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  3. Capítulo 3

História Sakura no shita de - Debaixo das flores de cerejeira - Capítulo 3


Escrita por: KaahhSan

Notas do Autor


Oyasumi minna-san !
Sei o quão demorada fui para postar esse capítulo, no entanto, espero que o tamanho compense a minha ausência e que o que vai ocorrer também!

Não quero enrola-los, então .... encerro por aqui desejando-lhes uma agradável e prazerosa leitura !!!

Capítulo 3 - Capítulo 3



Anteriormente


Kagome mal havia percebido o quão rápido chegara até se perceber em frente ao portão do prédio em que moravam. Olhou para a janela que se rememorava ser a sua e discou o número nos botões interfonando.


- Moshi-moshi?! - fez-se a voz ligeiramente grossa no outro lado da linha. Inuyasha ainda morava ali.


- I....I....Inuyasha ... - murmurou sentindo a maçã  de seu rosto corar levemente.


- Kagome ? O que faz aqui? - ela só conseguia se perguntar em como ele tinha reconhecido sua voz tão facilmente - Espere ai que eu já vou descer - proclamou-se sem ouvir a resposta, desligando.


   Sakura no shita de - debaixo das flores de cerejeira


 Seus dedos extremamente trêmulos retiravam-se do botão do interfone de forma lenta. Agiu tão espontaneamente que, só agora, que estava já de postos em frente ao portão aguardando a chegada de seu ex-conjugue, seu lado racional parecia trabalhar corretamente e fazia questão de rememorar-lhe o quão errado tinha sido aquele ato impulsório que havia cometido há apenas poucos minutos. Repreendia-se mentalmente por isso.


 Cada perímetro celular de seu ser parecia ter momentaneamente congelado, sentia uma violenta queimadura alcançar suas bochechas rapidamente tocando-as levemente com as pontas dos dedos. como poderia se sentir tão quente e fria ao mesmo tempo? Suas pupilas buscavam incessantemente algo para distrair-lhe os pensamentos,enquanto ainda tremia e temia pelo que viria posteriormente. Seu ritmo cardíaco acelerado era só mais um alerta de que a cada segundo que passava, era um segundo mais perto que ele estava. Como Inuyasha detinha esse poder sobre ela ?


 Atravessava as partes mais profundas de seu consciente buscando uma razão para estar lá, até que, de repente, veio-lhe em mente Chihaya. O que teriam conversado que kagome não poderia saber? Será que seu ex-marido já tinha conhecimento de sua paternidade? Como se sentia em relação a isso , caso soubesse? Eram tantas as questões que lhe perturbavam, sendo as respostas não evidenciadas a deixando cada vez mais conturbada.


  Poderia dizer que o conhecia bem o suficiente para dizer que se tivesse descoberto algo, já teria corrido para perguntá-la, no entanto, a personalidade de Inuyasha estava um tanto quanto mudada. Das poucas vezes que chegou perto dele não sentiu nem sequer o odor de álcool ou de uma diversidade de perfumes femininos, ele mantinha o seu modo de tratar os outros rudilmente, entretanto,  parecia ter encontrado um equilibro assim tornando-o mais sutil e calmo. Para ser sincera consigo mesma, Inuyasha tornou-se a ser o homem que tanto amou no colegial, com seu jeito bruto, mas sempre disposto a ajudar os outros.


"  Andava lentamente pelo corredor repleto de alunos a conversar, as aulas já haviam sido encerradas, portanto, todos já estavam fora de sala seguindo caminho direto para suas casas, ou para as atividades extracurrículares que exerciam. Kagome estava somente a encarar fixamente o pedaço de papel em suas mãos com um número marcado em um gritante vermelho."98%". Enquanto observava atentamente, pensava nas probabilidades de como sua mãe reagiria a aquela nota.


 Suspirou frustrada abaixando a prova com a intenção de afastá-la de seu campo de visão. em sua cabeça se passavam somente imagens da face enfurecida de sua parte materna, todavia, logo foram interrompidas pelos leves toques que sentiu em um de seus ombros, fazendo instantaneamente direcionar-se para trás de si. Olhando por cima dos ombros pode ver a figura de fios extremamente prateados e íris âmbares, acompanhando-o com as pupilas enquanto o via por-se ao seu lado.

- Eai, Káh?! ... Como você foi na prova ? - Inuyasha mantinha aquele sorriso galante e vitorioso nos lábios. Obviamente ele tinha tirado uma boa porcentagem no teste de literatura japonesa.


- Aahhh ... - remodelou sua expressão para algo alegre, diferente da anterior - foi uma nota boa, e você?


- 87 % - a felicidade era mais que explicita no timbre rouco que saia por sua garganta, na face dele havia uma expressão dizendo algo como "sinta orgulho de mim ", mas já estava extremamente orgulhosa dele, em quase um ano de trabalho Inuyasha evoluiu muito - a gente vai estudar hoje? sabe ..... tem avaliação de química na semana que vem ?! - a incerteza com que ele havia dito aquela frase a fez deveras estranhar suas atitudes, afinal ele sempre chegava e só avisava quando iriam estudar, sem ao menos se importar se Kagome tinha outros compromissos ou não.


- Você é quem sabe ... 


- Então, hoje depois do meu treino, lá na biblioteca ? 

- Combinado ! - afirmou com um sorriso.


- Então tá, sayonara ! - antes de terminar a primeira palavra, os olhos castanhos já captavam os fios prateados se esvoaçando em meio ao corredor. Em relação a aquele ato, apenas deu de ombros e continuou o caminho até os armários, onde trocaria seus sapatos.


 Já com outros calçados, iniciou sua jornada até o local de almoço, agradecendo mentalmente Inuyasha por tê-la livrado temporariamente de sua mãe. Tinha medo de como ela reagiria perante seu "98%", mesmo sendo a nota mais alta da sala, para Yumi Higurashi, a perfeição era alcançar o máximo, caso contrário as punições seriam físicas e severas. 


 Ela mantinha essa política desde que Kyou Higurashi, ou como comumente chamado por Kagome, Otou-san (papai), havia morrido. As vezes vinha-lhe a mente que junto com ele fora enterrada o bom senso e docilidade de sua mãe, que sempre usava a desculpa de que seu pai era um engenheiro autodidata e perfeito, portanto, Kagome teria de ser também. pensava que sua progenitora só cometia tais atos para que tivesse um pouco do marido falecido, no entanto, eram tantas as atrocidades cometidas que essa possibilidade já se anulava.


