História Saindo da Normalidade- Imagine Kim Taehyung - Banho

Tae: O que?

Ele corou fortemente e fez um perfeito “o” em sua boca.

(S/N): Eu não estou conseguindo me mexer direito, eu preciso tirar a saliva daquele homem de mim Tae. Eu estou me sentindo imunda. Por favor me ajuda.

Tae: Aah. C-claro.

Ele passou meu braço sobre seu ombro e me ajudou a levantar da cama. Eu andava com certo esforço. Minhas pernas pareciam que iam ceder a qualquer momento. Ele abriu a porta do meu banheiro com sua mão livre. Ele me encostou na pia e continuou segurando minha cintura. Eu comecei a abrir seu casaco lentamente. Ele me olhava através do espelho acompanhando meu movimento, com seu rosto vermelho e a boca levemente aberta. Assim que meu sutiã ficou aparente por entre os rasgos da minha camisa, ele virou o rosto constrangido. Meus braços cederam de cansaço.

(S/N): Tae, você vai me ajudar ou não? Numa hora como essa eu já não tenho mais vergonha de nada. Eu só preciso de ajuda, quero tirar a sensação dele de mim.

Tae: Tá tá.

Ele começou a tirar o casaco de meus ombros com certo receio e no espelho mostrava uma imagem horrível. Haviam marcas roxas em meus braços dos apertos que aquele homem me dera me impedindo de fugir. Ele ficou ali parado olhando horrorizado e seu rosto aos poucos seu rosto voltou a exibir aquela expressão assustadora. Ele rangeu os dentes se virou de costas para mim.

Tae: Foi tudo culpa minha. Desde o começo. Se eu não tivesse aparecido na sua vida, nada disso teria acontecido. Você ainda teria o namorado perfeito, a vida perfeita e não teria passado por isso.

(S/N): PARA COM ISSO! Não fala assim Tae. Eu não tinha uma vida perfeita. Você mudou minha vida para melhor. Você me fez descobrir que eu amo dançar. Você me faz rir todos os dias. Sim, eu fiquei bem decepcionada hoje, mas foi com vocês dois. Mas isso não muda o fato de que eu...

Não consegui terminar a frase. Ele voltou a se virar para mim, parecia mais calmo de novo. Passou a ponta do dedo indicador sobre as marcas em meu braço.  Ele parecia muito triste, mas não falou nada. Me puxou e me pôs sentada na pia. Parou olhando os meus seios aparentes pela camisa. Ele mordia os lábios, o que me fez ficar constrangida.

(S/N): Vai ficar olhando assim?

Tae: Você disse que não estava com vergonha. Eu não quero ver essa camisa nunca mais.

Ele segurou minha camisa e rasgou o resto com toda força que pôde, tirou-a de mim e jogou no lixo. Em seguida desbotou minha calça e a passou por minhas pernas lentamente e a jogou para trás. Colocou-se entre minhas pernas, segurou em minha cintura e me beijou. Esse beijo foi com mais desejo, com paixão com a real necessidade que ele tinha. Ele se aproximou cada vez mais. Aquilo era como o paraíso. Ele tirou sua camisa que também estava rasgada pela briga e a jogou. Suas calças estavam muito folgadas e dava para ver a barra de sua roupa intima. Ele também a tirou, e pude ver que ele usava uma boxer preta. Sacanagem, porque logo essa? Ele jogou meus braços por cima de seus ombros e eu prendi meus dedos em seu cabelo. Ele desceu sua mão até minha bunda e me ergueu. Entrou no box do banheiro, ligou o chuveiro sobre nossas cabeças. Deixou a água fria levar todos os nossos problemas.

Suas mãos me seguravam firmemente, enquanto eu tentava manter minhas pernas presas em sua cintura. Nossas roupas intimas já estavam completamente encharcadas e um arrepio de frio passou por mim, ele percebeu e subiu suas mãos até minha cintura e me abraçou forte. Minhas pernas perderam as forças e penderam molemente. Ele me sentou no chão do box e pegou um sabote.

Tae: Imagina que esse sabonete é uma borracha. Eu vou apagar qualquer impureza, qualquer resquício do toque daquele imundo em você.

Ele passou o sabonete nas mãos até espumar e primeiramente passou as mãos e o sabonete em meu pescoço e desde até os ombros, os braços machucados.

