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História Saga Vidas - Himchan - "Não precisa ser grosso..."


Escrita por: Locky_Kitty

Notas do Autor


Me sinto mal pois Himchan está OC, tipo, MUITO OC. Mas para vocês fãs de Badboy!Himchan... boa sorte.

Capítulo 1 - "Não precisa ser grosso..."


Fanfic / Fanfiction Saga Vidas - Himchan - "Não precisa ser grosso..."

Chacoalhei um pouco a sacola em minhas mãos, quase acertando minhas coxas expostas. Mais uma noite de entrevistas e mais um dia de trabalho até tarde.

Os últimos aplausos da platéia chegaram até meus ouvidos.

- E nós somos B.A.P., Yes Sir! Obrigado por hoje!

Revirei os olhos respirando fundo. A poucas semanas atrás havia recebido o títilo de 'Ajudante Superior Chefe', mas 'Empregada Mal Paga' combinaria mais com tal cargo. Não odiava os garotos ou algo assim, pelos menos não todos, só não gostava de falsidade, algo que me fazia perder o bom senso em pouco tempo.

- Ah, _____, já voltou. - estava queimando algum ponto da sala com meu olhar, deixando meus olhos descansarem na figura já próxima de Yongguk. Passei-o uma das garrafas de água da sacola plástica. - Valeu.

- Disponha. - deu uma piscadinha o que o fez rir um pouco. Gostava de Bang. Não romanticamente, mas era um dos poucos que eu conseguia manter uma boa conversa. Afinal, contato demais com idols nunca resultava em final feliz.

Metade dos membros e demais ajudantes estavam fora de vista, facilitando minha respiração naquele lugar escuro que chamavam de backstage.

- _____~ - Acho que pensei cedo demais.

- Huh... - vasculhei pela sala desconfortavelmente. A sala agora estava completamente vazia, a não ser da minha pessoa e o único homem cuja presença me deixava irritada: Himchan. O absolutamente e adoravelmente homem mais falso do mundo do K-Pop (not really, mianhae...), que a cada passo me pressionava mais para o canto da sala.

- Vejo que apareceu, sua inútil. É raro ficarmos sozinhos assim, não acha?

Só consegui soltar o ar preso em minha garganta ao sentir a gélida parede apoiando minhas costas. Era isso que eu ganhava por não acreditar em certos rumores sobre a 'umma' de B.A.P. Esse lado playboy e seduzente... que me dava nojo. Até cheguei a pensar que me acostumaria com sua atitude arrogante e manipuladora, que talvez comigo poderia ser algo especial. Rá, especial o cacete. Depois de muito ponderar e ver outras ajudantes perderem seus empregos logo depois de dormirem com o falso sedutor, decidi esquecer meus suspiros. Não perderia meu emprego tão facilmente, não mesmo.

Seu calor inundou meus poros e suas mãos me prenderam contra a parede, ao lado da mesa. Himchan sorriu perigosamente, aproximando sua boca de minha orelha e sua mão de minha cintura. Não havia ninguém na sala. Ninguém notaria. E a mesa serviria de apoio, então por que não ali mesmo? Tudo seria bem mais fácil...

- Tem alguma coisa errada.

- O que?

- A sua cara. - … se não fosse pela minha má-vontade.

Pisei em seu pé, empurrando seu peito com força, sem esconder minha expressão de nojo.

- Espero que isso entre em seu cérebro, não encoste em mim. Faça o seu trabalho que eu faço o meu. - joguei uma garrafa em seu rosto e saí dali com passos pesados. Ainda sentia um par de olhos queimando em minhas costas quando fechei a porta pesada de metal, dando boas vindas a atmosfera gélida do lado de fora. Mas minha cabeça estava quente demais para sentí-la imediatamente.

Já era tarde quando finalmente senti meus ossos quase congelando, e eu encolhi meus ombros, como se isso fosse me aquecer. Uma baforada de ar quente e pude admirar a fumacinha que saia de minha boca enquanto pensava. As vitrines espelhavam as luzes dos poucos carros que passavam, a única iluminação da rua.

Olhei de relance para o vidro espelhado de uma das lojas que eu costumava frequentar. “Costumava...” Eu não tinha mudado tanto assim, as pessoas em volta de mim, sim. Talvez minha visão sob as pessoas é o que tinha mudado,e só havia uma pessoa que eu deveria culpar: Himchan. Aquele projeto hormonal de Homo sapiens deve ter mexido com meu cérebro e coração gravemente, o que era igualmente doloroso. Admito quase me jogar de cabeça no romance perfeito, mas tinha muito medo de ser simplesmente jogada de lado. Os sorrisos sempre dirigidos a mim eram contrários as lágrimas das mulheres que foram deixadas como lixo.

