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História Salvare - Chapter I


Escrita por: HeyCamy

Notas do Autor


Gente, sim... Estou reescrevendo essa história também. Eu estive relendo algumas fanfics para poder dar continuidade, mas simplesmente já não me reconhecia mais com a história, então, decidi reescreve-la. Eu espero que gostem da nova versão.

Capítulo 1 - Chapter I


Fanfic / Fanfiction Salvare - Chapter I

Chapter I

 

 Era o rei... Rei.

 Tal fato ainda lhe soava como uma grande piada. Não que o título fosse, mas era o segundo filho. O caçula.

 E a única realidade em que a coroa lhe pertencia, era uma em que seu irmão mais velho, o homem que praticamente lhe criara e – como gostava de dizer, - lhe ensinara a ser um homem decente... Itachi estaria morto...

 Jamais conseguiu enxergar uma versão de mundo em que seu irmão estava morto e ele não... não enxergava sua vida sem aquela sua parte...

 Haviam recebido a mesma educação, boa parte de sua vida, no entanto, ao atingir a maioridade, Sasuke escolheu servir a coroa através de seu serviço ao exército e como prova da irritação de seu pai, teve de começar no nível mais baixo e subir por puro mérito.

 Itachi sempre estivera pronto para a coroa. Não que a quisesse, mas não era uma escolha dele. E o irmão preferia aguentar o fardo do que obrigar o irmão a fazê-lo. Sempre fora assim.

 E agora estava ali. Naquela realidade inesperada, onde ele era o Rei.

 Havia perdido muito na vida, mas até então, nunca havia estado sozinho... completamente sozinho. 

 Não que lhe sobrasse tempo para pensar em seu estado de vida. Naquela ferida completamente aberta.

 Havia se passado apenas dois meses desde que tudo acontecera e a cidade ainda estava se reconstruindo... finalmente os enterros haviam acabado e o povo focava no recomeço... de novo.

 Devido a todos os problemas ocorridos após aquilo, a mesa de carvalho antiga quase não podia ser visto, diante de tantos papeis sobre ela. Mesmo que no dia anterior, Sasuke tivesse permanecido em claro apenas para ler e assinar tudo... uma nova pilha.

 Devia de certa forma, agradecer... o trabalho lhe mantinha ocupado, mantinha sua mente trabalhando e não deixava espaço para as sombras. 

 Tinha de escolher um dia para ir até a cidade, para ver o estrago causado na capital, já deveria ter feito isso, mas não lhe sobrava tempo nem mesmo para descansar e Sasuke sabia que isso estava aparente. A expressão no rosto de seu melhor amigo era a mais clara das afirmações.

 Dormia menos do que quatro horas por dia, isso quando seu corpo alcançava o limite de exaustão onde não conseguia mais manter os olhos abertos. Caso contrário, girava entre os lençóis até desistir de descansar e procurar trabalho.

 Não eram nem nove horas da manhã e Sasuke já estava na metade da pilha de documentos, sentado há horas naquela cadeira desconfortável.

 Sasuke reconhecia o desespero e preocupação nos olhos de Naruto... já estava se acostumando e Naruto já havia desistido de lhe convencer a tirar um tempo para descansar... para poder sentir o luto e seguir em frente.

 Sasuke não achava possível seguir em frente.

 Havia o feito com o pai. Fugaku não estava na lista dos melhores pais e sua relação era péssima e apesar de ter ficado triste pela morte do pai, nada doera mais do que depois de duas semanas de buscas, seu irmão ter sido dado como morto. Diferente do pai, não sabia como seguir em frente.

 Então, se afundava em documentos e papeladas até que seus olhos doessem e as vezes, se contentava com o sofá do escritório. Nas outras vezes, procurava companhia para enfim relaxar o suficiente para ser arrastado pelo sono. E quando nada funcionava e a papelada chegava ao fim, Sasuke planejava como pôr um fim naquilo. Faziam anos que os melhores estrategistas do Reino pensavam no que fazer para evitar e como atacar e haviam dezenas de estudiosos procurando saber quem eles eram de fato, mas não passavam de inimigos invisíveis que atacavam quando menos esperavam e todas as vezes, fazia um grande estrago. Haviam tido sorte que não havia chego as muralhas do palácio... Sorte.

 Assinou o centésimo contrato e suspirou. Aquela hora já estava com dor de cabeça, uma dor latejando que lhe embaçava a visão e que era comum depois de uma noite em claro.

 Eles haviam de fato lhe tirado tudo e lhe frustrava não haver nada que pudesse fazer, nada que soubesse que fosse útil...

