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História Salvation - Bagunça


Escrita por: theredg e bad-land

Notas do Autor


Desculpem a demora, não tenho justificativa por ela e tudo o que tenho a dizer é que sinto muito........ bleh
Mudei o user, agora sou @expurgo
Boa leitura;

Capítulo 24 - Bagunça


Fanfic / Fanfiction Salvation - Bagunça

Isso vai e volta, por que eu continuo voltando?

Eu vou baixo e baixo, eu sou um completo idiota

Eu tentei de tudo,

mas não consigo ajudar

Isto está em meu coração,

mente e emoção

(I Need U/BTS)

Katherine point of view

Alguns dias depois...

Estávamos finalmente de volta ao Canadá, e também não havia nada de diferente desde que fomos viajar. As mesmas pessoas de sempre, mesmo lugares e toda a mesmice de sempre. Não sei se fico triste ou aliviada com isso, pelo menos Will não havia dado mais sinais desde do dia no cemitério então isso já é um belo motivo para que eu me sinta completamente aliviada.

Kenna, Debbie e Luce haviam me convencido a fazer compras em um shopping, não que eu não gostasse de fazer compras afinal é sempre muito bom comprar roupas novas mais não acho que seja necessário se formos considerar o caos que minha vida é. Não é como se eu me preocupasse com que roupa estarei vestindo quando Will me pegar. Desnecessário, realmente. Mas o motivo real é; a festa de dezoito anos do Cameron, ou seja; todo mundo sexy na festa. As três já haviam escolhido seus vestidos mais eu era péssima nesse quesito, nada parecia combinar comigo, que culpa eu tenho?

Era provavelmente a vigésima loja que entrávamos mais quando notei que se tratava da Victoria's Secrets dei um passo para trás ficando do lado de fora da loja enquanto as minhas amigas olhavam para trás com expressões divertidas, estavam rindo de mim. Como tenho amigas más, por Deus!

― Eu vou dar uma olhadinha nas outras lojas. ― digo e nem noto se elas realmente escutaram.

Sigo meu caminho sem sequer olhar para as lojas, precisava mesmo era tomar um ar puro. Esse ar de pessoas ricas não é pra mim, não só pelo fato de não ser rica mais sim por detestar pessoas metidas e completamente fúteis, sinceramente elas me dão um nojo...

Assim que estou na entrada do shopping sinto o vento gélido soprar cada centímetro da minha pele exposta pelo vestido que as meninas me obrigaram a vestir ― não sem antes eu tentar fazê-las mudarem de idéia mais não funcionou muito ― e me arrependo profundamente de ter aceitado vesti-lo.

Ar... como o ar me faz bem.

Se passaram alguns minutos e eu continuei parada em frente ao shopping somente observando as pessoas e me pergunto se elas gostam de estar aqui. Se gostam de ser elas mesmas e se não perceberam que estou as observando. A última pergunta acho que não. Não perceberam que estou os observando.

― Katherine? ― sou chamada por alguém então o olho encontrando Sammy ― Oi.

― E aí, Sammy. ― cumprimento.

― Está sozinha?

― Estou com as meninas, mais sabe como é... festa... vestidos, garotos... enfim, é um tédio. ― digo fazendo uma careta, ele ri. ― E você?

― Na verdade estou com um amigo, e ele está vindo... ― diz e acena para um garoto que se aproxima.

Embora eu não consiga ver muito do garoto, ele parece ser bem bonito. Tudo o que enxergo é sua blusa preta e calça jeans rasgada. Aliás ele não parece ser americano pois tem os olhos um pouco puxados. Talvez seja japonês ou talvez coreano. Enfim, ele com toda certeza é asiático.

― Nunca o vi na escola. Ele é veterano? ― pergunto e Sammy confirma

― Não, ele terminou a escola. O nome dele é Bryan Wu. ― responde 

É um nome bonito.

E estranhamente familiar.

O garoto para a nossa frente e então cumprimenta Sammy, os dois parecem ser amigos bem íntimos, de infância mesmo. Ele tinha dentes engraçados. Eu já o tinha visto antes, em algum lugar. Ele me lembra tanto alguém que infelizmente já se se foi.

― Bryan, essa é a Katherine. Te falei dela. ― Sammy diz e Bryan confirma

Me pergunto o que ele falou sobre mim

― Oi. ― ele diz animado. Ele parece ser bem simpático ― O Sammy fala muito de você.

Fala?

― Sério? E o que ele fala sobre mim? Coisas boas, espero. ― pergunto desconfiada e o tal Bryan cai gargalhada

― Geralmente são coisas boas. ― diz e eu empurro Sammy com o ombro. Bryan ri. ― Estou brincando! Ele sempre fala que você é legal com ele.

― É verdade ― digo ― Mas ele nem sempre merece. É um idiota!

