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História Salve-me, Romeo - Please, stay.


Escrita por: FleurDeDruitt

Notas do Autor


Olá!
Resolvi criar essa fic, pois shippo muito eles e acho que seria uma boa, dar mais créditos ao casal.
Espero que gostem, favoritem e comentem se possível!
Críticas são sempre bem-vindas. ♡

Capítulo 1 - Please, stay.


Fanfic / Fanfiction Salve-me, Romeo - Please, stay.

O dia nunca estivera tão monótono e quieto para Elaine, como naquela tarde de Outubro. O céu estava levemente cinzento, o castelo tinha seus corredores tão silenciosos, que um pisar já ecoava por todo o andar.

Seu irmão estava novamente em uma daquelas reuniões sobre política que Elaine tanto detestava. Não conseguia entender oque falavam, e nem queria ou se importava, já que as únicas coisas que fazia era aprender o básico de uma princesa, e mulher em uma sociedade, e acompanhá-lo em festas.

Nunca tivera um relação profunda com Harley, como gostava de chamá-lo. Invejava, mesmo que sem querer, a relação entre sua prima Elizabeth e suas irmãs. E quando elas a visitavam, era o melhor dos dias, passavam horas brincando ou explorando o enorme castelo, contando histórias fantasiosas e imaginando uma vida que nunca teriam.

Uma outra pessoa que passava algumas tardes juntos, era Ban. O braço direito de seu falecido pai, que chegou no castelo e começou a treinar com seus catorze anos, na época, ela tinha oito e seu irmão dez anos.

- Amélia, você viu Ban?- Perguntou a uma das empregadas que limpavam a estátua em um dos corredores.

- Não, vossa alteza.

- Muito obrigada.

Desde pequena fora tímida, e com Ban não foi diferente. Apesar de se sentir intimidada, algo nele sempre a fazia admirá-lo, não sabia se era sua determinação, seu sorriso debochado, ou seus penetrantes olhos vermelhos.

Semanas depois que Ban chegou ao castelo, Elaine sempre o seguia, e escondida, assistia seu pai treiná-lo. Em um dia desses, procurou-os, mas eles não estavam na colina que costumavam treinar. Decidiu escalar uma árvore, para visualizar melhor o local, porém, se esquecera de que não havia aprendido a descer. Já estava ficando escuro e a princesa não sabia oque fazer. Daquela distância, ninguém a escutaria.

“ Está presa?”

A voz que surgiu de baixo chamou sua atenção, e pôde visualizar o garoto dos cabelos platinados. Suas mãos repousavam em sua cintura e um olhar curioso a mirava. Elaine piscou algumas vezes e concordou com a cabeça. Ele apenas sorriu e se direcionou, esticando os braços.

“ Pode pular.”- Elaine balançou negativamente a cabeça.- “ Vamos, não vou deixar que caia. Prometo.”

A menina vendo que não tinha outra alternativa, sentou na ponta do galho e pulou, fechando os olhos com receio. Mas se sentiu segura, ao notar os dois braços sob si, que seguravam seu corpo firmemente.

Abriu os olhos, se deparando com os belos e indecifráveis olhos do garoto. Naquele momento uma onda de calor de apossou do corpo dela, sentiu suas pernas bambearem no ar, suas mãos suarem e seus lábios tremerem. O coração palpitava mais rápido, devido seu nervosismo.

“ Sou Ban, e você?”

“ E-Elaine Liones.”

Os olhos dele se arregalaram de surpresa.

“ Princesa, não se preocupe, nunca deixarei que nada aconteça a você.”

E desde esse dia, Elaine tivera uma companhia, muitas vezes ele tinha que viajar para cumprir missões, mas quando estava no castelo, sempre ocupava o tempo da princesa.

Eles cresceram, e o leve nervosismo que Elaine sentia no peito quando pequena, se tornou uma paixão, que cultivava pelo mesmo. Em sua mente, ela sabia que nunca seria correspondida, pois ele era mais velho que ela, e deveria vê-la como uma irmã mais nova, necessitando de proteção.

Seu irmão nunca gostara muito de Ban, cultivava um ciúmes do mesmo com seu pai, e logo depois com a irmã. Ela o considerava mais do que seu próprio irmão!

Elaine chegou até o corredor principal, podia ouvir o murmúrio vindo da sala de reuniões. Como estava entediada, resolveu espiar um pouco. Encostou o ouvido na porta.

- Você acha que isto é uma boa ideia, vossa alteza?

- Sim, Elaine já tem quinze anos, e ano que vem completará dezesseis. Quanto mais cedo arranjar um marido, melhor.- Aquilo fez seu coração apertar. Estavam querendo planejar um casamento arranjado para ela?

- E já tem alguém em mente?

- Sim, o príncipe do reino vizinho, Helbram. Seu país é ótimo em armas de fogo e metais, seria um grande aliado.

