Surpresa
Olhos fechados, a mente em combustão, e uma sensação de prazer percorrendo seus lábios, era assim que se encontrava Castiel em sua cama, ele ainda estava tentando assimilar como tinha sido aquele beijo, aquele dia com Sam, estava procurando um sentido para ter sido levado pelo momento, entretanto ele pôde sentir como se fosse uma bebida roubando-lhe a sanidade, o Winchester havia deixado algo no olhar de Castiel. Com as pontas do dedo, ele levou até seus lábios, o gosto do cabeludo ainda se fazia presente nas carnes sôfregas do moreno, uma parte de si queria que não tivesse acontecido, que Sam não tivesse ultrapassado aquela barreira, eles mal se conheciam, tudo aconteceu rápido demais, mas quem era Castiel para reclamar de algo bom quando a vida lhe tinha tirado metade? Os dedos rogos de Castiel brincavam com suas carnes labiais, a sensação de ter a língua do mais velho quebravam as barreiras que o moreno havia criado. Ele soltou um sorriso, não qualquer um, era involuntário sem medo, inocente, do jeito que Castiel dera quando deu seu primeiro beijo, mas com Sam as palavras eram meras consoantes e vogais perto do furor que ficara marcada nos tecidos de Novak.
– O que você está fazendo Castiel Novak? – Sussurrou Castiel para si mesmo. Onde tinha ido para aquela decisão de não permitir ninguém mais na sua vida? O que tinha feito Sam para extrair do moreno um sopro de sanidade? No fundo Castiel estava carente, sua alma precisava de paz, e apesar de ter deixado muitas coisas no passado, o peso de suas decisões trouxeram uma bagagem de energia e dor, entretanto algo no moreno estava adormecido, sua parte humana, ele havia decidido enterrar no jardim do seu quintal junto com o baú de suas esperanças, figurativamente falando tinha dado certo, até aquele momento, pois um feixe, de quem sabe uma luz, transpareceu entre as pequenas fendas do tumulo, e como um broto de uma rosa, essa parte finalmente estava vendo a luz do sol, seria aquela a chance de nascer, ou no caso do moreno, renascer, pois tudo estava evoluindo, mas Castiel estava ficando para trás.
Com gracejo levantou-se da cama, estava tudo silencioso, Lúcio tinha ido dormir cedo, o pequeno estava cansado, por precaução Novak decidiu deixa-lo entubado, pois ele havia consumido muito energia, poderia sofrer de insuficiência respiratória na madrugada, e a última coisa que Castiel queria para sua vida era enterrar seu filho num caixão, o coração dele doía só de imaginar. Novak deu uma breve checada no quarto do filho, o menor dormia satisfeito, ele parecia feliz, pois seus lábios mesmo entubado pareciam sorrir a cada suspiro que proviam de suas narinas. Ao mesmo tempo que era terno vê-lo ali deitado dormindo, era angustiante, Castiel não tirava da cabeça os meses que ficara no hospital, todos os dias o medo de perder a única coisa que havia lhe restado rondava-lhe, e mesmo trabalhando e estudando ele só conseguia pensar em como seu filho poderia estar, passava a maior parte do tempo olhando o celular esperando uma chamada do hospital, mas esses dias haviam ido embora e com muito esforço ambos conseguiram superar as dificuldades, não que, não existisse obstáculos, mas a maior parte eles tinham conseguido finalmente lidar. Seguindo para a sacada de sua sala, Novak abriu as cortinas, deveriam ser por volta de uma hora da manhã, mas para Castiel era como ele tivesse parado no mesmo ponto em que estava na cabine daquele brinquedo. A lua ainda rachava no céu, sua luz radiava contra as orbes azuis de Castiel, o vento batia gélido contra os pelos finos do braço do moreno causando-lhe pequenos arrepios, algo dentro dele estava inquieto, mexia-se sem parar, queria ele descobrir o que estava fazendo seus lábios cantar risos doces e inocentes, talvez fosse o beijo? Ele não sabia, mas estava despertando aos poucos, o sentimento não poderia ser ditado com rótulos que ele conhecia, amor, paixão, um simples momento? Não, ele preferia deixar como estava.
– Hanna.... Mil perdões – Disse Castiel para Lua na esperança que sua esposa estivesse ouvindo-lhe. O pedacinho que ainda restava de Hanna dentro dele sentia-se sujo por tê-la traído, ele não tinha intensão de ter deixado se envolver pelos braços grandes de Sam, dizia não com a cabeça para aquela sensação, mas seus lábios gostaram, ele admitiria para ela, para a lua, que sentiu querido, amado? Nada tinha significado naquele momento. Droga. Ele ainda sentia os braços de Sam lhe envolver, o calor voraz e estridente que proviam das pontas de seus dedos tirar-lhe do chão, mesmo que por breves segundos, e mesmo que a frieza com que o vento soprasse contra seu peito desnudo, havia uma chama no peito – Não sei o que fazer!
