História Saindo da Normalidade- Imagine Kim Taehyung - Aproximação

                Alice: Foi boa a pegação?

Todos pararam o que estavam fazendo e nos olharam e eu devo ter corado na hora.

                Lucas: Na verdade foi ótima Alice, ainda podia ter durado mais. Muito obrigado por perguntar.

                Alice: Ah. Muito bom saber que enquanto a gente enfrentava uma crise aqui vocês estavam fazendo marcas um no outro.

                Ela falou isso puxando a gola da camisa de Lucas, revelando os chupões. Lucas puxou forte a gola para o lugar.

                Lucas: Você não tem nada a ver com isso.

                (S/N): Crise? Que crise?

                Alice: Só a vaca da Vanessa tentou agarrar o Taehyung de novo. Aquela garota não se controla. Como ela ainda consegue tirar notas boas?

                (S/N): Sério?

                Taehyung baixou a cabeça, meio constrangido e coçou a nuca, mas dava para ser que havia um sorriso sutil em seus lábios. Safado.

                Alice: Sim. Foi a maior bagunça. Na hora que ela tentou agarrar ele, Taehyung se afastou, o que fez ela dar uma tropeçada e as outras meninas rirem. Meu herói. –Ela falou dando um tapinha de leve no ombro dele e sorrindo –Mas ele foi ajudar ela a se erguer e ela deu um tapa na mão dele e saiu com raiva. E ai ele ficou triste e as outras foram se dispersando.

                (S/N): Ah Tae. Não fica assim. Não foi por querer.

Tae: Eu não queria magoar ela.

Pâmy: A gente sabe. Não se preocupe. É só que ela nunca levou um fora desses, mas ela supera e você também não deveria pensar nisso, ninguém vai te odiar por isso.

Nós duas demos um abraço nele e Alice correu até a parte de trás da cadeira dele e também o abraçou. Eu cheguei mais perto do ouvido dele e falei.

(S/N): (em coreano) Desculpa não estar com você de novo quando você precisou, acabei descumprindo a promessa.

Tae: (em coreano) Tudo bem.

Ele me deu aquele sorrisinho de lado e eu retribui. Nos soltamos do abraço e nos sentamos novamente. Eu peguei na mão Lucas, porque eu sabia que o ciúme estava transbordando dele e com isso iria melhorar um pouco.

O sinal tocou e nos dirigimos para a aula.

~quebra de tempo~

Quando as aulas terminaram nós fomos para os portões nos despedirmos.

Lucas: Tchau, meu amor. Talvez eu vá na sua casa hoje a noite, para terminar o que começamos.

Ele me deu um selinho, piscou e partiu. As meninas já tinham entrado nos carros de seus pais e ido embora. Só restaram eu e Taehyung. Nos olhamos e ele ainda parecia um pouco chateado com o que tinha acontecido no intervalo. Eu caminhei até suas costas mas ele se virou.

Tae: O que você vai fazer?

(S/N): Fica quieto.

Tentei de novo ir para suas costas, mas ele não deixou.

Tae: O que é que você quer?

(S/N): Aff não seja chato. Eu só ia te empurrar, para você se mexer. Temos que ir para casa lembra? Você parou ai como se tivesse travado.

Tae: Ah.

(S/N): Mas agora que você não deixou eu fazer o que eu quero, vai ter algo pior.

Tae: O que?

Eu cheguei mais próxima dele e ele fez uma cara de que não estava entendendo nada. Eu abri um sorriso malicioso, pisquei e preparei minhas mãos. Ele entendeu o que eu queria fazer. Também abriu um sorriso malicioso e deu um passo para trás. Antes de ele começar a correr, eu o ataquei. Comecei a fazer cosquinhas em sua cintura e ele se contorceu pela sensação e começou a rir de verdade. Esse era o Tae de verdade. Era esse Tae que eu gostava de ver.

Ele começou a correr a caminho de casa e eu tentava o alcançar, mas era impossível, suas pernas eram muito longas em comparação as minhas.

(S/N): Tae. Espera aí. Eu não consigo te acompanhar.

Tae: Tá bom. Também cansei.

Falamos ambos ofegantes.

(S/N): Eu tô precisando malhar. Fiquei cansada tão rápido.

Tae: Que nada. Você tem um corpo legal.