― Ele é sempre um idiota. ― Bryan diz e nós começamos a rir ― Mas ele odeia os seus amigos. 

― Até eu odeio eles às vezes. ― confesso ― Mas o Sammy também não é nenhum santo, não é Sammy?

― Você é quem está dizendo ― Sammy diz ― Eu perto dos seus amiguinhos sou muito mais do que um santo.

Ri fraco. Sei que os meninos são difíceis mas eles também tem um lado bom. Lá no fundo. 

― Estávamos indo comer, quer ir também? ― Bryab pergunta ― Por nossa conta. 

Não posso recusar comida de graça. 

― O que estamos esperando? Vamos logo! ― digo animada e eles riram de mim, é claro.

Liguei para Kenna e avisei à ela que iria sair com Sammy e o amigo, ela me encheu de perguntas e me mandou aquietar o facho para o lado do Bryan, eu ri.

Durante o percurso nós conversamos sobre coisas aleatórias, sobre tudo de nossas vidas na verdade. Desde o momento em que vi Bryan, percebi que ele parecia estranhamente familiar. 

Chegamos ao McDonald's  e haviam poucas pessoas ali, praticamente ninguém. Sentamos em uma das mesas próximas a janela, fizemos nossos pedidos; Bryan pediu um hambúrguer e uma coca, Sammy uma pizza pequena e eu escolhi somente uma coca porque infelizmente já havia comido no shopping.

― E então, Bryan. ― tentando quebrar o gelo ― Está na faculdade?

― Sim, 5° período de direito ― ele diz e logo faz uma careta ― Meus me criaram pra cursar direito, não tive muita escolha. 

Ele realmente parece ser inteligente. 

― Bom, você com certeza não decepcionou eles.

Ele assente e ri.

― É por isso que sou amigo dele ― Sammy diz ― Se eu precisar de um advogado, não vou precisar pagar.

Todos rimos.

― Pode apostar que você vai ter que pagar. E três vezes mais caro do que as pessoas que não são meus amigos. ― Bryan diz e Sammy revira os olhos

― Aposto que não vai cobrar seus amigos chineses. ― diz Sammy

― Morava na China? ― perguntei e ele assentiu. ― Por que se mudou pro Canadá?

Sei que pareço invasiva e inconveniente, mas não consigo evitar. Ele me intrigava. Parecia ter algo errado.

― Meus pais se separaram. Minha mãe casou de novo, com um canadense. ― diz e por algum motivo eu sabia que ele estava mentindo.

― Entendo.

Não entendo não, ele está mentindo!

Talvez seja a maneira como ele nunca realmente me olha nos olhos, ou como sempre parece pensar demais antes de responder. 

Ele não está sendo honesto.

Talvez tenha sido mandado por Will para me vigiar. 

Depois de algum tempo conversando os pedidos finalmente chegaram. Tentei parecer indiferente às minhas suspeitas em relação a Bryan enquanto assistia ele Sammy comendo de boca aberta.

― Fechem a boca para comer, toda mundo está olhando pra cá! ― digo constrangida

― É que ta muito bom! ― Bryan diz com a boca aberta cheia de comida

Que nojo!

Reviro os olhos e bebo um pouco da minha coca pelo canudinho, logo depois Bryan pega a mesma e bebe com seu próprio canudinho.

Idiota.

Parecia tão tímido há dois minutos atrás.

Rio de sua atitude e então o celular de Sammy toca um rap e todos presentes olham pra ele com cara de "você não vai atender?" e ele rapidamente o faz.

― Ashley? ― pergunta em um grito ― Oh meu Deus! ― grita novamente fazendo todos o olharem principalmente eu e Bryan ― Estou indo...

Ashley... não gostei muito de ouvir esse nome.

Então ele simplesmente sai, joga o dinheiro em cima da mesa e sai correndo deixando a mim e Bryan confusos e com cara de paisagem. Mas pelo jeito que ele saiu, parecia ser algo muito sério.

Ah, ele era a minha carona. Certamente a de Bryan também. 

Como vamos embora agora? Minha bolsa está com Kenba e meu único dinheiro está lá dentro, o que eu vou fazer agora meu Deus?

― Lá se foi minha carona. ― digo e Bryan ri.

― Eu te levo até sua casa, eu moro aqui perto. É só pegar o carro. ― diz e se levanta

Faço o mesmo, mais assim que colocamos o pé pra fora começa a chover muito. A água estava fria e nós completamente molhados.

Bryan corria e eu só o seguia por que não tinha a mínima idéia de onde era a casa dele, nem sabia se era mesmo uma casa.

― Meu Deus, estou congelando! ― murmuro pra mim mesma.

Tento ignorar os pingos da chuva mais eles estão grossos e muito, muito gelados.

