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História Safe in my hands - O estranho


Escrita por: tiojujuba

Notas do Autor


Eu estava co essa historia na cabeça a um bom tempo, espero que gostem.

Capítulo 1 - O estranho


Conheci o Mario quando ele se transferiu para o meu colégio no início do segundo semestre letivo no ano passado. A turma já estava junta há um ano e meio e havia formado grupinhos como é comum em todo grupo de adolescentes. Havia o grupo das meninas mais bem vestidas e populares, no contra ponto o dos meninos mais sarados e disputados pelas garotas, o dos nerds que tinham seus cadernos de anotações requisitados a preço de ouro às vésperas das provas, o dos pit-boys que procuravam qualquer pretexto para tirar suas diferenças a tapas uma vez que eram praticantes desta ou daquela modalidade de luta oriental e, mais um ou outro elemento isolado que não se encaixava em nenhuma destas categorias. Eu era um destes, tirava ótimas notas, mas não era um nerd, garoto bonito e até cogitado por algumas garotas, mas não era sarado e popular, educado e prestativo, não tinha as características requeridas para fazer parte dos pit-boys. Portanto, tinha poucos amigos por não fazer parte de nenhum grupinho. Não me destacava em nenhum esporte em especial o que não me fazia propriamente popular, tanto que me deixavam jogar quando havia falta de alguém melhor nos times. Eu não me importava muito com isso, pois desta forma podia transitar quase que livremente sem ser muito incomodado. No entanto, também não escapei ileso das provocações dos pit-boys. Zoavam comigo por causa da minha bunda, muito carnuda e arrebitada para um garoto alto para seus 16 anos, ela se destacava do conjunto pelo volume que preenchia as calças naquela região de maneira muito justa. O apelido de tanajura surgiu poucos meses depois da turma haver se constituído, mas por sorte minha não vingou, exceto entre os pit-boys.
O Mario chegou sem a menor pretensão de fazer amigos, aos 19 anos é o aluno mais velho da turma. Algumas mudanças de cidade e até de país, mais uma repetência, haviam atrasado seus estudos. Não fazia parte de nenhum grupo, embora pudesse se agregar com facilidade ao dos sarados, dos esportistas ou até dos pit-boys. É musculoso e forte, joga futebol e basquete muito bem, tem cara de poucos amigos, por ser muito calado e se esquivar de qualquer abordagem poucos têm coragem de se aproximar. Os pit-boys até que tentaram. Primeiro, querendo angariar sua simpatia e talvez até adesão a sua causa, mas fracassaram. Depois, arrumando uma encrenca, que para azar deles acabou mal, pois chamado para uma briga na saída da escola, deu uma bela surra em quatro caras numa distribuição cinematográfica de golpes e socos, fazendo com que os encrenqueiros o deixassem em paz daquele dia em diante.
Ele e eu pegamos o mesmo ônibus escolar, pois a família dele se mudou para o mesmo bairro. Durante seis meses fazendo diariamente o mesmo trajeto e estudando na mesma classe nunca chegamos a trocar qualquer palavra que fosse. Eu o achava esquisito e tinha a impressão de que ele me achava um zero à esquerda, indigno de qualquer abordagem.
No primeiro dia de aula deste semestre, ao entrar no ônibus escolar reparei que o Mario estava sentado lá no fundão, como era seu costume tanto na sala de aula, quanto no ônibus. O que eu estranhei foi que ele acenou me cumprimentando, coisa que nunca havia acontecido antes. Retribui o aceno timidamente e me acomodei junto à janela colocando os fones do meu iPod no ouvido e me distraindo com o que acontecia lá fora. Os cumprimentos se repetiram nos dias subsequentes embora não nos falássemos nem na classe e nem no ônibus.
Quando os professores começaram a nos devolver as provas corrigidas do primeiro bimestre notei que ele recebeu a de inglês e a de física com certo ar de frustração e tratou logo de enfiá-las em sua mochila. Nesse dia sua cara de poucos amigos ficou ainda mais carrancuda, no entanto, na volta para casa resolvi arriscar e fui me sentar bem ao seu lado no fundo do ônibus, apesar de vários acentos estarem desocupados ao redor.
- Me surpreendi com a nota de física, achei a prova difícil e pensei que tiraria uma nota bem abaixo da que consegui. – disse tentando puxar conversa.
- Sorte sua. – ele retorquiu depois de alguns minutos de um silêncio constrangedor.
- Você não se saiu bem na prova? – perguntei tentando insistir num diálogo.
- Fui muito mal, não consegui nem um três. – ele respondeu mais prontamente.
- É que a prova foi difícil mesmo, na próxima você recupera. – acrescentei procurando encorajá-lo
- Não sei não. Tenho muita dificuldade de entender os conceitos e isso acaba me complicando nos cálculos. Confundo as fórmulas. – ele confessou, sem que eu pudesse imaginar que nunca havia se exposto tanto quanto estava fazendo agora com outra pessoa do colégio.
- Ainda por cima fui mal também na prova de inglês, me ferrei por não ter estudado nada. – ele emendou.
- Sou bom aluno nestas matérias, talvez possamos estudar juntos para o próximo bimestre, o que acha? – fui me oferecendo para ajudá-lo.
- Talvez, quem sabe? – foram suas palavras antes do silêncio voltar a se instalar entre nós.
Passadas algumas semanas, pouco antes de eu descer do ônibus na porta de casa voltando do colégio, ele veio do fundão e me perguntou se a minha proposta de estudarmos juntos era para valer e se poderíamos marcar um dia. 
- Claro que é pra valer! Que tal na próxima quinta-feira, depois das aulas? Você pode vir aqui em casa e vamos rever a matéria, OK? – propus ainda espantado com esta aproximação.
- Combinado! – foi sua resposta. Econômico nas palavras como sempre.


Notas Finais


bom gente como eu disse estou com essa historia na cabeça a um bom tempo, Ja atè publiquei versões mais picantes em outros lugares mas quem ja notou certas semelhança com a de outro site acretide apartir de aqui toma um rumo completamente diferente


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