Tae: Isso eu não consigo apagar.

Ele parecia triste, mas mesmo assim continuou, por meu colo, por minha barriga, por minhas pernas, até meus pés. Eu aproveitava cada toque dele, apagando realmente a sensação do toque daquele homem, agora só tinha Taehyung.

Ele ficou de pé em minha frente enquanto a água terminava de levar minhas impurezas e apesar de minha visão estar meio embasada, eu pude admirar seu corpo novamente por um segundo. Era realmente lindo ver a água deslizando por aquela pele maravilhosa. Ele agachou em minha frente, dava para ver que ele estava tão excitado quanto eu, mas estava disfarçando bem. Ele deu um sorrisinho de lado muito fofo, estava realmente se esforçando para não me atacar. Eu levei minhas mãos até seu rosto e passei o dedo por sua bochecha, apesar dos machucados, roxos e inchaços,  sua pele era perfeita, muito macia e lisa e aquela cor era indescritível. Eu o puxei para perto e lhe deu um selinho. Ele me devolveu aquele sorriso quadrado, mas ele viu eu me arrepiar novamente e desligou o chuveiro. Pegou uma toalha que estava pendurada ali e envolveu meu corpo. Me levantou e me fez sentar na tampa do vaso sanitário.

Tae: Eu não posso terminar de tirar sua roupa. O que eu pego para você vestir?

(S/N): Um pijama qualquer e pega uma toalha para você também.

Ele demorou um pouco e voltou com uma toalha já envolta em sua cintura e sua cueca em uma das mãos na outra trazia meu pijama. Ele colocou sua peça pendurada no box, apanhou as do chão e saiu fechando a porta do banheiro atrás de si. Eu com muito esforço consegui terminar de me despir, pendurar as peças molhadas ao lado da cueca de Taehyung e vestir meu pijama.

Fui caminhando lentamente até a porta. Quando a abri, Tae já estava vestindo sua calça e sua camisa estava dobrada sobre minha mesa de cabeceira. Ele tinha a toalha sobre o ombros e secava o cabelo. Quando me viu deu batidinhas na cama e se sentou me esperando. Ele pegou a toalha que prendia meu cabelo e também começou a seca-lo, e a penteá-lo com os dedos. Levantou-se e pegou o secador de cabelo dentro do meu guarda-roupa e passou em meu cabelo delicadamente ate ficar bem seco e depois secou o seu.

Tae: Seria horrível você além de fraca desse jeito, pegar uma gripe. Alias falando em fraqueza, você não comeu nada. Vou pegar algo na cozinha.

Era incrível como ele sabia onde ficava cada coisa aqui dentro já. Se bem que meu jeito de organizar tudo, facilitava esse trabalho. Ele voltou trazendo um pacote de biscoitos, deitou na cama e me puxou para me aconchegar em seu ombro. Abrimos o pacote e dividimos. Não sei era o nível da minha fome, mas aquelas pareciam ser os melhores biscoitos que já tinha comido.

(S/N): Você vai dormir aqui Tae?

Tae: Eu não vou te deixar sozinha.

Foram as ultimas palavras que me lembro de ouvir.

Acordei de madrugada, as luzes do quarto estavam acessas e Taehyung dormia profundamente atrás de mim. Ele tinha um dos braços em minha cintura e umas das pernas sobre as minhas. Ele roncava e isso me fazia rir apesar de ser bem irritante. Eu já estava me sentindo muito melhor, afinal eu só estava cansada mesmo. Livrei-me de seu braço e sua perna, me levantei e apaguei as luzes. Ele ficava até fofinho dormindo, ele tinha o corpo de um homem, mas o rosto de uma criança. Era estanho, mas combinava com ele. Quando é que eu iria imaginar que estaria dormindo com o carinha coreano que conheci no começo do ano? Esses cinco meses passaram tão rápido. Nem dava para acreditar que minha vida deu essa mudada.

Procurei um edredom em minhas coisas e voltei para a cama, já tinha acontecido coisa parecida alguma vez. Mas agora não teve sexo, foi só um cara cuidando de alguém que ele gosta muito. Isso me parecia mais bonito.  Me aconcheguei sobre seu braço como sempre fazia com ele, nos cobri e fiquei olhando aquele rosto machucado até dormir.