que a escola oferece todos os anos e, bem, acontece todos os anos mesmo, desde 1953.


- Isso é sério?


- Site do gonverno. - confirmou.


Chanyeol fez menção que continuasse.


- Eu vi que é um lugar bem pouco povoado, cerca de duzentas pessoas vivem lá. E é uma ilha, suas terras são bem antigas e o que não faltam são florestas escondidas por detrás desse campus.


- Interessante.


- E... - Chanyeol sabia que aquele tom de hesitação não seria um sinal tão interessante. - Houveram vários assassinatos. E não somente, suicídios também.


- Bizarro. - Bocejou diminuindo a força dos passos que dava.


- Muitos nomes importantes cometeram suicídio lá. E sabe o que é mais bizarro? - Chanyeol fez que não é esfregou os olhos com as costas da mão direita. - Todos os corpos foram encontrados usando uma batina branca que misteriosamente tinham um pedaço faltando, como se tivesse sido arrancado.


Chanyeol diminuiu mais ainda os passos e começou a pensar sobre aquilo. Um fato muito estranho, e mais ainda ninguém ter dito nada sobre o lugar em que iriam acampar. Uma leve lembrança da neblina a qual havia tido um sonho ruim na noite anterior passou por sua cabeça e uma súbita vontade de ver Sehun martelou em seu peito.


- ... De qualquer forma dizem que é um lugar totalmente seguro e que há anos nada acontece lá. - Kris continuava falando, não havia percebido o olhar disperso do amigo. - Ouvi dizer que a comida de lá é bem exótica e que alguns animais que estão em extinção vivem lá...


Chanyeol puxou o celular do bolso e conferiu as horas: sete horas em ponto.


Luhan havia criado um grupo e adicionado ele e seus colegas que também iriam para o acampamento para que pudessem dar os avisos ou simplesmente trocar conversa por ali.


Chanyeol rolou a tela até achasse os dados do grupo onde mostrava o nome e número de todos que partcipavam, muito provavelmente ele estaria lá.


Não fora difícil identificar, a foto que ele usava como perfil era uma onde ele estava com uma blusa de mangas longas cinza, usava um óculos escuro que esconde quase que seu rosto todo e o mais inconfundível que era o seu cabelo platinado, o qual puxava para trás com a mão esquerda. A foto tinha uma qualidade bem baixa o significava que outra pessoa que havia tirado sem perceber e que talvez ele tivesse gosyado


Abriu o chat e meditou sobre o que deveria escrever.


- O que você está fazendo? - Perguntou Kris. Os dois já estavam bem próximo da casa do chinês.


- Deveríamos contar isso para o pessoal?


- Nem pensar! -


- Por que não?


- Neurótico com essas coisas de fantasmas como o Luhan é, desistiria na hora. - Explicou. - E também o Baekhyun, ele parece ser bem medroso.  - Chanyeol torceu o nariz, achou melhor ficar calado. - Já o Jongin deve saber algo, já que ele leu o jornal, mas que eu saiba quem gosta dessas coisas de morto vivo é o Sehun. - Dizia com indiferença. - Deve ser por isso que você corre tanto atrás dele.


Chanyeol tentava não se irritar com os comentários do amigo. Era sempre assim, e quem sabe um dos maiores motivos deles brigarem tanto. Kris não conhecia limite em fazer comentários ignorantes. Colocou o celular de volta no bolso do blazer.


- Se você está tentando insinuar alg-


- Eu não estou insinuando nada. - Arqueou as costas. - O que? Não é verdade? Até uns dias atrás você olhava praquele garoto como se ele fosse um maníaco terrorista, e agora sempre que vê ele tristinho vai atrás deles e somem por longos minutos. O que vocês ficam fazendo nesse tempo, hã? Caçando fantasmas ou experimentando a cosmologia linear de compartilhar saliva?


- Vai se ferrar, Wu Yifan.


- Eu já disse que não gosto de ser chamado por esse nome! - Protestou Kris. Chanyeol sabia que ele não gostava de ser chamado pelo seu nome chinês, seu nome verdadeiro. Tinha problemas piores do que si com a família, e sentiu um súbita vontade de o irritar sobre aquilo assim como ele o havia irritado sobre Sehun. Mas não fez nada. Apenas seguiu reto os passos na direção contrária onde dava para a casa de Kris.


