História Safe and Sound - O dia que eu amei voce

Eu não tenho muito o que dizer dessa lembrança, ela vai ficar pra sempre na minha mente e no meu coração, jamais eu conseguiria dizer em palavras o que senti naquela noite... Ah, aquela noite.

Foi quando nos tornamos um só.

Meu coração não podia estar mais acelerado, eu tinha escutado certo mesmo? O Jungkook queria... Fazer sexo comigo?

— J-Jungko-

Quando eu estava prestes a dizer algo ele meio que se jogou para cima de mim se sentando em meu colo segurando minha camisa, seus grandes olhos azuis brilhavam em reflexos de várias cores por causa da nossa ‘’aurora boreal’’. Que era uma das poucas iluminações do quarto. Respirei fundo.

— Por favor... Eu... Eu posso ser seu, eu te quero, você me quer também não é? — Eu não estava entendendo bem, ele não parecia o mesmo Jungkook envergonhado, fofo de sempre. Eu estranhei, por que ele mudou tão de repente? — Faça amor comigo... — Ele desviou os olhos dos meus e mordeu os lábios, eu segui todos os movimentos com os olhos, até que resolvi olhar novamente nas suas Iris. Insegurança. Era isso que eu via.

Por mais que ele quisesse tomar iniciativa, quisesse fazer algo comigo, aqui e agora, ele estava inseguro. Tinha algo nele que estava receoso. E eu estava tentando processar tudo, segurei suas mãozinhas junto as minhas.

— Jungkook, Voce... Por que está dizendo isso? — Sua respiração estava tão rápida quanto a minha, e eu conseguia sentir seu hálito quente de tão perto que ele estava, e ainda por cima... No meu colo.

—Hyung, penas... Faça. — Ele abaixou seu rosto, olhando para baixo, por mais que o quarto estivesse praticamente todo escuro, eu conseguia notar suas bochechas rubras e os olhos um pouco marejados. — Eu sei que sou muito magro por conta dos remédios fortes que eu tomo, sei que logo logo não vou ter cabelo e vou ficar feio, mais magro do que eu já sou... — Ele tinha começado a chorar. Arregalei meus olhos. — Eu não sei o que vai acontecer comigo nesse tratamento,e eu... Eu estou com medo! Mas, eu quero fazer amor com você hoje, sem arrependimentos. — Me olhou, e sua carinha estava de cortar qualquer coração. Segurei seu rosto com minhas mãos e limpei suas lagrimas com meus dedos. Trouxe seu rosto para mais perto de mim e beijei seus olhos e ele os fechou, senti o gosto salgado das lagrimas, beijei suas bochechas, e desci até seus lábios, pelos quais já tinha me viciado.

— Jungguk. — Ele abriu os olhos vagarosamente. — Voce é lindo. — Afirmei seriamente. Passei meus dedos entre seus fios de cabelo os jogando pra trás e fazendo uma leve caricia. — Com cabelo ou sem cabelo. —O peguei no colo e trocando de posição. O colocando deitado na cama e eu por cima do mesmo. — Magro ou gordo. Pra mim você é lindo de qualquer forma. Eu te acharia perfeito até virado do avesso. —  Vi um risinho se formar em seus lábios. Seus grandes olhos me olhavam de maneira nervosa e curiosa. — Voce tem certeza disso? — Ele balançou a cabeça positivamente.

— Tenho... Me faça seu Ji.

E foi com aquelas palavras que eu usei para parar de me limitar.

Ataquei novamente seus lábios em um beijo repleto de carinho, desejo, amor. Era uma mistura de sentimentos em mim, e eu ia expressa-los da melhor maneira que eu conseguir. Eu queria fazer o Jungkook se sentir como ele nunca se sentiu antes. Queria fazer ele se sentir amado.

