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História Salted Wound - Suposto vampiro


Escrita por: Neutra-chan

Notas do Autor


Oi gente !!
Mais um capítulo para vocês! Espero que gostem, aproveitem e uma boa leitura ! 😙

Capítulo 2 - Suposto vampiro


Fanfic / Fanfiction Salted Wound - Suposto vampiro

Ainda estava cedo.. Tinha que esperar ela crescer.. E quando isso acontecer.. terei ela para mim.
                      
                          Dias atuais.

Acordei cedo como de costume, mesmo sendo sábado, um dos resultados de não ter pais. Não podia relaxar e acordar onze horas da manhã igual a qualquer adolescente, até por que a Tsunade não para em casa, vive enfurnada em seu hospital, o que me fazia a dona de casa.

Tomei um banho rápido e coloquei um short e uma camiseta, fiz um coque em meu cabelo e comecei a fazer uma rápida faxina. Tirando pó, varrendo o chão e arrumando a bagunça. Tia Tsunade fala para mim parar um pouco, mas eu sinto que sempre terei uma divida com ela, por ter me acolhido e me dado abrigo e comida, e como forma de pagamento, mantenho a casa limpa.

- Sakura! – ela chamou assim que passou pela a porta de entrada. Olhei para o relógio que estava pendurado na parede, era uma da tarde, as horas passaram voando – Sakura! Está em casa ?

- Tia! – exclamei e caminhei para a sala, a encontrando – como foi o trabalho hoje ?

- Exaustivo – ela colocou a mão na cabeça, parecia estar com dor na mesma – vou ir fazer o almoço.

- Não se preocupe – coloquei uma mão em suas costas e comecei a empurrar pra escada – eu mesma faço o almoço, e você vai descansar.

- Querida, não temos mistura na dispensa. Vou comprar, e depois você faz a comida.

- Eu vou comprar, apenas me dê o dinheiro. E não precisa se preocupar, não serei sequestrada – completei a frase com um pequeno sorriso.

Ela tinha medo de alguém aparecer e me sequestrar, sem nenhum motivo.

- Cuidado – ela pediu e eu concordei – tem dinheiro em minha bolsa, pegue e vai de carro – terminou de falar e começou a subir as escadas.

Tirei o avental que estava usando e o pendurei no gancho da cozinha, depois peguei o dinheiro e caminhei pra saída. Pensei na possibilidade de ir de carro, mas como o mercado era a cinco minutos de casa, fui a pé mesmo.

Chegando no supermercado, fiquei feliz ao ver que o mesmo se encontrava praticamente vazio. Eles estavam mudando tudo, desde os lugares, até as prateleiras de lugar, o que não facilitou para eu achar o açougue.

- Um quilo de bife, por favor – pedi pro atendente, que logo foi pegar meu pedido.

- Licença, moça – tocaram em meu ombro, me virei rapidamente para ver quem era. Um loiro alto e de olhos perfeitamente azuis – sem querer incomodar, mas poderia me mostrar o corredor que fica o macarrão.

- Claro – peguei meu pedido que já estava no balcão e coloquei em minha cesta – também está perdido com toda essa mudança ? – perguntei já começando a andar e sendo seguida pelo o tal loiro.

- Sim – ele coçou a cabeça – ainda bem que você é uma pessoa gentil, veio me ajudar.

- Não se preocupe. Mas diga, é novo na cidade ? Nunca o vi por aqui.

- Não – ele respondeu – mas não gosto muito de sair de casa, só vim aqui por que fiquei com muita fome – soltei um riso – qual o seu nome ? – me assustei, a pergunta foi de repente – desculpa, acho que é estranho dizer o nome para alguém que acabou de conhecer no mercado.

- Não é estranho, pra quem é observada quase todas as noites por um desconhecido – simplesmente soltei. Parei de andar ao perceber minha burrada – uau, eu acabo de soltar um dos meus segredos pra um desconhecido.. Isso é estranho.

- Observada ? – ele me olhou desconfiado – por acaso você não se chamaria Sakura, né ?

Arregalei os olhos, como um desconhecido sabia meu nome ?

- Como sabe meu nome ? – perguntei assustada.

- Bom.. – ele pareceu nervoso – você é a única garota de cabelo rosa – ele sorriu. E ai eu percebi que já tínhamos chegado – bom Sakura, muito obrigado, mas agora eu tenho ir – e começou a sair correndo.

- Espera! – mandei mas não adiantou – qual o seu nome.. – sussurrei em vão.

Paguei a carne no caixa e quando sai pra fora do mercado, surpresa! Estava chovendo.

- Droga! Por que eu não vim de carro ? – perguntei pra mim mesma batendo o pé no chão.

Respirei fundo e comecei a sair correndo. Quando cheguei em casa já estava completamente molhada, ia para o banheiro, mas um papel da mesa chamou minha atenção.

Sakura, querida. Tive uma emergência no hospital, se cuida. Beijos.

Nenhuma novidade para mim. Sempre era assim.

