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História Sádica Inocência - Capítulo 5


Escrita por: The-Kind-Wolf

Capítulo 5 - Capítulo 5


P.o.v. Kuro

Eu cheguei em casa... Deverás... Agitada por causa do ocorrido anteriormente, meu coração está descompassado, eu estou ofegante. Ai Madoka.

Meus pensamentos são interrompidos por batidas na porta.

Kuro: Já vai! - Eu grito, quando abro a porta, vejo uma Ikari completamente nervosa e agitada. O que é estranho, por que a Ikari é a mais calma e controlada das irmãs. - Ikari? O que aconteceu?

Ikari: E-eu preciso falar com você... a sós! - Tá bom. Quem morreu?! Eu nunca nos meus 17 anos vi Ikari Akuma gaguejar. Deve ser algo grave.

Kuro: Vamos pro meu quarto!

E assim fizemos, fomos pro meu quarto e eu tranquei a porta.

Ikari: Bom. Sem enrolação. Senta! - Obedeci e me sentei ao seu lado. - De algumas semanas atrás até aqui, eu andava tendo enjoos, aumento de apetite, cólicas, minha barriga está inchada entre outras coisas. E talvez... talvez...

Kuro: Você tá grávida. - Disse como se fosse a coisa mais normal do mundo. Ela me olha como se quisesse me matar.

Ikari: Esse é o problema! Nos livros dizem que é impossível um vampiro procriar!

Kuro: Primeiro: Não somos vampiras de puro sangue, somos misturadas com os genes de lobo, monstro, humano e demônio. Segundo: Se isso fosse verdade não estaríamos aqui, nosso pai é um FUCKING vampiro e nossos tios também. Terceiro: Aqueles livros são velhos. Eles nem sabiam tanto sobre vampiros na época. Tanto que eles acreditavam naquela lenda de que vampiros não entram sem serem convidados. - Ela começou a ponderar sobre isso. - Bom. Precisamos ter certeza. - Eu materializo um teste de gravidez. Igual os que eu vi nos filmes. E estendo para ela.

Ikari: Sabe criar coisas?! - Perguntou pegando o teste.

Kuro: E materializar! - Digo um tanto envergonhada.

Ikari: Onde aprendeu isso? - Disse se levantando e indo até o banheiro.

Kuro: No meu tempo livre que eu passava na biblioteca lá da casa do papai. Tem vários livros de magia lá. - Dei uma pausa, mas logo continuei. - Foi assim que eu aprendi a liberar magia de uma forma não destrutiva.

Ikari: Entendi. - Disse entrando no banheiro.

Se passou um tempo até que ela diz.

Ikari: Kuro tem como você fazer mais dois. Só pra mim ter certeza.

Kuro: Claro. - Fiz mais dois e entreguei a ela.

Mais um tempo, até que ouvi algo se chocando contra a parede.

Kuro: Ikari? - Nada. - Você tá bem? - Nada de novo. - Eu vou entrar!

Quando eu entro vejo a Ikari no chão ajoelhada, e, perto da parede os testes. Pego eles e vejo. Positivo. Positivo. Positivo.

Ikari: Como fui tão descuidada? - Ela perguntou, mais pra si mesma do que pra mim.

Kuro: É uma boa pergunta... Ei! Como é ficar grávida?

Ikari: Eu não vou falar isso pra você. - Finjo uma cara triste. Ela me olha e sorri. - Mas eu posso demostrar um pouco do processo. - Ela agarra minha cauda.

Eu não falei mas minha cauda e orelhas são meio... Sensíveis ao toque.

Kuro: Ah! - Solto um gemido involuntário. - E-ei a-aí não.

Ikari: Por que não? - Ela pergunta, ela sabe a resposta, só esta se fazendo de desentendida.

