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História Salted Wound - Escolha


Escrita por: Neutra-chan

Notas do Autor


Galera, oque posso dizer do meu atraso ?? Sinto muito. Foi meu aniversário e eu meio que esqueci de vocês meus amores, mas desculpa mesmo.

Outra coisa, a terrível tragédia... Sabe, não torcia, mas peguei a dor para mim, e acredito que vocês também, esse foi um outro motivo..

Mas enfim, espero que gostem. Apesar de todo esse tempo, não pude dar uma segunda revisada, então desde então desculpa pelo os erros e espero que gostem !!! 💖

Capítulo 12 - Escolha


- De qualquer jeito, vamos sair daqui. Eu prometo – completei com a voz confiante.

Salted Wound.

Já fazia duas horas em que havia bebido o sangue de Konohamaru. Rin tinha saído para servir e cumprir suas obrigações a Madara, e Maru-kun, ainda não tinha voltado.

- Você podia... – sussurrei puxando meu tornozelo com força, tentando estourar a corrente. – Abrir... – rosnei dando um último puxão e arrebentando o objeto, finalmente livre.

Se via marcas vermelhas e algumas mínimas roxas, mas estava bem, não ardia quando andava.

Fui até as grades, olhando para os lados na tentativa de achar a morena. Nada. Céus...

Peguei duas grades, uma com cada mão. Apertei-as o máximo que pude até minha palma arde e comecei a afasta-las lentamente.

Aos poucos pude perceber o ferro se dobrar, abrindo uma pequena passagem, porém sendo o suficiente para mim passar. Andei pelos corredores daquele lugar, até aonde se encontrava uma porta de madeira. Abri-la lentamente, mas não pude evitar o gruir dela.

Passei por ela, dando de cara com uma escada. Subi, então entrei numa ala mais afastada da cozinha. Fiz uma analise no local antes de sair andando.

A casa parecia ser antiga, a maioria dos móveis era madeira, muitos quadros por todo lado e espelhos, resumindo, a aparência perfeita de uma casa assombrada.

- Obito, vá buscar a Haruno! – ouvi de longe Madara ordenar. Passos se aproximaram, consegui gatinhar até a geladeira, conseguindo me cobrir da visão do homem.

- Pode deixar – respondeu andando até o lugar que tinha saído.

Ao vê-lo passar pela a porta, sai do meu suposto esconderijo e fui a procura de Rin.

- Rin ? – sussurrei andando pelos corredores. – Rin, cadê você ?

- Vá a algum lugar, Sakura ? – ouvi a voz de Madara atrás de mim, e logo recebi um golpe no pescoço, desmaiando.

Minha visão foi se ajustando aos poucos. Estava em um cômodo novo e pior, toda acorrentada. Braços e tornozelos, em um aparelho de ferro.

Posicionei, para logo forçar meus braços para baixo, tentando arrebentar novamente uma corrente, porém queimei-me no ato, soltando um ruído de dor.

- Você só vai se machucar garota – Madara adentrou o local, andando até mim e ajoelhando em minha frente, para ficar a minha altura. – São banhadas a prata, que por sinal é a sua fraqueza. A fraqueza dos semis.

- O que você quer comigo ? Pretende me manter aqui até morrer de fome ?

- Talvez, ou podes morrer de um jeito ainda pior – respondeu.

- Esse desejo em me ver morta ainda é incompreendido por mim, mas saiba que eu sei sobre a Rin, seja inveja ou sei lá oque que tenha de nós, não matará as duas.

- Inveja? Cismas-te mesmo com isso, mas tenho uma surpresa. Obito – falou e logo o mesmo entrou no quarto, carregando Rin, no mesmo aparelho em que eu estava.

- Rin... – sussurrei vendo-a toda machucada. -Estás morto Madara!

- Deve me agradecer, graças a mim, encontraste sua prima, ou melhor dizendo, sua última familiar – disse.

- Prima ? – perguntei olhando-o e depois levei meus olhos a morena.

- Sim, sua mãe se chamava Mebuki Nohara, era irmã do pai de Rin, mas ao casar-se com Kizashi Haruno, trocou o nome, o que foi seu pior erro – explicou.

- Erro, por que erro ? – perguntei desesperada vendo-o se retirar do local juntamente de Obito. Fiquei sem resposta.

Logo encarei a morena, pela sua expressão também não sabia de nada que se havia dito. Estava cabisbaixa, e com os pensamentos nas nuvens.

- Rin, por acaso você sabia disso ? – perguntei.

- Não, mas que minha família, bem, nossa família era descendentes de semis isso eu sabia – respondeu erguendo a cabeça para encarar-me. – Os Noharas tinha uma longa linhagem de semi-vampiros, dois a cada dez nascia com poderes.

- Mas por que ?

- Há única pessoa que tinha essa resposta está morta a milhares de anos – respondeu. – Bom, talvez a gente encontre ela.

- Não vou morrer aqui – falei esperançosa, enquanto pensava numa solução. – Rin, sabe aonde têm um telefone?

- Ali – olhou para o meu lado, aonde tinha um telefone em cima da mesinha.