Senti meus olhos entristecerem e apertei meus lábios. Tentei concentrar meus pensamento em meus passoas abafados pela neve restante da calçada. Quatro passos de cada vez... O que? Levei um pouco de tempo para notar que tinha alguém seguindo meus passos. Bem, não podia julgar tão cedo, pessoas andam por aqui o tempo todo, mas ainda assim, prendi minha respiração. Meu coração batia em intervalos rápidos em minha caixa torácica. Apressei meu andar acompanhando as do transeunte atrás de mim, que também apressou os seus.

Engoli em seco. Não deveria estar tão assustada. Instintivamente, busquei o celular em meu bolso tentando ser discreta. Não estava lá. Deveria ter esquecido ao lado da sacola plástica. Droga. Fechei os olhos respirando trêmula. Estava suando frio.

Um carro iria passar ao meu lado. Observei uma vitrina tentando ver quem estava me perseguindo (Não 'perseguindo', mas nesse ponto já era considerado como tal). Ele era alto, com roupas pesadas que pareciam não atrapalhar sua caminhada rápida.

Mordi os lábios levemente e cerrei os punhos. Minha casa ainda estava longe, mais um motivo para que eu me prepare pra correr ou até socar a cara de qualquer coisa. Tinha quase ignorado o carro que passava, até que vi seus pneus se aproximarem do meio-fio. Estacionara. Arregalei os olhos. Era isso. Seria sequestrada. Adeus trabalho, adeus mãe, adeus Him-... chan?

Meus olhos umedeceram. Não, me nego pensar nele num momento assim!

A porta do carro se abriu e eu virei o rosto, andando cada vez mais rápido. Ignorei a pessoa que saiu do carro um pouco mais a frente. Talvez possa parar na casa de alguma amiga... Mas que amiga? Era hora de morder minha bochecha e fincar as unhas na palma de minha mão. Estava muito escuro, e as lágrimas só embaçavam mais meus olhos. Droga, droga, droga.

Uma baforada de ar em meu ouvido. Me preparei para um soco certeiro se não fosse pela mão segurando meu pulso. Fechei os olhos com força.

- ______?

Arregalhei os olhos e encarei o sorriso malicioso do homem a minha frente...

- … Hi-Himchan...? - um alívio enorme tomou meu corpo. Esperava um comentário maldoso sobre meu estado, mas pude observar o canto de seus lábios se curvarem para baixo quando notou meu corpo trêmulo e lágrimas desesperadas. Cogitei a ideia de me agarrar a ele e chorar até secar, porém ele continuava sendo ele, aquele que me dava nojo e fazia meu coração latejar.

Com cuidado, ele guiou meu corpo pensante até seu carro, abrindo a porta e deixando-me aproveitar o calor proveniente de seu interior. Encostei a cabeça no vidro gélido quando a porta fechou e me encolhi, escutando Himchan fechar a porta e ligar a ingnição. Foi uma pequena viagem silenciosa. Meus batimentos cardíacos diminuiam a cada minuto e eu agradecia pelo silêncio raro do motorista. O porquê ele conseguiu aparecer no momento certo não importava no momento... Pelo menos até eu notar a rua de minha casa passar como um borrão pela janela como se ela nem existisse.

- O que- - tive que pigarrear para recuperar minha voz fraca e rouca. - Onde está me levando?

- Algum lugar... seguro. - mandei-o um olhar descrente.

- Com você por perto?! Ah, não. Me deixe aqui e eu vou para casa!

- Esse não é um bom jeito de falar com alguém que acabou de te salvar. E não acho seguro você andar nesse horário da noite, já deveria ter aprendido sua lição, estúpida. - joguei a primeira coisa que achei em seu peito e cruzei os braços.

- Só me deixe em paz... - sussurrei.

Voltamos ao silêncio e chegamos a um prédio com duas entradas vermelhas em forma de coração. Minha expressão de choque trouxe uma risada maquiavélica a Himchan.

- UM MOTEL?! O QUE-!?

- Cale a boca e espere.

Preocupação inundou meu corpo enquanto me afundava na poltrona. O que ele queria com isso? Não iria pagar meu 'salvamento' com meu corpo.

Ignorei a conversa rápida com o balconista depois que saímos do carro. Pouco depois, me encontrava num quarto escuro, em tons de vermelho e preto que gritavam poder e submissão. Me senti um pouco aflita e sentei numa cadeira longe da cama, que me dava um pouco de medo.

- Não vou te morder. - arrepiei ao vê-lo sentando na cama. Parecia sentir o cheiro de meu medo e hesitação.

- Mas pode fazer pior! Prefiro ficar aqui, muito obrigada! - encolhi as pernas contra o corpo, encostando-me na cadeira. Sentia meu coração bater mais rápido a cada troca de olhares pelo quarto. A atmosfera continuava estranha. Quente, escura e silenciosa.

- … - alguns lençóis amassaram-se quando Himchan se levantou com um grunhido frustrado. - Hgn... Não deveria ser assim...