- Park Chanyeol, pra onde você pensa que vai? - Gritou, recebendo um dedo do meio como resposta.


Esperou alguns minutos, talvez o mais novo descobrisse que as ruas não fossem tão seguras naquele horário e voltasse para a casa do amigo. Mas ele não voltou.


x


Chanyeol foi até a estação de metrô e lá ficou, irritado. Não tinha o porquê levar a sério as coisas que seu amigo dizia, por mais que elas machussem, já era de praxe que ele o fizesse e, embora fosse muitas, diversas, vezes desnecessário, não havia o que contestar. Só era preciso limite e um pouco de empatia.


Sentou -se em uma das cadeiras vazias, o metrô, por incrível que fosse, não estava tão lotado, e eram só oito da noite. Com mais calma, colcou as duas alças da mochila que usava nas costas e retirou o celular do bolso pela milésima vez. Não era inverno mas trazia muito frio naquela noite, o que tornava mais maçante sua vontade de seguir caminho para onde quer que fosse, por si só ficaria ali mesmo até o dia clarear.


Com o celular em mãos, desbloqueou a tela e olhou algumas besteiras nas redes sociais apenas para passar o tempo. Até que recebera uma notificação no grupo do acampamento.

8:12 p.m - Lu-hyung: pessoal


algum de vocês viu o Sehun?


8:12 p.m - Baekotico: Vi


8:12 p.m Lu-hyung: onde??


8:13 p.m - Baekotico: Na escola.


8:13 p.m - Lu-hyung: imbecil, estou falando de agora!


8:14 p.m - Baekotico: Ah


8:15 p.m - Lu-hyung: Não vejo ele desde hoje de manhã também


8:15 p.m - Nini: Já foi na casa dele?


8:16 p.m - Lu-hyung: Eu tô aqui


8:17 p.m - Baekotico: Como?


8:18 p.m - Lu-Kyung: Eu sou primo dele, tenho as chaves.


8:18 p.m - Nini: Já falou com parentes?


8:20 p.m Lu-hyung: Não...


Chanyeol abriu o chat de conversa com Sehun novamente. Nunca haviam conversado por ali, mas pôde ver que seu último acesso havia sido às seis da tarde.


8:16p.m - Chanyeol: Eu acho que sei onde ele está.


Foi então que ele pegou o metrô que vinha, que saía da parte mais central de Seul e ia para as áreas mais florestadas.

x

Ao sair da estação de metro Chanyeol ainda teve que andar bastante até chegar a um lugar que já era bem conhecido por si: o cemitério.


O relógio de seu celular já beirava às nove da noite quando ele atravessou o enorme  portão de ferro com destreza.

8:57 p.m - Chanyeol: Onde vc está?


Mandou uma mensagem para Sehun, mas nada ele respondeu, sequer havia visualizado. Chanyeol procurou nos principais pontos e nada. Resolveu ligar.


Um, dois, três, até que...


- Até na casa dos mortos você consegue me achar... - Disse Sehun com um semblante triste. Usava cinza da cabeça aos pés, até o cabelo combinava com a roupa, já Chanyeol sequer havia tido tempo de trocar a farda escolar.


- Quando alguém quer ficar um momento sozinho não é exatamente um cemitério que escolhe como lugar mais adequado.


- Eu não quero ficar só. - Dizia suavemente - Solitude não signfica exatamente estar sozinho... Você só se ausenta das pessoas por... Necessidade.


- E você está realmente sozinho? - Chanyeol olhou em volta, apontando com a ponta do queixo.


- Não. Não mais. - Começou a andar devagar para fora do cemitério.


- Não vai ficar?


- Não é um lugar adequado. - Repetiu Sehun.


E então começaram a caminhar pelas ruas, as quais passavam por algumas casas que ainda tinham as luzes de poucas janelas ligadas.


- Como... Você soube onde eu estaria? - Perguntou um pouco hesitante.


