História Sad Song - Without you, Im just a sad song

Amor é aquele sentimento, que nem o melhor cientista do mundo pode explicar. É aquele sentimento, que te faz sentir vivo, mesmo que seja por, alguns segundos, você sente que encontrou aquilo que faltava.  Sente que está vivo.

Claro, existem aquelas pessoas que tentam entender tudo e querem convencer á todos, que o amor é apenas uma reação química. Sabe, particularmente eu acho que essas pessoas nunca sentiram nada, só vivem em seus mundos de números e lógica. Eu tenho pena disso, já que um sentimento tão bonito e tão mágico, foi transformado em somente mais um...  Uma coisa vazia.

Mas eu realmente, ainda nunca senti isso... Ainda. Eu acredito que a pessoa certa pra mim, pode aparecer á qualquer momento, e quando ela aparecer, eu vou saber exatamente como vai fazer. Certeza que vou começar a me atrapalhar todo, e na certa vou passar muita, muita vergonha. Acho que isso faz parte, certo? Não que eu seja ingênuo, nem nada do tipo, eu somente ainda sou daqueles caras românticos incorrigíveis, como agiam antigamente, nos anos 40. Que culpa eu tenho se fui ensinado a agir desse jeito, não?

Mas somente meus amigos mais íntimos sabem desses meus pensamentos, porque se muitos soubessem provável que tirariam algum proveito.

E é falando de amigos que estou aqui, no casamento de um dos meus maiores amigos desde a infância: Bucky, que finalmente havia encontrado sua alma gêmea depois de tantos anos dizendo que, nunca havia precisado de amor, para no final acabar se jogando de cabeça nesse relacionamento. Devo admitir, Sam é um cara de muita sorte por ter o meu amigo.  A prova que os dois são feitos um para o outro, está nas iniciais que ambos possuem em seus peitos “J. B.” e “S. W.” a prova que nasceram um para o outro.

Admito, talvez eu tenha um pouco de inveja de Bucky por isso.

 – Que cara, hein – voltei a realidade ao ouvir uma voz bem conhecida me chamar, com seu típico sarcasmo na voz – ta pior que o bonitão que vai casar, Steve.

– Eu só tava pensando, Wade. – digo voltando minha atenção a gravata que ainda não conseguia, mesmo depois de muitos anos, colocar direito. – Meu melhor amigo vai casar hoje, e depois só vai ter tempo pro Sam.

– Você tá com medo, porque seu melhor amigo vai casar e vai te deixar sozinho nas noitadas, ou é ciúme? – Aquilo realmente me pegou de surpresa. Talvez na adolescência eu tivesse uma paixão secreta por Bucky, mas nessa altura do campeonato não era possível... Era? – Por se for pelas noitadas, o Petey ainda me deixa sair de casa. Desde que eu volte antes das nove, claro. Desde que a Ellie e ele se uniram pra me impedir de fazer qualquer coisa, eu amo ainda mais minha família maluca.

– Wilson, você realmente acha que é isso? Eu só to distraído mesmo. Nada pra se preocupar. – falei tentando soar firme, o que fez ele revirar os olhos – você ouviu isso?

– Acho que são as risadas do Peter e da Mary Jane! – nessa mesma hora ele arregalou e eu segurei o riso – melhor ir logo lá, antes que ele caia na lábia dela de novo.

Quando ele finalmente saiu correndo, pude finalmente rir daquilo. Eu tenho os melhores amigos do mundo mesmo.

                                                              ***

– Ele pode desistir, não pode? Ou pode ficar com medo, ai meu Deus. – Sam estava andando de um lado pro outro no quarto enquanto se arrumava, ignorando totalmente as tentativas de Natasha de arrumar sua gravata. – Porra, talvez ele tenha pensado melhor porque eu não sou a melhor pessoa, ele pode encontrar alguém melhor, ou a marca dele queira dizer outra pessoa o que acho difícil bem mas mesmo assim ele-

Nessa hora, Natasha deu um tapa na cara dele, e ai sim eu pude soltar uma bela gargalhada. Tasha sempre foi desse jeito, mas quando Sam perdia o controle, ela também perdia e o fazia voltar à realidade, desde pequenos.

– Cala essa maldita boca, antes que eu a costure com uma agulha cega! Porra, Sam! Eu to perdendo a paciência! James ama você, e você também. Se ele desistir, eu mesma mato ele. Agora deixa eu arrumar esse paletó que ta ficando chato já!