O globo cinza no alto do céu explodia rente a íris azul de Castiel, o moreno parecia conectado com a mesma, em seu âmago a sensação era ter bem ali próximo ao infinito do céu que cobria seu mundo, os olhos de sua amada, entretanto ele não era o único que estava sobe o encanto do luar, um certo loiro dos olhos verdes esmeralda admirava o céu límpido sem estrelas, ele vestia finos trajes de dormir, seus músculos bem trabalhados recebiam os murmúrios do vento, seus fios sedosos brincavam contra as correntes de ar, o zunir que debatia-se contra seu ouvido era a porta de entrada para o seu mundo, sua mente, seu coração. Dean tinha em seus olhos um olhar forte, capaz de rasgar o céu em pedaços, fazer da lua pó estelar, pois era assim que ele estava por dentro, vazio, inerte ao uma profunda solidão, mas ele amava o que aquelas profundezas faziam consigo. Em sua mão direita um copo de café amargo, o liquido quente e sem sabor descia deixando suas glândulas salivares aflitas, pois assim era sua vida, amarga, sem nenhum sabor, entretanto no canto de seus lábios nascera um sorriso ao lembrar de Sam, um dos supostos causadores da dor que sentia em seu peito, entretanto o motivo para ter arrancado dos lábios frios de Dean não fora o fato de odiar o irmão, longe disso, só seus lábios poderiam dizer o que estava se passando ao lembrar das carnes finas e rosadas do seu irmão sobre as suas, fazia tanto tempo desde a separação de Jennifer, mas ele ainda sentia a saliva de Sam contra a sua, o contraste adocicado junto com o amargo de sua boca fazia Dean delirar, não havia nenhum sentimento quente naquele iceberg chamado de coração, mas o sabor de vitória misturado com o risque de doçura vinda de Sam, deixara os pequenos pedaços de sanidade que ainda restava dentro do loiro aos pedaços. Com os olhos fechados, ele então pode se ver, ele sabia que estava seguindo para as profundezas, entretanto era lá que ele sentia-se em casa. Ele via a escuridão tragando seu corpo desnudo pouco a pouco, era como uma areia movediça, ele percebia a onda que lhe puxava sem puder, não se importava para onde quer que aquela coisa fosse lhe levar, só queria que todos pagassem, e talvez nem mesmo a memória de sua mãe pudesse lhe salvar, não tinha nenhuma corda para puxar, pelo menos era o que ele achava, Dean estava cego, seus olhos mesmo cintilantes não via que bem acima de sua cabeça tinha a ponta da esperança esperando para ser notada. Talvez ele visse sim, uma mão esperando pelo sua, e mesmo que seus olhos refletissem a dor a frieza, havia um pedacinho minúsculo que lutava para conseguir se agarra e manter viva, mas o Dean de agora preferia sucumbir ao frio que percorria suas veias.
– Farei todos eles pagarem mamãe – Disse Dean deixando escapar de seus olhos uma crista gélida salgada – Até mesmo John CLAY Winchester.
A manhã surgia com leves raios de sol invadindo a janela do quarto de um certo moreno, um som de celular tocando-lhe percorria o quarto quente e aconchegante de Castiel, ele abriu os olhos procurando com a mão de onde proviam o som, a cara amassada pela noite um pouco mal dormida, os lábios ressecos por água e uma pequena bolsa embaixo dos olhos, fora assim que iniciara o dia, entretanto diferente de todas as manhãs, o trabalho não tinha sido o motivo pelo seu corpo estar resmungando para voltar para cama, havia passado a noite inteira pensando em um certo homem de cabelos compridos e de um sorriso arrebatador. Depois de vários toques, ele finalmente havia encontrado o celular em baixo dos travesseiros, preguiçosamente deslizou na tela de comando atendendo o telefone sem mesmo ver de quem era a chamada.
– Alô? – Resmungou jogando a cabeça de volta para o travesseiro.
– Vejo que teve uma noite cheia – Era Sam. Sem notar, Castiel levantou-se instantaneamente da cama se sentando, seus lábios despojaram um sorriso meigo, até mesmo por detrás de um celular o maior conseguia ser doce.
– Acho que sim.... – A rouquidão que proviam dos acordes de Castiel deixava Sam desconcertado, e o moreno mal sabia as reações que provocavam no maior.
– Foi tão mal assim? – Brincou Sam – O cara que te beijou, foi ruim? – Disse Sam tocando no assunto do beijo. Depois do acontecido eles não haviam se comunicado, e na hora de ir embora Castiel mal conseguia olhar nos olhos de Sam, estava constrangido, já o maior não conseguia conter o peito de tão satisfeito, seu dia tinha ficado maravilhoso, e mesmo tendo feito o que fez, beijado o ser angelical que tinha roubado seu coração, não poderia esperar para ter Castiel ao seu lado.