Fui pro banheiro e já lavei meu cabelo, em seguida coloquei uma jeans e uma camiseta branca larga. Fiz o almoço e foi ai que me permiti relaxar.

Deitei no sofá e liguei a TV, a tarde foi caindo e a noite chegando, olhei no relógio, nove horas da noite. E do nada a campainha tocou.

Caminhei rapidamente para a porta, e em seguida a abri.

- Asuma! – exclamei ao vê-lo – tudo bem ? O que faz aqui ?

- Tudo normal, mas, vim a pedido da Tsunade. Ela esqueceu uns relatórios e pediu para mim vim pegar, disse que estava em seu quarto – terminou sua frase e soltou a fumaça de seu cigarro que estava em sua boca.

- Certo, vou ir lá pegar, um segundo e já volto – comecei a correr em direção a escada e depois ao quarto de minha tia. Tinha uma pasta em cima de sua cama, a peguei e desci – achei, Asuma! – exclamei assim que cheguei na sala, mas não tinha ninguém na porta. – Asuma ? – coloquei a pasta no sofá e fui até a porta de entrada. Ninguém. Ouvi passos no andar de cima – Asuma! Desça já da ai, você sabe como minha tia é nervosa, e ira ficar louca se souber que entrou em nossa casa sem permissão.

Subi novamente no segundo andar e comecei a revirar o local.

- Não é o momento adequado para brincar, Asuma. Saia logo de onde está escondido e depois vaza da minha casa – parei no meio do meu quarto, assim que avistei um sombra ao lado da janela, o lugar aonde não batia a luz da lua – saia da aí, não lhe dei permissão para entrar na casa e principalmente em meu quarto.

- Interessante – engoli seco, não era a voz do homem que eu esperava ser. Era mais grossa e mais rouca – quando eu estou do lado de fora, você pedi pra mim entrar. Mas quando eu entro, você pede pra eu sair ?

- Não me lembro de pedir para um estranho entrar em minha casa, agora por favor, retire-se – retruquei.

A duas semanas tinha deixado um bilhete para o homem que fica me observando a noite. Pode parecer burrice da minha parte, mas pedi para ele entrar, com o seguinte bilhete :

Sinceramente, isso já está ficando cansativo. Pra ficar me observando quase todas as noites tem que ter um motivo e sei, que deseja algo de mim. O que acha de um acordo ? Deve saber que eu não tenho medo de você, então entre aqui, e vamos conversar. Dependendo do que você quiser em troca.. eu lhe dou.

- Você.. é o homem.. – apontei pra janela – que fica me olhando ?

- Sim – mesmo no escuro, deu pra ver o mesmo cruzar os braços – diga-me, o que deseja saber ?

- Como sabe que eu quero saber de alguma coisa ?

- Consigo ler sua mente – respondeu e eu o olhei impressiona.

- Parabéns – falei em tom de deboche – consegue ler, meus movimentos também ? – perguntei e balancei as mãos, o que fez ele bufar – cadê o Asuma ?

- Mandei ele ir embora.

- Deixa eu adivinhar – coloquei o dedo indicador na boca fingindo estar pensando – você.. o hipnotizou ? – perguntei dando risada, mas que logo se desfez quando ele concordou com a cabeça – por acaso você é algum mágico ? Ou.. macumbeiro ?.. Sla.

- Tente adivinhar.. Sakura. Se você acertar, ganhara um prêmio – ele transformou minha pergunta em uma gincana, bem legal. Tentei ajuntar algumas coisas pra descobrir, mas não tinha muitas pistas – sabe, consigo sentir o cheiro e a pulsação de seu sangue daqui.

- Por acaso você.. não, não seria possível – balancei minha cabeça, tentando tirar aquele pensamento.

- Tente a sorte.

- És um vampiro ? – quando fiz essa pergunta estava no meio do quarto, e em um piscar de olhos, estava com as costas grudadas na parede e o tal homem me prensando na mesma.

- Parabéns – ele sussurrou em meu ouvido – acertou, e aqui está o seu prêmio – ele afastou os cabelos do meu pescoço, me fazendo arrepiar – na verdade.. o meu prêmio.. por conseguir ficar tanto tempo sem você – senti algo penetrar em minha pele, como se fosse duas agulhas e depois sugadas, sentia meu sangue ir embora.

- Aah! – exclamei de dor. Apoiei meu braços eu seu peitoral e comecei o empurrar, o que foi totalmente em vão – m-me larga, tá doendo – acabei por soltar um gemido de dor, fazendo o mesmo me soltar e dar um passo pra trás. Ele era moreno, seus olhos estavam vermelhos brilhantes sua pele alva e dava pra ver suas presas e sua boca coberta de sangue. Corri para o banheiro e examinei meu pescoço. Todo sujo de sangue e podia se ver dois furos. Minha camiseta branca, já estava ensanguentada – você é louco ? – perguntei colocando a mão no local machucado.