 Em seus passos apressados, alcançou com brevidade o refeitório, sendo ligeiramente abordada por um ser alto e com um sorriso estonteante.


- Konichuwa, Higurashi ! - depois de uma analise rápida, pode ver as medeichas de um castanho escuro e íris um tanto mais escuras que o cabelo.


- Konichuwa, Houjo-kun - disse já desviando um pouco daquele corpo a sua frente, para assim seguir caminho até a fila para pegar seu almoço.


- Posso almoçar com você ? - perguntou seguindo-a.


- Você não vai comer com seus amigos do time de futebol americano?


- Aaahh.... quando se tem a oportunidade de estar com alguém como você como companhia, eu prefiro .. - aquelas palavras ressoaram pela audição de Kagome deixando-a totalmente envergonhada e lisonjeada, nunca achou que alguém além de Sango gostaria de estar perto dela.


- Então .... daijobu ( tudo bem) - sorriu um tanto quanto desajeitada, enquanto pegavam as bandejas.


- Mas, ... onde está Taiji-chan?


- Você quis dizer a Sango ? - indagou enquanto pegava as porções do que queria - Ela foi embora.


- O que que você faz aqui então, Higurashi? - questionou enquanto andavam em direção a uma das mesas vazias.
- Eu e o Inuyasha vamos estudar depois do treino.


- Aahh ... - não sabia dizer ao certo, mas repentinamente ele lhe pareceu decepcionado, como se tivesse dito algo de errado.


-  O que foi ?  .... Eu disse algo de errado? - tentou falar da maneira mais compreensiva que conseguia.


- nada, é que ...... você e o Taisho tem alguma coisa? - a repreensão com que Houjo havia dito aquela frase fez-a pensar que ele não queria saber a resposta, completando, Kagome sentiu suas bochechas serem queimadas por um rubor ao rememorar-se do ocorrido de apenas alguns poucos dia atrás. As estrelas. As pétalas de Sakura caídas ao chão. O beijo. No entanto, não considerava que eles tivessem nada além de amizade, já que depois daquela noite nada mais aconteceu.


- Apenas amizade - afirmou vendo o alívio cobrir a face do moreno.


 Depois desse momento de um tanto de constrangimento, o almoço discorreu normalmente, ás vezes preenchido pelo silêncio, ás vezes pelas risadas que Houjo conseguia tirar dela com seu jeito engraçado de ser.

- Arigatou, Higurashi! - sorriu gentilmente.
- Datte (porque) ? -arqueou as sobrancelhas.


- Por ter me deixado almoçar com você! - levantou-se enquanto retirava a bandeja - voi indo, se não os caras vão me matar, ok?!


- Ok! - levantou-se também - preciso ir para a biblioteca organizar como eu e o Inu vamos estudar hoje ..


- Inu? - notando como havia se referido a Inuyasha, enrubesceu.


- Apenas um apelido de amigo . sorriu tentando disfarçar a extrema vergonha em que se encontrava.


- Aahhh...ok, Janna! ( até mais ) - disse já indo embora.


- Janna! - respondeu-o ainda se perguntando o porquê de ter dado aquele apelido tão repentinamente, talvez estivessem tão íntimos que nem percebia, afinal, depois de quase um ano estudando juntos, algum tipo de amizade existia, restrita, mas existia.


 Colocou a bandeja em cima da pilha de outras que estavam para lavar e iniciou a sua caminhada para fora do refeitório, com as grandes janelas, pode ver o quão nublado estava o dia, muito provavelmente iria chover na hora que estivesse saindo da escola e tinha esquecido seu guarda-chuva em casa.


 Pondo seu primeiro pé para fora daquele ambiente, pode sentir a rajada de vento atingir-lhe, demonstrando que a sua previsão, de há apenas poucos minutos, estava cada vez mais certa. Antes que pudesse continuar, sentiu ser puxada pelo braço para o lado, impactando-se com algo, que ainda a segurava.


- O que você estava fazendo com o Houjo ? - reconheceu na hora aquele timbre rouco e rude. Olhou para cima podendo encarar os âmbares que aguardavam por uma resposta. Afastou-se um pouco de Inuyasha - me responde!
- O que deu em você? - perguntou-o calma.


- Eu vou perguntar mais uma vez e eu quero que você me responda - disse trincando os dentes - O que você estava fazendo com o Houjo ? - disse a frase pausadamente.


- Nada ... ele só quis sentar comigo .. 


- Mas o     que vocês ficaram falando que você ficava rindo ?


- Inuyasha ! O que é isso ? - desvencilhou-se da mão dele que ainda a agarrava - por acaso está com algum tipo de ciúmes ? - iniciou-se em um tom bravo.


- Claro que não !


-A É ?! Porque parece que sim  ! - Disse colocando as mãos na cintura, mesmo sabendo que isso irritava ainda mais Inuyasha, pois ele alegava que sempre que ela fazia isso parecia bem mais certa que ele.


- Deixa de ser ridícula! - usou um tom sínico em defesa - apenas vejo o que você não percebe! Que o Houjo te quer !


- E o que que você tem a ver com isso ?


- Você gosta dele também ? - notou o quão a voz dele parecia mais preocupada.


- Se eu gosto ao não, você não tem nada a ver com isso ! - afirmou vendo-o se afastar com uma expressão raivosa.


- Quer saber? .... você tem razão ! eu não tenho nada a ver com isso  ... e quer saber de mais uma coisa? não quero mais te ver ! Sayonara! - antes mesmo que Kagome pudesse se defender, Inuyasha já estava fora de seu campo de visão.


 Por um tempo manteve-se ali parada ainda por um tempo, tentando assimilar os acontecimentos, até que decidiu-se por ir embora, já que não teria mais nada a fazer ali.


Inuyasha 


 Depois de um treino extremamente intensivo de futebol americano, estava finalmente dando adeus a aquele dia escolar. Olhou para fora e pode ver a chuva caindo brutalmente dos céus, com as nuvens escondendo o sol.


 Já com o uniforme comum no corpo, os sapatos trocados e o guarda-chuva em mãos, criou-se os passos para sua casa. Andava calmamente remontando a briga que teve com Kagome há alguns poucas horas , não havia um motivo explícito, mas aquele momento em que andava sozinho e o clima tempestuoso pareciam favorecer os seus pensamentos sobre tal acontecimento.


