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História Sacrifício - Culpa


Escrita por: Kowareta_tori

Notas do Autor


Não há desculpas pelo tempo que permaneci sem atualizar esta fanfic, torço de coração para que não desistam dela porque eu não desisti.

Meu muito obrigado a quem dedicar um tempo a ler este capítulo, boa leitura!

Capítulo 33 - Culpa


Após sair da reunião com os outros Kages, Gaara não se demorou muito mais no local. Saiu o mais rápido que pode com uma breve despedida apenas por formalidade, desejava estar o mais longe dali. Sabia que suas ações teriam consequências, mas ter de fingir aceitar tudo de forma submissa não fazia parte de sua natureza. A maior parte das exigências pareciam ter sido feitas por Onoki, o Tsuchikage de Iwagakure, já que ele seria um dos maiores beneficiados com aquela situação.

Desde o instante em que decidiu tomar tal decisão, Gaara disse a si mesmo que estava disposto a assumir todas as consequências que tal escolha traria, no entanto agora que encarava quais eram estas seu peso parecia ainda maior. “No fim valeu a pena”, pensou consigo mesmo. Alcançou seu objetivo que era salvar sua doce Hinata, ao se lembrar do caloroso sorriso que costumava ter e do modo como havia ficado depois do ataque, frágil e assustada... quanto mais pensava nisso mais tinha certeza de ter tomado a decisão correta, não suportaria deixa-la naquele inferno por mais um instante que fosse.

Houve um tempo em que Gaara não se preocupava ou se importava com ninguém, ironicamente, foi outro membro de Konoha quem o despertou e tirou as vendas que o impediam de ver como haviam pessoas importantes para si, que havia um caminho a ser seguido, um caminho livre do ódio e solidão que o cercava e o cegava.

Se havia se tornado um homem capaz de conquistar a confiança de seus companheiros, de ser escolhido como aquele que os protegeria e os guiaria, sendo visto como um bom líder fora graças a Naruto que despertara isso nele, não podia negar, mas ser um bom líder, cuidar de seu povo era uma coisa, era quase um dever, no entanto preocupar-se com uma única pessoa era algo diferente, algo totalmente novo. Ter sua atenção e seus olhos voltados para uma única pessoa, todas suas ações e pensamentos voltados para o bem estar dessa pessoa... tudo isso era por Hinata e graças a ela. Se não fosse por ela nunca saberia o que era amar, já não podia mais negar. Não havia dito em palavras, mas todas suas ações e sentimentos se dirigiam a ela, a pessoa que conseguia ser única para si.

Foi com esses pensamentos que retornou para casa, tão logo chegou já foi recebido por uma Hinata apreensiva que veio ao seu encontro. A pergunta sobre o que havia acontecido estava estampada em seu rosto, mas ao observar o semblante carregado de Gaara esta se conteve, embora estivesse curiosa e preocupada o melhor seria tentar dissipar a aura negra que pairava sobre o mesmo.

Durante os últimos dias ela via o modo como Gaara parecia constantemente tenso, preocupado, mesmo nos seus poucos momentos de descanso este parecia atormentado por algo. Hinata perguntava-se se ele se culpava pelo que havia acontecido consigo ou se havia um problema maior que o fazia agir de tal forma, ambas as alternativas a deixavam receosa, durante momento algum considerou que o que ocorreu foi culpa de alguém, muito pelo contrário, a única culpada foi ela mesma por sua irresponsabilidade, somada a ganância de Keiko que pretendia obter alguma vantagem com aquilo.

Hinata podia ver não somente em Gaara, mas também em Kankuro o sentimento de culpa pelo que ocorrera. Kankuro não fora a visitar, nem aparecera em nenhum lugar em que esta estivesse. Temari afirmou que o irmão se culpava pelo que ocorrera e confessou, contra a vontade depois de Hinata insistir muito para entender os motivos pelo afastamento do moreno, que Kankuro e Gaara haviam se estranhado quando o último soube sobre o rapto de Hinata. Hinata queria poder dizer a Kankuro que aquilo não havia sido culpa de nenhum deles e encontrar uma forma de que fizessem as pazes, mas como fazer isso quando não conseguia nem mesmo se aproximar do outro?

Gaara também não falara uma única palavra sobre o ocorrido nos últimos dias, nos poucos momentos em que estiveram juntos sua atenção esteve voltada aos ferimentos já quase curados de Hinata, mas sem nunca falar sobre o que os causara, foi como se um acordo mudo houvesse sido feito entre os dois, um acordo que os impedia de discutir sobre, mas não era como se tudo estivesse bem. Gaara se mantinha distante durante a maior parte do tempo, passando seus  dias e noites em seu escritório ou pela Vila, desempenhando suas atividades como Kazekage.