Eu estava começando a me sentir quente por causa dos novos toques, não vou dizer que era um garoto virgem ou algo do tipo, porem era diferente, tudo era diferente com Jungkook. Senti suas mãos adentrarem na minha blusa lentamente e agarrarem minhas costas as arranhando levemente com suas unhas. Suspirei pesadamente tentando controlar minha respiração, apreciando o toque.

Jungkook segurou minha blusa e tentou tirar-la, eu o ajudei, a jogando em algum canto do quarto. Ele me olhava de cima a baixo, nós transbordávamos luxuria, desejo  e eu já estava começando a sentir um aperto em minha calça. Não demorei muito a tirar a blusa de Jungkook também, sem cerimônias.

Quando eu terminei  ele parecia envergonhando com seu corpo, pois colocou a duas mãos em cima de si se cobrindo.

 Sim, ele era magro. Muito magro.... Mas, meu deus, ele era tão perfeito.

Eu peguei as duas e levei para o topo da sua cabeça prendendo-as na cama. Olhei para seu rosto e beijei seus lábios rosados, como nunca tinha feito com tanto empenho, eu mordia seu inferior e queria invadir sua boca com minha língua. Mas ele ainda estava inseguro e tímido quanto a isso e não abria a abria totalmente.

Fiz um jeito de segurar suas duas mãos  com apenas  uma minha, e a outra desci pelo seu corpo de forma devagar até chegar em sua parte mais intima, que pude sentir uma elevação. Eu estava fazendo tudo isso sem parar de beijá-lo.

Apertei seu membro coberto pela calça e pela primeira vez escutei um gemido prazeroso vindo de Jungkook, foi baixo e contido, mas parecia musica para meus ouvidos. Repeti o ato mais uma vez com um pouco mais de força.

— Ahr! — Aproveitei seu descuido e invadi sua boca com minha língua, ele me correspondeu na mesma hora, ainda desajeitado porem eu o guiava, nossas línguas se entrelaçavam, seu gosto era maravilhoso. Infelizmente o ar começou a fazer falta novamente e tivemos que nos separar, deixando um fio de saliva que nos ligava. A cena que eu vi fez meu pênis latejar.

Jungkook com o cenho franzido, com a respiração rápida, olhos quase fechado, boca inchada e entreaberta. Ah... Ele era uma perdição.

Fui ate seu pescoço e senti seu cheiro doce, beijei sua pele branquinha e lisa, porem não demorei muito nos beijos e já parti por chupão, não foi apenas um, foi vários, fazia uma trilha de arroxeados. Eu conseguia ver a inquietação de Jungkook pois o mesmo estava começando a tentar esfregar as próprias pernas, incomodado com algo meio elevado demais entre as mesma.

Soltei as mãos de Jungkook e ataquei seus mamilos. Meu ato repentino fez o garoto gemer alto.

— J-Jimin... — Eu chupava com vontade passando minha lingua em volta do local que já ficava úmido e molhado. Minha outra mão eu usei para massagear o outro. — A-nnw. — Um gemido alto que mais lembrava um miado de tão delicado acabou saindo sem sua permissão, e droga, seus sons me deixava ainda mais duro!

Eu adoraria ficar chupando aquela parte sensível de Jungkook a noite toda, porem uma parte ainda mais sensível me chamava. E Jeon parecia tão ansioso quanto eu, pois mesmo sentindo suas mãos tremerem, ele tentava abrir minha calça. Eu sorri com a forma que ele fazia tudo com esforço para não parecer nervoso -obviamente não conseguindo-, ele conseguia ser fofo até mesmo nessas horas.

Sorri de uma forma safada e simulei uma estocada fazendo nossas ereções fazerem um atrito prazeroso rendendo gemidos de nós dois.

— Voce gosta disso? — Sussurrei em seu ouvido mordendo levemente seu lóbulo. Comecei a ir e vir com a cintura esfregando nossos falos cobertos, ele mordia seus lábios para não gemer. — Em, Guk? — Fiz com mais força e ele fez uma carinha adorável de prazer com o cenho franzido e os olhos fechados com força.