Ele me encarou com uma expressão desesperada, e eu apenas falei “Eu concordo com a Tasha”

– Vocês dois formaram um tipo de, sei lá, linguagem silenciosa pra quando eu estiver nervoso? Porque se sim, eu quero muito saber que droga é essa. – nos todos rimos, e enfim aquele momento tenso passou.

– Eu vou me casar. – ele disse

– Eu sei. – respondi

– Eu vou ser dele, e ele vai ser meu

– Também sei disso.

– Será que eu to com bafo?

– Eu vou te bater de novo – Natasha disse cantarolando, mas aquilo era quase um sinal de morte para todos – Tony, amorzinho, me faça à gentileza de pegar algum doce pra mim.  Eu estou morrendo de fome.

– Oh, por que eu? Você tem tipo, uns seis caras aqui te querendo! Pede pra eles – digo e a ruiva para por um segundo, se virando calmamente para mim, com um sorriso macabro no rosto

– Porque, você é meu amigo desde os 10 anos, porque você é o único riquinho aqui que tenho o poder de ameaçar, porque eu posso te matar de quarenta modos diferentes. Você escolhe.

Nessa mesma hora, eu apenas dei um sorriso e sai do quarto.  Ainda tenho muita coisa pra fazer nessa vida, e não pretendo ser assassinado por uma ruiva com cara de espiã russa ainda. Comecei a andar pela casa, procurando uma mesa com comida para acalmar a TPM de Natasha, ela realmente era bem complicada quando queria. Então de repente, minha marca começou a doer.

Isso nunca tinha acontecido antes, e aquilo me preocupou muito.

Cada passo que eu dava, a dor se tornava um tipo de formigamento, então apenas segui em linha reta, até o final do corredor. Não sabia o que estava fazendo, apenas segui como se fosse um comando involuntário do meu corpo.

Quando cheguei a ultima porta, um nervosismo começou a percorrer o meu corpo. Engoli seco. Algo estava para acontecer.

Girei lentamente a maçaneta, com o coração na mão, abri a porta e tudo estava estranhamente vazio. Adentrei no cômodo, e estava cheio de moveis velhos e alguns espelhos, provavelmente coisas antigas de Bucky.

Dei meia volta pronto para ir embora, mas então ouvi um suspiro vindo de um dos lados do quarto. E Ali, tinha uma porta meio encoberta por um lençol, mas dava muito bem para ser vista de perto. Era agora ou nunca, certo?

Quando vi, aquilo dava para uma varanda bem arrumada que dava, provavelmente, vista para o jardim todo. E bem ali, encarando tudo estava um loiro usando um terno negro, com uma expressão triste. Não sei o que foi aquilo, mas no momento eu senti aquele calor no estomago, aquele sentimento de “borboletas” que todos costumam falar. Eu senti, que aquele espaço vazio no meu coração tinha sido finalmente, coberto.

E quando, aquele loiro se virou pra mim e eu pude ver com clareza seu rosto, aquilo sim tinha sido uma grande bomba pra mim. Aqueles olhos, tão bonitos, que pareciam querer ler minha alma, antes carregados de sentimentos ruins, agora pareciam estar cheios de alegria... E um pouco de surpresa.

– Hm, eu... Desculpe... Eu, procurando... Doce... Natasha... Sam... – O que droga eu to falando!? – Perdão eu...

– Não. Quer dizer, tudo bem.. Ah, meu Deus. – Ele olhou pra baixo e sorriu, e pude jurar que com aquele sorriso o mundo inteiro tinha ficado mais branco, e mais bonito. Acho que só com aquele sorriso, podíamos alcançar a paz mundial! – Bem, acho que você é um dos amigos do Sam, não é?

– Sim, bem eu sou... E você deve ser um dos do James, certo? – perguntei e ele deu um riso, e se possível, tinha ficado mais bonito

– Não chame ele assim, ou ele pode acabar te matando. Ele prefere Bucky, desde pequeno. Lembro que toda vez que alguém o chamava de James, esse alguém acabava com um olho roxo.

– Nossa muito obrigada pela dica. Eu sou Tony, bem, Anthony Stark. Mas ninguém me chama assim, menos quando estão com raiva, e bem... – Parei de falar quando notei que o loiro parecia levemente surpreso, e talvez um pouco assustado

– Anthony Stark? – ele perguntou e eu estranhei na hora, mas apenas concordei, e então ele parou uns segundos – Eu sou Steve Rogers.

Então aquilo fez sentindo. O “ S. R.” que eu tenho no meu peito, finalmente teve sentindo pra mim. Era ele, então era ele.