Aumentara a segurança em torno de Hinata a qual sempre percebia haver algum Ambu a observando de longe, o que a fazia sentir-se controlada. Temari também sempre estava junto a si e embora Hinata apreciasse a companhia da loira podia perceber que seus motivos iam além de apenas evitar que Hinata se sentisse só, indiretamente Temari servia como um guarda-costas de Hinata. Sabia que  o  modo como a tratavam era resultado do medo de que mais alguma coisa pudesse ocorrer, mas ela ainda era uma ninja, não deveriam fazer tão pouco caso de suas habilidades pelo que acontecera dias antes.

Como acontecera em quase todos os dias, Gaara avisou que tomaria um banho e que jantaria em seu escritório por ter muito trabalho a realizar, dessa forma Hinata estava livre para comer mais cedo se fosse sua vontade. A frieza e distância que ele havia imposto entre os dois parecia ser um resquício do que ocorrera, ele nem mesmo era capaz de olhá-la nos olhos sem ter aquele ar de culpa, mais uma vez Hinata aquiesceu e liberou a passagem para que Gaara fizesse o que desejava, sem coragem para encará-lo, pois temia que se o forçasse ele pudesse quebrar.

 

****

 

A noite já ia alta enquanto Hinata observava as luzes que brilhavam na Vila através da janela de seu quarto. Como havia avisado, Gaara permaneceu em seu escritório e não havia saído mais, abrindo a porta apenas para receber o seu jantar que fora enviado por uma das empregadas da casa, enquanto Hinata jantou acompanhada de Temari, esta fazia de tudo para compensar a ausência do irmão, tentando sempre manter os pensamentos de Hinata ocupados com conversas leves. Temari se mostrava mais uma vez uma ótima pessoa, mostrando interesse até mesmo pelas flores que Hinata cultivava em sua estufa, a ajudando nos trabalhos mais pesados que esta não conseguia desempenhar por seu ferimento restringir parte de seus movimentos, além de contar histórias sobre como era a vida em Suna, em troca Hinata lhe contava sobre Konoha e dessa forma elas passavam as tardes em meio à jardinagem e conversas.

Mesmo que Temari se esforçasse para animar Hinata ela não podia ajudar com a distância que aumentava dia a dia entre Hinata e Gaara, ninguém poderia fazer nada. O contato entre os dois diminuía a cada dia que se passava e Hinata se perguntava o que seria de seu relacionamento se tudo continuasse naquele ritmo. A culpa de Gaara os afastava a cada dia, e Hinata não conseguia dizer o que sentia. Angustiada com o que poderia ocorrer Hinata caminhou com passos determinados pelo corredor indo em direção ao escritório de Gaara. Ao parar em frente a grande porta dupla de madeira Hinata respirou fundo, o que faria mesmo? Não havia pensado, apenas agido em um impulso comandado por seus temores. Mesmo antes quando as coisas iam bem entre os dois ela vira até ali poucas vezes, pois sabia que Gaara usava o local para seu trabalho e não gostava de atrapalha-lo. Usando o pouco da coragem que restava Hinata bateu na porta e sem nem mesmo esperar por uma confirmação de que poderia entrar foi logo a abrindo e adentrando o espaço.

Para sua surpresa Gaara não estava trabalhando, mas sim em uma posição semelhante a sua, de costas para si, voltado para uma grande janela observando a vista da Vila. Sem nem mesmo olhar para ela Gaara pergunta em um tom que Hinata não soube definir:

-Precisa de algo? Talvez um chá? Posso pedir para que alguém prepare, se bem que a essa hora todos os empregados já devem ter se recolhido, nesse caso eu mesmo devo prepara-lo para você – e dito isso ele se voltou para ela e Hinata teve a impressão de ver uma sombra no semblante de Gaara, mas foi um único instante que logo foi esquecido.

-N-não – meio gaguejou – não preciso de nada, apenas vim visita-lo. Há dias que não nos falamos de maneira mais apropriada.

-Tenho te deixado muito só. – Não fora uma pergunta ou um pedido de desculpas, foi mais como se Gaara admitisse que não estava se comportando de maneira correta. – Eu pensei que talvez você quisesse ir até Konoha visitar sua família, Hanabi mandou uma carta perguntando sobre como você está - e nisso Gaara fez um sinal apontando para uma folha que estava aberta sobre sua mesa como se tivesse sido lida a pouco.

–Eu mandei uma carta logo que recebi alta do hospital – Hinata respondeu em um tom inconformado – disse que não fora nada demais e que já estava bem, que você havia me protegido.

- Acredito que sua irmã não tenha ficado satisfeita, talvez ela precise ver com seus próprios olhos como você está – e nisso Gaara deu um sorriso cansado, como se tentasse convencer Hinata de que essa era a melhor opção -  depois do que houve uma visita sua os deixaria mais tranquilos do que qualquer carta que possa enviar a eles.

-Você irá junto?

-Minhas obrigações como Kazekage não me permitem, mas não te deixarei ir sozinha. Sei que as coisas não tem sido como você imaginou – e nisso Gaara se aproximou, tocando o rosto de Hinata com as pontas dos dedos, fazendo com que Hinata fechasse os olhos para sentir mais aquela carícia.

