História Sacos de beleza - ;casinha:

;casinha:

não se assuste, meu corpo é errado.

— E aí?! O que você respondeu?! — o loirinho falava rápido, um pouco mais do que esganado demais e a voz soava contente e radiante enquanto a amiga corava. 

— Eu... eu saí correndo, Jimmi — abaixou a cabecinha morena soando meio tristinha, meio arrependida e Jimin riu, negando com a cabeça. 

— Como você é boba, Mimi! — pôs a mão macia nos cabelos macios e pretos, ajeitou o lacinho bonito e sorriu um pouco mais.  

— E o que você queria que eu fizesse? — inflou as bochechas e revirou os olhos, birrenta. — Há dois dias atrás eu tava nervosa! Não trabalho bem sob pressão. 

— Aish, menina! Eu também não, mas isso nunca me impediu de dar uns bons beijinhos no Jungkook — riu um pouco mais ao que a outra o olhou indignada. — O que foi? 

— Jimin, seu palerma! — levantou-se da própria caminha macia onde estava deitada com o loirinho e o deu um tapa no braço. — Você é muito novo pra essas coisas!  

— Doeu, Yoongi! — bufou tímido, feliz. — Mas é quê... eu e o Jungkook somos namoradinhos...  

— O quê?! — juntou as sobrancelhas e foi até os bichinhos de pelúcia, juntou o máximo que podia nas mãos pequenininhas e começou a lançá-los na direção do menino mais novo, que gargalhava e rolava na cama, desviando deles. — Essa é a sua forma de agradecer pela minha maravilhosa amizade? Me escondendo as coisas, seu pirralho ingrato?! 

— Mimi, calma! Eu ia te contar eu j-- — foi interrompido pelo barulho da campainha ao que o Tigrão o acertava bem no meio da cara e a risada da amiga preenchia o quarto, junto com o murmurinho indignado que Jimin deixou sair. — Aish. Não tem que atender a porta, não?  

Yoongi riu mais pouco, antes de pegar a sacolinha de papelão e colocar na cabeça. — Já volto. 

        ✿ 

Descia as escadas com pressa, animada, só simplesmente quase escorregando com a meia bonita que enfeitava os pés pequenos antes de chegar à porta, ofegante e atendê-la sem nem sequer olhar pelo olho mágico, só não demorando tanto assim até a ficha cair e o arrependimento chegar junto com o rosinha das bochechas quase-gordinhas ao ver ele ali. 

— H-oseok? — estrangulou a própria voz, soando um pouco mais do que eufórica demais ao que o menino à sua frente sorria um pouco mais aberto, espalhando e espremendo a carne das bochechas e a olhava radiante. 

— Oi, Yoongi! — falava, contente e só escondendo o quanto estava feliz por vê-la novamente. — Eu vim aqui pedir desculpas por aquele dia, sabe? Acho que forcei demais a barra, né? — fechou um pouco o sorrisinho bonito e conteve as mãos, colocando elas na frente do corpo e colando os dedinhos, sem graça. 

Yoongi ficou parada, com a sacolinha impedindo o menino de ver suas bochechas coradas e os ouvidos distantes não deixando que os batimentos de seu coração entregassem seus sentimentos. Se sentia culpada, não queria que Hoseok pensasse que não gostava dele e que não gostou da sua aposta, mas é que tinha ficado tão surpresa e envergonhada que nem pensou antes de sair correndo dele. 

— Então, Mimi, você me perdoa? — cantarolou baixinho, o rubor nas bochechas o tornando mais adorável ao que a pequena sorria desesperada e corada. 

— Tá tudo bem, Hoseok — gesticulou, soando feliz; — me perdoa ter saído correndo daquele jeito, também. É que você é um moleque atrevido e eu não estava pronta praquilo — riu contida ao que o rosto bonito da sua paixão se iluminava com cada palavrinha.  

Hoseok só simplesmente não podia estar mais feliz, o sorriso que ele sentia não caber na cara parecia que não ia sumir e o coração parecia não desacelerar com aquela maldita voz gostosa e bonita de se ouvir. 

— Eu não sou um moleque atrevido! — riu a resposta. — Só tô realmente curioso sobre você, Mimi-ah. 

Yoongi só não soube lidar com as palavras e não soube ter outra reação que não fosse corar bastante e rir nervosa. 

— M-as por q-uê? Eu não tenho nada d-emais... — soou folgada, um pouco mais do que triste e Hoseok não se sentiu feliz com risadinha seca que ela deu. 

— Que mentira, Yoongi! — saiu alto, corado e desesperado. — Você é mais do que especial; é um mistério e eu mal posso esperar pra te desvendar! Por isso, não diga essas coisas, eu fico triste.  

A Min sentiu o coração parar e a garganta ficar seca enquanto enrolava a barra do vestidinho nos dedos branquelos.  

— N-ão saia por aí dizendo essas coisas, seu idiota — murmurou engasgada enquanto Hoseok sorria tão amplo quanto podia ao sentir um tapinha ser deixado no seu braço e cantarolar seu convite:  

— Que tal você ir lá em casa amanhã? Podemos jogar, comer, brincar!  

Corou um pouco mais enquanto o sorrisinho quase amassava a sacolinha. — Sim, pode ser! — e só se sentiu mais feliz quando viu aquele sorriso bonito do Jung antes que ele fosse embora com uma promessa de "até amanhã, então". 

Entrou rápido em casa e fechou a porta e apoiou as costas nela, tirou a sacolinha com força da cabeça e a jogou no chão, deslizando pela madeira macia até estar sentada e sorriu aquele sorriso bonito, gigante e só desfez ele quando ouviu uma risadinha doce vinda da escada e suas bochechas coraram. 

— V-ocê... você tava aí o tempo todo, seu intrometido?!  

— Ué, você realmente achou que eu perderia esse momento? 

— Eu vou te matar, Park Jimin.  

— Mas você faria o mesmo se fôssemos eu e o Jungk-- — o loirinho só não terminou a frase porque seu celular começou a tocar sem parar e quando o pegou e viu que quem estava ligando era Jung Hoseok, não se conteve ao virar para a amiga e balançar, sorrindo bonitinho ao que ela corava. Colocou no viva-voz e atendeu: — Alô, Sok-hyung? — sorriu um pouquinho mais com os olhos esbugalhados da outra. 

— Jimin, eu preciso da sua ajuda! — Yoongi ouvia tudo com o coraçãozinho batendo forte. 

— Em quê, hyung? 

— É quê... alguém importante vai vir aqui amanhã e eu preciso arrumar as coisas e sozinho não vai dar. 

— Uh — arrastou, soando presunçoso; — é uma garota? 

— Pode ser... — a voz saía mansa, envergonhada. 

— É um encontro, Sok-ah?! — saltitou alto, fazendo gestos animados para a melhor amiga, que sorria aquele sorrisinho idiota e irritante. 

— Mais ou menos, Jimmi. Vai vir ou não?  

— Depende, hyung — soou preguiçoso; — o que eu ganho com isso? 

— ... detalhes. 

— Ok, me espera que vou me arrumar e já chego aí.  

— Não demora!  

E quando Jimin encerrou a ligação e correu contente para abraçar sua amiga que não podia estar sorrindo mais com os olhinhos brilhantes, ele percebeu como o coraçãozinho dela batia rápido. 

afinal, era seu primeiro encontro.