– Não.... Não foi isso que eu disse – Novak estava confuso sobre a noite passada, não que tivesse sido ruim, longo disso, tinha sido magico, entretanto eram sentimentos que ele desconhecia, não poderia firmar nada, depois que passou a usar seu corpo como instrumento de trabalho ele havia perdido a habilidade de sentir algo que não fosse banal. Ter outros lábios nos seus que não fosse em troca de dinheiro soava-lhe um pouco estranho, entretanto a fagulha que tinha ficado em seu interior era um recado que ele ainda tinha um pedaço de humanidade dentro de si – Só.... Não sei.... E o homem que me ROUBOU o beijo não era nada ruim, na verdade era gentil, para um cara um cara de dois metros de altura.
– Então eu lhe roubei um beijo? – Riu Sam – Jamais, simplesmente estávamos conectados – Castiel enterrou a cabeça no travesseiro, estava achando graça de como Sam conduzia a conversa em pró dos seus atos.
– Tudo bem.... – Novak não era bobo, não iria estender a conversa, caso contrário não saberia como lidar com a situação, a cada momento que lembrava do beijo parecia nostálgico demais.
– Pensou na proposta que lhe fiz? – Sam havia lhe dito sobre sua empresa, e que no dia em que se conheceram era ele que iria conversar sobre a proposta, só que as coisas haviam levado a outro rumo e acabaram desencontrado e encontrando de novo. Novak passara a maior tempo pensando nos lábios do maior que havia esquecido sobre a proposta de emprego. Não tinha nada haver com a sua grade de curriculum, entretanto o seguro desemprego demoraria a sair e ele tinha algumas faturas a pagar do tratamento de Alzheimer que eram muito caros, e tinha seu último salário, não custava ele dá uma analisada na empresa, era melhor do que nada.
– Podemos conversar pessoalmente? – Sugeriu o moreno levantando-se e indo até o quarto de Lúcio.
– Pode ser na minha empresa? Hoje não vou poder sair daqui de jeito nenhum – Indagou Sam um pouco frustrado por não poder encontra-se com o moreno em um lugar reservado, além de discutir sobre a empresa ele queria ter um momento mais íntimo e quem sabe dar-lhe outro beijo.
– Vou ligar para a baba de Lúcio e em alguns minutos chego aí, só me passe o endereço – Lúcio ainda dormia profundamente, Novak aproveitou e retirou o tudo labial, checou os batimentos cardíacos e sua respiração, tudo parecia bem. Seguiu para o quarto com o celular ainda no ouvido escutando a voz de Sam debater-se contra seus tímpanos.
– Deixei meu cartão no bolso do seu sobretudo sem você ver, lá tem o endereço e meu número – Castiel pegou as roupas que haviam jogado em um canto qualquer do quarto, apressadamente pegou o sobretudo preto e checou os bolsos, dentro do direito havia um cartão com o nome da empresa, o endereço, e o número de Sam. Ele era mesmo inteligente.
– Como não vi isso? – Indagou Castiel rindo da travessura do maior.
– Porque você estava em meus braços, e devo dizer que eu adorei – Novak ficou corado com o comentário nada discreto de Sam, e por esse motivo escondeu o rosto na palma de sua mão, como se ele tivesse bem ali falando essas coisas.
– Vou tomar um banho e em alguns minutos estou ai, devo dizer também que é um pouco longe, se o transito tiver bom eu acho que chego rapidinho.
– Vou mandar meu motorista lhe pegar –
– Não precisa Sam, eu vou com meu carro – Disse Castiel analisando o cartão que estava em sua mão, o letreiro cinza com as bordas pretas e douradas, a impressão no cartão e a pessoas eram as mesmas, marcantes.
– Faço questão, você é meu convidado de honra! – Sam era paciente, mas quando queria ser insistente sabia usar disso com precisão, e não tinha ninguém no mundo que conseguisse superar seu poder de persuasão, a não ser Dean Winchester, que cujo nome e pessoa, era um mestre no que se diz respeito persuadir.
– Tudo bem.