-Não me mande para longe – Hinata pediu em um sussurro que fez com que o coração de Gaara parasse de bater por um segundo. Gaara teve a sensação de que aquele pedido não se devia a ele querer que ela fosse visitar sua família, mas sim ao modo como o relacionamento dos dois estava.

Impedido de responder a aquilo Gaara a beijou, tocando os pequenos lábios de Hinata e se permitindo inebriar-se com seu sabor, Hinata correspondeu ao beijo, estreitando seus braços em torno do pescoço de Gaara a fim de prolongar o contato, o que surtiu um efeito imediato neste que enlaçou a cintura de Hinata, suspendendo-a no ar, alguns passos foram dados e os dois alcançaram a mesa, onde Gaara procurou apoiar o delicado corpo de Hinata, posicionando-se entre as pernas dela. Gaara deixou os lábios de Hinata para percorrer a linha de seu pescoço, depositando beijos calorosos que faziam Hinata suspirar, pelos movimentos sua roupa foi desalinhada de modo a deixar seu colo a mostra, Gaara não demorou muito para dar uma atenção especial a aquela parte, fazendo Hinata jogar sua cabeça para trás ao sentir a boca quente de Gaara contra seus mamilos, sua pele há muito tempo sem um contato como aquele estava ainda mais sensível, cada simples toque de Gaara encadeava uma onda de sensações que faziam todo o corpo dela tremer em antecipação pelo que estaria por vir. Hinata sentia-se sendo torturada e não achando aquilo justo empurrou o corpo de Gaara fazendo este se afastar e antes que o mesmo pudesse dizer algo Hinata o guiou até um sofá sentando-se sobre Gaara.

Hinata procurou novamente pelos lábios de Gaara, puxando seu cabelo em um ato totalmente instintivo a fim de ter um maior acesso a boca do mesmo. Gaara sentia o corpo feminino movimentando-se contra o seu , a fim de aumentar aquele contato Gaara puxou Hinata mais para perto, aumentando a fricção da virilha de Hinata contra seu membro que a essa altura já estava duro, ansioso para entrar no corpo feminino. A roupa de Hinata já não cobria mais seu torso, estando enrolada em sua cintura, mantendo apenas a parte debaixo ainda coberta. A luz que havia no escritório era forte o suficiente para permitir que Gaara contempla-se aquela visão de Hinata sobre si, no entanto por mais que essa fosse uma visão gloriosa havia outra coisa que chamara sua atenção, deixando seu semblante carregado novamente.

Gaara tocou com as pontas dos dedos a fina linha esbranquiçada da cicatriz que a kunai deixara, um resquício do ferimento que quase tirara Hinata de si, em um ato reflexivo mordeu seu lábio com força, irritado pela lembrança do sentimento de impotência que tivera, Hinata notando a tensão do outro puxou as mãos de Gaara contra seus próprios seios, procurando ávida pela boca do outro em um movimento desesperado a fim de tirar os pensamentos nebulosos da mente de Gaara, necessitada como estava de sentir o corpo do homem contra o seu não conseguia pensar em mais nada, deixando apenas que aquele sentimento de posse tomasse conta de si.

Gaara correspondeu ao seu beijo com avidez, inebriando-se com o doce sabor de sua boca, permitindo-se esquecer de que havia um mundo além das paredes que os cercavam, suas mãos moldavam os seios de Hinata, apalpando, beliscando, sentindo a maciez e firmeza dos mesmos. Enquanto uma mão continuava entre os seios de Hinata a outra desceu vagarosamente por suas costelas, fazendo um caminho dedilhado por sua lateral, alcançando a altura de sua bunda, em um movimento contido espalmou sua mão contra a mesma, mas tão logo o fez ouviu um gemido rouco vindo de Hinata que com agilidade retirou o restante de roupas que ainda os separava. Surpreendendo-o mais uma vez naquela noite Hinata continuou na mesma posição em que estava, montando-o, ao sentir seu membro sendo envolvido pela intimidade de Hinata, quente e úmida, Gaara apertou suas mãos contra as coxas da mesma, o que provavelmente resultaria em marcas na manhã seguinte, mas sua parte consciente não existia naquele momento, apenas o desejo e o prazer. Com movimentos a princípio lentos e inseguros Hinata rebolava contra o membro de Gaara, subindo e descendo em um ritmo calmo até se acostumar com a posição e ter mais segurança para mover-se com maior liberdade, assim que conseguiu aumentou a intensidade dos movimentos, o que provocou mais gemidos de ambas as partes. O clímax logo foi atingido por ambos que permaneceram abraçados no sofá, Gaara acabou por puxar um tecido que cobria o móvel a fim de cobrir o corpo nu de Hinata que apenas se aconchegou mais contra si.

-Não se afaste de mim – Hinata pediu novamente em um sussurro e naquele momento Gaara percebeu que não poderia se afastar mesmo que quisesse.


Notas Finais


Até o próximo!


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