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História Safe and Sound. - Epílogo


Escrita por: Carol__R

Notas do Autor


Oi gente, eu demorei um pouquinho e é com dorzinha no peito que eu posto o epílogo, chegou ao fim o primeiro ciclo da história dos meu nenezinhos. Fiquem ligados no meu perfil que logo mais sai a segunda temporada. Já vou deixar o primeiro capítulo postado para deixar salvo já. Tia Carol ama vocês de coração <3

Capítulo 35 - Epílogo


Fanfic / Fanfiction Safe and Sound. - Epílogo

Antonny

 

Hoje é o aniversário de dez anos da minha irmã mais nova, a Sophie. Também fazem dez anos que a mamãe morreu. Papai disse que ela morreu para dar vida à minha irmã. Não tenho ressentimentos com Sophie, mesmo que eu não me lembre da nossa mãe. Joe também não tem, nós amamos nossa irmã. Ela também é muito parecida com a mamãe, pelo o que podemos ver pelas milhares de fotos que o papai espalhou pela casa.

Todo ano ele nos traz aqui, é tipo um penhasco que tem na fazenda onde passamos a maioria dos nossos fins de semana. A gente sempre faz um piquenique, só nós quatro. Claro que sempre fazemos festa também, que daí vem todos nossos amigos, mas esse dia é especial, só nosso.

Sophie corre pelo gramado rindo, usando um de seus vestidos floridos e os cabelos negros voando com o vento. O pai corre atrás dela, rindo também. Joe está um pouco mais atrás reclamando por ter que carregar a cesta, mas ele estava de castigo por brigar comigo e me bater por causa do controle da televisão.

Finalmente chegamos ao nosso lugar. O pai estende a toalha quadriculada no chão e começa a tirar os lanches que preparamos mais cedo. Era raro ver ele sorrindo tão abertamente.

-Pai - digo, entregando a ele a caixa de suco de laranja que tiro de dentro da cesta.

-Diga, Tony - ele me olha sorrindo.

-Será que no dia quatro de julho eu não poderia trazer uma amiga para a nossa festa? - pergunto meio envergonhado.

-Claro quem?

-É a namorada dele - Joe grita rindo da minha cara.

-Não é não seu idiota - grito com ele atirando uma das almofadas em seu rosto.

-Tony, não bate no seu irmão - o pai fala segurando o riso.

-Tony ta namorando, Tony ta namorando - Joe e Sophie começam a cantarolar e eu cruzo os braços emburrado.

-Vocês dois, parem de incomodar seu irmão estão deixando ele envergonhado - ele ralha com os dois que param, mas depois os três começam a rir da minha cara.

-Por que você também não traz a sua namorada, Joe? - Pergunto estreitando os olhos.

-Ela não é minha namorada, eu odeio aquela garota - ele bufa.

-Os opostos se atraem, Joe - meu pai brinca, bagunçando os cabelos dele.

-Para pai - franze as sobrancelhas. Joe sempre teve esse problema para zoações.

-E você, Sophie. Quer trazer alguém?

-Eu queria convidar a Zoe, mas não sei se os pais dela vão deixar - ela faz uma carinha triste, então eu tenho uma ideia.

-Por que a gente não faz uma festa aberta? Convida a família da Zoe, seus amigos, os amigos meu e do Joe - digo, comendo um pão doce. Ele parece ponderar por alguns minutos e então responde.

-É uma boa ideia. Daí o Joe pode convidar a namoradinha dele também - ele brinca, recebendo um empurrão do meu irmão em resposta. -Brincadeira filho - ele ri, abraçando Joe e dando cascudos de brincadeira em sua cabeça. - Vocês podem convidar quem quiser, esse ano nossa festa vai parar a cidade.


 

Seis anos depois

 

-Eu te odeio - Sophie grita, atirando uma almofada em mim e batendo a porta do quarto. - Odeio vocês três.

-Mas eu nem fiz nada - Joe protesta, tirando os olhos dos livros.