 Os rebeldes, como foram chamados, não deixavam rastros. Os homens mortos durante as invasões era completos desconhecidos, os que eram capturados, encontravam formas de se suicidar antes de serem interrogados; eles se mudavam constantemente, então quando recebiam informação de alguma base, eles já haviam partido para outra... eram fantasmas...

 Sasuke arqueou a sobrancelha, levemente exasperado pelo homem em pé a sua frente. Ele lhe encarava, preocupado. E Sasuke sabia que devia tê-lo chamado e não ouvira. Sua mente vinha lhe tirando de orbita constantemente.

 Kakashi, seu comandante, sorriu por debaixo da máscara.

 - Acho que devemos fazer algo sobre isso. – falou, apontando para seu soberano. – Você está acabado, majestade.

 Debochadamente, Kakashi sorriu mais ainda. Eles se conheciam desde que Sasuke havia nascido e Kakashi ainda era apenas um moleque. Os dois haviam seguidos passos parecidos na vida. E mais do que um comandante... era um amigo.

 Naruto sorria, mas de forma mais tensa. Apesar de nunca ter realmente se importado com o título, Naruto vinha contendo seus comentários debochados. Por preocupação. Sabia. E de fato, devia parecer um cadáver para que Naruto chegasse a esse nível.

 - O que você quer? – murmurou e Kakashi assumiu uma posição mais séria. Seu comandante, não amigo.

 - Me deu ordens de reportar qualquer coisa suspeita. – Assentiu para que continuasse. – Meus homens seguiram rastros até um casarão, há algumas horas da cidade. A casa está em reforma, fechada há anos, até alguns meses atras. Imaginamos que possa ter sido usada durante a invasão. Meus homens não encontraram nada, exceto... a suposta dona da casa.

 Sasuke arqueou as sobrancelhas, traçando conexões, ligações que Kakashi já havia feito.

 - E?

 - Nós pedimos suas documentações e ela acertou três dos meus soldados antes de conseguirmos doma-la... – havia um irritabilidade visível em Kakashi e Sasuke se surpreendera com a informação. Uma mulher capaz de derrubar três soldados do exercito Uchiha, isso era algo... interessante. – Nós a trouxemos, pois ela se negou a nos passar qualquer informação. Como quer que prossigamos?

 Sasuke quase riu.

 Desejava ir ver os homens, apenas para saber quão grave fora a situação, mas de qualquer forma, uma mínima infração cometida a seus homens era um ataque direto a coroa, principalmente em tempos tão sombrios.

 - Traga-a aqui. – Ordenou e notou o desconforto do comandante em acatar. – Quero ver a mulher capaz de atacar nossos homens... e sobreviver.

 Kakashi assentiu e caminhou até o corredor, emburrado. Poucos minutos depois, dois homens fardados entraram no escritório, arrastando um corpo menor entre eles. Mais dois homens faziam a guarda atrás, com olhares tão aflitos quanto o do comandante, realmente preocupados com a possível fuga da mulher que arrastavam. Eles fizeram uma reverencia, sem soltá-la.

 Sasuke se levantou, para de fato, poder analisá-la.

 Ela era surpreendente. 

 Era pequena e frágil diante dos homens naquela sala, os braços por exemplo era metade dos homens que a seguravam. Correntes pesadas estavam presas em seus pulsos finos, no entanto, unhas impecáveis e joias caras... Era uma lady...

 Se as mãos não lhe dissessem o bastante, o vestido bonito e caro, o faziam.

 Sasuke subiu os olhos para o que mais atraia sua atenção. Quase retrocedeu com a força do olhar que encontrou. Ela lhe encarava sem sequer o mínimo de medo ou vergonha. Um rosto extraordinariamente lindo lhe observava, como se ele fosse a presa e não o contrário.

 Era a mulher mais linda que já vira. Com os exóticos fios róseos que lhe caiam no rosto, mas principalmente, com os grandes olhos verdes... duas gemas de esmeralda que lhe fitavam, que preenchiam sua alma e lhe deixaram quente... inteiramente quente.

 Se aquela fosse outra situação, a convidaria para sua cama, pois ela era um tipo inexplorado de mulher o qual ele gostaria de desvendar. 

 Não conseguia imaginar como ela tivera êxito em acertar soldados treinados por anos, sozinha... mas sentia uma necessidade de confronta-la, de testar o corpo tão pequeno.

 Bastou um olhar para os homens que a escoltavam para saber que eles pensavam o mesmo... inclusive Naruto que a olhava como o fazia para suas amantes.

 Sasuke revirou os olhos e focou novamente no olhar dela, que não se desviara nem por um segundo, como se soubesse que sua maior ameaça usava roupas caras e uma coroa.

 - Soltem-na.