Castiel desligou o telefone seguindo direto para o banheiro, um rápido banho tomou, vestiu uma calça social escura bem justa nas coxas marcando toda a sua musculatura, e um sapato de bico fino preto, e uma camiseta social moderna de manga longa preta, um verdadeiro charme vindo de Castiel, e para finalizar a obre de arte que Deus criou com tanto amor, espirrou sobre seu corpo leitoso um perfume com frescor de menta picante, essência de mandarina e um levíssimo visco de lavanda, a fragrância misturada em sua pele trazia uma tonalidade natural do seu aroma adocicado, a quem via de fora a impressão era de que ele estava se arrumando para um alguém em especial, contudo para ele parecia que estava fazendo uma rotina normal, mas não havia nada de normal naquilo, ele nunca foi de usar esse perfume, havia comprado para ir em conferencia com seu chefe Bobby Singer, entretanto nunca usara, aquela camiseta moderna nunca tinha saído do guarda-roupa, Joana o criticava por ter tantas roupas de bom gosto e nunca usa-las, nem mesmo que fosse dentro de casa, Castiel rebatia dizendo-lhe que não tinha nada especial que valesse apena o esforça para se emperiquitar para alguém, mas, inconscientemente era exatamente isso o que ele estava fazendo, se emperiquitando para Sam Clay Winchester. Seus fios negros estavam bagunçados, entretanto foi a única coisa que passara desapercebida por Castiel, porém ele mal sabia que aquele era um dos seus muitos charmes, os cabelos bagunçados dando uma aparência rebelde formal, não que existisse esse tipo de estilo, se tivesse.... Bom Castiel se enquadrava nessa categoria. Depois de verificar Lúcio pela quinta vez em três minutos, o pequeno ainda dormia profundamente, ele liga para Joana pedindo-lhe para que ficasse com o pequeno para ele ir resolver assuntos de trabalho, mas a baba do pequeno não estava na cidade, o jeito era levar o pequeno. Com cuidado e cautela acordara o menor, a princípio ele estava desnorteado, com muito sono e cansado, Novak deu graças aos Céus por ele não ter dito nenhum relapso de perda de memória matinal, ele estava bem, o pequenino estava apenas cansado, não conseguia manter seus olhos abertos. Deu-lhe um breve banho, agasalhou bem o menor, ambos tomaram um café bem caloroso e minutos mais tarde o interfone toca avisando que o carro do Sr. Clay estava à espera, e logo ambos se foram seguindo ao encontro de Sam.
Na empresa John Clay Winchester o dia já começara intenso, Dean Winchester tinha uma reunião matinal muito importante com as filiais e acionistas da empresa, o sistema da empresa passaria por reformas com a chegada do loiro, seu olhar clinico e critico notara logo de cara que haviam alguns contratempos a ser acertados, como por exemplo os prazos de entregas das linhas de produção, ele achou que, o tempo de fabricação era longo demais, e que quanto mais produzisse mais rápido os lucros viriam no final mês, entretanto não era apenas os subchefes das classes de cima que iriam sofrer por essa reforma, os debaixo sentiriam o peso do poder das mãos do loiro. Castiel sempre teve com ele o tempo ao ser favor, desde quando conseguiu o cargo Chefe, entrara em um acordo com o Dr. Bobby Singer, achava que se tivesse mais tempo para elaborar as produções das futuras linhas de Carro os resultados seriam maiores, então depois de três meses de teste o final não pode ser surpreendente, a primeira linha de produção sob a demanda do moreno esgotou-se antes mesmo de sair nas concessionárias, o que deixou John Winchester maravilhado, mas agora essa visão de pensamento estava sobre ordens de outra pessoa, Dean Winchester.
– O motivo dessa reunião é bem simples – Dizia Dean em pé na ponta de sua mesa, todos os olhares voltados para si, e uma postura aspirando liderança sobressaia dos seus lábios. Na mesa estavam reunidos todos os chefes de cada setor no edifico, até mesmo Chuck estava sentado em uma das cadeiras, raramente Castiel costumava ter essas convocações, e quando as tinha a sensação de descontração na voz do moreno deixava o ambiente leve, já com Dean, ele podia sentir a tensão sair de cada poro de seu corpo – Chegar no topo – Bobby que estava ao lado do sobrinho sorriu abafado, como se o que Dean disse fosse uma piada. O loiro notou, e logo impôs-se e rebateu a atitude do tio – Qual motivo da graça Bobby Singer?
– Oras Dean, somos a única empresa que se manteve no topo durante vinte anos, já estamos no topo, o que você está sugerindo é alcançar uma coisa que já somos – O que não deixava de ser uma verdade. Aquela empresa era a única que estava no topo por mais de vinte anos, todos desconheciam como John Clay Winchester havia conseguir por aquele pequeno projeto no topo do mundo, nem mesmo Bobby conseguia entender.
– É ai que você se engana Bobby Singer, temos que ultrapassar essa linha que está estagnada quatro anos, se eu tivesse aqui, talvez estaríamos em domínio global, meu pai é um tolo por não expandir esse projeto, entretanto devo reconhecer que é uma posição meramente digna manter uma empresa como essa por mais de vinte anos no topo, mas isso caba aqui – Dean era dono de uma competência excruciante, seu jeito calculista permitia ver muito mais além, não era atoa que chamava atenção onde quer que passava.
– Agora sou o novo Chefe das Industrias John Clay Winchester, farei uma reforma que será passada para vocês assim que possível – O loiro encerrara a reunião seguindo para sua sala, havia alguém a sua espera, e a prioridade tendia a ser um pouco mais precisa para com a pessoa que estava logo à frente da sua mesa.
– Pontual! – Indagou a mulher de olhos azuis sentada no estofado cinza da cadeira.
– Sempre fui – Dean fechou as portas e desceu as cortinas tipo estore e sentou-se em sua cadeira – Vamos ao que interessa certo?
– Vamos sim, tenho coisa mais importantes para fazer do que ficar olhando para sua cara – Alfinetou Jennifer aconchegando-se um pouco mais na poltrona.
