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História Salted Wound - Company


Escrita por: primadonnasad

Notas do Autor


OI OI gente! Chegamos aos 100 favoritos hoje! AEEEEE, não que isso influencie na frequência que eu poste os capítulos, mas é sempre gratificante ver que estão gostando! Queria agradecer a todos vocês que fazem parte disso, e dizer que essa não vai ser a minha unica fanfic, já iniciei outros projetos, e quando acabar essa espero que continuem me acompanhando, um beijo para cada uma de vocês!

Capítulo 14 - Company


Seattle, USA – 23 de Setembro de 2014

Addison

  Já se passava das três da manhã e eu estava trabalhando incessantemente desde o início do plantão, já era a segunda cirurgia que eu fazia em cinco horas, com certeza o médico substituto não iria dar conta. As horas passavam voando, e desde que o Justin saiu eu não tive tempo para respirar e lamentar por ter sido tão fraca e caído em tentação, eu sabia que quando ele percebesse o que realmente sente, a escolha não seria eu, eu só não consigo entender como eu ainda me deixo levar sabendo disso, eu sabia também que quando consenti em encontra-lo de novo, eu não iria mais, chega, eu não vou fugir, mas eu tenho que resistir. Saí da sala de cirurgia me sentindo completamente exausta, passei na cafeteria do hospital e tomei um café bem forte, fui para minha sala, para tentar dormir um pouco no longo sofá branco de couro, ao me deitar senti a onda de lágrimas escorrerem dos meus olhos, tentei abafar os soluços, mas nada adiantou. Ouvi a porta ser aberta lentamente e alguém suspirar.

 - Addison – Era o Lauro. Não consegui pronunciar uma palavra sequer, soluçava alto à esta altura – Shii, não chore, por favor – ele se sentou ao meu lado e me puxou para um abraço.

 - Estou cansada, eu não aguento mais Lauro, estou me sentindo horrível – eu disse em meio aos soluços, enterrei minha cabeça no seu peito e senti ele afagar meus cabelos com seus dedos.

 - Soube que estava aqui e quis te ver, não gosto de ficar sem falar com você, e te ver assim me deixa arrasado – ele fez uma longa pausa – Foi ele de novo, não foi? – ele perguntou se afastando e me encarando, apenas assenti – Ele é um filho da mãe, Addison, por favor, me diga o que posso fazer por você, odeio vê-la assim – ele suplica e eu balanço a cabeça.

 - Não há nada que você possa fazer, eu posso, me afastando dele, vou encaminhar a Jesie para outro médico, e evitar vê-los de novo à todo custo – eu disse enxugando as lágrimas e me recompondo.

 - Diga-me o que aconteceu – ele pede e eu penso duas vezes antes de começar a falar.

 - Ele disse que está confuso, que não sabe ao certo o que sente – eu disse soltando uma risada irônica – Ele não sente nada por mim, isso é só o espirito mimado dele, ele ama a Jesie e isso nunca vai mudar, e eu não quero que mude, ele deve ficar com ela e não comigo, eu sei que independente do que acontecer, ele vai escolher ela, sempre foi ela – eu lhe disse encarando suas orbes azuis.

 - Eu queria poder te dizer que ele pode te escolher Addison, e se fosse eu, escolheria, mas eu não sei, eles estão a muito tempo juntos, tem uma longa história, e de toda forma, ele não é o único que pode escolher, você também tem que decidir, não fique esperando ele dizer que quer ou não você, a essa altura do campeonato, você já deve saber que o Justin não é para você, o cara que você merece te escolheria sem pensar, acima de tudo, enquanto ele está lá avaliando os prós e os contras e você esperando por ele, você merece mais, Addison – ele diz q eu absorvo cada palavra, ele está certo, eu fico esperando pelo Justin enquanto giro meus polegares, eu tenho que decidir por mim.

 - Você tem razão, Lauro, obrigada, não sei o que seria de mim sem você para me ajudar – eu disse lhe dando um sorriso – O Justin é passado, e a Jesie tenta ser minha amiga, não posso decepcioná-la.