Bryan finalmente para em frente a uma casa, o sigo entrando na mesma.

― Não tem ninguém. ― diz.

Como é quente aqui dentro.

― Você precisa de um banho, não pode ficar com essas roupas molhadas. Não quero que fique resfriada.

[...]

Depois de tomar um banho, vesti um moletom e calça de Bryan. Eu definitivamente estava parecendo um homem, estava horrorosa e ele ria da minha cara toda vez que eu reclamava das roupas.

― Sério que não tem nada menor? ― pergunto me olhando no espelho

Só a manga da blusa parecia caber eu, Bryan e mais três pessoas. Quem olha ele assim pensa que é magrelo mais está enganado.

― Era essa ou as roupas da minha mãe, acredite; você não irá querer vestilá-las.

Talvez não.

― Me leva pra casa, preciso trocar logo essa roupa.

― Tá bem, mais eu vou ligar pro Sammy rapidinho para saber o que houve. ― diz e eu assinto ― Até que a roupa não ficou tão ruim em você.

Por mais que aquele comentário fosse o mais ridículo possível eu sorri, não pelo o comentário mais sim pela maneira que ele disse.

Ouço um barulho estranho e logo noto que é o meu celular, era um número desconhecido e sinceramente eu não estava com a mínima vontade de atender, não tive experiências boas quanto a esse tipo de ligação.

Então as ligações se repetem pelo menos umas quatro vezes até eu me enfezar e atender de uma vez.

― Alô!?

― Pensei que não fosse me atender nunca, docinho. ― a voz diz eu estremeço, reconheço bem, Will. ― Você deve ser realmente muito boa, já está saindo com outro garoto... o chinês.

Oh céus!

Bryan?

― Ele é não meu amigo e não tem simplesmente nada haver com isso. ― digo sentindo o pavor tomar conta de mim

― Tem certeza? Vocês parecem bem íntimos, está na casa dele.

― O deixe fora disso, por favor. ― peço e ouço sua risada. Ele me dá nojo ― Por que está fazendo isso comigo? Eu nunca lhe fiz nada!

― Está errada. ― suspira ― Seu amiguinho coreano é tão estúpido.

Meu Deus do que diabos ele está falando? Olho em minha volta é só há silêncio, nem mesmo a respiração do Bryan eu consigo ouvir. Será que o pegaram? Onde eu estava com a cabeça em vir pra cá? É óbvio que eu iria pôr a vida dele em risco.

Começo a andar pela casa que estava totalmente escura, ignoro os murmúrios de Will e passo por um corredor escuro, cheguei à sala e o encontrei no chão com um corte na testa. Senti um nó formar-se em minha garganta enquanto vou até ele, balanço o mesmo mais ele sequer se move direito. Começo a chorar desesperadamente e então pego o celular para ligar para a polícia.

― Está chorando? ― Will pergunta, só então me lembro de que não desliguei ― Fique calma, ele está bem, só levou um pequeno susto. Adolescentes são muito dramáticos.

Desligo e corro até a cozinha para pegar gelo, nem sei o porque de ter pego o gelo mais peguei. Corri até a sala mas Bryan não estava mais lá, só havia um pouco de sangue no carpete.

Isso não está acontecendo.

Ouço um barulho vindo de algum cômodo e meu coração vai a mil. Eu podia ver um filme de toda a minha vida agora, dizem que é isso que acontece quando você está prestes a morrer. E então vejo flashes de momentos com minha irmãzinha, com Kenna, com todos os meus amigos de Londres e do Canadá. Todas as minhas boas memórias passaram e me despertei dos flashes quando ouvi outro barulho vindo de algum lugar da casa.

Me sentei no chão e abracei meus joelhos escondendo meu rosto ali mesmo, fechei os olhos já sentindo as lágrimas descerem. A luz da sala foi acesa, percebi a presença de alguém a mais naquele lugar.

Tentei me concentrar em alguma coisa boa. Então a imagem de Shawn vem à minha mente, mordo os lábios para reprimir os soluços mais não adiantou nada, só de pensar que eu nunca mais o veria começava a me desesperar.

― Meu Deus...

Para minha total surpresa fui abraçada, carinhosamente abraçada. Eu só conseguia ouvir "está tudo bem, não vão fazer mal à você" e eu sequer conseguia distinguir de quem era a voz, só consegui continuar a chorar e por impulso abraçar a pessoa.

― Ei, olha pra mim! ― a voz diz e sinto suas mãos segurarem meu rosto para que eu o encarasse. Era Bryan. Meu Deus. Ele está vivo.

Sem pensar duas vezes o abraço novamente, só de pensar que ele não havia morrido por minha culpa já me fazia sentir muito bem.

― Meu Deus, o que acontece com você? Está tudo bem? ― ele pergunta e eu continuo o encarando

O encarei brevemente, ele definitivamente me lembrava um amigo de infância, um amigo que havia morrido há quase dez anos.