— Aham... — Sua voz saiu baixa e sôfrega. — Eu gosto.

Aqueles movimentos eram tão gostosos que eu poderia gozar só naquilo. Eu podia sentir ele impulsionar para frente timidamente, procurando inconscientemente por mais contato , o que me fez sorrir bobamente.

Mas eu não ia ficar apenas naquilo, eu queria senti-lo mais. Eu precisava de mais.

Parei os movimentos, acabei ouvindo um murmúrio frustrado de Jungkook. Ri nasalmente da sua pressa, e beijei a ponta do seu nariz.

— Calma, meu amor. A pressa é inimiga da perfeição.

Olhei para seu corpo quase nu, e o admirei por alguns segundos. Ele estava com menos vergonha, um pouco mais confiante consigo mesmo.

Beijei sua barriga, e distribui meus beijos até o cós da sua calça, que já estava desabotoada. Ele via todos os meus movimentos com seus olhos curiosos, as vezes os desviava, mas a estávamos sendo movidos pela tesão, então não estávamos nos controlando direito, não estávamos nos nossos normais. Puxei suas calças junto com a boxe para baixo, foi um movimento rápido, que fez com que o membro de Jungkook saltasse pra fora. Ele era médio, proporcional ao seu tamanho, e estava melado de pré-gozo, sua glande era rosada e estava pulsante. Eu não consegui evitar de gemer com minha visão, aquilo era tão excitante, eu não era muito fã de sexo oral, nunca tive vontade de fazer, porem agora, era o que eu mais queria.

Eu queria muito chupá-lo.

Não fiquei só na vontade, me aproximei de seu membro ereto e o lambi apenas na ponta. Com uma certa força, e fiz tudo isso olhando em seus olhos.

— Hm.... Anw.— Jungkook jogou a cabeça para trás e gemeu manhoso, eu sabia que ele era virgem e que aquele tipo de contato era novo pra ele, e eu ia fazer ele não se arrepender do que tinha me pedido. Dei uma chupada com vontade na cabeça do seu pênis repetidas vezes, enquanto massageava o resto com minha mão, o seu pré-gozo havia ajudado, fazendo com que minha mão deslizasse. — JIMIN! A-ah... — Ele havia pegado em meu cabelo por puro reflexo. Ação que eu achei super sexy vindo dele, mas como esperado logo ele acariciou meus fios. — I-isso é... Muito bom. — Sorri e voltei a atenção em seu amiguinho enfiando ele por completo em minha boca. Jungkook estava mergulhado no prazer, gemendo meu nome baixinho, e eu juro que estava sentindo prazer apenas em fazer isso, dá-lo prazer me causava essas sensações. Jungkook era minha perdição.

Aproveitei isso para esfregar meus dois dedos por toda a extensão do pênis do Jungkook os lambuzando bastante, até ficarem bem molhados. Com uma mão eu o masturbava com movimentos lentos porem precisos, eu sabia exatamente aonde causava prazer, era uma das vantagens de sermos ambos homens.

Quando meus dedos estavam bem molhados, eu circulei apenas um em sua entrada. Ele havia dado um pulinho de susto, porem logo tentou relaxar novamente, abrindo um pouquinho as pernas pra mim. Eu sabia que ele estava com muita vergonha, por isso não queria prolongar muito a preparação. Mas eu não queria que ele sentisse dor, e era sua primeira vez.

Enfiei meu dedo indicador em seu canal, era apertado e úmido. Escutei um gemido de dor da sua parte. Massageei com um pouco mais de força seu penis para ele esquecer um pouco da dor, e se concentrar no prazer. Eu o penetrava com meu dedo da maneira mais delicada que eu consegui. Fazendo tudo com bastante paciência por alguns minutos, quando parei de escutar seus resmungos, e até ver ele dar alguns espasmos, me senti confiante para enfiar o outro. O incomodo foi maior, mas ele não reclamou tanto quanto no primeiro, estava com os olhos fechados e uma caretinha de dor. Eu estava procurando seu ponto doce para ele esquecer da dor e ver o quanto valia a pena. E não demorou muito para achar, pois logo escutei um gemido alto e surpreso vindo da sua boca.