  Continuamos conversando por mais alguns minutos sobre coisas aleatórias, e então ele teve que me deixar para fazer uma cirurgia de emergência, aproveitei o tempo livre para dormir por umas quatro horas, quando acordei fui checar meus e-mails, e havia um do Mark, ele apenas disse que sente saudades, e está na Austrália, resolvi não responder, eu sei que é uma questão de tempo para ele voltar para Holanda e não me encontrar lá, ele é adorável, e devia ser ele o cara que eu amaria e me casaria.

  Continuei pensando no que o Lauro me disse, ele estava certo sobre tudo, eu não devia me sentir tão culpada quando eu não errei sozinha, eu terei que resistir ao Justin até quando ele desistir de mim, o que eu espero que ocorra logo, e então ele seguirá com a vida dele e eu com a minha. Ele foi apenas uma paixonite quando fui adolescente, coloquei isso na minha cabeça.

  Tomei um banho e troquei de roupa, em uma hora iria encontrar a corretora de imóveis, pensei em comprar logo algum lugar, seria um investimento de toda forma, em alguns minutos ela chegou e seguimos no meu carro alugado até o local, era um prédio novo, de trinta andares, branco com detalhes na cor de aço e algumas partes espelhadas, lindo, entrei com ela e fui para o apartamento, fiquei no andar vinte e nove, não queria cobertura. Era um lugar amplo e claro, tudo era branco e havia uns tons de creme, estava vazio e havia paredes de vidro que davam uma visão extensa de Seattle, haviam duas suítes e um quarto pequeno, a cozinha era totalmente branca e havia uma ilha no centro moderna, fui aonde seria o meu quarto e é muito amplo, com uma parede de vidro e uma porta que dá acesso ao closet e ao banheiro, eu havia adorado o local e acertei com ela, sobre a papelada e outras coisas, ela iria me indicar uma decoradora e semana que vem estaria tudo pronto.

  Voltei para o hospital e trabalhei o resto da manhã, no horário do almoço fiquei com o Lauro no refeitório falando de coisas aleatórias, disse a ele sobre minha mais recente aquisição, e disse que estava escolhendo um carro, ainda não entramos em um consenso sobre o carro ideal para mim. Já estava de noite e eu estava saindo do hospital, deixei minhas coisas no carro e fui ao Joe beber algum drink para relaxar, duas horas depois fui para o hotel, embora eu não possa viver aqui para sempre, é bom ter quem faça tudo por você, ao entrar no saguão vi uma cabeleira loira de costas, e eu reconheci naquele instante, era a Jesie.

 - Jesie? – a chamei com tom de insegurança, o que ela estava fazendo aqui, à essa hora?

 - Oi Addison – ela se virou em um salto nervosa, ela sabe de alguma coisa? Meu coração esfriou na mesma hora – Preciso falar com você, se não fosse urgente eu não estaria aqui – ela fala e eu peço para que ela me acompanhe até a minha suíte, um frio percorre a minha espinha, só de pensar que em menos de vinte e quatro horas atrás eu estava aqui com o noivo dela e agora ela está aqui.

 - E então, no que posso ajudar? – pergunto após oferecer algo para ela beber e pedir que se sentasse.

 - Addison, eu não tenho seguido as suas recomendações – ao mesmo tempo que me senti aliviada, me senti intrigada. Por que ela não estava seguindo as minhas recomendações?

 - E porque não está seguindo? Jesie o seu estado de saúde é um tanto delicado, você tem que fazer exercícios, tomar os remédios que te receitei e comer alimentos saudáveis – lhe passei o sermão pausadamente.

 - Eu sei, mas é que eu não posso mais tomar aqueles remédios sabe – ela disse baixinho como se estivesse me contando um segredo. Eu fiquei sem entender.

 - Vai ter que ser mais clara do que isso, eu vi seus exames, te avaliei, e você pode tomar aqueles remédios, a menos que – parei na mesma hora, e meu mundo começou a girar na velocidade da luz, não, aquilo não podia estar acontecendo, não, porque justo agora?

 - Addison – ela me chamou duas vezes e eu continuei estática – Addison, por favor me escuta! – ela pediu e eu voltei ainda em pânico.

 - Estou ouvindo.

 - Eu estou grávida – ela disse e vi lágrimas saírem de seus olhos, ela riu e eu quis me jogar da janela. Ela não podia engravidar.

