História Sabimaru - a Lua antecedente - A descoberta... A falta... A lua...

Raphe rodeava pela caverna o Jovem Bernard. Como se analisasse algo. Shura ainda continuava seu feitiço no antebraço decepado do garoto. A grande imagem da aranha ainda o segurava e os gritos horrorizados dele só aumentavam.

Algo começara a crescer por onde o braço de Bernard havia sido arrancado. Algo que crescia, como um amontoado de carne que começou a tomar forma.

Um braço... Mas não um braço qualquer, um braço de demônio.  Bernard olhava para o seu mais novo braço, com uma expressão de pânico. Shura então,  se afastou do mesmo.

Raphe olhou para Bernard erguendo uma de suas pistolas. Apontando ela bem na cabeça do mesmo, Ele o olhou dizendo:

— Uma gracinha... E Você morre!

Bernard estava ofegante, olhando descontroladamente para seu braço e depois para a arma de Raphe apontada para sua testa.

O braço demoníaco logo começou a se encher de veias, e começou a diminuir de tamanho rapidamente. Ele começara a se parecer com um braço humano novamente.

Shura viu a transformação do membro e suspirou aliviado.

— Funcionou... — Disse Shura, virando-se para trás e fazendo um movimento com o polegar para “4”

“4” então se aproximava lentamente de Raphe e Shura.

Bernard então olhou para seu braço... Era como se ele nunca tivesse o perdido. Ele se movimentou com raiva pra frente, batendo com a testa na arma de Raphe.

— O que vocês fizeram? O QUE QUEREM COMIGO? — Questionava Bernard aos desconhecidos, irritado. Boa parte da raiva vinda do  medo.

Os 3 se posicionaram a frente de Bernard, enquanto o mesmo olhava pra todos eles, com uma expressão gritante de ódio.

“4” posicionou suas mãos no peito de Bernard, O Garoto tentava se movimentar de varias maneiras, mas a forma da aranha gigante o impedia de toda forma, travando seus movimentos.

“4” Começou a movimentar suas mãos pelo peito de Bernard, em movimentos lentos. Bernard começou a pegar num sono quase que automaticamente.

Uma voz Abafada e grossa podia ser escutada, essa era a tão pouco ouvida voz de “4”:

— Ele teve a memória apagada... Quando acordar, já nem saberá o que aconteceu aqui... — Disse “4” ajeitando suas túnicas negras.

— Ótimo... Quando acordar, deixamos em The Marian... — Disse Raphe, andando para próximo de uma mesa, dando de braços com um sorriso de canto de boca.

— Certo! Isso é comigo! — Disse Shura passando as mãos pelo corpo da aranha, que num segundo, entrou novamente pra dentro da parede de pedra. O corpo de Bernard foi solto, e antes que atingisse o chão. Shura se ergue segurando-o.

Shura começou a caminhar com o corpo adormecido de Shura até uma das salas do local.

Enquanto isso, Raphe e “4” se sentavam a mesa vazia.

— Você acha que Shura realmente tenha capacidade pra capturar um poder celeste? — Falou Raphe, para “4”. O mesmo, nem se importou com o que Raphe havia dito.

— Vou entender como um “não”... — Disse Raphe, ainda esperando algum tipo de resposta, porém a figura negra apenas continuava olhando o nada, sem responder Raphe.

— Já percebeu como ele é infantil? — Novamente Raphe, Falando com “4”, e novamente, nenhuma resposta do mesmo.

— É! Você tem razão! Talvez isso não importe... — Dizia Raphe, como se “4” tivesse dito algo.

— Adoro falar com você, cara! — Disse Raphe, debruçando-se sobre a mesa. Enquanto olhava as paredes rochosas.

Enquanto isso... Na escola...

Bowers  andava pelos corredores até achar o dormitório de Tina. Bowers carregava consigo alguns documentos.

Bowers bateu na porta de Tina, a chamando.  E rapidamente, foi atendida por Tina, que estava juntamente de Jessica, Tristes. As duas estavam conversando sobre como Sabimaru ficaria, e se ele acordaria do coma algum dia.

Bowers adentrou o quarto das garotas com os documentos. Ela repidamente se ajoelhou em frente a Tina, olhando firme em seus olhos.

— Tina... Você foi uma das pessoas que teve contato com o Mascarado enquanto esteve na prova... — Disse Bowers.

— Sim... Mas foi por tão pouco tempo... — Disse a garota, meio assustada com o que o Bowers dizia.

— Klyser tinha colocado uma barreira... Para que nada com energia espiritual entrasse ou saísse da floresta... — Continuou Bowers, com expressão séria.