-Relaxa Joe, daqui a pouco ela fica fria - Jamie comenta rindo, deitando na minha cama. - Vem cá Tony, fica mais um pouco comigo antes que eu seja obrigado a voltar para o inferno.

-Você já vai embora? - pergunto deitando com a cabeça em cima da sua barriga. - Dorme aqui.

-Não posso - ele suspira, enroscando os dedos em meu cabelo. - Vai ser pior se eu ficar, você sabe. E não gosto de deixar meu irmão sozinho.

-E sua mãe? - Olho para ele, franzindo o cenho.

-Está em Tennessee cuidando da vovó - ele sorri de leve, acariciando minhas bochechas com os polegares.

-Seu pai é um porre - resmungo, dando um beijo na palma da sua mão.

-Nem todo mundo tem uma família compreensiva como você Tony - ele comenta tristemente.

-Desculpe - murmuro, me aproximando do seu rosto. - Como eu queria que fosse mais fácil - falo selando nossos lábios.

-Eu te amo - ele fala, me olhando diretamente nos olhos com aquelas orbes escuras que nem seus cabelos. Minha respiração falha e meu coração para por alguns segundos. Era a primeira vez que ele me dizia isso. Pressiono meus lábios com força contra os seus e respondo com nossas testas coladas.

-Eu te amo, Jamie. Vai chegar o dia em que eu vou dar um soco na cara do seu pai. Bem dado. Por tudo o que ele está te fazendo passar - falo com o rosto aconchegado em seu pescoço.

-Idiota - ele ri, me dando um tapinha nas costas.

-As vezes eu queria que você nunca fosse embora - murmuro, brincando com seus dedos. - Me dói tanto ter que te ver ir pra casa e me deixar aqui sozinho - bufo irritado.

-Agora você está sendo dramático. Nós vamos se ver amanhã na escola - ele ri.

-Mas não é a mesma coisa, Jamie.

-Fim de semana eu juro que convenço meu pai deixar eu posar aqui -  ele me dá um sorrisinho, tentando me convencer.

-Tá bom - reviro os olhos, bravo.

-Você fica tão fofinho - ele aperta minhas bochechas.

-Jamie, seu pai chegou - Sophie fala, colocando a cabeça para dentro do meu quarto.

-Até amanhã, amor - ele fala e me dá um beijo, antes de se levantar.

-Vou sentir saudades - falo seguindo ele pela casa até a porta de entrada.

Já era noite, então apenas fui até a cozinha, ver se tinha algo para comer. Meu pai quase nunca faltava o jantar, mas especialmente hoje ele teve um problema na gravadora e só chegaria mais tarde. Sophie e Joe conversavam animadamente enquanto comiam macarrão instantâneo. Óbvio que a gente podia ter pedido comida ou pedido para a empregada preparar algo antes de sair, mas macarrão instantâneo estava bom, desde que estivéssemos juntos estava tudo bem. Sempre fomos uma família muito unida, talvez pelo fato de termos sido criados apenas pelo nosso pai nos aproximou muito mais, pois ele nunca deixava que fôssemos dormir brigados um com o outro.

-Então você e o Jamie estão namorando mesmo? - perguntou Joe, colocando uma grande quantidade de macarrão na boca.

-Eu não sei, mas a gente se ama - respondo, dando um sorriso bobo.

-Como você tem tanta certeza que ele te ama? - Sophie questiona com seus olhos curiosos.

-Ele me disse. Hoje depois que paramos de te incomodar e fomos para o meu quarto, ele me disse.

-Fico feliz por você maninho - Joe sorri também. - Queria eu que Zoe me amasse também.

-Nunca vou te perdoar por ter magoado minha amiga - Sopihe encara ele com osolhos semicerrados.

-Você sabe que eu não fiz nada de errado Soph, só não acho certo iludir a garota. Ela vai achar alguém que goste dela também - ele dá de ombros.

-Olha, as vezes eu gostaria que todos os garotos fossem que nem vocês - ela suspira, tomando suco no seu copo com canudinho. Sophi só crescia em tamanho porque a idade esstacionou nos cinco.

-A gente sabe que é incrível - digo fazendo ela revirar os olhos.