- Se eu conseguir soltar meus braços, talvez consiga pega-lo – comecei a calcular a minha distância com a mesa, e daria certo se conseguisse me soltar.

- Não! Sakura é ferro, você vai machucar seu pulso todo – me reprendeu.

- Não tem jeito Rin – falei já me preparando para executar meu plano. Com meus braços para cima, comecei a força-los para baixo, tentando aproveitar o resto do sangue do Konohamaru em meu organismo.

Aos poucos fui sentindo meu pulso queimar, como se tivessem cortando ele com uma lâmina quente. Mordi meus lábios com força, impedindo eu mesma a gritar e expor o que estava fazendo.

Logo meus braços caíram com força ao chão, com as correntes penduradas. Ainda ardia, ardia muito, mas deixei isso de lado e comecei a me esticar para alcançar o telefone. Felizmente foi um sucesso.

Peguei o telefone toda desengonçada, e disquei o número desejado.

- Para quem está ligando ? – a morena perguntou assustada.

- Alguém que possa nos tirar daqui – respondi colocando o telefone na orelha e começando a escutar o barulho da chamada.

Cinco vezes, já estava perdendo a esperança de alguém me atender e ficava cada vez mais assustada pela possibilidade dele estar realmente morto.

Do nada, a ligação foi atendida, mas um silêncio vagava por ela.

- Alô, Sasuke? – perguntei quase chorando – Sasuke? – perguntei novamente sem resposta. – Olha, por favor, se for você fale comigo... Eu estou pressa, Madara me pegou... Ele está me machucando Sasuke, por favor me ajuda..

Meu coração só se apertava com os segundos de silêncio, dando cada vez mais a certeza do que temia. – Preciso de você... – sussurrei ao final.

- Estou aqui, Sakura – ouvi sua voz rouca e grossa falar comigo, e então as lágrimas desceram de felicidade.

- Sasuke, eu pensei que tinha morrido – falei apertando o telefone contra a orelha, como se dessa forma ficaria mais perto dele.

- Vai ser difícil se livrar de mim, querida – disse, roubando-me um sorriso. – Agora me diga aonde está.

- Eu não sei... Mas, aparenta ser uma casa, bem antiga de madeira, cheia de quadros e espelhos...

- Preciso dizer quantas casas existem assim? Eu preciso de um ponto chamativo, tenta achar algo fundamental na casa – explicou e eu comecei a olhar em volta. – Antes de qualquer coisa, Madara te machucou ou lhe tocou?

- Não, ainda não... – respondi temerosa.

- Como assim ainda não? – perguntou já com a voz alterada.

- Eu tentei fugi Sasuke, ele me pegou e agora estou pressa. Sem contar oque ele vai ser capaz de fazer quando descobrir que eu liguei para você – respondi.

- Então procure algo chamativo Sakura, agora! – ordenou, parecia ter se preocupado.

- Tem a imagem de um abanador da entrada da casa, se servir – Rin falou.

- Quem está ai com você ? – o moreno perguntou de imediato.

- Ao ponto, minha prima, mas depois explico isso. Tem a imagem de um abanador em frente da casa, serve ? – perguntei mordendo os lábios.

- Qual a cor? – olhei para Rin esperando a resposta.

- Vermelho, branco, e o contorno preto – respondeu.

- Acho que sei aonde estão, em breve estou aí – falou trazendo alegria. – Agora coloquem tudo no lugar e finja que não aconteceu nada.

- Isso é impossível, eu tive que arrebentar umas correntes aqui... – sussurrei.

- Deixe que eu as prendo novamente – olhei para aonde a voz tinha saído. Madara estava escorado na porta de entrada. Seus olhos estavam roxos a me encarar, me petrificando. – Quer ajuda, Haruno?

- Sasuke... Sasuke socorro – comecei a falar ao vê-lo se aproximar. – Sasuke!

- Calma, só quero conversar com meu sobrinho – falou pegando o celular das minhas mãos e apertando uma tecla. – Primeiramente Sasuke, quero dizer que sua garota é bem valente, por pouco não amputou o próprio pulso.

- Solta ela Madara – ouvi a voz dele do outro lado da linha.

- Ainda não, primeiro nossa Haruno precisa saber de algumas coisas, certo Sasuke ?

- Não ouse.

- Ouso sim, tem medo dela nunca mais voltar para você? – perguntou sorrindo maleficamente. – Levarei seu silêncio como sim, então vamos começar. Preparada, Sakura ?

- Deveria estar ? – perguntei como forma de irritar ele.

- Tem curiosidade da sua família né? Então deveria – pegou uma cadeira e se sentou a poucos centímetros de mim.

- Minha família? – perguntei quase em um sussurro. – O que sabe sobre ela?

- Muita coisa – respondeu e olhou o telefone em sua mão. – Diga também oque sabe, sobrinho...

- Cala a boca Madara! – Sasuke exclamou.

- Ok, eu falo – disse voltando a encarar-me. – Haruno, está na hora de saber a verdade, pequena.

- Como sabe da minha família? – perguntei novamente.

- Os Harunos ficaram por muito tempo na minha cola, ou melhor, na cola dos Uchihas – falou desinteressado. – Seus pais eram caçadores.