 - Jesie, eu sinto muito – eu digo e ela me encara incrédula.

 - Como assim sente muito? Não pode ficar feliz por mim de verdade uma vez na vida? Eu deveria ter previsto isso – ela começou a me metralhar de acusações e eu apenas suspirei para aquela ignorância.

 - Jesie, você não pode engravidar – eu disse – e se você tivesse fechado a boca para me escutar teria me privado de tantas acusações.

 - Como assim eu não posso engravidar? Eu estou perfeitamente bem nessa área, eu já havia feito exames antes.

 - A questão Jesie, é que você tem um coração frágil, e podem haver muitos surtos durante a gravidez, os hormônios vao te fazer mal, vão te estressar e seu coração vai descompassar, e na hora do parto, as chances de resistir são mínimas, e haverá sequelas para toda a sua vida – eu disse lentamente e ela absorveu minhas palavras negando com a cabeça levemente.

 - Não! Addison, por Deus, me ajude, eu quero muito esse bebê, eu já amo ele, não posso perde-lo, tem que haver algum jeito de isso dar certo! – ela me implorou com o olhar e eu senti pena dela, ninguém merecia passar por isso.

 - Eu sinto muito Jesie, não há nada que eu possa fazer, como sua médica, te digo que a escolha é sua sobre abortar ou não, e já te avisei dos riscos, mas como uma amiga, te digo que deve conversar com o Justin e decidir com ele o melhor a fazer.

 - Eu não posso perder esse bebê, Ad – ela me chamou pelo apelido – É a minha chance de melhoras as coisas com o Justin, tem sido difícil ultimamente – ela disse e eu engoli seco, eu era a causa da tristeza dela.

 - O Justin já sabe da gravidez? – perguntei sabendo a resposta, é obvio que ele não deve saber.

 - Não, ele não sabe, e depois do que me disse, eu não posso contar agora, ele vai me pedir para abortar, e eu não posso suportar essa pressão – ela disse exasperada.

 - Você tem que contar Jesie, quanto mais demorar, mais a sua vida vai estar em risco, e você não pode ser egoísta com ele, ele deve participar da decisão.

 - Tudo bem Addison, eu sei me cuidar sozinha – ela disse em tom arrogante – Vou procurar outras opiniões, algum médico deve ter a solução – ela fez pouco caso da minha habilidade profissional? Isso é sério?

 - Como quiser, se quiser eu mesma posso te encaminhar para o outro cardiologista do hospital, mas não fique muito esperançosa – eu digo e ela se despede.

  Céus, como eu queria outras férias agora, não faz uma semana que voltei e parece que se passaram meses. O trabalho em si não me cansam, mas esse dilema com a Jesie e o Justin é exaustivo. Fechei a porta e me preparei para dormir, assim que deitei meu celular vibrou. Lauro.

 - Fala – atendi.

 - A senhorita poderia, por favor, liberar a minha subida? – ele pediu e eu encarei o telefone, o que ele está fazendo aqui? Ele me disse que ia para uma balada, até me convidou mas eu estava exausta.

 - Só um segundo – peguei o telefone no criado mudo e pedi que liberasse o Lauro, em dois minutos ele bateu na porta. Eu abri e me deparei com ele vestido casualmente com uma sacola de papelão grande em mãos – A que devo a honra de sua ilustre presença? – dei passagem para que ele pudesse entrar.

 - Bem, desisti da balada, e estava no tédio, passei em uma loja de conveniência, e comprei algumas besteiras, e vim pra cá – ele disse resumidamente, se jogando na minha cama – Que inveja de você, essa cama é ótima – ele disse e eu gargalhei me deitando ao seu lado.

 - O que você trouxe? – perguntei vasculhando a sacola.

 - Um pouco de tudo, coloca ai alguma coisa pra gente assistir – ele pediu e eu liguei a tevê, estava passando um desenho idiota, tentei expulsar ele, e manda-lo para casa, mas estava tão cansada que dormi e nem vi se ele saiu.


Notas Finais


Bem, o capítulo não ficou grande, mas é necessário que seja assim, para que os momentos da fanfic fiquem bem divididos e a leitura não fique cansativa, me digam o que acharam e deem opiniões, por favor <3


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