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História Salvation - Um ótimo dia para morrer


Escrita por: theredg e bad-land

Notas do Autor


ALÔ ALÔ voltamos, capítulo bônus shsh, nosso amorzinho Shawn vai entrar em ação no próximo capítulo mais ... digamos que ele vai começar um pouquinho rude e chato maia vai melhorar.

Obrigado a vocês <3

Boa leitura xx

Capítulo 3 - Um ótimo dia para morrer


      PRIMEIRA FASE;

Katherine point of view

― Você não vai dizer nada? ― a psicóloga perguntou. ― Por favor Katherine, eu só quero te ajudar.

Revirei os olhos. Essa era décima psicóloga que meus avós acham que pode me "ajudar". Sabia que estava decepcionando eles, mais eu não conseguia. Simplesmente não podia falar sobre aquele maldito dia, aquilo tudo ainda parecia ter acontecido a um segundo atrás. Não sei quanta vezes sorri e disse "estou bem" sendo que nenhuma delas era verdade e todos pareciam estar cientes disso.

Minha avó, Emma, estava com uma expressão de decepção no rosto como nunca tinha visto antes enquanto meu avô balançava a cabeça negativamente, eu sintia muito por estar fazendo eles passarem por isso. Eles não mereciam uma neta com tendências suicidas.

― Você acha que é a primeira a dizer que vai me ajudar? ― perguntei surpreendendo a todos. ― Quer me ajudar? Me mate.

Minha avó parecia ainda mais decepcionada enquanto meu avô apenas se levantou e saiu andando.

Eles me salvaram de um quase suicídio, a uma semana atrás quando resolvi me matar com uma corda presa a uma árvore no sítio deles. Minha avó me disse algumas coisas sobre  "você balançava para lá e cá, seu rosto estava pálido" e então resolvi não fazer mais isso. Pelo menos não dessa forma, estaria colocando a saúde deles em risco. Então resolvi ir morar com meu pai no Canadá.

― Me desculpe. ― minha avó murmurou e eu saí dali.

Queria morrer. Queria gritar pro mundo o quanto estava com vontade de morrer logo, a dor era insuportável e as pessoas pareciam não compreender isso. Eles achavam que era apenas "drama adolescente" mais ele nunca realmente entenderiam o que estou sentindo. Eu sentia uma desejo urgente de morte, a cada respiração o desejo aumentava mais.

― Katherine Jones! ― minha avó chamou, lá vem bronca. ― Você está de castigo!

Meu avô surgiu atrás dela, eu assenti que estava de castigo. Na verdade nem ligava pra isso, já não tinha amigo nenhum.

― Você está exagerando muito, Katherine Marie. ― meu avô disse enquanto eu me ajeitava no banco de trás de seu carro velho.

― Como é capaz de julgar uma dor que você nunca sentiu? ― perguntei o pegando de surpresa.

Fui respondida por um absoluto silêncio, ótimo.

Meus avós se esforçaram para me trazer de volta para o mundo real, o mundo de pessoas reais onde tudo é cruel e insano, um mundo que você nunca saberá quando será sua hora de partir, um mundo que você não sabe se é bom ou se não é.

Esses dois meses foram os mais cruéis da minha vida. Toda a noite eu tinha pesadelos, e acabava por cair da cama. Will foi preso mais ainda tem pesadelos com ele fugindo da cadeia para vir atrás de mim. Eu queria mata-lo e fazer com que toda a dor que eu senti estivesse nele, que ele sentisse.

A facada que ele me deu no braço não doeu, era ainda mais fraca comparada a dor dentro de mim. Eu passei dias anestesiada, vivendo a base de remédios e médicos.

Não acredito que tomei a decisão de morar com Sam. Ele veio aqui em Londres para o enterro de minha mãe e de Haley afinal ela era filha dele. Eu não o vi e agradeci mentalmente por isso, nem sequer tive coragem de ir ao enterro delas. Tudo o que sabia sobre meu pai era: ele é rico, é engenheiro, casou-se e tem uma filhinha de 5 anos chamada Elle.