(S/N): Não mesmo. Eu com certeza não estou no peso ideal. (Vocês que escolhem imaginar se ela está acima ou a baixo do peso.)

Nesse momento, Tae me puxou pela cintura, quase colou nossos corpos e ficou parado olhando profundamente em meus olhos e eu também não consegui me mexer. Depois de um tempo ele simplesmente tombou a cabeça de lado, deu um sorriso de lado e falou:

Tae: Não pense isso sobre se mesma. Seu corpo é legal como é, seus olhos são lindos e você é bonita. –A força de sua pegada se afrouxou e ele baixou os braços. –Seu namorado te acha bonita e te ama como você é, não é verdade?!

Ele deu aquele sorriso quadrado. Eu não entendi muito bem a situação, mas tudo que eu pude fazer foi sorrir de volta para ele. Ele era realmente gentil. E uma coisa eu tinha entendido. O porque de ele ter ficado tão triste com o que aconteceu com Vanessa no intervalo. Ele ainda se sentia mal, pelo que fez àquela outra garota. Ele não queria fazer nenhuma garota se sentir rejeitada de novo. Por isso era gentil com todas e por isso tinha sido gentil comigo agora. Ele era incrível!

Tae: E por falar nisso. Aqui é falta de respeito pedir o número de uma menina que tem namorado?

(S/N): Não quando vocês são amigos. Espera um segundo.

Tínhamos chegado em nossa rua e eu apoiei minha mochila num banquinho de concreto que tinha ali e peguei minha agenda e uma caneta, anotei meu número e o entreguei.

(S/N): Aqui.

Tae: Para alguma emergência.

(S/N): Emergência?

Tae: Eu sou meio problemático.

(S/N): Tá bom né.

Quando chegamos em frente a sua casa, haviam um homem e uma mulher na frente.

Tae: Olha, são meus pais.

(S/N): Seus pais?

Tae: Sim. Deixa eu te apresentar a eles.

(S/N): O que?

Ele me puxou pelo pulso até perto deles.

(Em coreano)

Tae: Mãe, pai. Cheguei. Essa aqui é a (S/N), a menina que eu falei que vai ser minha tutora.

Pai do Tae: Ooh! Muito prazer em conhece-la.

Mãe do Tae: Que menina linda! Muito prazer.

(S/N): O prazer é todo meu. –Eu me curvei educadamente a eles.

Mãe do Tae: E é muito educada. É bom saber que pessoas de tão longe conhecem nossa tradição.

Pai do Tae: Taehyung não conseguia parar de falar em você ontem. De como você o ajudou. Muito obrigado por cuidar do nosso filho.

A mãe dele deu um tapinha no braço do marido, pois sabia que ele tinha acabado de nos constranger com o “não conseguia para de falar em você”. Provavelmente nós dois estávamos corados, mas só conseguíamos rir de nervoso, até que Tae resolveu dá um fim nessa situação.

(português)

Tae: Bem, você deve ter ocupações em casa. Eu te mando uma mensagem.

(S/N): Tudo bem. (em coreano) Tchau. –e me curvei novamente aos pais de Taehyung.

 Mãe de Tae: (português) Apareça para lanchar.

(S/N): Tudo bem.

Eu acenei e me virei. Fui quase correndo para casa e quando cheguei na minha porta dei uma olhada e eles ainda estavam lá me olhando. Quando entrei parei e encostei a testa na porta. Que situação embaraçosa, mas mesmo assim foi engraçado. Os pais deles eram muito educados, sua mãe era realmente linda e seu sotaque era tão fofo quanto do filho. Sério mesmo que o Tae ficou falando me mim para os pais? Eu só conseguia rir e morder o meu lábio inferior.

Taehyung POV

Ela se afastava até a casa dela depressa. Devia estar querendo fugir dessa situação tanto quanto eu.

(em coreano)

Pai do Tae: Ela é mais bonita do que eu tinha imaginado. Você tem bom gosto.

Mãe do Tae: Ela é muito educada. Seria uma ótima esposa.

Tae: Eu já disse que ela tem namorado.

Ficamos nós três parados olhando ela entrar. Meus pais sabiam mesmo me deixar com vergonha, mas ela tinha sido perfeita, seria realmente uma boa esposa. Mas eu não podia pensar nisso, não devia pensar isso, mas não conseguia parar de pensar.