– Não se preocupe, também tenho, e a última coisa que quero é olhar para a sua também, mas temos algum incomum a ser tratado – Riu Dean amargo – Hoje aquele resto de lixo vai se encontrar com Sam na empresa, você vai até lá, e peça para ter uma conversa com ele em particular, você vai dizer que está sentindo falta dele, e que quer voltar com ele – Aquilo parecia loucura demais para Jennifer, primeiro porque ela estava ao lado de Dean, participando de um plano para separar duas pessoas, segundo que, ela não estava mentalmente preparada para ver Sam outra vez, o cabeludo ainda mexia com as estruturas dela, mesmo depois do que Dean fez com ela.
– Não vou conseguir fazer isso.... Depois de tudo o que passei olhar para o Sammy vai ser a coisa mais dura que vou enfrentar – Vendo a revelação da sua parceira no plano de acabar com a vida de Sam, Dean sabia que ela de começo não aceitaria tão facilmente, mas nada que um pouco de chantagem emocional não resolvesse.
– Não quer seu filho de volta? – Indagou Dean sério. Ele levaria aquilo mesmo adiante?
– Mas é logico que quero, mas eu o amava.... E agora estou bem aqui, sentada com você para fazer da vida dele um inferno! Isso não é certo –Jennifer pensando por si só desistiria dessa ideia maluca, mas seu lado materno falava mais alto – Tudo bem.... Não garanto que ele vá aceitar tão facilmente.
– E não vai.... Mas você vai deixar ele balançado, e essa é a porta que precisamos para tirar o carma chamado Castiel Novak da vida do meu irmão – Um sorriso travessou desenhou nos lábios rosados e finos de Dean, ele estava se deliciando com as preparações do seu plano.
– Tudo bem e depois o quê que eu faço? –
– Você não fara muito, o resto é comigo, farei Sam olhar para esse perdedor com desprezo. Você precisa se apressar, Sam vai para uma conferência de lançamento essa tarde e é bem provável que ele leve o outro –
– Como sabe dessas informações se vocês mal se falam? – Jennifer ficou curiosa com o fato do loiro saber tanto do irmão sendo que nem se falavam direito, Dean mal ia ver Sam em sua casa e quando comparecia era assuntos de negócios que seu pai solicitava.
– Lembra do Marcos? Seu colega de trabalho?
– O Marcos O’brien? O braço direito de Sam? Mas como? – Marcos era praticamente os pés e as mãos de Sam dentro da empresa, um funcionário de peso e renomado, sempre estava ao lado do Winchester mais novo, se mostrava um cara de caráter e respeito, bom pelo menos era o que sua aparência se dizia sobre si. Um homem bonito, de cabelos negros como a noite, olhos castanhos, pele morena, dono de um olhar fatal, as pessoas que rodeavam o ciclo familiar de John sempre vinham com uma característica de tirar o fôlego, e nunca eram escolhidas a dedo, simplesmente o destino as colocavam lá, entretanto nem sempre tudo é o que aparentava ser.
– Nada que uma boa noite de sexo não resolva – Dean sorriu sedutor, não precisou de muito esforço para deixar o homem de jeito.
– Meu Deus, eu não sabia que o Marcos.... Mas ele tem esposa e tudo mais – Jennifer ficara indignada, não fora a única a se ser traído por alguém da família de Sam. Dean realmente era um homem fora de seus limites.
– Eu ofereci dinheiro pelo serviço, mas ele preferiu pelo pacote de baixo.... O que posso fazer? Não sou eu quem faço as regras – Dean nem podia lembrar do feito, que poderia se excitar só de lembrar como Marcos implorou para fodê-lo de quatro no banheiro da empresa de Sam, a calça social apertada do moreno sentia o membro crescer só com as imagens, mas ele tinha que se conter, ele precisava se concentrar no trabalho – Quando chegar procure por Marcos, ele saberá o que fazer.
Jennifer deixara a sala perplexa com o fato de Dean Winchester ser um completo imoral. Como ele conseguia ser tão baixo e ainda sim ficar por cima? Aquele era um mistério que o universo tratava de tentar compreender.
Castiel parou em frente a um grande prédio com os ladridos azuis, o edifício era a cara de Sam, construído com sofisticação e elegância, e mais curioso era que, seu tamanho era duas vezes maior que o prédio em que ele trabalhava. Em frente havia grandes portas feitas com arvores de carvalhos, seguranças e recepcionistas com uniformes azuis, a entrada para aquele palácio era um verdadeiro pátio de gente nobre. Sam queria combinar a classe nobre com a sofisticação moderna, acreditava que um pouco de conservadorismo sempre era bem vindo com um toque de elegância, e era verdade, pois assim que os pés de Lúcio e Castiel adentram a recepção era como estar viajando no tempo. Os lustres de cristais banhavam o teto, um enorme balcão com funcionários bem apresentáveis esperava pelos convidados. Novak procurava onde seria a entrada para o elevador. Do seu lado esquerdo havia um corredor aberto, e do seu lado direito um pequeno falatório invadiu seus ouvidos, tinha outro corredor como do outro lado, entretanto no final haviam duas portas enormes de vidro que dariam ao que seria um restaurante, antes mesmo de passar pela recepção, sua curiosidade havia falado mais alto, seus pés junto com os de Lúcio caminharam em direção ao corredor das portas de vidro, e enquanto mais se aproximava um cheiro de lavanda com conforto de casa inundara suas narinas, assim que chegara nas portas de vidro seu coração falhou uma batida, o lugar era esplendoroso por dentro, parecia um castelo, as mesas feitas com as melhores madeiras, os estofados azuis mesclado com preto, um salão digno de um restaurante cinco estrelas, as janelas antirreflexo todas com as extensões grandes....