 Realmente, ele não passava de apenas um amigo para dona dos cabelos negros-azulados, nunca ela o enxergaria além disso, claro que Kagome criaria certa preferência pelos que conseguissem tirar notas sozinhos, pelos que conseguiam estudar sem se distrair com qualquer coisa, pelos que eram inteligentes. Ela nunca teria interesse por um cara que vive com a mente vagando somente nos esportes. 


- Inu-chan ! 


- Ah não ! - murmurou-se baixinho para que somente ele mesmo conseguisse ouvir - Konichuwa Kikyo - suas palavras soaram em tom de desprezo, quase implorando para que ela fosse embora.


- Konichuwa, Inu-chan ! - respondeu-o animadamente, enquanto ele apenas se repreendia por não ter sido mais rápido na fuga - posso ir para  casa com você, afinal, somos vizinhos - a morena mantinha um curvilhar de lábios extremamente sedutor, era uma pena que ele não caia nas interpretações de Kikyo.


- Sabe Kikyo, eu vou fazer um outro caminho e ...


- Não tem problema, eu vou com você.


- Eu quero ficar sozinho - disse grossamente fazendo-os parar- eu preciso de um tempo ! Onegai (por favor)... - implorou-a já ligeiramente saindo para ter certeza de que não seria perseguido.


 Sua sorte era a sua falta de compaixão com boa parte das pessoas, incluindo Kikyo, que o faziam não se arrepender posteriormente de seus atos. A morena o perseguia incessantemente, tanto em casa quanto na escola e muitas vezes ele necessitava desse momento sozinho, para que pudesse aliviar todo o rancor que guardava dentro de si.


 Caminhava olhando para seus sapatos, que pisavam nas imensas poças de água que haviam se formado com a tempestade. Distrair-se se tornava, na maioria das vezes, a única forma de fazê-lo se acalmar. Tentava contar os passos sem rumo que dava, no entanto, isso fazia com que se frustrasse, então descartava tal ação mental.


 Levantou a cabeça tendo uma visão de tudo a sua volta. Se encontrava totalmente isolado em um pequeno bairro repleto de pequenas casas, cujo tinha um pequeno parque, reconheceu-o no momento que deixou seus olhos refletirem a imagem. Era o bairro onde Kagome morava.A escadaria para o templo se encontrava há apenas poucos metros de distância. Caminhou sem pensar e agora estava ali.


 Resolveu-se por passar um pouco de tempo no parque, ficar sozinho e sentado pensando parecia-lhe uma boa ideia para manter-se são. Apesar de todos os bancos estarem ensopados, o guarda-chuva não fazia um trabalho muito eficaz durante tão brutal chuva, portanto, estava um pouco molhado, mas nada que o incomodasse.


 A cada passo mais próximo daquele ambiente ao ar livre, podia ver certa figura de cabelos extremamente negros, sentada, por entre os fios de água que caiam do céu. Não conseguia enxergar seu rosto, pois estava com a cabeça abaixada e a tempestade não era um fator que estava a seu favor naquele momento. Mas sabia dissertar corretamente quem era e o porque de estar ali naquele temporal. Se remoía e repreendia pelo que iria fazer, no entanto, sabia que era necessário.


Kagome


Não importava o quanto os pingos gélidos de chuva a incomodavam, não importava o quão esquisita parecia ao estar em meio a uma tempestade sentado no banco de uma praça, não importava o quão baixa fosse a nota que tirasse, nada lhe machucava mais que os modos como sua mãe a tratava.


 Conseguia facilmente dizer que se sentia mais confortável como estava agora do que quando dentro de casa, com aquelas milhões de regras e restrições. Sua mãe a castigou, então decidiu por fugir pela janela do quarto, sua sorte era sua mãe nunca se importar realmente com ela e nunca ir ver se estava bem ou algo do genero.


Tão imersa em seu desaforo pessoal, não notou quando as gotas de água bruscamente pararam de pingar em sua nuca, o que achou deveras esquisito, já que sua audição ainda captava com clareza o barulho de chuva. Levantou a cabeça tentando ver por qual motivo aquilo estava ocorrendo. Foi quando suas pupilas se depararam com Inuyasha parado a sua frente segurando um guarda-chuva para que ela não se molhasse, ele vendo que Kagome o havia notado, agachou-se sem sequer mover o guarda-chuva do lugar e lançou-lhe um sorriso desajeitado, mas as íris castanhas captavam o esforço dele para ajudá-la, apesar de ele permanecer com a face dura.


- Que tal irmos pra minha casa ?- sugeriu estendendo-lhe uma das mãos. Kagome por alguns segundos trocava seu olhar entre o rosto de Inuyasha e sua mão, até finalmente aceitá-la, assim ambos levantando-se e caminhando de mãos dadas.


 O seu toque quente parecia contrastar com seu jeito frio de ser, era uma perfeita combinação que nem a ciência e nem a natureza conseguiriam explicar. Somente por aquele toque de mãos parecia compreendê-la, Inuyasha não precisava perguntar para saber o que tinha acontecido, ele apenas sabia, sabia o que ela sofria. Quando sentiam-se de tal forma era como se estivessem conectados e parecia que assim seria para todo o sempre."


- Kagome ? - rapidamente retirou-se de seus devaneios direcionando-se de imediato para o ser a sua frente.


- Hai ?! - respondeu espontaneamente.


- O ... o .. o que veio fazer aqui ?- Tentava esconder a euforia e nervosismo que se embaralhavam dentro de si. Nunca pensou que ela o procuraria e agora lá estava a Kagome que conhecia, vestida com um vestido azul acinzentado, sapatilhas beges e um cardigã de lá preto, do jeito que ele sempre adorou ela.


- Eu vim por causa disso - respondeu-o estendendo-lhe o celular que jogou no jardim das extremidades das escadas do templo, que parecia tocar sem parar na mão dela. Pegou o aparelho eletrônico repreendendo-se por conta que ela via Kikyo ligando-lhe a todo o momento. Olhou para a tela quebrada que piscava alertando a chamada mais uma vez."Kikyo" -  acho melhor você atendê-la - alertou-o e, mesmo contra a sua vontade, resolveu atender.


- Moshi-moshi - disse com um leve ar de desgosto.