― Você me lembra alguém importante. ― digo sem querer e ele cora. Arregalo os olhos ao ver o curativo em sua testa ― O que houve com você?

― Um acidente na cozinha, nada muito importante. ― diz mais não me convenceu ― Ah...e o que houve com você?

― Nada de muita importância Bryan. ― digo e ele ri ― Impressionante, você se parece tanto com ele. Tem o mesmo nome que ele.

Ele solta uma risadinha nervosa e eu desconfio ainda mais... tudo bem que meu amigo Bryan havia morrido há muito tempo mais as semelhanças e evidências estão me assustando, definitivamente.

― Eu te levo pra casa, vamos logo. ― ele diz desviando o assunto

― Irá me custar alguma coisa? Esqueci meu dinheiro com uma amiga.

― Meu Deus... que tipo de pessoa acha que sou? ― pergunta fingindo indignação

Me lembro de Will, ele com certeza deve estar por perto e só de lembrar no que aconteceu há alguns minutos atrás toda a minha vontade de ir embora vai por água a baixo.

― Ah, Bryan, está chovendo muito, tenho medo de estradas molhadas. ― não minto, eu realmente tinha medo.

― Certo, está mesmo chovendo demais, confesso que não sou muito bom no volante em dias chuvosos. ― admite e nós rimos ― O que faremos para passar o tempo?

― Vamos ver um filme, posso escolher? ― pergunto e ele revira os olhos. Caminhamos até o sofá e nos sentamos lado a lado ― Que tal, um amor para recordar?

― Isso é sério? ― pergunta fazendo uma careta ― Por favor... é tão clichê. Vamos assistir um filme de terror?

― Ah não... vamos ver invocação do mal?

― Isso é sério? ― revira os olhos. Ele revira muito os olhos ― Vamos ver um filme de terror, Katherine, não uma animação infantil.

Que tipo de animação infantil ele anda assistindo? Com certeza não são os mesmos que a Elle assiste todas as manhãs. Nunca vi nenhum fantasma vestido de preto nos desenhos. O encaro sério e ela revira os olhos colocando o filme.

― Você tem algum tique? ― pergunto e ele nega ― Parece, você revira os olhos toda hora...

Ele revira os olhos novamente e eu começo a rir.

O filme começa e digamos que foi uma DROGA assistir ele. Eu gritava de dois em dois minutos e quando Bryan não estava rindo de mim, estava me assustando. Quis matá-lo toda vez que me assustava. Quando o filme já estava no final, vimos o Daniel Radcliffe ― desculpem, esqueci o nome do personagem ― ver o filho caminhar na trilha do trem. O mesmo corre desesperadamente para tentar salvar o filho mais o trem passa por cima de ambos. Sinto uma enorme vontade de chorar mais só daria mais motivos para Bryan rir da minha cara então me esforcei bastante para esconder as lágrimas insistentes.

― Você está chorando...? ― pergunta.

― Não! ― minto e o olho, para minha surpresa ele não riu de mim. ― Está passando A culpa é das estrelas, podemos assistir?

― De jeito nenhum! ― revira os olhos. Argh que chato. Me levanto e ele segura meu pulso rapidamente. ― Não vá.

― E-eu não vou. ― digo um pouco assustada com sua atitude, na verdade eu nem ia embora. Só queria ver as horas.

Me sento novamente ao seu lado e ele troca de canal, o filme está na metade e não perdemos muito. O clima estava completamente estranho desde que ele me pediu para não ir. Por algum motivo eu não queria mesmo ir, eu estava morrendo de medo afinal eu o conheci hoje e estou sozinha com ele na casa dele, mais há algo em mim que insiste em ficar. Ele nunca faria algo contra mim, faria?

― É um final injusto. ― digo e ele me encara

― Sim, é injusto. Foram obrigados a se separar para sempre... ― diz com a voz entrecortada ― Eu desistiria para não sofrer.

― Qual é! ― exclamo indignada ― Se o seu coração estivesse cheio de amor, você realmente desistiria?

― Não há amor no mundo, Katherine. Eu não encontrei ainda, na verdade.

― Mas... se você encontrasse, nesse vasto mundo... teria coragem de deixá-lo ir? ― pergunto e ele não responde

Ficamos em silêncio por algum tempo, eu estava olhando um ponto fixo da televisão enquanto sentia Bryan me encarar.

― Eu não desistiria. ― suspira ― Mas às vezes temos que fazer coisas que nem sempre concordamos.

Como é?

Então ele já deixou um amor?

Ficamos em silêncio por um instante, e então lembrei que as meninas devem estar preocupadas comigo.