— O-o que foi... Isso... — Ele estava ofegante. Sensual.

— Prazer.

Mirei naquele lugarzinho e foi mais fácil de prepará-lo, pois agora ele parecia estar sentindo mais prazer do que dor. Pois começou a investir contra minha mão. Eu fazia movimentos de tesoura e o alargava o Maximo que eu podia. Até que tirei meus dedos de dentro de si, automaticamente ouvi um resmungo da sua parte.

— Por que parou? Estava muito bom Hyung...— Eu poderia morrer só com aquilo. Mas eu sabia que o melhor ainda estava por vir.

— A melhor parte nem começou, Jungguk.

Levantei da cama e abri a gaveta no criado mudo que havia ao lado, lá tinha alguns preservativos e dois lubrificantes que eu tinha comprado a muito tempo atrás, porem ainda serviam. Não que eu fizesse sexo o tempo todo, porem como eu já disse, não era virgem, e as vezes acontecia de eu dormir com algum ou alguma ficante, e é bom sempre se prevenir. Mas as vezes que isso acontecia eu poderia contar no dedo e nunca era especial.

Dessa vez era.

Peguei uma camisinha e um pequeno potinho de lubrificante. Logo também tirei minha calça e minha boxe suspirando em alivio. Olhei novamente para Jungkook e merda...

Ele estava me comendo com os olhos.

— Gostoso. — Sussurrei, voltando para cama e indo até o mesmo engatinhando. Ele não parava de me olhar em momento nenhum. A tesão transformava as pessoas. — Agora eu vou amar você. — Me coloquei novamente na posição de antes e coloquei suas pernas cada uma em volta da minha cintura. Abri o pacote de camisinha com a boca e não tardei a colocar em meu pênis, que pulsava de excitação. Meu penis era normal também, porem um pouco mais grosso, e tinha mais veias.

Tambem abri o potinho de lubrificante e passei por todo meu membro, até ele ficar bem molhado, e o contato geladinho com minha pele quente e afobada me fez gemer, Jungkook acabou gemendo junto com a cena.

Me posicionei na entrada quentinha e pulsante de Jungkook, que o fez suspirar, e a mim também, droga, era tão gostoso.

— Eu vou ir devagar, amor. Tá pronto? — O vi assenti e fechar os olhinhos.

— Aham...

Adentrei devagar em Jungkook.

Merda, merda, merda. Como ele era apertado.

— Argh! — Ele grunhiu de dor, seus olhos se encheram de lágrimas, e por mais que eu estivesse sentindo muito prazer com as sensações de estar dentro dele, ver ele daquela forma foi horrível. Mas era necessário. Fui entrando mais fundo até estar completamente dentro, e então parei para que ele se acostumasse com o volume dentro dele, não consegui evitar de gemer, meu deus era muito bom ser esmagado por ele. — J-Jimin... — Uma lágrima escorreu de seu rosto.

— Calma bebe. — Acariciei seu rosto. — Vai passar.

Comecei a masturbá-lo para fazer com que ele esquecesse da dor mais rápido, ficamos na mesma posição por alguns minutos, até eu sentir ele se remexer por debaixo de mim, e soltar um gemidinhos baixos e contidos.

— P-pode ir. — Segurou no meu ombro. — Pode ir agora.

Dei minha primeira estocada e ele era tão apertado e quente que eu ficava mais duro a cada segundo, se é que isso é possível. Meus movimentos começaram a tomar uma certa velocidade e Jungkook já gemia um pouco mais alto.

— A-AH! — Acabou me arranhando e curvando as costas. — D-de novo.

Estoquei mais uma vez tentando acertar o mesmo lugar, ele gritou. — Aqui?! — Sorri safado.