- Moshi-moshi, Inuyasha ! - o tom com que a morena disse tais palavras fez o jogador perceber que a conversa não lhe seria agradável - porque demorou para atender? - a voz tentando conter a raiva do outro lado da linha o deixava estressado. De soslaio observou Kagome, que parecia se distrair com o ambiente a sua volta.


- Gome ne, eu estava dormindo e deixei o celular na sala carregando... - deu a melhor desculpa que pode imaginar.


- Aahhh tá.... - ressou-se na ligação - então, eu queria te ligar porque tava com saudades, queria te dizer o quanto a América é linda e que ...


- Ok Kikyo .... a gente pode falar disso mais tarde ? ... é que eu ainda estou meio sonolento e aqui no Japão está quase de madrugada - buscou falar da maneira mais gentil possível, não queria magoá-la, mas realmente não estava em uma boa hora para conversar sobre tal assunto - eu te ligo depois, quando eu souber que o horário ta mais flexível para nós dois, ok ?


- Ok então .... beijos, te amo, sayonara.


- Também te amo - não soube explicar, mas sentiu certo pesar em seu coração ao proferir aquelas palavras, principalmente em frente a sua ex-mulher - sayonara...- retirou o celular do ouvido e logo tocou para encerrar a ligação.


- Então ... - iniciou-se a dona dos cabelos negros-azulados - acho melhor eu me retirar ... - concluiu já seguindo em passos largos querendo sair dali o mais depressa possível, não fazia questão alguma de ter Inuyasha de volta, no entanto vê-lo ser gentil com outra, especialmente se tratando de Kikyo, a abalava.


- Se você acha melhor ... - disse seu ex-conjugue em um tom singelo - então .... até amanhã! - comentou  fazendo-a se lembrar que no dia seguinte eles teriam de levar Sango e Miroku para o aeroporto.


- Até - deu um leve sorriso disfarçando a derrota que sentia por não ter conseguido novamente falar com ele sobre Chihaya, se sentia como a mãe mais covarde e egoísta do mundo, mesmo uma coisa tão crucial para sua pequena não conseguia fazer. Sentia-se deveras incapacitada por omitir, era injusto tanto para ela como para ele. 


No dia seguinte ...


  Estendeu-se a manhã a rever por diversas vezes a lista que Sango havia feito e checar se estava tudo dentro das malas. O casal iria passar uma semana e meia na Holanda, e a morena queria ter certeza de que estava carregando consigo o suficiente para sobreviver durante esse tempo lá.


- Obrigada , amiga ! - exclamou Sango já no portão de embarque enquanto abraçava fortemente Kagome. Afastou-se um tanto - eu queria poder ficar mais tempo com você, sei que a gente não se vê há anos, mas eu prometo compensar quando eu voltar, ok ?! 


- Tudo bem ... - respondeu gentilmente - eu ainda tenho que resolver alguns assuntos -comentou olhando minuciosamente para o lado, assim tendo a visão da despedida de Miroku e Inuyasha.


- Entendo ... - falou logo se aproximando - espero que você conte para ele a verdade, acredito que ele seria um ótimo pai ... - sussurrou no ouvido da amiga, que ficou um tanto impressionada, nunca havia pensado se seu ex-marido seria um bom pai, aliás, eles nunca haviam discutido sobre isso. Sango se afastou sorrindo e piscou um de seus olhos em sinal de cumplicidade, Kagome abriu um largo sorriso,quem sabe ela estivesse certa ?


- Kagome ? - sua audição captou o timbre estrangeiro de Miroku - mereço uma despedida? - ele abriu os braços.


- Mas é claro - deu uma pequena risada enquanto retribuía o gesto de afeto.


- Sayonara, Kagome ! - disse já desvencilhando-se do abraço.


- Sayonara, Miroku.... espero que aproveitem bastante - comentou agora se referindo ao casal - acho melhor vocês irem, se não vão perder o avião - comentou vendo pelo grande relógio a frente que faltavam apenas alguns poucos minutos.


- Então tá ... vamos indo Sango ? - colocou delicadamente a mão sob as costas de sua esposa.


- Vamos .... - afirmou já iniciando sua caminhada para a área de embarque e direcionando seu olhar para trás, como uma última despedida antes de sumirem de seu campo de visão.


- Kagome ? - ouviu Inuyasha chamá-la, assim direcionando-se para ele - ée.... vamos ? - a dona das medeichas negras-azuladas apenas assentiu, então ambos caminharam para fora do aeroporto.


...


 Sentada no banco do passageiro dentro do novo carro esporte do dono dos cabelos prateados, sentia-se totalmente desconfortável, pois ficar com seu ex-marido desse jeito parecia que tinha algo de errado, principalmente tendo o conhecimento de que ele estava noivo, sinceramente, se estivesse no lugar de Kikyo, naquele momento, não gostaria nada de saber que o namorado andou passeando com a ex-mulher.


 Em uma tentativa extremamente falha de se distrair, olhava pela janela observando a cidade a sua vista passar, com aquela quantidade gritante de carros e pessoas circulando pelo centro e o trânsito . Foi quando Inuyasha deu seta para dobrar uma esquina.


- Vou por um outro caminho - ele parecia ter lido a sua mente - está muito trânsito - comentou já virando o volante para o lado. Em silêncio, Kagome apenas concordou em sua mente.


 Depois de dobrarem a esquina viram que a situação não tinha uma grande evolução, mas já se encontrava em melhores condições que a avenida principal. Muitos devem ter tido o mesmo tipo de pensamento que o ex-casal e feito a mesma curva.


  Durante horas as íris castanhas tiveram que  distrarr-se com o mundo lá fora para que não notasse que ainda estava com Inuyasha ao seu lado, foi quando também sua visão deslumbrou o dia passar e a lua chegar ao seu ponto mais alto, foi quando também notou a vegetação dominar o seu redor, onde estavam ?


- Inuyasha ...


- O - o - oque foi ? - indagou um tanto nervoso.


- Onde estamos ? - perguntou mais uma vez olhando aquela mata densa e escura.


- Olha.. - a dona dos cabelos negros-azulados pode sentir a tensão em seu ex-marido. Aquela conexão ainda existia - eu peguei um atalho, tá bom ?... agora eu ficaria muito contente se você deixasse eu me concentrar pra eu não me perder... - Kagome apenas reencostou-se no banco rindo enquanto masageava suas têmporas -  o que foi ? ... de que você está rindo ? - a mistura de raiva e nervosismo eram extremamente presentes no tom do jogador .