― Meu Deus, eu preciso ir! ― digo e ele assente

Saímos da casa e uma forte dor atingiu minha cabeça, por algum motivo eu não conseguia parar de lembrar de alguém que eu gostava muito, Bryan. Meu falecido amigo, que se parecia muito com o Bryan que estava à minha frente, as semelhanças são muito assustadoras. Principalmente o sorriso e os dentes , pode ser uma mera coincidência, claro, meu amigo está morto, eu mesma fui no velório. Vi seu caixão lacrado.

Bryan me joga dentro do carro com certa agressividade e sinto o medo tomar conta de mim, eu não devia ter confiado nele nunca.

O que eu fiz?

O garoto entra no carro e da partida, ele estava em altíssima velocidade.

― Abre o carro, por favor! ― peço

― Estamos sendo seguidos, ele nos achou! ― grita me fazendo arregalar os olhos

Quem nos achou?

Passamos por uma curva e por pouco o carro não desliza na pista, caso acontecesse nós teríamos morrido feio. Olho para trás e há um carro preto que não consegui identificar, ele está também em alta velocidade e parece que está nos seguindo.

― Quem são eles? Porque estão nos seguindo? ― pergunto desesperada mais ele nem me olha

Sinto meus olhos marejados e um grande arrependimento de não ter ficado pelo shopping, poderia estar em casa dormindo agora.

― Me responde Bryan! ― grito e o empurro, o mesmo perde o controle do volante.

O carro desliza na pista, gira na pista várias vezes, eu gritava cada vez mais para ele pegar o caralho do volante mais ele parecia se esforçar para pegá-lo, mais não estava conseguindo obviamente.

E então o carro desliza na pista, capotando umas quatro vezes até finalmente parar. Tudo em mim estava doendo, até meus fios de cabelo estavam doendo.

― Levanta! ― Bryan grita.

Tiro o sinto de segurança sentindo minha perna doer muito, olho para a mesma e havia um grande pedaço do vidro do para brisa em minha coxa, era um corte absurdamente profundo, estava doendo demais.

Retiro o vidro da minha coxa e solto em grito de dor. Sou retirada do carro por Bryan que também está todo machucado e havia sangue em todo o seu corpo. O carro estava de cabeça para baixo e completamente destruído, nós tivemos muita sorte.

― Vem, se abaixa. ― ele ordena e assim o faço

Um estrondo é ouvido e uma bala acerta o vidro do carro com tudo, aquilo foi um tiro perdido. Bryan saca uma arma da cintura e meus olhos quase cairam para fora quando vi o objeto sendo apontado para a direção de onde o tiro tinha vindo. Ele aperta o gatilho e então dispara duas vezes naquele direção. Depois de alguns minutos tudo ficou silencioso, e então ele se levantou e me ajudou a levantar também.

― Bryan o que aconteceu? Por que estavam nos seguindo? Como sabia que estavam nos seguindo? ― pergunto freneticamente ― Aliás, você realmente se chama Bryan? 

― Sim. Bryan Wu.― responde como se fosse óbvio

Abro a boca para xingá-lo de todos os nomes possíveis e impossíveis mais algo no fim da rua me chamou atenção. Eram homens vestidos de preto, eles estavam correndo em nossa direção e algo me dizia que isso não era nem um pouco bom.

― Corre, corre, não olha pra trás, CORRE! ― Bryan grita ordenando

Sem ao menos pensar duas vezes começo a correr, muito, mesmo. Não sabia de onde estava tirando tanta força para correr desse jeito mais espero que essa força não se esgote nunca, acho que irei precisar bastante dela nessa vida.

Olho para trás a tempo de ver um dos homens apontar a arma pra nós, um tiro é disparado mais não acerta a mim e nem a Bryan, então outros tiros são disparados até que um acerta o braço esquerdo de Jungkook mais ele sequer parou de correr.

Minha perna estava começando a doer, estava gritando para que eu parasse de correr, estava escorrendo muito sangue.

― E-eu não aguento... ― digo ofegante

― Não para, Katherine! ― ele grita e começa a me puxar

Nesse momento eu pude ver que ele não queria meu mal, pelo menos não estava demonstrado isso agora.

Entramos em uma espécie de beco estreito e nos escondemos atrás de uma lixeira enorme, mal dava para ver o beco imagina a lixeira. Os homens passaram correndo e nem notaram que estávamos ali, para nossa sorte. Sinto minha perna doer cada vez mais, ponho a mão na mesma para estancar o sangue que escorria bastante. Dói cada vez que eu aperto o local com minha mão, aos poucos o sangue vai cessando mais nunca some por completo.

Olho para o lado e Bryan está tentando cuidar de seu ferimento, ele provavelmente estava com a bala alojada no braço e só tiraria com uma cirurgia.

― Dá pra me explicar o que acabou de acontecer? ― pergunto 

― Não viu? Eles tentaram nos matar.

