Ao mesmo tempo que os dedos se encontraram num toque frio, em olhares se cruzaram;
E ela viu que por trás dos longos cílios os olhos em tom de chocolate brilhavam.
Ali era onde todas suas semelhanças terminavam...
Antes dos olhos brilhantes que pura energia exalavam!
- Quem é você? - ela perguntou.
- Quem é você? - a estranha repetiu.
A voz dela ecoou estridente em seus ouvidos,
Mas era uma das mais doces que já escutara.
E apesar de refletir na pergunta feita,
Ela só sabia que era quem ela não era.
Era traiçoeira e não sincera.
Era áspera e não delicada.
Era sombria e não doce.
Era azul e não rosa.
Ela sabia tudo, menos quem ela realmente era.
Ela sabia tudo, menos que não sabia muito.
Ela sabia tudo, menos o que poderia ser.
Que poderia ser sincera.
Que poderia ser delicada.
Que poderia ser gentil.
Que poderia ser rosa.
Poderia ser até a estranha se quisesse,
Mas o que sabia não era o suficiente para querer.
E por mais força de vontade que tivesse,
Nunca seria o suficiente para convencer.
Jamais seria o que queria, pois era o reflexo do que só sabia não ser.
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