– Mais que lugar lindo – Disse Castiel maravilhado com ambiente.
– Vejo que já conhece nossa lanchonete – Disse uma voz vinda de trás recheada de doçura. Castiel não precisou muito para reconhecer a melodia que proviam daqueles finos lábios.
– Sam.... – Castiel sorriu sem graça – Você chama isso de lanchonete? Parece mais um castelo!
– Se você diz! – Disse Sam agachando-se até Lúcio – E esse meninão como está hoje? Jay fiou exausto da noite passada, o coitado mal abria os olhos, deixei que ele faltasse a escola para repor as energias – Lúcio sorriu caloroso para Sam dando-lhe um abraço gostoso, o maior envolvia o pequeno como se fosse um ser frágil. Ao ouvir o nome de Jay, Lúcio logo tratou de perguntar sobre o amiguinho, por enquanto ele ainda tinha em sua mente a imagem do pequeno Clay, mas a qualquer momento aquele pedaço de memória poderia ir embora.
– Mil desculpas meu anjo, mas o Jay está em casa, provavelmente deve está acordando agora – Sam olhou no relógio verificando as horas, ele tinha um compromisso a comparecer que ele não podia adiar, fazia dias que ele estava adiando por conta de Castiel, mas dessa vez ele iria e bem acompanhado – Vamos um lugar?
– Achei que fossemos tratar de negócios – Indagou Castiel indo logo direto ao ponto.
– Eu sei... E vamos.... Eu só.... – Sam se calou, ele não tinha notado o quão atraente Castiel estava, pois a cabeça estava rodando por conta da cobrança, mas a paisagem a sua frente não tinha tempo para esperar, ele precisava admirar as curvas que circulavam as coxas de Novak, o cheiro de meta picante com essência de mandarina, e o cabelo! Castiel parecia que tinha saído de casa para provocar em Sam pensamentos insanos e quente, as covas que surgiram nas suas bochechas fora um sinal de que Castiel definitivamente havia deixado seu dia mais intenso e feliz – Meu Deus como você está.... – Poderia soar duro e um pouco forte para Castiel, mas ele não conteve as palavras que saíram logo em seguida – Gostoso – Castiel sorriu desajeitado, o esforço por ter se arrumado tanto valeu apena, mas a verdade era que para Sam ele nem precisava tanto, pois seu jeito já fazia isso por si só.
– Sam! – Exclamou uma voz masculina vindo na direção de ambos. Era um homem bonito, de cabelos curtos negros como a noite, com um olhar marcante e um sorriso nos lábios.
– Castiel esse é o Marcos, meu braço direito aqui na empresa – Castiel estendeu a mão cumprimentando-o.
– Finalmente é um prazer conhece-lo, Sam fala muito de você – O cabeludo pigarreou constrangido com a revelação do amigo, Castiel também sentiu-se envergonhado, não estava acostumado com as pessoas falando dele intimamente assim – E Sam.... Gostei da reforma repentina no prédio todo, Azul com preto caiu perfeito – Sam olhou desconfiado para o amigo, ele estava escondendo alguma coisa, aquela mudança não tinha sido do nada, e estava mais que na cara o motivo pela qual o maior tinha feito tantas mudanças.
– E de que cor era? – Castiel ficara curioso, aquilo tinha ficado suspeito demais, e o fato de Sam ter ficado desconcertado quando o amigo mencionou sobre a mudança instigou o moreno a saber o motivo.
– Preto com vermelho, tudo estava preto e vermelho a três dias atrás, um certo dia ele chegou aqui e pediu para chamar todos os designers e decidiu que queria tudo azul com preto – Novak olhou curioso para Sam. O que teria o maior ter mudado assim tão repentinamente.
– Preto e vermelho? São as minhas cores favoritas – Disse Castiel tirando de Sam um olhar de desapontamento, ele tinha feito aquilo por causa de Castiel, desde do dia que suas íris colidiu com as do moreno ele precisava de alguma coisa que o lembrasse, então decidiu mudar as cores do seu prédio com as aquarelas das emacias de Castiel.
– Marcos, quero tudo preto e vermelho ainda amanhã – Disse Sam tirando risos de todos, menos de Lúcio que não estava compreendo o sentido da conversa.