Kuro: Bom porque essa minha parte é muito sensível e também temos que pesquisar sobre gravidez e partos tanto de humanos quanto dos outros. Precisamos saber as medidas a tomar com mulheres grávidas. Você não pode se esforçar, tem que se alimentar direito, parar de fumar, beber e o mais importante, VOCÊ NÃO PODE SE ESTRESSAR!

Ikari: Esse último você sabe que é impossível, né? Eu moro com a Pride.

Kuro: Pelo menos tente. Estresse faz mal ao bebê. - Fiz cara de cachorro que caiu do caminhão de mudança.

Ikari: Tá. - Ela respondeu de cara emburrada. - Por você... e por você. - Ela apontou pra própria barriga, fofa. - Mas se ficar naquele mimimi de "Ah você não pode se esforçar porque tá grávida.", "Não faça isso porque tá grávida." ou "Não coma isso porque você tá grávida." eu vou sair dando porrada em todo mundo!

Kuro: T-tá... - Abri um portal para a biblioteca da mansão. - Bom vamos começar a procurar agora, depois vamos contar pro pessoal.

Ikari: Já tô avisando se eles tentarem me proibir de fazer alguma coisa...

Kuro: Você vai porrar todo mundo, já entendi, vamos? - Não esperei resposta e pulei no portal, ela veio logo atrás.

Pesquisamos tudo que precisávamos. Quando terminamos decidi ficar por aqui mesmo, faz duas semanas que eu não durmo aqui, vou matar as saudades.

Acho que hoje eu vou ao sótão, ver as bugigangas que tem lá. Como não sou nenhum pouco preguiçosa faço um portal para escotilha que leva ao sótão.

Entro no sótão e começo a vasculhar tudo até que encontro uma caixa, parecia que tinham escondido ela porque tinha vários coisas em cima. Abro e me deparo com várias fotos do papai com uma mulher muito familiar. Pego a primeira foto para dar uma olhada.

FlashBack on:

???: Kuro volte pra casa e sente para comer, estamos te esperando.

Largo a coroa de flores que fiz e corro para casa.

Kuro: Tá mamãe.

FlashBack off...

Kuro: M-mamãe? - É a única coisa que digo antes de desmaiar.

Sonho on:

Lá estava eu de novo, naquela casa só que dessa vez da porta de onde parei. Olho no cômodo e vejo eu com 6 anos ajoelhada no chão agarrada a uma corpo. O corpo daquela mulher. Não. O corpo da minha mãe. Eu gritava e berrava por ajuda, mas por causa dos trovões ninguém na casa conseguiria me ouvir.

De repente tudo para, tudo congela.

???: Achei que nunca se lembraria de mim. - Olho na direção da voz e vejo minha mãe. Ela estava sorrindo, mas dava pra ver seus olhos cheios de lágrimas. - Não vai vim cumprimentar sua mãe?

Eu corro até ela já chorando. Eu comecei a chorar e nem percebi. Eu soluçava muito, eu chorava igual a bebê chorona que eu era mas, dane-se, eu lembrei dela a pessoa mais importante, a pessoa que estava sempre lá por mim, por nós.

Kuro: Me desculpe por... Esquecer. Eu estava sendo tão egoísta que fechei os olhos para o que era mais importante. - Cenas da época que eu tinha esquecido começam a passar pela minha mente. Todas as coisas horríveis que eu fiz. - Eu não deveria pedir seu perdão, porque o que fiz é imperdoável mas... mas...

Ela me abraça, retribuo.

Fiona: Shh... Está tudo bem, Kuro. Não foi culpa sua, você estava com medo, assustada, várias pessoas queriam te machucar, você só se defendeu. - Ela disse tentando me acalmar. - Você cresceu tanto. - Ela me afastou um pouco para me olhar. - Nem parece mais aquela criança que vivia correndo por aquela floresta e voltava cheia de machucados para eu cuidar. É muito bom rever meu lobinho mas você tem coisas à resolver. - Ela disse apontando com a cabeça para a eu do passado.