— A-Aham... Faz ai de novo Hyung, por favor.

Eu jamais negaria aquele pedido.

Me movimentei novamente acertando o mesmo lugar com mais força e Jungkook abriu a boca gemendo meu nome. Ele acabou se contraindo, e se apertando ainda mais, a pressão gostosa que ele fazia em meu penis era deliciosa. Comecei a me movimentar mais rapidamente e sentia que logo logo eu chegaria no meu ápice. Jungkook não estava diferente.

Eu o puxei para mais perto e ficamos com os troncos colados, estávamos suados, o quarto cheirava a sexo, e naquele momento era o meu cheiro favorito. O membro de Jungkook friccionava em nossos abdomens fazendo com que ele sentisse ainda mais prazer.

— Ji-Jimin! — Ele acabou gozando entre nós dois. Seus espasmos duraram por algum tempo até ele ficar molinho nos meus braços. Tentando normalizar a respiração.

Eu ainda estocava, estava quase lá. O acertava com um pouco mais de força porem não violentamente, e ele ainda estava com as pernas entrelaçadas em minha cintura. E me incentivava se impulsionado para mim. Não demorou muito para eu acabar gozando dentro da camisinha. Gemendo alto.

Me joguei completamente a sensação, foi diferente de tudo que eu havia sentido, foi definitivamente a melhor noite da minha vida.

Nesse dia dormimos abraçados e resolvemos tomar banho apenas no dia seguinte, quando Jungkook teve que voltar para o hospital, para começar o tratamento. Mas naquela noite foi diferente, foi como se nenhum dos dois tivesse problemas, foi como se... Só existisse nós dois, nada mais.

Mas a realidade sempre vem e se joga na nossa cara, é como um balde água fria. O mundo é cruel, é instável e traiçoeiro.

E bem, o Jungkook começou o tratamento, e eu estive com ele por todo o tempo. Eu não sei dizer exatamente qual foi a pior parte, ver ele ficar desgastado pelos procedimentos fortes, ver ele chorar por seu cabelo cair aos poucos.

Ah o seu cabelo. Nunca tinha o visto tão inseguro consigo mesmo. Mas eu fazia questão de repetir pra ele todos os dias, que ele era lindo, e que ele sempre ia ser lindo. Eu tentava distrair ele de todas as formas, desenhava com ele, trazia seu gatinho para brincar com ele.

Tinha dias que eu passava simplesmente o tempo todo o beijando, e sussurrando verdades em seu ouvido. Coisas como ‘’Eu te amo’’ e ‘’Eu sempre vou estar com você’’. O tratamento contra câncer nunca é fácil. Principalmente quando é alguém que você ama que está fazendo.

Demorou demais, parecia uma eternidade, eu ficava tão agoniado quanto ele, eu queria tirar ele dali, queria levar ele para visitar todos os lugares que ele tivesse vontade, mas eu não podia. Droga, por que existem fases da vida tão dolorosas?

Mas algumas são necessárias. Ele me ensinou a ter gosto pela vida, mas não sei se sou capaz de dizer que me arrependo de ter tentado me matar aquela vez. Pois se eu não tivesse feito isso... Talvez eu não o tivesse conhecido. E eu não consigo imaginar isso, então. Me desculpe, mas acho que não me arrependo disso. Voce mesmo com tantos problemas sorria, e isso acabou me contagiando sem eu perceber. Voce me deu cor.

As melhores coisas da vida vêm da onde menos esperamos.

Jungkook, meu doce garoto.

Meu grande amor.

Meu único amor.

Voce me inspirou a escrever esse livro, você me inspirou a seguir meu sonho. E hoje, eu dedico tudo isso a você.

O que você me ensinou eu vou levar pra vida toda, não desistam. As coisas boas podem vir a qualquer momento, e você... Foi a melhor coisa que me aconteceu. Eu te amo.

                                                                                                                         FIM.