- Você sempre foi muito ruim em direções - comentou em meio a risadas - é óbvio que a gente ta perdido - continuou em meio a gargalhadas e pode ver o olhar de Inuyasha se suavizar e seu nervosismo desaparecer, como se a risada dela fosse algum tipo de antibiótico para esse tipo de coisa.


- Ei! - exclamou em tom de brincadeira - eu não sou mau motorista!


- Eu nunca disse que era mau motorista, eu disse que você era péssimo em direções - falou depois que a série de gargalhadas havia cessado - sempre que muda alguma coisa você se perde.


- Isso não é verdade! - argumentou contra, agora com um timbre indignado.


- Não é ? - questionou sarcástica. o que não o agradou muito.


- Não! - afirmou convicto de sua vitória.


- Então eu nem devo mencionar quem se perdeu para ir para o aeroporto depois do casamento ? ... nem o cara que eu tinha que levar as primeiras semanas da faculdade para ter certeza de que ele decoraria o caminho, ou até o cara que chegava atrasado nos jogos porque se perdia para chegar no estádio, ou ...


- Tá bom ! já deu! você ganhou ..! - Kagome curvilhou os lábios enquanto cruzava os braços em sinal de vitória.


- Ótimo! 


- Mas , me diz uma coisa ....


- Fala.


- Mesmo sabendo disso,porque me deixou fazer aquela curva? -foi a primeira vez, durante o tempo que estava em Tókyo, que conseguia ver um sorriso escapar pelos lábios do jogador. Kagome sentiu seu corpo congelar em movimentos, no entanto, suas bochechas logo esquentaram, dando novamente aquele contraste.


- Eu tinha me esquecido ... - o que não era mentira, no entanto a pergunta foi tão repentina que pegou-a totalmente de surpresa- sem contar que já se passou tanto tempo e você está tão mudado que ... que eu pensei que isso também tinha mudado isso.


- Sei ... - disse em um tom singelo.


- Vamos mudar de assunto? - a dona dos cabelos negros-azulados já estava esgotada e não queria ficar discutindo sobre algo tão inútil quanto aquela conversa - até porquê nós estamos perdidos no meio do nada e eu quero voltar pra casa e descansar!


- Tem razão ... - sutilmente disse o dono dos cabelos prateados. Kagome logo pegou seu celular e colocou no gps para que pudesse ter noção de onde estavam e como fariam para voltar.


- Aqui - disse enquanto ajeitava o aparelho no vidro da frente do carro - estamos quase em outra cidade, mas não acho que vamos demorar para chegar em Tókyo de novo, afinal no gps consta que demoraríamos em torno de 2 horas para voltar - tentava convencer a si mesma de que não era um tempo extenso demais para se ficar com ele.


- Ok!


 Durante boa parte do tempo, o único som que era possível se ouvir era o do gps indicando os caminhos que deveriam ser seguidos e o do motor potente do novo carro de seu ex-conjugue, até que e certo momento, já dentro da cidade, acabaram por parar em um farol exatamente no momento em que chegou uma mensagem no celular de Kagome. " Okaa-san, onde você está ?". As mãos femininas logo pegaram o celular para responder a pequena, já estava tarde e talvez ela não estivesse conseguindo dormir, ou sua mãe já tenha ido para a cama e Chihaya estava acordada e sozinha. Respondeu-a com um breve " Eu estou chegando", logo voltando o smartphone para o lugar.


- Era sua filha ? - Inuyasha perguntou-a repentinamente. Ela assentiu - ela se parece muito com você - comentava tentando parecer normal, teria de se contentar que sua ex-mulher tinha uma filha com algum outro e que não teria mais nenhuma probabilidade de voltarem a ficar juntos, o que já era difícil sem um filho, não queria imaginar agora que ela tinha um.


- Sempre me dizem isso... - afirmou com orgulho - mas boa parte da personalidade é do pai - Inuyasha contraiu todos os músculos existentes em seu corpo, isso era um assunto demasiado delicado para ele - ela é caridosa mesmo quando está com raiva da pessoa, meio bipolar em relação aos sentimentos, pois de repente ela pode estar feliz ou triste sem um motivo aparente, só quem a conhece bem consegue dizer o que ela tem guardado e também é bem persistente quando tem um objetivo que deseja para si - dissertou as qualidades de Chihaya, tentando evitar ao máximo deixar explícito de que ele era a parte paterna dela. O farol fiou verde e ele acelerou novamente o carro. 


- Ela deve ser inteligente igual a mãe ... - comentou tentando escapar das qualidades que ela havia puxado do pai.


- Ela sempre tira notas boas - falava com orgulho - até em educação Física ....- disse com mais orgulho ainda - mas isso ela puxou de você.
- O QUÊ ? - o tom de voz dele fez-a notar o que havia dito, como pode ser tão descuidada?


- E...e...e..eu quis dizer que ela é tão boa no esportes quanto você - buscava convence-lo pondo em sua expressão uma face mais brincalhona.


- Aaahhh .... entendo ... - suspirou em alívio quando pode reconhecer que ele havia acreditado - mas e você, Kagome?


- Eu o que ? - questionou arqueando as sobrancelhas.


- Com quem esteve durante esse tempo ? - sabia que lhe doeria saber, mas necessitava ver se ela estava com alguém, ou se já tinha se separado do pai de sua filha.


- Bom ...  depois que nos separamos eu namorei o Kouga durante pouca mais de um ano - o dono dos cabelos prateados logo sentiu seu coração acelerar em ódio e raiva, como ela pode ficar com um homem que ela tinha conhecimento do quanto Inuyasha odiava? seria ele o pai da criança ? 


- E o que aconteceu pra vocês se separarem ? - ao menos eles não estavam mais juntos, o que deixava-o um pouco mais contente.


- Quando eu fui embora, ele foi junto comigo pra onde eu moro atualmente - aquela informação só o deixava mais sufocado em mágoa, mas foi um idiota na época e confessava merecer essa facada de realidade - e durante meu último ano de faculdade eu tinha uma colega de quarto chamada Ayame, que desde que o viu se apaixonou e eu nunca pode ver Kouga-kun como mais que um amigo, então eu terminei com ele e disse para que seguisse em frente e hoje em dia ele e Ayame são casados - foi a vez do jogador suspirar.