- E sobre a renovação da guarda real?- A atenção de Elaine se prendeu ainda mais naquele momento.

- Já tomei conta disso.- Ele pigarreou.- Esta tarde Ban e Meliodas irão partir, junto de outros soldados. Não os quero mais aqui.- Aquilo foi a gota d’água para a garota. O sentimento de impotência tomou conta de si, estava tão perdida em seus pensamentos que nem percebeu a porta ser aberta.

- Princesa?- O primeiro ministro indagou, recebendo o olhar de Elaine, que logo o direcionou a seu irmão e os outros políticos sentados que a observavam.

- Elaine, o que faz aqui?- King perguntou, recebendo um olhar triste da loira.

- E-Eu...não quero me casar! E por favor, não mande embora Ban e Meliodas!

- Elaine…- Ele massageou as têmporas com uma mão.- Já está tudo decidido. Você irá se casar e eles partirão.

- Isso não está certo! Papai não aprovaria.

- Nosso pai está morto!- Elevou o tom de voz, batendo as duas mãos na mesa.- Quem decide oque é certo ou errado sou eu. E quando eu digo que eles vão imbora e que você irá se casar, é isso que vai acontecer!

Aquelas palavras perfuraram o coração da Liones.

- Você...você é um idiota! Eu te odeio!- Saiu correndo pelos corredores, ignorando a voz dele que a chamava. As lágrimas já estavam brotando e descendo quentes por sua face.

Entrou no quarto, fechando a porta e deslizando pela mesma, escondendo o rosto entre os joelhos. Aquilo só poderia ser um pesadelo, seria entregue a alguém que nem conhecia. Trocada por metais. E ainda teria que lidar com o fato de que nunca mais veria Ban.

Seu choro foi interrompido pelo relincho dos cavalos. Secou algumas lágrimas e foi até a janela. No pátio principal, algumas carroças carregavam guardas que agora tinham seus uniformes retirados. Provavelmente eram eles os exilados.

Vagou seu olhar freneticamente pelo local, com esperanças de achar Ban, e para sua sorte, conseguiu visualizar os cabelos grisalhos do mesmo, que conversava com Meliodas.

Bateu na janela, e berrou seu nome, porém ele nem ouviu. Começou a andar em direção ao portão. Não, ela não poderia perdê-lo assim.

Desceu correndo as escadas do castelo, ignorando os chamados dos empregados. Quando chegou ao portão dos fundos, seu coração gelou, a última carroça saía, e o portão já estava se fechando.

- Ban!- Gritou em plenos pulmões, mas ninguém veio, ninguém gritou de volta, apenas o metal se fechou, fazendo as lágrimas dela voltarem. Porém, se lembrou do local que fora a tantos anos atrás. Aquela colina, se lembrava de que ela dava a um rio, que cortava a estrada.

Não tinha mais nada a perder. Correu até lá, quando chegou na colina, havia uma ladeira íngreme, predominantemente de terra e alguns cascalhos. Deu um piso em falso e caiu, ladeira abaixo.

Só sentiu a ardência em seu corpo passar quando caiu no rio, a água relaxou um pouco seus músculos. Mas ainda assim doía.

Se levantou devagar, vários cortes superficiais marcavam seus braços e pernas.

- Poderia ter sido pior…- Sussurrou, espremendo a barra do vestido.

- Realmente, poderia.- Aquela voz a fez gelar, olhou em direção à outra margem do rio, na estrada. Ban estava lá, segurava um balde d’água. Seu sorriso desapareceu ao ver o estado da garota.- O que faz aqui? E por que…

Não conseguiu terminar a frase, pois Elaine correu até ele e o abraçou, com todas as suas forças, logo depois o encarando com seus olhos chorosos.

- Por favor, não vá…

- Elaine, eu…

- Eu não quero! Se você for, eu ficarei sozinha de novo, terei que me casar e ser infeliz. É isso que quer? Pois eu não quero!- Limpou as teimosas lágrimas que desciam.

- Você não entende.- Se agachou na altura da garota.- Tem motivos para eu estar sendo mandado embora. Motivos que não posso lhe contar. Seu irmão sabe oque faz, mesmo que eu ainda não goste muito dele.- Bufou.- Mas, tenho certeza que ele se importa com você.

- Não, não se importa! Você é o único que se importa comigo. Por favor, fique.

- Eu não pos…

- Então me leve com você!- Segurou a camisa dele.- Eu não tenho nada a perder!

- Elaine, sabe a gravidade do que está me pedindo?- Ela concordou.

- Sei, e é isso que quero.

Ele suspirou, seus olhos melancólicos encararam a garota.

- Sinto muito, Elaine.

Segurou seu braço e a puxou para seu colo, logo depois pressionando um pano em seu nariz.

- Não..Ban…

Sussurrou antes de perder os sentidos, devido o forte cheiro.



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