- Antigamente, antes de eu parar de ir à missa aos sábados, eu costumava ficar conversando com o túmulo de minha ex babá todos os finais de tarde quando eu vinha. - Andava devagar - E eu sempre vai você de longe, ajoelhado em frente ao túmulo de seus pais, parecendo conversar com alguém... E, bem, há seis anos isso não parece ter mudado muito.


- Mas hoje é sexta feira.

- Eu sei, mas, por que não?


Sehun deixou um sorriso discreto escapar sem perceber.


- Não vou perguntar o que você estava fazendo. Não precisa se explicar, só peço que você respnde às mensagens do seu primo, ele ficou preocupado. -  Aconselhou Chanyeol. O frio e a vetania faziam seu corpo arrepiar. Estavam de frente ao que seria a casa onde Sehun morava, já que o mesmo havia parado de andar ali e Chanyeol logo em seguida ao perceber.


- É aqui onde você mora?


- Sim.


- Está entregue, então. - Sorriu amigavelmente.


- Não sou um pacote dos correios. - Tentou brincar, embora não tivesse dito com muito entusiasmo. Sacarmso não fazia parte da personalidade de Sehun.


- Você não mora aqui perto, mora?


- Não. - Pela forma que Chanyeol respondeu Sehun pode deduzir que algo o incomodava.


- O que aconteceu?


- Ah, é que eu não gosto muito do lugar onde eu moro. Eu passo os finais de semana na casa do Kris, mas ele é meio babaca e eu não estou afim de brigar.


Sehun fez menção de abrir a porta para entrar.


- Tudo bem, eu não tenho muita companhia de ninguém além do-


- Sehun! Imbecil, onde você estava? - Berrou Luhan assim que o primo abriu a porta. - Já disse para você não sumir desse jeito, Marta e eu ficamos muito preocupados eu já ia ligar para a polícia.


Luhan puxou os braços do primo e conferiu se não havia nenhum pedaço faltando. Chanyeol não soube o que ele ia dizer.


- Ah, Chanyeol, obrigado! - Abraçou Chanyeol sendo respondido com surpresa.


Sehun então percebeu em como tudo o havia levado aquilo.


- Então, eu já vou indo-


- Não está tarde para você voltar? - Perguntou Sehun, sequer havia percebido o que havia pensado ao proferir aquelas palavras.


- Eu sei me cuidar.


- Sehun, você deveria avisar quando sair assim. - Marta apareceu no final da sala. - Acabou de passar no noticiário que haverá uma tempestade nessa madrugada.


Os três olharam instintivamente para o céu pela a porta de entrada que ainda estava aberta. O vento parecia ficar cada vez mais forte e muitas folhas caíam das árvores.


- Esse tempo anda tão estranho... - Murmurou Chanyeol para si.


- Acho melhor que vocês dois fiquem por aqui, a não ser que alguém venha buscar vocês. - Dizia ela enquanto repetia o ato de Luhan em conferir se não havia um pedaço de Sehun faltando, e o mesmo reagiu sem jeito.


- Tudo bem, aqui está quase virando minha terceira casa mesmo. - Comentou Luhan antes de correr até o celular que tocava em cima do sofá.


- Não precisa se preocupar, senhora...?


- Me chama de Marta.


- Eu posso chamar um táxi e... - Apontou com o polegar para trás, lembrando-se que não tinha um lugar para ir, exceto a casa de Kyubho, porém, não parecia viável naquele momento. - Tudo bem, eu fico.


- Sehun fará a hospedagem, sim? - Apertou os ombros do neto - Tive um dia cansativo no trabalho hoje e preciso dormir, tenham uma boa noite. - Seguiu caminho às escadas e sumiu degraus a cima.


- Então... Você já jantou?




Notas Finais


Perdoem a formatação estranha juro que reviso tudo bonitinho quando tiver tempo
Aliás, os nomes que coloquei na conversa são como o Chanyeol salvou hehe acho que vocês sacaram isso
Lu-Hyung por ele ser mais velho
Nini é apelido universal do jongin (e eu acho muuuuuuuuuuito fofo)
Baekotico é a Baekhyun + gótico e é exatamente isso que o Chanyeol pensa sobre ele
E... Hmm... Como será que ele salvou o nome do Sehun?


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