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História Salvare - Chapter II


Escrita por: HeyCamy

Notas do Autor


Oi, genteee
Espero que gostem
Boa leitura :3

Capítulo 2 - Chapter II


Fanfic / Fanfiction Salvare - Chapter II

 - Não tenho medo de você...  

 Sasuke sorriu, o sentimento de desafio queimando em seu peito, bombeando chamas por suas veias. Aquele sorriso, digno de tantas vitórias, era o mesmo que esboçava antes de uma briga, antes de travar as guerras que travara quando soldado e a mesma que usava agora diante do conselho... era o sorriso arrogante de um macho que sabia exatamente como desestabilizar seus oponentes. Fosse pela selvageria, ou pela beleza.

 Ele havia sido campeão de cada uma das batalhas que travara. Começara no nível mais baixo e matou o suficiente para subir, escalar posições... Tenente... capitão... comandante...

Não demorou para recuperar a glória outrora perdida, do exército Uchiha. E com isso, o título de “comandante da morte” lhe fora designado. E de fato, Sasuke andava ao lado da morte a vida inteira... Havia visto corpos antes de sequer aprender a manusear a espada. Talvez fosse a trajetória penosa de vida que o tornara tão bom... tão invencível. E tudo, começava naquele curvar dos lábios sensuais.

 Ele se aproximou, apenas um passo, tão calmo que não houvera sequer som contra madeira velha. Com os olhos escuros, sábios e atentos nela. Obrigando que cada partícula do corpo feminino o reconhecesse, entendesse a ameaça que ele era, mesmo sem armas... E não porque era prepotente, não. Sasuke apenas sabia.

 Foi essa arrogância que fez com que o corpo pequeno se contradissesse, afastando-se. Não exatamente por medo, mas porque ele era tão arrebatadoramente bonito que precisava de espaço para manter-se sã.

 Sasuke observou os pelos róseos, pequenos em seus braços, arrepiarem-se, focado numa atenção predatória.  

 A queria... Conseguia visualizá-la conta a mesa de carvalho, com o vestido azul erguido até a cintura, com o quadril erguido a seu deleite... quase podia sentir o aroma agridoce dela misturado ao cheiro inevitável do sexo... podia ouvir sua voz, ver sua expressão revirada em puro prazer... e depois de tudo, ainda havia mais uma imensidade de visões com seu corpo nu... tão criativa sua própria mente.

 Era culpa da própria que aquele desejo o tivesse tomado de forma tão bruta. Aqueles olhos intensos e a coragem irritante... o desejo de torná-la submissa, como as outras eram.

 Não. Ela jamais seria como as outras. E essa era a real razão para seu corpo estar tão quente.

 - Qual seu nome? – perguntou, a voz mais rouca do que o normal, quase animal.

 - Sakura. – A resposta fora curta, mas Sasuke captou o leve tremor, não de medo. Sabia. 

 - Quantos anos tem, Sakura? – as bochechas coraram, tão envolvida no calor que os fazia suar, mesmo com as janelas abertas e com o vento gélido que adentrava o escritório. Seu corpo também queimava.

 - Vinte e um. – Idade para certamente, estar casada. Na verdade, podia-se considerar atrasada. E não conseguia, de forma alguma, encontrar razões que para que ela, tão linda quanto era, não estar casada com algum lorde idiota e já rodeada de crianças. Mas uma possibilidade brilhou diante de seus olhos e Sasuke gostou... muito.  

 - Pergunto-me, por qual razão, milady não é casada. – Ela arqueou a sobrancelha perfeita e uma careta contraiu suas expressões diante do título. Ela era uma nobre, mas rejeitava o título pelo qual milhares de jovens lutariam. Seu corpo se inclinou levemente, para ouvir suas ideias. O decote se insinuou, apesar de claramente não ser intencional. – A única resposta que encontro, é que talvez tenha sido desonrada e... – Calou-se abruptamente diante do calor em sua bochecha. Demorou uns segundo para associar o leve ardor com o som que havia ecoado pelo escritório, entender que ela havia lhe estapeado.

 Quase riu de sua coragem tola, se isso não houvesse lhe deixado apenas mais excitado.

 Não estava de forma nenhuma irritado, havia dito apenas para ver sua reação e agora, poderia usa-la como artificio para avançar contra ela.

 Sakura era rápida, desviou-se no momento em que percebeu suas intenções, sem um pingo de arrependimento nos olhos, mas Sasuke tinha a vantagem de usar calças e não vestidos, ele a puxou pelo braço, forte o suficiente para que ela se desequilibrasse. 

A empurrou com mais força do que gostaria contra a mesa. Papéis foram jogados ao chão, assim como outros objetos, mas Sasuke preocupava-se apenas com ela naquele momento.

 Ele a inclinou sobre a madeira, com o rosto colado nela, os braços as suas costas e sua parte preferida, o quadril contra sua virilha. Seria tão simples puxar o vestido para cima e deslizar para dentro dela.

 Sakura rugia, como um animal acorrentado, lutando contra as mãos fortes que a mantinham lá e inadequadamente, rebolando contra o corpo dele.

 Respirou fundo, tentando manter as decisões coerentes que lhe fugiam. Mas os sons que ela fazia contra a mesa, eram tão próximos de gemidos que Sasuke estava ligeiramente distante.