― Pergunto da parte menos óbvia. ― digo e nós dois reviramos os olhos

― Não é uma boa hora para contar isso, vai por mim. ― diz e passa a mão em meu ferimento, dou um tapa na mesma o fazendo se afastar. ― Precisamos ir a um hospital, mais iriam nos encher de perguntas... então, temos que arrumar um lugar descente para passarmos essa noite. ― penso em argumentar mais me sinto muito fraca para iniciar uma discussão. ― Vem, conheço um lugarzinho aqui perto.

― Não sei não, Bryan. Não consigo dar dois passos sem cair, não quero arrebentar minha cara no chão. ― digo e faço uma careta

― Vou ligar para um amigo e ele virá nos buscar, fique tranquila. ― diz e pega seu celular

Encosto minha cabeça na parede e começo a chorar baixinho para que ele não escutasse. Eu quase morri umas três vezes hoje e umas quarenta desde que vim morar aqui. Não que Canadá fosse culpada pela minha desgraça, não era. Mas talvez se eu tivesse ficado em Londres eu já estaria morta a muito tempo e ninguém estaria sofrendo riscos ao estar perto de mim. Tento espantar esses pensamentos ruins, fecho os olhos e sinto o sono chegar cada vez mais até eu apagar e tudo ao meu redor se tornar um escuro infinito.

[...]

Abro meus olhos não reconhecendo aquele lugar. Definitivamente não era minha casa, não era o meu quarto.

Pelo amor de Deus, não é o meu quarto.

Pulo da cama, sentindo algo estranho na minha perna, olho para a mesma e vejo um curativo extremamente grande e exagerado. Não conseguia dar pelo menos dois passos sem doer. As lembranças da noite anterior invadiram minha mente de uma vez só, e fez uma bela bagunça. Minhas pernas não sustentaram meu corpo por muito tempo então acabei caindo na cama novamente.

― Que droga... ― resmungo à mim mesma

A porta é aberta e Bryan aparece todo feliz, ele está sem camisa e tem alguns curativos espalhados por todo o corpo. Olhando assim pra essa felicidade toda não parece que ele quase morreu ontem. Ele está com uma bandeja, tinha tanta coisa nela que eu mal podia imaginar em comer tudo sozinha mais é óbvio que eu comeria tudo com ele.

― Você tem que comer. ― ele diz e se senta ao meu lado. Pego um pedaço de bolo e como ― Como está se sentindo? Ainda dói muito?

― Estou melhor, obrigado por me ajudar. ― agradeço e ele cora ― Onde estamos?

― Não se preocupe, estamos seguros. ― responde e dá de ombros

Pego mais um pedaço do bolo ― que estavs deliciosamente delicioso ― e como. Estava praticamente morrendo de fome, parecia que não comia há dois séculos e meio. A porta é aberta e uma mulher ruiva que aparentava ter uns trinta anos de idade apareceu, ela parecia ser muito simpática.

― Vejo que você acordou. ― ela diz se referindo a mim

― Pois é. ― digo forçando um sorriso

― Muito obrigado por nos deixar passar a noite aqui madrinha. Foi de muita ajuda mesmo, nem sei como agradecer a senho-

― Oras Bryan, não me diga uma coisa dessas. ― ele reclama e o mesmo resmunga algo ― Você e sua namorada podem ficar aqui o tempo que quiserem.

Namorada?

Como assim namorada?

Olho para Bryan, tentando de alguma forma matá-lo com um simples olhar mais minha tentativa não estava dando muito certo não. Ele estava corado, de cabeça baixa.

― Eu trouxe toalhas pra vocês, não sei quanto tempo irão ficar mais a casa está aberta.

A moça nos entrega toalhas brancas, cheirosas e muito bem dobradas. Assim que ela sai me levanto com muita dificuldade e dou um tapa estalado na cara de Bryan, o mesmo me encara incrédulo e depois cai na risada.

― Está rindo do que idiota? ― pergunto irritada

― De você...

― Porque disse à sua madrinha que sou sua namorada? ― sussurro, não queria estragar a reputação dele

― Foi a primeira coisa que me veio a mente. ― explica. Ele enfia a mão no bolso do jeans e retira meu celular sobrevivente de lá

Pego meu celular e o mesmo estava com a tela trincada. Bufo e vejo as ligações perdidas; cento e dez da Kenna, oitenta da Debb, cinquenta da Luce, vinte e nove da Karen e algumas do Nash. Até mesmo do Cameron.

Mas não havia nenhuma do Shawn.

Nenhuma.

Aquilo doeu, bastante mais eu apenas bloqueei o celular e o joguei em cima da cama.