Chegamos ao sítio todos meus avós e tinham dois carros estacionados a frente da velha casa. Um eu reconheci imediatamente sendo o carro de Jessica, a mãe de Kenna. Mas que diabos ela está fazendo aqui? Será que ...?

Abri a porta do carro e saltei pra fora dele em movimento. Sorri com o gritinho da minha vó que depois sorriu balançando a cabeça negativamente. Ultimamente tenho feito coisas perigosas, me apaixonei por adrenalina.

Entrei na casa correndo e quando abri a porta um furacão pulou em meus braços me tombando com tudo no chão. Não precisei olhar para saber que era Kenna, ela usava o mesmo perfume de baunilha.

― Nunca mais faça isso comigo! ― ela disse praticamente cuspindo as palavras na minha cara.

Olhei ao redor e meus olhos se encontraram com ele. Meu pai, estava sentado conversando com Jessica, parecia ouvir a mulher mais seus olhos estavam voltados pra mim. Eu queria abraça-lo, dizer o quanto sentia sua falta. O quanto doeu e mim ele ter partido daquela maneira, mais ele sabia que eu não faria isso. Eu não era mais a garotinha inocente de dez anos que o perdoava sempre que ele não podia ir ao meu aniversário por causa do trabalho, por causa de tudo.

Ele se levantou e me deu um abraço desajeitado. Eu não retribui é bem óbvio, mas pude ver que ele ficou sentido por isso, não tanto quanto eu nas minhas festas de aniversário em que ele nunca aparecia.

― Oh, Katherine! ― a mulher disse. Lisa era exatamente igual a Kenna. Apesar da pouca idade ela era uma ótima mãe. Ela me abraçou tão apertado que cheguei a imaginar que fosse morrer. ― Eu, eu permiti que Kenna fosse com você. Seu pai me pediu e sei o quanto isso pode te ajudar.

Meu olhar rapidamente se encontrou com o de Sam, pela primeira vez na vida ele havia feito algo que eu realmente havia gostado, além de pagar pela minha escola. Lancei um sorriso pra ele que tratou me mandar um de volta, e me lembrei de quantas vezes esse mesmo sorriso havia me ajudado em noites de pesadelo.

― Oh minha querida! Iremos sentir sua falta. ― minha avó disse. Pela sua voz trêmula percebi que estava chorando, era difícil o saber por causa do fundo de garrafa.

― Vovó eu vou ligar sempre. ― disse.

                          [...]

O caminho até o aeroporto foi bem rápido, Kenna me contava sobre o que aconteceu nesses últimos meses em que me afastei dela. Ela e Cameron não estavam namorando, na verdade ele é só mais um galinha tal como pensei que fosse.

Sam permaneceu em silêncio, e foi melhor assim afinal o que ele iria dizer?

O vôo sairia as cinco da tarde mais entramos no avião dez minutos antes, fiquei no meio deles afundando a minha cabeça em mil pensamentos. Será que e esposa dele irá gostar de mim? E minha ... e Elle? Será que vai gostar de mim?

― Katherine ... ― Sam começou ― Eu ... A minha esposa, a Karen ela tem dois filhos além da Elle.

― Hum.

Agora tenho que me preocupar com isso também, em agradar esses seres estranhos e desconhecidos. Só queria estar no sítio agora me entupindo de remédio até morrer, hoje era um ótimo dia pra isso.


Notas Finais


Eita olha o que vai acontecer, dois filhos além da Elle hmmmmmmmmm ....

Obrigado bitch @livvstylinson a fic tá' maravilhosa, valeu por me ajudar com ela.
Minha outra fic sobre o Shawn pra quem quiser ler https://spiritfanfics.com/fanfics/historia/hostage-6146845

Comentem seus lindos. Kisses xx


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