— Mas!.. Então... Como? — Dizia Tina, olhando olhar de medo.

— Ainda estamos Pensando em como Shura posso ter entrado... Porém... — Disse Bowers fechando a porta do quarto, que logo continuou:

— Se Klyser só levou alunos... Há a enorme possiblidade de quem o mascarado seja um de seus colegas... — Completou Bowers, com peso na fala.

Tina deu passos assustados pra trás. Sentando-se em sua cama.

— Você... Você acha mesmo ?... — Dizia Tina com lagrimas nos olhos.

Bowers colocou os documentos espalhados pela cama. Eles eram as fotos dos alunos os quais foram levados para a prova de Klyser.

— Tina, Baseado no que você viu na Floresta... Quais desses poderia ser o Mascarado?... — Questionou Bowers á Tina.

Tina começou a olhar para as fotos... Assustada com o aquilo, Tina se negava mentalmente a estar escolhendo os culpados. As mãos de Tina passaram pela foto de Sabimaru, mas ela descartou a possibilidade...

Passou por Jordan... Mas ela descartou a possibilidade...

Até ela passar pela foto de Clint... Ela segurou, olhando a fundo o físico de Clint, Seus trejeitos e de tudo que ela já sabia dele,  tendo estudado anos ao lado do mesmo.

Ela segurou a Foto de Clint com dor no coração... E entregou para Bowers...

— Certo, Tina... Eu entendo... — Bowers começou a recolher as fotos e a juntar todas novamente em sua pasta. Após todas terem sido devidamente guardadas, Bowers se ergueu, indo até a porta.

Enquanto isso... Tina estava sentada de cabeça baixa... Ela ergue seu pescoço, olhando para Bowers com lagrimas a escorrer.

— Bowers... — Disse ela.

— Tina, antes que pergunte... Eu também não quero acreditar que o Clint seja o mascarado... — Disse Bowers olhando para tinha, cabisbaixa.

— E quanto ao Sabi?... Ele vai ficar bem?... — Questionou Tina, com as lagrimas escorrendo.

— Eu queria poder te dizer com certeza que sim.... Mas não posso... — Disse Bowers, abrindo a porta e saindo do dormitório de Tina, que deitou-se na cama. Chorando novamente pelo estado em que Sabimaru se encontrava.

Jessica se aproximou dela, também triste, passando a mão em seus cabelos, tentando acalma-la.

Bowers passou novamente pelos corredores, dessa vez, seguindo até o quarto dos órfãos.. Sabimaru e Clint. Bowers bateu na porta, chamando por Clint. Mas ele não se encontrava no Quarto.

Bowers pensava em varias coisas, e a imagem de Clint ser o Mascarado passava por sua mente com intensidade no momento. Bowers pensava em arrombar a porta, procurar pistas, e encontrar ao que ligasse Clint ao atentado mascarado... Mas o coração de Bowers fez ela ter esperança em Clint.

Bowers se afastou da porta, e voltou a andar a caminho de sua sala.

Bowers novamente desviou seu rumo... Indo para a enfermaria, ver Sabiamru.

Bowers adentrou a enfermaria quase que vazia, andando pelo local, sem muitos problemas. Se dirigindo até a ala onde o jovem estava.

Ao chegar, Bowers se depara com Sabimaru em uma maca, com as luzes sobre seu rosto. O mesmo era coberto por uma colcha do hospital, juntamente de alguns aparatos hospitalares ao lado dele, em mesas.

Bowers achava ser a única no local a ver Sabimaru. Ela segurou na cabeceira da Maca... Olhando Sabimaru naquele estado, uma lagrima escorre.

Ela não havia percebido Hanscrill em um dos cantos do ala, que também observava Sabimaru com pena e tristeza.

Hanscrill veio por de trás da mesma, segurando ela pelos ombros, tentando conforta-la.

Os dois olhavam Sabimaru, arrasados...

— Lembra o que eu falei pra eles?... Naquele dia?... — Disse Hancrill, Com uma voz fraca e triste.

Bowers começou a segurar a mão de Hanscrill, com uma expressão sofrível. Ela olhou pra ele, tentando conter as lagrimas.

— “Eu vou trinar ele”... “Ele vai ser a maior arma que teremos”... — Disse Hanscrill, abaixando sua cabeça, com culpa.

— É tudo... Tudo por minha causa... — Continuou Hanscrill.

Hancrill e Bowers se lamentavam juntos... Lembrando-se de momentos em que eles estiveram com Sabi. A frente do mesmo em coma... Todos em uma noite longa, sempre sendo iluminada pela forte luz da lua minguante...

Continua...