– Não faça isso Sam, está tão lindo assim.... Adorei o contraste de azul com preto – Sam não sabia disfarçar que estava gostando de Castiel, estava estampado nos estofados e nos uniformes dos seus funcionários.
– Temos que ir Sam – Indagou Marcos lembrando do compromisso inadiável.
– Vai preparando o carro enquanto troco uma palavrinha com Castiel – Sugeriu Sam levando o moreno até a área da recepção. O desejo de Sam era agarrar Castiel ali mesmo, entretanto ele preservava as limitações do moreno, sabia que poderia estar se excedendo indo rápido demais – Preciso muito ir a um lançamento de um prédio de luxo que minha empresa organizou e queria muito que você fosse comigo.
– Não posso sair com Lúcio indisposto, ele está tão cansadinho meu Deus! – O pequeno estava exausto mesmo, tudo o que ele queria era sentar e repousar, mesmo que fosse só para ver o tempo passar.
– Faz assim, deixa ele lá em casa com o Jay, a Sophia é de minha extrema confiança.
– Tudo bem...
Castiel e Lúcio foram acompanhando Sam até o carro, tudo parecia que sairia perfeitamente, até que uma mulher de olhos azuis e cabelos negros como a noite aparece bem diante do ser alto próximo ao carro.
– Sam! – Disse Jennifer atraindo o olhar de Sam contra suas orbes azuis. O maior falhou uma batida. O que ela estava fazendo ali? Já fazia um tempo que ele não via ela, ela anda mantinha a mesma aparência de antes, não havia perdido o que a vida tinha lhe dado de belo, entretanto dentro dela era como estar sendo esfaqueada vagarosamente. Os olhos da morena logo caíram-se sobre o moreno de olhos azuis, ela presumiu ser Castiel Novak, a princípio ela não achara que Sam fosse ter alguém tão parecido com ela, e até ela mesma via alguns traços semelhantes, como a cor do cabelo, a pele límpida e leitosa do homem a sua frente, entretanto o olhar com certeza era diferente.
– Jennifer o que está fazendo aqui? – O coração de Sam acelerou, ela ainda despertava muitas coisas em seu interior, e jamais passou pela sua cabeça de um dia ela querer vê-lo, mesmo ele não sabendo como tudo aconteceu no passado.
– Posso dá uma palavrinha com você? É rapidinho – Sam olhou para Castiel que aos poucos começou a entender a situação a sua volta. O moreno tinha consciência que aquele era um assunto muito delicado e não queria ser a causa de nenhum conflito.
– Estou com um pouco de pressa, mas te dou dois minutos, poderia me esperar dentro do carro Cass? – Castiel olhou curioso para o apelido, ninguém lhe chamava assim a não ser Hanna, e para Sam saiu tão natural quanto tomar água, traços de Hanna estava tão ligado a Sam que Novak quase achou que realmente fosse ela lhe chamando pelo nome. Castiel adentrou o carro junto com Lúcio, deixando Sam fora conversando com a morena de cabelos longos e compridos.
– O que faz aqui? – Disse Sam soando um pouco rude, mas no fundo ele não tinha raiva dela, ele gostava dela, respeitava-lhe como mulher, entretanto ameaçar tirar Jay da sua vida era como estar em guerra.
– Desculpas aparecer assim.... Estive pensando muito em nós dois, você diz que não se lembra de ter me traído, mas você fez, entretanto eu sinto tanto sua falta meu alce, sinto falta do seu corpo me abraçando tomando todo o espaço que nos separava, sinto falta da nossa família – Jennifer podia estar apenas fazendo aquilo por conta do plano de Dean, mas partes daquelas revelações eram verdades, ela sentia falta sim, mas ela tinha decidido seguir a vida só, e até tinha ficado com uns caras interessantes.
– Mas foi você quem terminou, eu não me lembro do que fiz, nem como eu fui capaz de fazer isso com você, tudo o que sei é que, para mim foi doloroso demais, ver minha família partir sem dizer ao menos um adeus – Jennifer sentia o peso das palavras de Sam cair sobre si, ela também tinha uma parcela de culpa no vazio que deixara em Sam.
– Por isso estou aqui, estou disposta a tentar novamente – Sam não esperava por aquilo, por que depois de tanto tempo ela decidiu só agora tentar outra vez? Por que ela não disse isso antes de sumir da sua vida?
– Não sei posso conversar isso com você – O intuito era mexer comas estruturas de Sam, e ela havia conseguido, a casca do moreno poderia não aparentar, mas por dentro ele não sabia como expressar a torrente de confusão que tinha em sua cabeça. Haviam pontos a se olhar, Jay andava triste e um pouco infeliz com a separação dos pais, o divórcio estava consumindo o tempo e sentimentos de ambos os lados, e a culpa não era de ninguém e sim Dean Winchester que, fez o que faz para separar o casal. É a vida estava brincando com cara de Sam, dando a chance para ele retomar de onde havia parado, mas um par de olhos azuis angelicais vinha roubando-lhe suas noites mal dormidas, ele poderia muito bem tentar esquecer Castiel e voltar para os braços de sua ex, mas algo denegava por dentro, havia uma linha a ser traçada por ele e Castiel, talvez as circunstância que tenham levado Dean destruir uma família não tinha sido um todo ruim, na fila dos condenados a uma vida solitária tinha um moreno precisando ser aparando, e se olhando por um ângulo mais profundo, Sam se soubesse o que irmão fez, talvez agradeceria de joelhos, pois os mistérios que rodeavam Novak atraia aos poucos pedaços de Sam.