Kuro: M-mas eu nunca mais vou te ver de novo?

Mãe: Você pode me ver quando quiser, só precisa ir até seu santuário e eu vou estar lá, esperando você. Agora vai. - Ela me virou e me empurrou de leve.

Tudo descongelou. Eu olhei para traz mais uma vez, ela não estava lá. Me virei e olhei em volta e lá estava ela. Discord. Me aproximei daquela "eu" tão frágil e indefesa, e me sentei ao seu lado.

Kuro(eu): Ela morreu. Eu sinto muito. - Lágrimas teimosas começaram a cair de ambas as partes. - Vamos dizer nossas despedidas.

Kurozinha: N-não diga c-coisas solitárias a-assim. - Ela soluçava muito. - Mamãe não me deixe.

Aquela silhueta está observando essa eu. Eu a abraço.

P.o.v. Kurozinha

Kurozinha: Solta... - Não solte. - Me larga! - Não me largue. - Me deixe ir. - Não me deixe ir embora.

P.o.v. Kuro

Kurozinha: Apenas me deixe em paz... - Apertei mais o abraço. Sabia o que ela queria. O que ela precisava. Eu já senti isso, ela só precisa de consolo. De alguém que tentasse por ela. Que acreditasse.

...

Depois de um tempo ela retribui o abraço.

Kurozinha: Vai mesmo se perdoar por tudo o que fez? Pelas pessoas que você matou? Pelas vidas que destruiu? - Ela começou a chorar mais. - Ha... ha... ha... - Ela riu triste. - Eu... Não quero soltar... - Depois de alguns minutos lá ela se desvincula do abraço. - Obrigada... por... perdoar... essa criança demoníaca. - Ela sorri. - Eu estarei no santuário com a mamãe para o que precisar... mas você ainda vai ter que lidar com ela. - Ela fala apontando para a silhueta no canto da sala. - Mas não agora. Tem pessoas preocupadas com você. - Ela põe a mão no bolso do short e tira um pingente em forma de coração com uma foto dentro e estende pra mim, que o pego. - Quando não puder ir ao santuário nos chame, esse pingente vai permitir que você nos veja. Tchau meu outro eu. - Ela beija minha testa e tudo fica branco.

Sonho off:

???: Ei! Kuro acorda! - A preocupação era palpável. - Ei! Você tá bem!? Ei!

Kuro: Pai? - Abro os olhos e vejo meu pai com um olhar um tanto desesperado.

Pai: Ah! Graças a Deus, você está bem! - Ele me abraça. - O que aconteceu quando eu cheguei você estava no chão murmurando coisas estranhas.

Kuro: Nada era só mais um sonho estranho. - Disse tentando acalma-lo. Sinto que estou segurando algo, abro a mão e vejo o pingente. 《Talvez não tenha sido só um sonho.》 - Mas... Pai... Esquece. - Não vai fazer diferença se eu contar ou não. Não é? Ele nem vai se importar. Não é? - Eu tô bem.

[Discord: Ou talvez você seja covarde demais pra contar.] 《Ah não! Você não!》

[Discord: O que? Achou que se lembraria da mamãe, aquela pirralha que você chama de consciência voltaria e eu não? Que ingênua Little Devil!] 《Não me chama assim. (Eu estava com raiva e frustrada. Por que logo ela? O universo está conspirando contra mim só pode!)》

[Discord: Eu ouvi isso!] 《Ótimo agora essa praga bubônica também lê meus pensamentos.》[Discord: Ainda tô ouvindo! Ei não vai me apresentar seus amigos?]

Bom gente essa é a Discord. Bom todo mundo tem um "lado ruim" e bom, ela é o meu. Também podemos falar que ela é o contrário da minha consciência.

Pai: Kuro você está mesmo bem? Você está pálida! - Ele perguntou me olhando nos olhos.


Notas Finais


Demorei mais apareci... Só isso mesmo.
#PeideiSaí


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