-Modesto também - rimos nós três.

-Posso saber o motivo da risada dos meus bebês? - O pai fala, tirando o blazer e largando em cima da bancada.

-O Jamie e o Tony estão namorando - Joe comenta animado.

-Ei, não é confirmado ainda - protesto, mas depois sorrio, olhando para o nosso pai. - Ele disse que me ama.

-Uau, é uma novidade e tanto - ele se aproxima e me abraça. - Sobrou Jantar pro velho de vocês?

-Não sei, a Sophie deve ter comido tudo - provoco.

-Se continuar me provocando eu vou mostrar para a escola inteira aquela sua foto pelado - ela mostra a língua. Como eu disse, a idade é de cinco anos.

-Que foto é essa? - meu pai pergunta nos encarando.

-Durante uma festa que demos aqui em casa quando o senhor estava em New York o Tony entrou na piscina pelado e eu tirei uma foto da incrível bunda branca dele - ela diz vitoriosa.

-Ta, mas se foi uma festa as outras pessoas já não viram a bunda branca do Tony? - ele questiona franzindo o cenho.

-É que a festa já tinha acabado, estavamos só nós, o Jamie e a Zoe - Joe responde por ela, que apenas assente em concordância.

-Se eu fosse você parava de provocar sua irmã - comenta rindo para mim.

-Você vai deixar ela vazar uma foto minha? - pergunto o encarando incrédulo.

-Eu não vou nem me meter no conflito de vocês - ele levanta as mãos e encolhe os ombros.

-Se você fizer isso eu destruo suas maquiagens - rebato, estreitando os olhos para ela. Nossa pequena discussão foi interrompida quando meu celular começou a vibrar. - O que será que o Jamie quer comigo? - Franzo o cenho, deslizando o dedo pela tela. - Oi amor - falo sorrindo, mas minha alegria não durou mais que dois segundos ao perceber que ele estava chorando desesperadamente do outro lado da linha.

-Tony, por favor - ele diz entre soluços. - Por favor vem aqui me buscar.

-Antonny o que foi? - meu pai pergunta enquanto todos os três me encaram.

-Calma, eu estou indo Jamie. Cinco minutos eu estou aí.

-Não desliga o celular - ele pede.

-Ok - respondo afobado.

-Tony o que foi? - meu pai pergunta novamente. Apenas levanto do meu lugar e vou até o aparador perto da porta na sala. Pego uma das chaves e desço correndo para a garagem, ainda tentando acalma-lo.

-Desculpa pai, não posso falar agora - digo abrindo a porta da garagem e dando ré no carro. Saio de casa cantando pneu e acelero pelas ruas de Los Angeles. A casa dele não é muito longe da nossa, então não demoro a chegar lá. Ao parar na frente da enorme casa, consigo ouvir gritos e uma criança chorando. O vizinho da frente espia pela janela o que está acontecendo e encontro Jamie encolhido no portão. - Ei, o que houve - falo me aproximando rapidamente dele e o abraçando.

-Me tira daqui - ele fala entre soluços, sua voz é trêmula. Quando ele levanta o rosto, eu tenho vontade de chorar com ele. Suas bochechas estão vermelhas. Um filete de sangue escorre do supercílio e seu olho esquerdo está inchado e começando a ficar roxo. Seu lábio também está bastante machucado.

-Quem fez isso com você James? - Pergunto o encarando, minha visão começando a embaçar por causa de algumas lágrimas. - Me responde, quem fez isso com você? - ele não fala nada, apenas continua chorando. - Foi ele? Foi seu pai quem fez isso com você? - Pergunto, não querendo acreditar.

-Me tira daqui pelo amor que você diz ter a mim - ele me abraça novamente. Levanto com dificuldade, o levando para dentro do carro, não me importando em manchar o couro dos bancos com sangue ou sujar o painel do maldito carro. Eu só preciso leva-lo para um lugar seguro.