 - Mas majestade... – um dos soldados começou, era o menor entre os quatro e claramente o mais novo, pois tivera coragem de intervir em uma ordem direta. A maioria não era tão burra. Bastou um olhar para que ele se calasse. Os dois que a seguravam se afastaram, apenas dois passos para o lado, mantendo-a cercada.

 - Mandei soltarem.  

 O menor assentiu e puxou um conjunto de chaves, caminhou até ela, que não lhe deu a mínima atenção e abriu as correntes, devagar. Sendo esse o único som da sala.

 Sasuke respirou profundamente, pois podia sentir fracamente o aroma que aos poucos se infiltrava no cômodo... doce e cítrico ao mesmo tempo. Como mistura limão e mel... O cheiro dela, notou.

 Encontrou a sua atenção totalmente focada nele, como se não houvesse ninguém mais na sala, apenas os dois, jogando um jogo que Sasuke não conhecia, mas podia aprender, se ela quisesse lhe ensinar... se suas explicações para a presença dela estivessem equivocadas... Haviam tantos “se”.

 Ela não devia ter mais dos vinte e cinco anos, apesar de parecer estar em seus dezoito. Quando finalmente estava livre das correntes, ela olhou para os pulsos onde leves marcas se manifestavam pelo peso do aço. Uma leve pontada atingiu Sasuke, mas ela apenas acariciou o próprio pulso e relaxou a postura.

 Sasuke pode realmente apreciar a visão surreal que ela era. O corpo dela era tão perfeito quanto o rosto, apesar de só poder vê-lo até a cintura, onde as saias do vestido começavam a se abrir. Mas ela tinha um físico bem delineado, seios medianos que atraiam a atenção ao decote mínimo. O vestido azul tinha manchas recentes de sangue que podiam muito bem pertencer a seus homens. No entanto, Sasuke só conseguia se atentar à pele branca visível... perguntou-se quão fácil seria marcá-la... com os dentes, as mãos...

 - Qual seu nome? – Sasuke perguntou, rodeando a mesa e parando ao lado de Naruto, com sua atenção fixa nos movimentos suaves da mulher. Sim... uma lady.

 Ela não lhe respondeu, como se não o houvesse ouvido e quando Sasuke respirou fundo, deixando a mostra aquela visão de seu temperamento, lembrando-lhe de que era o Rei e bastaria uma palavra para que estivesse morta... a mulher sorriu. Um sorriso contido, mas tão sensual que Sasuke o sentiu em sua pele... sentiu o desejo florescendo em cada célula do corpo...

 Fazia tempo que não se sentia tão atraído. Tão interessado.

 - Onde está o marido dela? – Sasuke perguntou a Kakashi, concluindo antecipadamente e como uma forma de manter-se em controle, de que ela provavelmente era casada, devido a idade.

 - Eu não sou casada. – A olhou... A voz combinava perfeitamente com o restante. Linda, doce... selvagem.

 Os soldados pareceram mais irritados com a rebeldia da mulher do que o próprio rei, e depois da resposta afiada, um deles se moveu, o mais antigo, e a empurrou contra o chão, de joelhos a sua frente...

 Sasuke estava pronto para matar o homem, mas a visão da mulher de joelhos a sua frente o paralisou... Estava enlouquecendo, só podia... devia ser a falta de noites bem dormidas finalmente lhe cobrando o preço.

 - Uma palavra, meu Rei, e a punirei por desobediência... – tinha certeza de que ele adoraria a permissão... a encarava como uma besta faminta e parecia sentir prazer em humilha-la. Sasuke não queria pensar no que aqueles homens a fariam, se pudessem.

 - Nos deixem a sós. – Mandou. Os olhares arregalados e tensos que foram trocados entre os homens fez Sasuke rosnar... pareciam se esquecer de que antes de ser Rei, havia sido um soldado, um capitão e posteriormente, um comandante do exército.

 Olhou para Kakashi que repetiu a ordem e só então, os soldados se moveram em direção a porta. Sasuke olhou para Naruto que resmungou e seguiu o comandante para fora.  

Sozinhos, Sasuke a observou levantar-se, sem esperar por uma permissão. Ela se pôs de pé, passando a mão no vestido para tirar qualquer sinal de sujeira que pudesse ter se prendido e o encarou de novo, firme.

 Gostaria de fato, de puni-la... em sua cama... Se ela mantivesse metade da selvageria que expunha em seus olhos, Sasuke poderia facilmente ceder ao que desejasse. E era aí que morava o perigo.

 - Diga logo o que deseja... – Ela ronronou, com aquele sorriso desenhando os lábios de cor carmesim... Seu corpo a correspondeu, seu membro pulsou como resposta. Sabia o que desejava. – Se de alguma forma, deseja me punir, vá em frente... não tenho medo de você.

 

 

 


Notas Finais


Até o próximo!!!


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