- Huh? - Levantei um pouco a cabeça antes encostada em meus joelhos, acompanhando os passos frustrados de Himchan, que procurava alguma coisa nas gavetas ao lado da cama. - O que você-?

Mas me contive vendo o pedaço de pano escuro embrulhado em sua mão. Não esperava nada de bom vindo dele, principalmente trancados em um quarto de motel que escondia vários 'utensílios' divertidos.

- Himchan, se você até mesmo pensar em- Ahhhhhh! - mal tive tempo de começar meu sermão pois fui jogada sobre os ombros do homem cuja testa estava franzida. Minhas palavras mal-educadas e chutes na tentativa de me soltar não pareciam fazer efeito e só me senti livre do frio da barriga quando senti as cobertas de linha cara em minhas costas.

- Não coloque a culpa em mim, ____~

Arregalei os olhos. Meu corpo estava preso contra o de Himchan. Suas pernas mantinham meu quadris embaixo de seu corpo, com um de seus braços apoiando o próprio peso e outro em minha cintura. Podia sentir os dedos quentes em minha pele fria. Tremia levemente mesmo estando paralisada. Até minha respiração acompanhava os batimentos cardíacos, trêmula, fraca e exageravelmente rápida.

- H-hum--!! - Seus lábios perigosos molhavam os meus com uma intenção suja. Fechei meus olhos com força tentando empurrar seu corpo, mas até minha força estava contra mim, fraca, e deixei os braços de Himchan acariciarem meus braços, deixando-os em seu pescoço. Estava em um transe. Passei meus dedos em seus cabelos logo descendo para suas costas, enquanto suas mãos prendiam minha cintura.

Senti sua língua passar úmida pelo meu lábio superior. Hesitei um pouco, como se tivesse tempo. Uma de suas pernas esfregou-se feroz em minha parte íntima fazendo com que eu gemesse e abrisse meus lábios, permitindo acesso a seu músculo molhado sedento. Me acostumava pouco a pouco ao contato, me deixando levar pelo toque quente de Himchan. Suas mãos em minhas pernas, na minha cintura... Seus lábios afagando os meus, rudes porém entretidos.

Já estava bêbado por sua essência masculina quando um pedaço macia de tecido foi amarrado em volta de minha cabeça, tampando meus olhos. Tonta e sensível, mordi os lábios confusa.

- Hum...? Himch-

- Quieta. - pra quem tinha prometido nunca dormir com este integrante de B.A.P., eu já estava levando tudo longe demais. Escutava a risada rouca do homem que passava os dedos pelo meu cabelo e pescoço, frios até minha clavícula. Tremi levemente sob suas mãos, inclinando minha cabeça para ele por instinto. Deveria estar com medo de ser estuprada, de acabar perdendo meu emprego, de me apaixonar...

- H-Himchan... - me afastava de seus beijos perigosos, que se tornavam mais agressivos cada vez que rejeitava o anterior. - Não... Him- Não quero-!

- Não estou convencido. - roçou seu nariz pelo me pescoço e eu gemi vergonhosamente de novo. O fato de eu não poder ver me dava calafrios.

- I-Isso não quer dizer nada! Você – Ahh... hhmmm...

Contorci minha coluna sentindo os chupões quentes em meu pescoço. Queria prestar atenção em outra coisa, mas não conseguia ignorar os dedos habilidosos que mexiam com meu clitóris acima do tecido de minha calça. Gemidos e suspiros se espalhavam pelo quarto. Odiava me sentir tão bem ele tocando em meu corpo, e odiava ainda mais o fato de já estar molhada.

- Oh... - seu tom parecia levemente satisfeito. - mas que garota suja, _____. Já?

Queria ver o que estava fazendo, pois seu corpo liberou o meu e eu sentei imediatamente. Mãos na venda.

- Nem pense em tirá-la, ou será muito pior...

Paralisei. Discutia comigo mesma. Deveria tirar a venda, chuta-lo em algum lugar que doía, ou continuar sentada, passiva, esperando pela inevitável transa?

Tudo o que havia ditado até aquele momento me dizia para escolher a primeira, porém já me sentia em rumo para a segunda. Meu coração batia rápido, como se já estivesse cego. Me sentia incapaz de rejeitar o que viria. Eu queria tudo aquilo? Me sentiria satisfeita?

O som do zíper da calça de Himchan acelerou minha resposta. Sim, eu queria. Não me importava em perder meu emprego, ainda mais depois do que aconteceria esta noite.

Novamente, os dedos longos que não eram meus entravam em contato com minha pele, puxando minhas roupas e abrindo minha calça. Eram delicados, não combinavam com a voz amarga de seu dono. Escutei meu coração dobrar seu batimentos.

'Acalme-se _____. Não vai se apaixonar...' repetia me minha cabeça.

E eu quis, que por hoje, a frase 'o que os olhos não veem, o coração não sente', surtisse efeito.

(fim parte I)


Notas Finais


Hahh, me odeiem.
Até.


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