– Posso lhe procurar? – Indagou Jennifer aflita por pensar que poderia por tudo a perder, e o plano de Dean ir por água abaixo e ela ficar sem seu filho.
– Sei onde você mora, qualquer coisa vou até você – É logico que provavelmente ele não iria, entretanto ela não estava só, Dean era que estava por detrás de tudo, então isso significava que uma hora ou outra o cabeludo iria encontra-la e só o futuro saberia o que viria logo em seguida.
Sam estava mais que atrasado, ele decidiu deixar a moça ali, em frente ao edifico sozinha. Enquanto seguiam até casa de Sam, Castiel não havia trocado nenhuma palavra, imaginou que assunto tivesse sido contragosto a Sam, pois o cabeludo estava quieto, e ele não era assim, costuma ser falante, e sempre atencioso. Lúcio ficara com Jay, Sophia recebera as instruções de como usar a bombinha e mencionou que as vezes ele esquecia de algumas coisas – para não generalizar que seu filho tinha uma doença incurável –. Novak não teve sequer o preludio para conhecer a casa de Sam, ambos saíram às pressas, indo parar em um condomínio luxuoso no centro de Londres, de longe viam-se o logotipo da empresa em que Sam era dono, seu nome bem estampado na faixado no edifício espelhado. A localidade dos apartamentos ficava em um bairro nobre chamado EngledHome, onde apenas pessoas que tinham muito dinheiro moravam, os prédios que os rodeavam pareciam ter sido arquitetadas pelas mãos de um Deus, o designer, a beleza e o conforto eram fragmentos que tiravam o folego, qualquer um iria gostar de morar em um lugar como aquele.
Dentro havia um salão de festa com pelo menos duzentos empresários e fornecedores que vieram contemplar o edifício. Antes de passar pelos portões do estabelecimento Sam para de frente para Castiel, o moreno estava um pouco nervoso, mas aquilo era normal, ele passava por isso em seu antigo local de trabalho, mas só que dessa vez era diferente, Sam estava com ele, era um lugar desconhecido.
– Não precisa ficar nervoso, está tudo bem.... Viemos apenas para uma comemoração entre amigos, você será muito bem recebido, e eu estarei aqui – Sam tentou o máximo possível passar segurança para o moreno. Dentro da festa comemorativa as coisas não poderiam ter saído surpreendente, a presença de Castiel lá causou o maior burburinho, muitos executivos queriam conhecer o moreno, afinal, mesmo que Novak não soubesse, muitos acompanhavam o trabalho dele, e no fim das contas ele acabou virando o centro das atenções, não havia ninguém que não quisesse aspirar o ar marcante que Castiel deixara no ar, um ciúmes despertara em Sam, o maior nem conseguiu ficar a sós com ele, queria que aquele encontro fosse não só para resolver os assuntos pendentes, mas também para ficar ao lado de Castiel, mas ele teria o tempo do mundo, e uma coisa ele tinha que admitir, Novak era mesmo irresistível.
Fora daquelas mediações havia um loiro concentrado na sua nova linha montagem, seus olhos semicerrados percorriam todas as anotações da ultimas linhas datadas por Castiel, a tarde estava caindo rapidamente, Dean teria uma reunião com seu pai a noite, e queria tomar um banho antes de ouvir as cargas pesadas que ouviria de seu pai, a cobrança marcada e hostil de John sempre deixara Dean encabulado a ponto de querer que o velho morresse, ele só tinha esse tipo de atitude com o loiro, não cabia nas compreensões de Dean o porquê com Sam era diferente, entretanto pouco ele estava se importando pois o fim desse relacionamento com o seu irmão também estava com os dias contado. Dean havia saído mais cedo do trabalho, dirigiu durante quarenta minutos longe das localidades do centro londrino seguindo para um bairro mais isolado e calmo, estacionou seu carro no estacionamento e dirigiu-se para o elevador, mas antes de chegar no compartimento uma voz rouca chama-lhe sua atenção.
– Senhor Winchester, chegou de manhã essa correspondência para o senhor – Dean olhou para o sindico indiferente, mas o Sr. Willian estava acostumado com a frieza do morador. O loiro pegou a correspondência e subiu para seu apartamento, para Dean parecia ser uma correspondência qualquer, mas assim que trancou a porta e jogou a chave na mesinha de centro, não pôde conter o susto. Era uma carta de sua mãe: Mary Winchester e estava assinada com a caligrafia da própria.
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