― Me leva pra casa, Bryan. ― peço e ele esbugalha os olhos

― Sinto muito, não posso fazer isso. ― diz nervoso

Me levanto com raiva, ódio, todos os sentimentos ruins possíveis e tento bater nele, mais eu estava muito, muito fraca. Ele me segurou e me levou de volta pra cama mesmo que eu tentasse bater nele a cada dois minutos, ele parecia nem se importar.

― Porque está fazendo isso? ― pergunto enquanto ele me põe com cuidado na cama

― Eu sou Bryan Wu, faz um tempo que estou te protegendo. ― diz como se fosse óbvio ― Seu pai me contratou para proteger você.

― Isso é verdade? ― pergunto desconfiada ― E o meu pai? Sabe onde ele está?

― Não sei, ele só fez contanto à umas duas semanas atrás. ― explica e eu assinto ― Eu não estou mentindo, eu juro. Eu passei quase toda a minha vida treinando para me proteger ou proteger aqueles que não podem fazer isso sozinhos.

Eu posso me proteger sozinha.

Será que ele está falando a verdade?

― Isso é bem confuso... Não sei se devo acreditar em você. ― sussurro e fecho os olhos para digerir tudo ― E-eu... me deixe ir por favor.

― Você não entende, não é mesmo? ― grita me assustando ― Eu estou aqui para te proteger, seus amigos não podem fazer isso. Eles só irão correr mais riscos com você por perto.

Senti uma pontada de dor atingir meu peito ao ouvir aquelas palavras da forma mais dura o possível. Por mais que eu tentasse convencer meu coração de que elas eram mentiras, no fundo eu tinha consciência que eram verdadeiras. Todos eles correm risco estando comigo. Isso é algo que eu nunca vou poder negar.

― Bryan, me deixe ir... só por hoje. Eu juro que vou voltar. ― peço e ele se abaixa em minha frente

― Como posso confiar em você?

― Se eu não voltar antes da meia noite você pode ir me buscar, me trazer a força, amarrada, arrastada... ― digo o fazendo rir

― Tá bem, eu a levo de volta. ― suspira e sai do quarto me deixando sozinha

Me afundo na cama suspirando alto, queria estar em casa. Estar com meus amigos e principalmente com Shawn mais ele sequer me ligou para perguntar se eu estava bem ou porque havia passado a noite fora de casa. Mas parecia que ele sequer se lembrava da minha existência, mais talvez ele estivesse ocupado.

Ocupado com alguma garota.

Fecho os olhos para espantar esses pensamentos ruins e então ouço meu celular tocar, era Kenna. Não acho justo deixá-la preocupada por minhas atitudes infantis, tenho que dar alguma satisfação a ela. No quarto toque atendo o telefone e ignoro os gritos e os sermões que ela está dizendo.

― Bom dia Kenna! ― digo tentando parecer bem.

― VOCÊ ENLOUQUECEU? ONDE VOCÊ ESTÁ? EU VOU AÍ TE BUSCAR! ― grita e eu dou risada

― Estou bem Kenna, não se preocupe. ― digo tentando acalmá-la.

― Ok. ― suspira ― Você sumiu desse jeito porque ficou sabendo do que aconteceu ontem?

O que aconteceu ontem?

― Eu sei que você está muito magoada Katherine. ― diz e eu fico completamente confusa ― Eu fiquei triste com o Shawn também, nunca pensei que ele iria pedir a Ashley em namoro na frente de todo mundo. E o bebê que ela está esperando...

Meu coração disparou naquele momento, então ele havia pedido a Ashley em namoro? E ela estava esperando um bebê dele? Ele me fez de trouxa todo esse tempo? E então ouço meu celular apitar, eram treze mensagens de Kira e um vídeo; Shawn e Ashley se beijando, ele beijando a barriga dela. Eles pareciam muito felizes.

Meus olhos encheram-se de lágrimas e eu tive uma horrível sensação de que meu coração estava sendo esmagado. Bruscamente esmagado. Sem vestígios de dó ou arrependimento.

Ele me fez de idiota todo esse tempo, ele nunca se importou.

Encerro a chamada sem ao menos escutar o que Kenna está dizendo. Me deito novamente na cama e começo a chorar, eram lágrimas de ódio, raiva, arrependimento... parece que Deus resolveu jogar todos os meus problemas na minha cara naquele momento. Tudo atingiu minha cabeça de uma vez só, Will, Shawn e Ashley, Bryan. Tudo de uma só vez.

Mordi o lábio para controlar os soluços, senti um filete de sangue escorrer da minha boca, eu estava apertando a mesma com muito força que chegava a machucar. Mas não era uma dor como a que eu estava sentido no meu peito, não era nem de longe parecida. A dor de ter sido feita de idiota é uma das piores que já senti na minha vida.

Não sei por quanto tempo fiquei naquela posição, chorando, acho que já devia estar desidratada. Meus pulmões ardiam de um forma assustadora e eu sentia uma sensação horrível, como se eu estivesse sendo enforcada ou afogada. Era horrível.