- Ele ao menos cuida bem de Chihaya ?


- O que ?


- Chihaya ..... ele não é o pai dela ?


- Não - afirmou, deixando Inuyasha confuso.


- Então você teve outro namorado durante esse tempo?


- Não - respondeu suavemente, não era possível, Kagome odiava sair para baladas ou algo do gênero que a pudesse fazer engravidar, mas as vezes, em um momento de reviravolta em relação a ele, ela acabou cometendo tal ato, ou cansada de viver sozinha, acabou adotando, o que achava deveras impossível, já que  menina era a cara de sua ex-mulher.


- Atualmente você está com alguém ? - questionou.


- Não - essa séria de respostas negativas fazia-o repensar sobre as atitudes de Kagome, será que ela também tinha mudado depois que foi embora?


  O resto do caminho foi inteiramente baseado no silêncio que só piorava o clima pesado que havia restado da conversa, sua curiosidade quase o levou a óbito naquele momento, se Chihaya não era filha de Kouga, de quem seria? Kagome teria passado a noite com algum qualquer sem proteção e acabou engravidando e tendo que passar por tudo sozinha ? Ele que causou tudo isso, se ao menos repensasse seus modos de agira há cinco anos, quem sabe Kagome e ele ainda estariam junto e Chihaya fosse a sua filha ?


-Chegamos - falou assim que estacionou em frente a grande escadaria do templo.


- Arigatou - agradeceu-o


- E .... - Aquele inicio de frase a fez permanecer sentada no carro - me desculpa por ter feito você se perder e ter tirado o seu tempo que você poderia estar com a sua filha, ou até descansando.


- Você não precisa se desculpar, .... apenas aconteceu e não me atrapalhou em nada - Kagome mantinha um sorriso gentil, para assim passar-lhe uma imagem mais calma, pois realmente ela não estava com raiva nem nada, foi quando notou que Inuyasha também sorria em resposta. Nem se lembrava o quão bonito ele ficava quando mostrava seus dentes de tal forma, afinal seu último ano de casamento não diria ser de muita felicidade, mas mesmo assim, sabia o quão raro era tal demonstração vinda dele.


- Arigatou você - devolveu-lhe a gentileza.


- Porque?


- Não sei ?! .... acho que mesmo com a gente se perdendo e eu fazendo você ficar tempo a mais comigo ... hãam - o dono dos cabelos prateados olhava para cima tentando buscar as palavras para definir o que queria dizer - e mesmo assim você não ficou brava comigo - voltou a olhar para os olhos castanhos que se encontravam negros devido a alta noite.


 Seu coração acelerava, as íris, momentaneamente negras, que o encaravam, faziam parecer ansioso por algo, ansiava por algo dela. Kagome. Porque ainda não havia saido do carro ? Será que esperava algo também ? Quando notou-se, já estava se aproximando daquele rosto feminino e delicado, aquela face tão bela que um dia deixou ir. Poderia encarar cada centímetro de seu rosto, no entanto, onde a lua parecia refletir melhor, eram nos lábios finos de cor chamativa, dos quais, estava a cada segundo mais próximo.


- Adeus - sussurrou antes de encostar sua boca a dela. Sabia que depois daquele ato ela o odiaria, por isso o adeus tão para si mesmo, provavelmente depois daquilo nunca mais a dona dos cabelos negros-azulados irá querer vê-lo na vida. Então queria aproveitar o momento em que sua língua poderia explorar, por uma última vez, cada perímetro escondido por detrás de tão atraente lábios. Sentia-se animado ao perceber que Kagome o correspondia em mesma proporção, como se ouvisse os pensamentos dele dizendo. " Essa será a nossa última vez, então vamos aproveitar" . Com se ela também já visse que no dia seguinte ela iria acordar o odiando e se odiando, mas o momento presente, era como se só existissem os dois. 


 Pegando-a pela cintura, levou-a até o banco de trás sem cessar com o beijo, sentia que se seus lábios se separassem, seria como se estivesse anunciando o fim, e não queria que tivessem um fim, queria poder pensar que era um recomeço para eles dois,mas havia muitas controvérsias para resolverem caso ambos concordassem em voltar o relacionamento, o que seria demasiado complicado, já que Kagome tinha uma filha e ele estava noivo de Kikyo. No entanto, "aproveitar", se tornou automaticamente uma palavra chave para o momento.


 Com destreza e calma na palma das mãos, Inuyasha foi acariciando a perna de sua ex-esposa, assim acabando por levantar o vestido quando as caricias partiam para uma parte mais superior do corpo. Ela entrelaçou ambas as pernas em suas costas. Ambos sabiam que estavam fazendo coisas erradas, sendo isso visto como uma traição por parte dele, no entanto a conexão que tinham já dizia tudo. Ainda existia amor entre eles, e quem sabe futuramente uma felicidade?


 Foi quando Kagome apenas se desvencilhou do beijo para tirar a camiseta do jogador, que mantinha as caricias cada vez mais espalhadas pelo corpo feminino. Inuyasha voltou a beijá-la com fervor e logo trilhou um caminho que foi descendo até o pescoço, onde seus lábios pareciam causar certo arrepio em Kagome, fazendo-a gemer em um prévio prazer que ele estava lhe proporcionando. Logo, uma de suas mãos foi abaixando a pequena linha de tecido em seu ombro, enquanto descia o beijo lentamente até alcançar os seios que, agora, estavam a mostra, assim os sugando com prazer, o que deixava-os cada vez mais excitados um com o outro.


 O modo como seu ex-marido brincava com o bico de seus seios a levava a loucura. Sua mente lhe alertava o quão errado estava sendo aquilo, no entanto, seus sentimento somente lhe repetiam o quanto necessitava daquilo, o quanto necessitava estar com Inuyasha de novo daquela maneira tão harmoniosa e despreocupada. Pensando assim, apenas foi com ambas as mãos em direção ao cinto que apertava a calça jeans azul escura de seu ex-marido, tirando-o com um pouco de dificuldade, por conta dos espasmos de prazer que a faziam não ter muito controle de seus movimentos, em seguida foi desabotoando-a lentamente, assim como o jogador, não queria que o tempo passasse para os dois.