Chego em casa rapidamente e ficamos alguns minutos parados dentro do carro, já na garagem. Poderia-se ouvir o zumbido das moscas se não fossem seus soluços, mas ele estava mais calmo agora. Seguro sua mão com força e ele me encara, sua aparência está horrível, mas ele aidna é o garoto que eu amo. Tiro o cinto e desço da camionete, arrodeando para ajudá-lo. Levo Jamie para dentro e encontro minha família sentada na cozinha me esperando. Antes que eles falem alguma coisa, apenas nego com a cabeça e continuo caminhando abraçado com ele até meu quarto.

-O que aconteceu com você, meu amor - murmuro, dando um beijo no topo da sua cabeça. O coloco sentado em minha cama, onde há menos de três horas estávamos sorrindo e ele disse que me amava. Tiro sua camisa, para analisar se tem mais algum machucado e suas costelas estão roxas e com algumas escoriações. Ele se encolhe e sua pele se arrepia com meu toque. - Vem, vamos tomar um banho - falo, o ajudando a ir até o banheiro. Termino de tirar sua roupa e entro junto com ele na banheira. Uso a água morna para lavar seu rosto, com alguns protestos de sua parte. Depois de limpar os machucados, pego a bucha e lavo suas costas e por último seu cabelo. O abraço por trás e distribuo beijos por seus ombros e pescoço, antes de enrolar uma toalha em seu corpo magro e machucado. -Espera aqui que eu vou pegar a caixa de primeiros socorros lá embaixo - falo, deixando James sentado na minha cama, vestindo apenas uma das inhas cuecas. Não demoro muito para voltar com os remédios. Faço um curativo em sua testa e passo uma pomada nos roxos, depois dou um analgésico e ajeito a cama para ele dormir. Mesmo que estivesse calor na Califórnia, eu puxei um edredom sobre ele e o deixei descansar em meio ao monte de travesseiros macios.

-O que aconteceu filho? - meu pai pergunta, parado no batente da porta.

-Pode esperar eu tomar um banho? já desço para conversarmos - respondo, acariciando seus cabelos lentamente.

-Tudo bem - ele fecha a porta, nos deixando a sós. James já tinha caído no sono, então apenas depositei um beijo leve em seus cabelos úmidos e tomei um banho rápido. Desci as escadas e encontrei meu pai sentado no sofá branco da sala, mexendo no celular. Pigarreio chamando sua atenção e me sento ao seu lado. - Quer me contar?

-Eu não sei direito - suspiro, mordendo o lábio inferior e olhando para minhas mãos. - Ele saiu daqui logo antes do jantar. Daí ele me ligou chorando desesperadamente e quando eu cheguei lá estava uma gritaria e ele estava esperando na frente do portão. Ele está todo machucado pai. Ele apanhou. Por minha causa, porque ele me ama - eu comecei a chorar.

-Não é culpa sua filho - pai diz, me puxando para um abraço. - Se ele não te amasse ele iria amar outro garoto e isso iria acontecer.

-Eu odeio a família dele. Eu odeio o pai dele. Como alguém pode ser tão cruel? - pergunto o apertando com força.

-Eu não sei filho, existe muita gente ruim no mundo. Por que você não aproveita e leva ele lá na vinícola? É um lugar bonito, Jamie com certeza vai se sentir melhor.

-Posso? - pergunto, olhando para ele e secando as lágrimas.

-Claro que pode. Aquele lugar é de vocês Tony. Agora suba lá e se deite com seu garoto. Você também está desgastado com tudo isso.

-Obrigado pai - fungo, o abraçando novamente subindo ao meu quarto. Quando chego no topo das escadas, me viro para ele e digo. - Eu te amo pai. Você é a melhor pessoa que eu conheço - digo, sorrindo.

-Eu tento - ele sorri de volta.

FIM


Notas Finais


Segunda temporada : https://spiritfanfics.com/historia/safety-9737997
Sinopse: E pela primeira vez na vida, Zach sabia o que queria. Ele queria Antony. Queria com todas suas forças, mesmo que fosse contra tudo o que ele construiu em meio a trancos e barrancos durante sua breve vida. Ele sabia que ambos eram destruídos demais para dar certo, mas se dependesse dele, ao menos tentaria.


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