Eu estava me sentindo um lixo.

Alguém sem valor.

Queria morrer.

Ouço a porta ser aberta mais minha visão está completamente embaçada pelas lágrimas, não consegui distinguir quem era.

― Vou te levar pra casa... ― Ouço Bryan dizer mais logo que ele se aproxima quase cai ao ver meu estado ― Você...

Sem pensar duas vezes o abraço, e ele retribui na mesma hora. Ignorei suas perguntas sobre o que tinha acontecido, ignorei o fato de estar encharcando sua camisa com as minhas lágrimas... eu só precisava abraçar alguém. Precisava fazer aquela dor ir embora de qualquer jeito.

― P-Por favor, me deixe ficar aqui. ― peço soluçando ― Não me leve de volta.

Não queria voltar e dar de cara com Shawn depois do papel de idiota que ele me fez pagar. Provavelmente ele deve estar rindo da minha cara agora, e no momento só consigo pensar em como matar ele sem que ninguém suspeite que tenha sido eu.

― Me diga o que aconteceu!? ― sussurra em meu ouvido

― E-eu briguei com... ― mordo o lábio para não dizer "com alguém que amo" ― briguei c-com alguém.

Então ele me aperta mais forte contra si, e eu desabo ali mesmo. Choro até sentir que não há mais lágrimas a derramar e em nenhum momento Bryan me mandou se afastar ou parar de chorar, ele continuou comigo. Me abraçando e sussurrando que tudo ia ficar bem, eu queria acreditar em suas palavras, queria sim. Mas naquele momento acreditar que tudo ficaria bem seria uma perda de tempo. Uma idiotice na verdade.

― Preciso de ar...― murmuro pra mim mesma.

Me solto de Bryan e o encaro, ele está assustado com o que acabou de acontecer. Sinto meu rosto completamente molhado e inchado, meus olhos doem e minha boca está tremendo. Não acredito que estou passando por isso por culpa daquele imbecil. Se depender de mim eu jamais irei derramar um lágrima por ele novamente. Passo a mão no meu cabelo ajeitando o mesmo, estava um desastre, tanto por fora quanto por dentro.

Caminho até a porta e quando tento abrir a mesma está trancada. Tento abrir de todas as maneiras possíveis mais está trancada.

― BRYAN ABRE ESSA PORTA! ― grito batendo na porta

Ele nem se move, apenas observa meus movimentos em silêncio. Estou começando a ficar com raiva desse garoto idiota. Ando até ele e o empurro, começo bater em seu peito o mandando abrir a porta.

― Abre a porta agora! ― grito ― Eu não devia ter confiado em você!

― Você não pode ir... ― sussurra em meu ouvido, ele segura meus pulsos me impedindo de tentar bater nele ― Escuta, não pode confiar em ninguém.

Me solto de Bryan e bufo ao notar que ele estava com a chave, o mesmo guarda o molho de chaves no bolso. Cruzo os braços e sopro uma mecha da minha franja que caia em meu rosto atrapalhando minha visão. Ele passa por mim esbarrando em meu ombro e me desequilibrando por alguns minutos, quase cai no chão.

― Não posso confiar ninguém?! ― pergunto quase que ironicamente

― Não pode. Em ninguém. Katherine, qualquer um lá fora pode estar querendo te machucar. ― explica e se senta na beirada da cama ― Nada vai te machucar aqui.

― Entendo... nada vai... ― rio desacredita com suas palavras.

Uma chama se acende em mim, com uma pergunta... eu posso confiar nele? Alguém que conheci na noite passada e está me mantendo presa, trancada em um quarto numa casa que eu não sei nem em que bairro é. Sequer sei se continuo no Canadá, sei que há uma grande chance de que eu esteja sim mais depois de tudo o que houve... acredito que nada é impossível pra esse garoto.

Mas algo nele me intriga.

Sinto que está mentindo, só não sei em que parte.

Tenho medo do que pode acontecer aqui dentro. Meu coração acelera quando começo a imaginar coisas ruins e elas envolvem JungKook, começo a ficar com medo até de encará-lo mais preciso saber se ele algum dia fará mal a mim.

― Bryan... ― o chamo baixo, ele me encara curioso ― Quando diz que não posso confiar em ninguém... isso o inclui?


Notas Finais


Ross Butler como Bryan Wu.
Sou uma Army fodida
Antes que vocês comecem a planejar nosso assassinato esperem o próximo capítulo, tudo será esclarecido e saberemos o que Bryan esconde, se ele esconde né... vai saber. Vocês simplesmente não perdem por esperar, os próximos capítulos serão grandes como esse e talvez possam demorar um pouco mais nunca vamos abandoná-los
Haha i love you

Até o próximo.


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