 Abaixou o jeans deixando-o semi-nu e passando a mão carinhosamente por cima de seu membro, ainda encoberto pelo tecido, massageava-o para cima e para baixo em movimentos deveras excitantes, podia sentir o pênis dele se elevando cada vez mais conforme o seu toque, por diversas vezes Inuyasha parava de acabar-se em seus mamilos para dar uma leve suspirada excitada.


  Só conseguia ver os fios prateados descendo em mesma proporção que seu vestido descia, até o momento em que sentiu os lábios quentes de Inuyasha pararem um pouco antes de sua calcinha, mas seu vestido havia sido totalmente retirado, logo ele tirou sua boca, separou as pernas dela e , apenas afastando um pouco do tecido fino e delicado, colocou dois dedos em movimentos que iam e vinham, fazendo-a gemer alto. em seguida colocou a língua em prática, fazendo alternância entre os dedos e a língua. Kagome agarrava-se fortemente ao coro do banco. Faziam anos que não se permitia sentir tal prazer e agora, parecia que Inuyasha tinha noção disso e a estava fazendo sentir todas as sensações que estiveram em falta durante todos esses anos.


 Seu corpo de arqueava em resposta a tal ato, não queria confessar, mas Inuyasha sempre fora muito bom nesse jogo entre a língua e o dedo, era de se esperar que ele tivesse aperfeiçoado depois de anos. Cada toque molhado que recebia em sua parte debaixo era uma excitação a mais que sentia, até ele decidir sair e retirar totalmente o fino tecido que o atrapalhava,assim logo voltando, mas somente com a boca, que hora sugava, hora brincava com seu clitóris. Inuyasha tinha conhecimento dos dotes que a faziam enlouquecer,portanto, seu prazer, naquele momento, era total.


 Com as forças que haviam lhe restado, levantou-se até se sentar e o empurrou-o violentamente contra a porta do carro, deixando-o surpreso com a sua atitude. Encarava-o de um modo provocativo enquanto descia uma de suas mãos sensualmente até a elevação, ele a encarava ainda surpreso, talvez nunca pensasse que sua ex-mulher pudesse ser tão "selvagem" quanto estava sendo agora. Por dentro do tecido, agarrou o membro de seu ex- conjugue e começou a acariciá-lo para cima e para baixo, tendo uma rápida resposta que saia em forma de gemidos pela boca de Inuyasha . Estava adorando ter o controle da situação.


 Agachou-se ao mesmo tempo em que arrancava a cueca do jogador, logo dando-se de encontro com o membro ereto, pondo sua boca ao redor dele e recomeçando os movimentos para cima e para baixo , indo bem devagar inicialmente e, conforme os segundos passavam, ir aumentando a velocidade do movimento. Os gemidos de prazer que ele soltava eram o sinal de controle total dela.


 Deu uma última sugada em seu pênis, e subiu com seus lábios beijando seu abdômem extremamente forte, seguindo para o pescoço e, assim, chegando novamente ao início da noite, seus lábios. Mais uma vez o trabalho das línguas entravam em uma mesma sintonia, borboletas voavam em seu estômago, como se milhões delas estivessem presas dentro de si aguardando por uma simples brecha para poder sair. Sem sair do beijo, foi posicionando suas pernas em meio ao membro ainda ereto de seu ex-marido e foi descendo seu corpo aos poucos. Percebendo isso, Inuyasha, com uma de suas mãos, foi posicionando seu órgão genital, assim encaixando-o perfeitamente ao dela.
 Kagome começou com lentos movimentos de cavalgada em seu colo. O modo como o corpo dela mexia-se sensualmente, o modo como beijava, como sorria, até como andava o deixavam completamente alucinado, como pode deixar perder uma mulher dessa? A dona dos cabelos negros-azulados rebolava em seu colo. O coração acelerado e a troca de carícias deixavam aquela noite a cada vez mais inesquicível. O encontro que suas línguas faziam abafava o som dos gemidos, dentro daquele carro com janelas fechadas e a rua vazia, existiam somente aqueles dois seres extremamente apaixonados um pelo o outro, mas que mantiveram a chama apagada durante boa parte do tempo e que agora voltava a se acender da forma mais ardente possível. A chama mais flamejante que poderiam encontrar permanecia na conexão entre os dois corações ali presentes.


 Com a mesma destreza e precisão de sua mãos, Inuyasha foi novamente descendo com os lábios até os seios de sua ex-mulher. Empurrou-a levemente até deitar-se novamente no banco, porém sem cessar com os movimentos de vai e vem que fazia dentro dela. os gritos de excitação que Kagome permitia sair por seus lábios eram muito mais agradáveis para os seus ouvidos do que os de qualquer outra mulher. Distribuía carinhosamente leves beijos no contorno de seus mamilos, até voltar a suga-los violentamente, repetindo essa mesma sequência por diversas vezes. Nunca se cansaria disso. Poderia permanecer durante anos somente naquela posição, somente com ela. Foi quando sentiu certo líquido saindo de seu órgão genital, da mesma forma que pode sentir por parte dela, o que era um alerta de que já estava na hora de pararem.


 Cansado, apenas trocou de posição com Kagome, sendo ele agora a deitar-se no banco traseiro, logo colocando-a deitada por cima dele em seus braços. Ambos suavam e respiravam ofegantes, havia sido demasiado cansativo, no entanto, havia valido a pena. Poder senti-la novamente, ali, com ele, era uma dádiva que Deus o permitiu ter por mais uma noite. Queria poder dizer que seria para o resto da vida, entretanto, isso não cabia somente ao jogador escolher. Com Kagome encostada com a cabeça em seu peito, poderia dizer se sentir o homem mais realizado do mundo, no entanto, nunca seria o suficiente. Logo, começo a sentir leves gotas frias trilharem caminho pelo seu abdômem, rapidamente sentou-se segurando com leveza o rosto de Kagome, que mudamente chorava.


- O que foi ? - questionou preocupado aproximando seu rosto para vê-la melhor, porém apressadamente as mãos finas e delicadas o afastaram.


- Foi um erro ! - disse deixando-o um tanto atordoado - foi um erro eu ter vindo para Tókyo, foi um erro minha mãe ter contado para Sango que eu estava aqui, foi um erro ter te encontrado, foi um erro o que fizemos ! - dissertou sentindo-se arrependida de tudo que fizera nessas últimas duas semanas que havia voltado para a sua cidade natal - Inuyasha a gente não pode mais se encontrar - afirmou enquanto soluçava e se debulhava em lágrimas, e se contorcendo para frente. agilmente o dono dos cabelos prateados pegou-a fazendo-a olhar em seus olhos.