A garotinha negra, de cabelinhos trançados, que tinha exatos 7 aninhos parou de ler, e fechou a capa com cuidado. Ela era a única negra ali, no meio de tantos asiáticos, todos seus amiguinhos. Todas as criancinhas da sala a olhavam com os olhos repletos de lágrimas, foi escutado fungos melancólicos até mesmo da professora. E então ela se levantou sorrindo.

— Fim! — Sendo recebida com vários aplausos. A professora havia pedido para todos os alunos, que lessem suas histórias de amor preferidas, e a dela, havia sido a que mais chamou atenção de todos. 

— Andy isso foi lindo. — A professora foi a parabenizar. — Fazia tempo que eu não via um conto fictício tão bonito, você vai ganhar a nota máxima!

Mas a garotinha ficou emburrada e formou um bico entre os lábios.

— Não é fictício professora! — Ela exclamou um tanto irritada. — Aconteceu de verdade.

— O menininho com câncer morreu. — Um garoto do fundo da sala, que estava abatido por ter se envolvido muito com a história, comentou entristecido, estava a ponto de chorar. — I-Isso não é história de amor, não tem graça se é triste!

— Ele não morreu nada, para de dizer essas coisas. Bobo. — Ela mostrou a língua, e ele devolveu. Quase começaram uma discussão mas a professora cortou.

— Parem crianças! — A mulher de óculos e cabelos presos voltou a olhar a menininha. — E como você sabe de tudo isso, em meu bem?

Quando ela ia responder o sinal bateu, fazendo as crianças gritarem animadas e saírem correndo para a porta, e ela fez o mesmo, afinal era a parte que eles mais gostavam, a saída! A professora apenas ria vendo a animação dos pequenos

Andy corria alegre até o portão da saída até que viu o carro que ia a levar pra casa na frente do portão, abriu a porta afobada e se sentou no banco do passageiro.

— Appa! — Ela disse animada tirando um desenho de sua mochilinha e entregando ao seu pai que olhava maravilhado. — Eu que fiz! Ah! Quase esqueci de contar, Appa o senhor acredita que algumas pessoas não acreditaram na história de vocês? Aquela que voce me mostrou...

Jungkook, que estava no banco ao lado do motorista virou pra trás olhando a filha.

— Andy, você levou essa historinha? — Sorriu bobo ao ver sua filha concordar. — Eu achei que você ia levar aquelas de princesas que você tanto ama.

— Mas eu prefiro a que o Appa escreveu, não é Appa?

— Exatamente. — Riu olhando para Jungkook de rabo de olho. — Aparentemente alguém aqui não gosta da minha história. — Fingiu estar magoado e acabou recebendo um tapa do esposo no braço.

— Deixa de drama, Jimin, sabe que essa é minha história favorita também. — Revirou os olhos rindo. — Mas eles gostaram, filha?

— Todo mundo chorou. — Ela deu de ombros se ajeitando no seu banquinho. — Eu fiquei muito brava!

— Por que amorzinho? — Jimin perguntou olhando pra ela e Jungkook acompanhou.

— Ficaram falando bobagens de que o Appa tinha morrido. Fiquei muito muito brava! — O mesmo bico se formou nos seus lábios e Jungkook não se segurou. Se desprendeu do cinto de segurança e atacou sua pequena com cócegas e beijinhos carinhosos. Com a mesma rindo de forma gostosa.

— Mas eu to aqui não to? Até parece que eu ia deixar de ficar no pé do seu pai, eu não vou largar vocês tão cedo vou logo avisando.

Jimin observava a cena completamente calado pelo retrovisor, com um sorriso que poderia rasgar sua boca.

Já tinha passado muitos anos desde que publicou seu livro contado a história dos dois, e eles já tinham passado por altos e baixos.

Muitas coisas tinham acontecido, se casaram e montaram uma linda família, que eles não trocariam por nada, se sentiam completos.

Eles já tinham superado tanta coisas juntos... Até mesmo uma doença. O amor superou tudo afinal.