Demorei alguns bons segundos para voltar a realidade, e quando finalmente me toquei, ele estava na minha frente com um sorriso maior que os outros e eu não pude evitar de sorrir junto. Acho que finalmente entendi o sentimento de Sam.

– Você quer sair, tipo, pra ver as coisas ou roubar um pouco de vinho que, com certeza o Bucky encomendou? – ele perguntou, e pra mim, aquilo não precisava somente de um sim, porque minha expressão estava mais que na cara que eu estava aceitando.

Depois eu mandava uma mensagem para Tasha, acho que encontrei algo melhor que sua comida.

                                                        ***

– Eu vou vomitar Sam! Ele está demorando demais, eu to suando muito! Meu Deus será que ele desistiu? – perguntava desesperadamente enquanto andava de um lado pro outro

– Tony, fazem dois minutos que a gente chegou.  Nem eu estava tão nervoso assim no meu casamento. – Sam falou tentando, sem sucesso, me acalmar

– Tem razão, você estava pior que ele. – Natasha falou enquanto mastigava um chiclete – Não me obrigue a te bater de novo, Tony.

– Eu to sentindo que vai dar algo errado, eu to com medo, eu vou vomitar pessoal!

– Pois então segure, por ali vem o carro do seu futuro marido, Anthony.

Virei-me bruscamente e pude ver a limusine que Steve estava vindo. Era agora. Segurei a mão dos meus amigos indo até onde o juiz estava ficando em pé ao seu lado aguardando o meu loiro.

Sam e Bucky estavam lá também, e depois de um ano e meio de casamento, estavam muito bem na verdade. Peter e Wade também estavam lá, e eu posso dizer que eu me tornei muito amigo dos dois, e virei o “Tio Tony” para a pequena Ellie. Clint e Pietro estavam lá também, mesmo que Pietro continuasse se fazendo de difícil para aceitar o pedido de Clint, eu sabia que os dois iam acabar juntos.

Mas, quando o portão abriu e Steve apareceu, eu quase desmaio. Ele estava absurdamente maravilhoso, o que me fez seriamente duvidar se aquilo tudo era meu. Mas realmente era meu...

Quando ele chegou ao meu lado, eu só conseguia sentir felicidade. E uma felicidade tão grande, que estava quase me perguntando se logo não sairia faíscas dos meus olhos.  Quando o juiz anunciou era hora de fazer os votos, eu me segurei. Estava na hora

– Eu, Anthony Stark... Eu era um nada, podia ter tudo que eu queria, mas ainda sim, sentia um vazio enorme em meu peito. Esse vazio, foi completo por um loiro certinho que, tem uma mania idiota de se fazer de soldado. Mas é isso que você é Steven Rogers, você é meu soldado valente! Você esteve comigo, me amou, cuidou de mim, e fez mil coisas que eu duvidei que alguém em sã consciência faria por mim. Sem você, eu sou somente metade de um coração, sem você eu não tenho nenhuma mão para segurar, sem você estou perdido, com você eu sou... Uma bagunça bonita! Eu sou seu, desde o momento que eu te vi pela primeira vez, e eu estarei com você até o meu ultimo suspiro. Cada batida do meu coração a é sua, e eu espero que você saiba disso. Eu amo você, Steve. – quando terminei, coloquei a aliança na mão do loiro, o mesmo já quase chorando.

– Eu, Steven Grant Rogers, sou um completo idiota com palavras, mas mesmo assim estou aqui tentando. Tony, você me deu a alegria, me deu a vida, me deu o melhor que a vida tinha, e me tornou o ser humano mais feliz da face da terra! Não sei se um dia, eu vou ter a chance necessária pra te agradecer por tudo isso, mas se eu tiver, eu vou fazer o impossível.  Não tem palavras, que descrevam o quão estou feliz por hoje, porque agora você vai ser somente meu, até o dia da nossa morte. Você tem meu coração, e minha vida. Não importa o tempo, nem nada, com você eu estou completo. Eu espero, te fazer feliz do mesmo jeito que você fez comigo. Eu te amo, Tony. – quando acabou, colocou o anel em meu dedo também. Agora estava feito

– Diante do poder investido em mim, eu os declaro casados. Podem se beijar. – disse o juiz, e eu não esperei mais um minuto

E Assim, nos beijamos. Não foi como os outros, agora este era uma confirmação do amor. Eu era dele, e ele era meu isso nada vai mudar. Agora, eu tenho ele comigo e não sou mais uma parte quebrada, agora eu estou completo.

Without you, I feel broke, Like I’m a half of a whole

Without you, I’ve got no hands to hold

Without you, I feel torn, Like I’m a sail in a storm

Without you, I’m just a sad song.