- Escuta, Kagome - iniciou-se gentilmente - se tudo isso aconteceu, foi porque você se permitiu, eu me permiti, NÓS nos permitimos! - colocou gentilmente uma de suas mãos no rosto delicado e com o dedão ia limpando os rastros de lágrimas - será possível que ainda não notou que ainda existe algo entre nós ?


- Existindo ou não, o que nós fizemos foi extremamente errado! - viu uma linha tênue de água se formar a beira das pálpebras de Kagome, o reflexo que a lua fazia em seu rosto criava certa linha luminosa destacando tal ponto - traição é errado ! e eu quero que você me prometa que nunca mais irá trair Kikyo!


- Mas ...


- Sem mas! - impôs-se sobre seu ex-marido - eu sei muito bem como é a sensação de ser traída e não permito que ninguém mais, mesmo sendo alguém de que não tenho muito agrado, sofra com isso, então por favor, Inuyasha .... Não complique mais as coisas... - a forma como proferia tal frase entre soluços amedrontados deixavam-o de coração estilhaçado. Ele havia criado tal situação, então teria que pagar pelas suas consequências e deixar Kagome ser feliz. Seria afugentado pela eternidade de ter que estar com alguém que nem estar perto gosta, mas esse era o preço a ser pago pelo que fez.


-  Esta bem ... - disse suspirando em derrota.


- Você promete nunca mais fazer isso com ela ? - os olhos castanhos o encaravam suplicando por uma resposta.


- Prometo ... - permitiu-se escapar mais um suspiro.


- Ótimo! - confirmou vestindo-se - amanhã mesmo comprarei a minha passagem e a da minha filha de volta para casa!


- Não precisa, Kagome ! - procurou ser o mais convencível possível - eu não irei mais incomodá-las, eu juro ! ... não precisa estragar seus planos por minha causa....


- É necessário sim, Inuyasha ! - disse já inteiramente vestida, apenas fazendo um coque nos cabelos momentaneamente emaranhados - Foi um erro desde o início ter vindo para cá, portanto, pretendo ir embora amanhã o mais rápido possível ... e espero não ter que vê-lo nunca mais ! - seu estômago doía ao ter que dizer certas palavras, com toda a infelicidade do mundo dizia o quão certo ele estava e falar que ambos queriam, que ambos ainda se amavam, mas era deveras errado o que estavam fazendo e, apesar do desgosto, não queria que Kikyo tivesse que sofrer o que ela sofreu, portanto, proibi-lo em sua vida deixaria registrado que nunca haveria de haver algo entre os dois novamente. Nunca mais.


 Quando deu-se por si, estava de frente ao espelho do banheiro aos prantos enquanto tomava doses e doses de anti-concepcionais, assim confirmando para si mesma de que não teria outro filho com ele, de que não ficaria mais uma marca registrada dele consigo, tudo que mais desejava era poder ir embora e voltar a viver sua cotidiana lamentação de não tê-lo contado sobre sua paternidade, de ter sua filha pelos cantos perguntando quando o pai iria vê-la e responder " Em breve, Chihaya" e vê-la reclamar de forma idêntica ao pai.Mais uma vez falharia como mãe e se deixaria ir embora sem contá-lo sobre tal fato.


No dia seguinte ... 


- Já pegou os documentos de Chihaya ? - perguntava sua mãe pela décima vez.


- Já mãe! - afirmou impaciente, não tinha tido uma boa noite de sono e seu humo dependia diretamente disso.


- Okaa-san ! - sentiu a pequena puxar-lhe o vestido - porquê a gente ta indo embora? - perguntou docemente - Kagome agachou-se para que ficasse com uma estatura semelhante a de sua filha e pudesse lhe explicar.


- Olha, filha ... surgiu um imprevisto e você e a mamãe vão ter que voltar pra casa mais cedo, tudo bem ? - buscou explicar-lhe da forma mais amena que conseguia.


- Mas e o Otou-san ? a gente não iria vê-lo? - o seu instinto de mãe captava os sentimentos totalmente desesperançados de sua pequena, no entanto, uma decisão já havia sido tomada e Kagome não voltava em nenhum de seus objetivos.


- Quem sabe ele não vá visitar a gente lá em Kyoto? - Odiava mentir, mas ver o sorriso estampado na expressão de Chihaya era a coisa que mais a tranquilizava - agora você vai terminar de arrumar sua coisas com a sua Obaa-chan enquanto a mamãe vai comprar as passagens, ok ?! - Em rapidos movimentos de cima a baixo com a cabeça, a pequena confirmou animadamente - então tá! ... - levantou-se pegando na mão de sua filha, enquanto com a outra pegava os documentos de Chihaya em cima do criado mudo - agora vamos lá com a Obaa-chan! 


- Eeeehhh ! -  Chihaya gritava animadamente, fazendo com que Kagome solta-se algumas leves gargalhadas.


...


 Durante seu trajeto até as cabines para a compra das passagens, apenas via e revia os documentos para ter a certeza de que estavam todos ali, como a certidão de nascimento, o comprovante de cidadã, carteirinha da escola, entre tantos outros que poderiam existir, porém, com a sua alta de atenção a sua frente, acabou por esbarrar em algum indivíduo, assim derrubando tudo que mantinha em mãos.


- Gome no sai ! - disse automáticamente enquanto ambos se agachavam para recolher os papéis que haviam caído ao chão. Como pode se distriar de tal maneira? Em silêncio recoliam as folhas, quando seus ouvidos captaram o que menos queria ter de ouvir.


- O que é isso, Kagome ? - elevou sua face, dando-lhe a visão de um Inuyasha confuso deixando-a extremamente amedrontada, não somente pelo ser a sua frente, mas sim pelo que ele tinha em mãos . A carteirinha escolar de sua filha, que constava o nome "Taisho Chihaya".
 
 
 


Notas Finais


Espero que tenham gostado, pois eu me senti meio insegura fazendo esse capítulo, pois é a primeira vez que eu faço uma cena mais "quente" - digamos assim - e não sei se formulei de uma forma exata para que pudessem entender, ou se foi boa e criativa, mas ... enfim ....aguardo ansiosa pela opinião de vocês !!!

Até a próxima !


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