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História Sacrifício - Temporada de Mentiras


Escrita por: JV_Campos

Notas do Autor


Desculpem o atraso, mas meu pai faleceu e apesar do capítulo estar quase pronto não consegui terminar até agora. Não vou desistir da história, mas o próximo capítulo deve demorar.

Capítulo 4 - Temporada de Mentiras


Nos dias que se seguiram, Kimberly começou a se queixar de dor nas costas. O treinador Smith pediu que ela fizesse algumas radiografias, encontrando uma antiga fratura que sofrera anos atrás em seus primeiros dias como ranger. Então, restringiu seu treinamento para o solo, diminuindo os saltos até verificar se as dores diminuíam. Além de incluir duas sessões de fisioterapia diárias o quê alterou drasticamente os horários da garota. Agora, ela tinha as manhãs livres porém raramente chegava no quarto antes da onze da noite. Até mesmo Susan tinha dificuldade em encontrar com a amiga.

Logo em seu primeira manhã livre, Kimberly recebeu uma ligação de sua mãe.

- Alô mamãe!

- Kimberly Ann Hart você me jurou que estava bem! O seu treinador acabou de me ligar contando que estava sentindo dores e por isso diminuiu a frequência dos treinamentos. Por quê não me disse que estava doente Kimberly?

- Calma mãe, eu não estou doente. Só as minhas costas estão doendo um pouco. Já passei pelo médico e ele acha que estarei bem em breve.

- Ah, Kimberly porque não me disse isso antes. É por isso que você quer que eu vá aí não é? Sabe que pode abandonar o treinamento e vir para casa quando quiser não é querida?

- Aí mamãe... eu não quero deixar o treinamento. Mas se isso for necessário, eu preciso conversar com você sozinha sobre isso. Eu nem sei para onde ir? Aisha e os pais se mudaram e não posso voltar para Alameda dos Anjos. Papai não é uma opção e você está em outro continente.

- Ah, Kimberly eu sinto muito. Eu já comprei as passagens, mas talvez eu possa remarcar para ir mais cedo.

- Não tem problema mamãe, só faltam alguns dias até o meu aniversário. Quem sabe até lá as dores já não passaram?

- Eu sempre posso falar com o seu pai.

- Mamãe você sabe que não dá para morar lá. A nova esposa dele é simplesmente odiosa, o máximo que podemos esperar dele são os cheques e cartões postais.

Carol ficou em silêncio um pouco na linha.

- Eu nem sei o que dizer filha.

- Não se preocupe com nada agora mamãe. Eu vou fazer a fisioterapia e ir me tratando. Eu não quero desistir do PanGlobal. Se tudo correr bem, eu já estarei melhor em alguns dias... e se eu não estiver discutiremos as possibilidades pessoalmente.

- Quando a minha menininha ficou tão sensata?

- Já vou fazer 17 anos mãe.

- Ok Kimberly, mas prometa se cuidar muito bem nos próximos dias. Vou ligar com mais frequência.

- Não se preocupe mamãe, eu já estou me cuidando bem.

- Tchau Kimberly.

- Tchau mamãe!

Kimberly suspirou colocando o telefone no gancho. Pousando uma das mãos na barriga ela murmurou:

- Ah, minha pequena garça. Espero que ainda não consiga entender nada.  A temporada de mentiras apenas começou.

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Querido Tommy

As coisas aqui na Flórida estão frenéticas. Além das aulas e o treinamento estou tendo que fazer fisioterapia por causa de uma dor nas costas. Nada sério espero, mas quase não estou tendo tempo de nada.

Para ajudar as minhas notas de matemática estão péssimas... um dos garotos da equipe masculina está me ajudando. Só por milagre não vou levar bomba nessa matéria.

Estou enviando o seu presente já. Espero que goste... ainda não recebi nada.

Saudades

Kimberly

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Susan entrou no quarto, entusiasmada quando Kim selava a carta. Ela trazia nas mãos dois milk shakes entregando um para amiga comentou:

- Carta para Tommy?

Kimberly tomou um longo gole e murmurou:

- Sim... nossa Susan está uma delícia, obrigada.

- Agradeceu a ele pelo presente?

Kimberly pegou a pelúcia na cama e a acariciou, o primeiro presente chegara dois dias antes. Era uma garça rosa linda. Sorrindo inocentemente para a amiga ela respondeu:

- Claro... estou mandando o dele também?

- Sério o quê é?

Kimberly retirou do saco e mostrou para amiga. Era um casaco branco com um bordado de tigre dourado do lado.

- Que lindo! Mas pensei que você estava procurando um dragão.

Kimberly riu e disse:

- Eu simplesmente não consegui resistir a esse casaco. Eu adoro o Tommy de branco. Mas pode guardar um segredo?

- Claro.

Kimberly abriu a gaveta e mostrou para a amiga uma caixinha.

- O que é?

- Pode abrir.

Susan abriu cuidadosamente...

- Uau!

Era um relógio de bolso prateado que reluzia de tão novo. Gravado na frente estava o desenho de um falcão e na parte de trás um dragão, abrindo o relógio o fundo continha um dragão com os ponteiros parecendo garras.

- Eu sei que relógio de bolso é um pouco antiquado... mas eu estava passando pelo centro esses dias e vi o trabalho desse senhor. Ele me disse que podia fazer três faces com os animais preferidos do Tommy. Achei que ia ficar exagerado e horroroso mas...

- Ficou absurdamente lindo. – Susan passava a mão nos contornos das gravações.  

- Parece inacreditável não é? Pensei que ia ficar horrível, mas ficou lindo.