 - Nunca. Repita. Isso. – murmurou, próximo ao seu ouvido e gostou de vê-la se arrepiar. Ela ofegou de novo, levemente suada e linda... ainda mais linda.

 - Ainda não entendo o porquê de estar aqui...

 - Você agrediu três dos meus soldados.

Precisou de todo seu autocontrole para tomar distância, para puxar o ar e afastar o cheiro dela de seus pulmões.

 - Eles invadiram minha casa. – respondeu. Ela se ergueu, arrumando sua postura e erguendo os olhos para ele. Olhos furiosos. O peito se movia rapidamente, ofegante. Seu cabelo tornara-se uma bagunça sensual e alguns fios lhe grudavam a pele.   

 Como podia ter um cabelo daquela cor?

 - Ainda assim, é uma razão plausível para puni-la...

 - Irá me punir, majestade? – o tom debochado naquela voz de veludo lhe atingiu direto entre as pernas.

 - Só se desejar, milady. – não devia provoca-la, não quando era tão suspeita, mas Sakura corou, leve e rápido demais para ser notado e aquilo, reforçou seu ego. Sasuke reconhecia que era um homem bonito, mas vê-la ceder a um flerte tão simples, fora gratificante de uma forma nova. – Imagino que a senhorita detenha a documentação da casa...

 Ela sorriu, imersa em irritação e desejo. Sasuke gostaria de testar qual dos dois resistiria a ele...

 - Imagino que seus cartórios detenham tal documento, a última vez que chequei, fazia parte de minha herança.

 Ela era órfã. Havia herdado a mansão. Isso explicava tantas coisas.

 - Pode mandar que seus cães procurem. – ela continuava falando e Sasuke apenas se deixava ouvir, até o momento. – Haruno. Sakura Haruno.

 Seu corpo inteiro gelou. E precisou de um olhar para saber que ela tinha total reconhecimento da sensação das palavras nele. Ela havia usado isso contra ele porque de fato, o atingiria.

 Sakura Haruno... A única filha e herdeira de Kizashi Haruno.

 Sentiu todo seu corpo se desintegrar, gélido e vazio. Seu peito falhou e demorou a voltar a bater, o ar lhe deixou e parecia haver um bolo em sua garganta impedindo-o de falar.

 Havia sido um tolo em não reconhecer aquele verde intenso... Estava tão distraído com sua beleza incomum que nem percebera o colar com o brasão de sua família, de seu pai...

 - Seu pai...

Ela assentiu... não precisava falar. A mágoa e tristeza brilhavam levemente nas esmeraldinas orbes. Ela afetara a si mesma com aquela provocação.

 Isso explicava por que era tão arisca. O ódio quanto a ele. A razão de ser tão boa em se defender e não ser casada, mesmo aos vinte e um anos.

 Ela não devia ter nem sete anos quando seu pai sacrificou a própria vida por um dos herdeiros da coroa. E era tudo o que ela enxergava naquela sala. Não o atual rei, apenas o homem por quem o pai morrera.

 Seu estomago se revirou. Havia partes de seu passado que há muito deixará para trás, partes sangrentas e longe de serem bonitas... Havia por anos, se perguntado sobre ela, mas nunca havia tido uma resposta e agora, estava diante dela. 

 A mulher era aço puro, aço derretido, queimando.

 E a culpa era sua.

 - Seu tutor vive com você? – perguntou tão sem voz, quanto sem reação.

 Havia apenas o caos, apenas a dor lancinante em seu peito.

 - Não preciso de um tutor... – murmurou.

 Sasuke encostou o corpo na parede, longe dela. De seu cheiro e de tudo que havia desejado tomar dela, quando já havia tomado tanta coisa... Porra.

 - Mandarei que tragam seus pertences para cá. – Sasuke falou, finalmente tendo os olhos verdes em si e o luto neles, o quebrou mais um pouco.

 Não sabia quais eram as razões para seus atos, se fora movido pelo desejo que ainda esquentava seu corpo, ou pela culpa que rasgava seu peito, mas não desejava deixa-la ir, sozinha. Não quando ela era ela. Não quando havia feito uma promessa de cuidar dela tantos anos antes...

 Disse a si mesmo que era isso, a pura necessidade de cumprir com sua palavra. De garantir que a filha dele estivesse segura.

 - Eu...  

 - Não é um convite, senhorita Haruno... – de novo ela se contraiu a formalidade. – É uma ordem. Será minha convidada e se não se contentar... poderá se tornar prisioneira, como achar melhor. 

Não lhe deu tempo para resposta. Caminhou até a porta, tentando fugir de seu olhar e de seu cheiro... das lembranças que o deixavam tonto.

 Os homens permaneciam ali, inquietos e o fitaram cheios de curiosidade. Dispensou os soldados e mandou que chamassem Tsunade.

 Em rápidas palavras, explicou quem ela era, só precisou lhe dizer o sobrenome para que entendessem suas decisões.

 Naruto estava tenso como o amigo, pois estava lá quando tudo acontecera. Havia tido as próprias perdas, mas lembrava-se do amigo que demorara anos para seguir em frente.

 E agora, o passado voltara para enfim, lhe cobrar.

 


Notas Finais


Até o próximo!


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