- Caçadores? – olhei-o curiosa.

- Sim, caçadores. Eles pensavam que a existência de um ser superior a um humano era injusta, então caçavam nós para matar-nos – explicou.

- Então cadê eles, estão vivos? – perguntei já desesperada.

- Bom, acho que Sasuke deve responder isso – falou olhando para dispositivo em sua mão.

- Não... – o moreno respondeu do outro lado com voz baixa. E agora eu pude me sentir sozinha de verdade no mundo.

- E quem os matou ? – Madara perguntou sorrindo. E nada foi respondido. – Vai falar ou não? Não se esqueça que sua garota está bem aqui na minha frente toda acorrentada, e falando nisso, ela tá com uma queimadura horrível nos pulsos, seria muito pior se piorasse e...

- Eu falo, mas não a machuque – falou e pude ouvi-lo bufar. – Foi... foi eu, eu matei seus pais Sakura.

Senti o mundo parar de rodar completamente, havia levado um facada no coração?

Parecia um pesadelo, a pessoa por quem havia me apaixonando, mesmo sendo xingada, tinha matado meus pais? Eu morava com a pessoa que tinha tirado meus pais de mim?

- Sasuke, é mentira né? - perguntei chorando. – Sasuke, diz que é mentira...

- Sakura, por favor deixa eu explicar – falou interrompendo-me, mas Madara logo encerrou a ligação.

- Bom, agora que está tudo resolvido – seus olhos brilharam roxos novamente e suas presas cresceram. – Acho melhor acabar com sua dor – levantou-se de sua cadeira e veio até mim.

Apenas abaixei a cabeça, ele estava certo em uma coisa, meu sofrimento iria acabar. Notei seus pés em minha frente, mas nenhuma agressão foi feita.

- Não lutará pela a sua vida? – perguntou.

- Qual diferença? De qualquer jeito vai me matar, e também tens razão, só dará um fim a minha dor – respondi ele ainda com a cabeça encurvada. Senti seus dedos vim até meu queixo e erguer para eu encara-lo.

- Sabe, logo meu sobrinho virá aqui, isso é certeza. Então, se escolhes-te ficar comigo, não irei te matar, pelo ao contrário, receberá todo cuidado e, libertarei sua prima – falou dando um sorriso nunca visto por mim. – Você escolhe – e se retirou.

Aquela foi uma proposta tentadora, sei que ele era meu inimigo, mas não vou voltar para o moreno cretino... Que assassinou minha família.

A noite Madara tirou eu daquele aparelho de ferro e me levou a um quarto afastado daquele lugar, deu-me sangue, dizendo que melhoraria meu pulso e disse que podia dormir ali.

Na manhã seguinte, acordei novamente acorrentada, mas pelo jeito aquelas não era de prata.

- Haruno, meu sobrinho veio lhe buscar – Madara adentrou a quarto e soltou-me das correntes.

- Não quero vê-lo – falei enquanto o mesmo me puxava.

- Mas tem, espero que ainda se lembre do que disse ontem – falou por fim antes de me levar ao andar de baixo.

Sasuke estava lá, acompanhado de Itachi. Notei a expressão feliz dos dois em me ver, mas nenhuma gota de alegria fazia presente em mim.

- Sakura, vem, vamos para casa e... – Sasuke começou a falar, como se nada tivesse acontecido, então eu o interrompi nervosa.

- Não! Não vou embora com você – dei um sorriso sarcástico, que havia aprendido com o mesmo. – Matas-te minha família Sasuke, e espera que eu vou lhe obedecer?

- Ele tem uma explicação – Itachi interferiu.

- Foda-se! Você também está errado, ficou cobrindo a mentira dele – falei se aproximando do mesmo. – Eu acreditei em você, confiei em você, e agora isso?

- Me desculpa Sakura, mas concordamos em Sasuke lhe contar a verdade – explicou com o semblante triste.

- De qualquer jeito, obrigada – falei, fazendo ele arregalar os olhos. – Obrigada pelos nossos pequenos momentos – andei um pouco para a direita, parando em frente ao moreno mais novo. Assumo estar com saudade dele, mas não conseguia vê-lo como antes. – Já você... Eu te odeio – praticamente cuspi as palavras em seu rosto. – Vão embora, agora aqui é minha casa.

- O que?! não pode fazer isso – Itachi retrucou rapidamente. – É o Madara com quem está querendo morar.

- E o que que tem? Em nenhum momento ele mentiu para mim – andei até o lado de Madara e encarei Sasuke esticando meu pulso ainda com marcas de queimadura. – Está vendo? É culpa sua, por me fazer acreditar em você.

Não esperava o ato dele usar sua velocidade e parar cara a cara comigo. Seus olhos estavam vermelhos e ele ousou apertar meu pulso. Antes de Madara ir atacar, dei-lhe um tapa no rosto, oque machucou por conta do sangue que havia bebido.

- Eu falei, vai embora! – repeti vendo-o massagear o rosto e relutante sair da casa.

- Bela escolha, Haruno – Madara sussurrou em meu ouvido antes de também sair do local, deixando-me sozinha.



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