- Você não vai mandar? – Indagou ela devolvendo o relógio.

- Não... acho melhor entregar pessoalmente. Imagina se isso se perde.

- Verdade... foi muito caro?

- Um pouco, mas valeu cada centavo.

- Alguma ideia de quando vão voltar a se ver?

Kimberly guardou novamente o relógio no estojo e murmurou:

- Talvez no próximo ano. Mas não sei... sinceramente, não tenho a mínima ideia de quando poderei retornar a Alameda dos Anjos.

- Como estão as suas costas?

- Melhor, sinceramente sinto mais elas aqui no quarto que nos treinos. Mas o treinador faz questão que eu pegue leve.

Susan levantou-se e pegou as mãos da Kimberly.

- Você vai ficar boa sim e vamos subir no pódio juntas.

Kimberly deixou escorrer uma lágrima e respondeu:

- Digo mais Susan, ainda vamos para as olimpíadas juntas.

As duas garotas se abraçaram rindo.

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Querida Kimberly

Estou morrendo de saudades. Parece que faz tanto tempo que nos falamos.

Fiquei preocupado com a sua última carta. Você sempre treinou e lutou tanto e nunca te vi reclamar das costas. Precisa se cuidar mais beautiful.

Que estranho não ter recebido meu o outro presente. Espero que não tenha se perdido, acho que você vai gostar. Eu gostei muito do casaco, o pessoal até estranhou me ver de branco.

Junto a essa carta esta o seu presente de aniversário. Espere até o seu aniversário para abrir viu. Achei esse medalhão em um antiquário, foi impossível olhar para ele e não lembrar de você. Ele abre sim, mas tem um pequeno truque. Não vou te contar como abrir agora, na próxima vez que nos encontrarmos eu te mostro.

Está muito difícil sair de Alameda dos Anjos agora para ir aí. Tenho trabalho extra quase todo dia. Mas assim que possível vou pegar um avião. Já tenho dinheiro suficiente para a passagem.

Estou com muita saudade Kimberly.

Com amor

Tommy

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Kimberly amassou a carta e a arremessou na cama. Levantou-se e começou a andar de um lado para o outro no quarto. Sua vontade era gritar, pegar o telefone e ligar para o Tommy agora, mas ela sabia que não podia. A angustia à oprimia, seu desejo era ignorar todo o seu senso de sobrevivência e se teletransportar para Alameda dos Anjos imediatamente.

Mas relembrando as palavras da carta ela tentava se acalmar. Respirando fundo e colocando as mãos sobre o ventre ela se sentou. Cuidadosamente, pegou a carta amassada e o presente embrulhado e guardou em sua mesinha de cabeceira. Trancando-os bem. Depois, ela tentaria desamassá-la e a guardaria cuidadosamente junto as outras.

Agora, ela não podia se dar ao luxo de sentir. Precisava esquecer seus sentimentos e ignorar suas emoções. Trancá-las junto á última carta de Tommy, afinal, ela sabia que ele não escreveria mais. Não depois de receber a carta que ela escrevera pela manhã. Kimberly conhecia seu namorado muito bem. Ela sabia exatamente cada palavra usar para feri-lo e para evitar que ele a procurasse.

Ela respirou aliviada pela carta já estar pronta, por maior que fosse sua força de vontade. Agora, ela tremia e não conseguiria escrever mais hoje. Juntando a coragem que ainda possuía ela releu a carta antes de coloca-la no envelope.

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Querido Tommy

Está indo tudo bem aqui na Flórida, o treinador Smith esta me preparando para a competição.

Tommy, esta é a carta mais difícil que eu já tive que escrever. Você sempre foi meu melhor amigo e de algum jeito você é como um irmão...  Mas aconteceu uma coisa comigo que eu não sei explicar. É uma coisa maravilhosa e dolorosa ao mesmo tempo.

Tommy eu conheci outra pessoa.

Tommy sabe que eu nunca faria nada para magoar você, mas eu acho que eu encontrei a pessoa que eu procurava. Ele é maravilhoso, gentil e carinhoso como você. Seria tudo perfeito se não tivesse que te magoar. Mas eu tenho que seguir meu coração.

Sempre vou me importar com você.

Por favor, me perdoe!

Kimberly

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Fechando o envelope Kimberly a endereçou para o Ernie. Por mais dolorosa que fosse a carta, não seria uma boa ideia que a Sra. Oliver a pegasse primeiro.

Sabia que cada palavra reavivaria a insegurança que Tommy sempre sentira sobre a relação deles. Afinal, ele esperara meses antes de convidá-la para um encontro porque duvidava que ela gostasse dele. Achava que sua preocupação e seus sentimentos por ele eram iguais ao que sentia por Jason, Billy e Zack. Agora, ao compará-lo a um irmão, como ela se referia aos outros rangers, iria reacender a dúvida e despertar os ciúmes ao dizer que encontrara outra pessoa.

- A Carta perfeita com a minha melhor mentira. – murmurou Kimberly tocando a barriga. – Espero que algum dia vocês possam me perdoar... 


Notas Finais


Esse capítulo tem várias cartas, a última é a carta que foi mostrada no programa de tv. Power Rangers Zeo, a carta não faz sentido mesmo. Alguém devia estar bêbado quando escreveu esse roteiro... tentei dar algum sentido, mas não sei se consegui.
O próximo capítulo deve demorar, mas eu não vou abandonar a história. Eu sei que tem algumas pessoas lendo e não vou deixar vocês. Espero que gostem do capítulo e até a próxima.
Comentários e críticas são sempre bem vindos.
Ainda não tenho beta, então me perdoem os erros.


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