- Quantos anos eu não esperei para fazer isso – ele passou a mão na boca – Agora, presta atenção no que irei dizer, amanhã virei busca-la de manhã, esteja com as malas prontas ira morar comigo e também avise a Tsunade que o tempo acabou.

- Está louco se acha que irei morar com um canibal.

- Ao contrario dos canibais, somente sangue me interessa - ouvi a porta de baixo sendo aberta.

- Tia.. – sussurrei olhando pra porta do banheiro, e quando voltei meu olhar para encara-lo, ele não estava mais em minha frente. A janela estava aberta e as cortinas balançando. Aproveitei o momento para sair correndo, desci e fui de encontro com a Tsunade – Tia!

- Sakura! – exclamou assim que me viu com o pescoço coberto de sangue – o que aconteceu ? Por que está machucada ?

- Um homem tia.. – tirei a mão do ferimento para ela examinar – um homem veio aqui e.. me mordeu. Ele disse que era vampiro.. e mandou eu avisar que o tempo acabou.

- Bom, pelo menos não pegou a aveia principal – ela colocou as duas mãos em meu ombro e começou a me guiar para o banheiro – Ele disse mais alguma coisa ?

- Para mim fazer as malas.. que eu iria morar com ele – chegando no comado, começou a limpar a ferida e fazer um curativo – Tia, por todo esse tempo, não tive medo do tal homem. Mas agora..

- Calma Sakura, respira e se acalme-se – respirei fundo – agora, vá arrumar as malas.

- Vamos sair da cidade ? – perguntei já animada. Assumo, aquele homem, não era o que eu estava pensando.

- Não, se esqueceu do que ele disse ? Ira morar com ele!

- O que ? – me afastei dela – só pode estar brincando!

- Não Sakura! Não estou brincando – ela ergueu a voz – olha o que ele fez no seu pescoço. O que acha que ele ira fazer se não obedece-lo ? Eu já deveria saber.. um dia ele iria vim te buscar.

- O que disse ? – coloquei a mão em cima do ferimento – como assim ele viria me buscar ? Ele já me conhecia ?

- Não tenho o direito de responder sua pergunta.

- Não tem o direito ? – perguntei encabulada – um estranho me morde, bebe meu sangue, e você manda eu ir morar com ele ?

- Por favor, sobrinha.. não complique tudo.

- Não dá pra complicar mais do que já está ! Você o conhecia.. Combinou algo com ele! Não lhe conheço mais – terminei de falar e corri pro meu quarto, ou melhor antigo quarto.

Cai na cama e comecei a chorar. Aconteceu tudo muito rápido. Agora, fui expulsa da casa em que vivia e estava indo morar junto com um sanguessuga.

Olhei pra fora da janela, tinha uma escapatória, fugir. Mas não sei se seria uma boa escolha, ele me acharia facilmente.

Respirei fundo e caminhei até meu armário, tirei da parte superior uma mala, não muito grande e comecei a arrumar minhas coisas. Não poderia levar tudo, então peguei as coisas mais importantes.

Me dentei novamente e coloquei a mão por cima do curativo. Acho que nesses momentos eu precisaria do apoio de meus pais, algo que eu nunca tive. Como pude ser tão trouxa, a ponto de confiar em alguém que ficava me olhando na calada da noite pela a minha janela ? Mas, acho que não posso me culpar.. sempre o confiei.

- Tia.. – a chamei entrando eu seu quarto. Ela estava dormindo, aparentava estar cansada – Tia.. – a cutuquei, o que fez ela acordar.

- Que foi ? – perguntou sonolenta – aconteceu alguma coisa contigo ?

- Não.. Mas – me virei para a porta do meu quarto – tem um homem ali – e apontei.

- Em seu quarto ? – ela se levantou rapidamente.

- Não – neguei e comecei segui-la – do lado de fora.

Ela caminhou até a janela, e observou a tal pessoa, que estava coberta pela a sombra.

- Está com medo dele ? – ela perguntou se agachando pra ficar do meu tamanho. Neguei com a cabeça – então por que me chamou ?

- Achei que fosse necessário – respondi e desviei o olhar – mamãe sempre me dizia pra tomar cuidado com estranhos.

- E ela estava certa – se inclinou e depositou um beijo em minha testa – agora vá dormir. Amanhã você tem aula.

- Certo – caminhei até minha cama e me deitei na mesma, em seguida me cobri – boa noite tia.

- Boa noite querida – e saiu do meu quarto.

Esperei uns minutinhos de olhos fechado e depois me levantei, e fui pra janela. Fiquei olhando a tal pessoa sorrindo, até ela começar a andar e desaparecer do meu campo de visão.

Vampiros.. Vampiros existem. Se dissessem isso ontem para mim, eu iria dar risada, achava que isso era apenas mais um folclore.. Mas não. Eles existem e vivem entre nós.

 


Notas Finais


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Sugestões ? Comentem também.
Até o próximo capítulo!
Um beijo até lá! 😙❤


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