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História Samsara - Quando dei vazão ao meu ego


Escrita por: BareBear e FetoDeKaisoo

Notas do Autor


WOOHOL... Estou aqui mais uma vez! Urso sem curso falando;

Antes de partirem para a leitura de mais um capítulo, tenho que explicar algumas coisas. O capítulo deveria estar saindo amanhã, mas precisei dar uma adiantada no cronograma porque estarei viajando hoje a noite e talvez não desse para posta-lo amanhã, então é melhor adiantar que atrasar, certo? Mas após isso, o cronograma volta ao normal.

Então, quero explicar duas coisas sobre a estória: A primeira delas é com relação aos nomes dos capítulos, percebam que os nomes seguem um estilo e ele é característico nosso. E está em primeira pessoa porque quem os nomeou foram dois protagonistas disso tudo; Xiumin e Sehun. Isso mesmo colegas, estávamos observando o nada um dia qualquer quando os dois vieram até nós e nos disseram que suas histórias deveriam ser nomeadas desse jeito. Logo, como somos pessoinhas obedientes, obedecemos sem delongas. A segunda diz respeito ao capítulo em si, perceberão uma mudança na narração. Esse capítulo estará sendo narrado pelo cavaleiro errante de 2 metros de altura, SEHUN! Então tivemos que adaptar a linguagem para o contexto.

Espero que tenham lido tudo, hehehhe, sem mais quero agradecer por todos os 25 favoritos e toda atenção e carinho que estão dando a Samsara ~ Mds, as notas estão ficando maior que o capítulo Q ~ Chega por aqui.

Boa leitura!

Capítulo 3 - Quando dei vazão ao meu ego


SAMSARA
Capítulo 2 – Quando dei vazão ao meu ego

 

 

Não consegui dormir, fiquei a noite inteira pensando em meu Luhan, meu lindo príncipe. Parece estranho usar tantos ‘meus’ como se ele fosse uma propriedade, mas aquele pequeno me pertence e o seu amor também. Era inacreditável, como se eu estivesse revivendo todos aqueles momentos que passamos juntos, todo o meu amor que tive e que ainda possuo, claro.

Senti algumas lágrimas pingarem sobre meu peito, era tanta, mas tanta a saudade que sentia e agora ele finalmente nos encontrara, então toquei meus próprios lábios, tentando lembrar a textura macia dos do menor, em seguida fechei meus olhos, sentindo-me entorpecido por aquela sensação boa que alastrava dentro do meu peito. Mas algo ainda me intrigava bastante. Estava sentado sobre o chão, apenas com a minha calça moletom que costumava dormir todas as noites.

- Mas que droga! Ele não lembra de nada, como pôde esquecer tudo? Todo o meu amor, os nossos momentos... – Murmurei, levantando do chão - Não, nada disso pode ser esquecido! m-meu amor, eu farei você lembrar! - Passei a mão sobre meus cabelos, bagunçando os fios, até que ouvi o toque do meu celular, procurei o mesmo e olhei no visor vendo um desconhecido número. Olhei desconfiado, quem seria?

- Quem é? - Perguntei, usando meus "bons modos".

- Vejo que realmente não se lembra mais do meu número - Aquela voz, eu conhecia muito bem, mas o que ele queria?

- O que quer Minseok? - Perguntei já sem vontade de ficar conversando com ele.

- Você sabe... precisamos conversar sobre o nosso príncipe, sobre o Luhan –

- Conversar sobre o que? Luhan voltou para nós, isso que importa – Sabia o que ele queria falar, mas não estava com a mínima vontade de falar sobre aquilo.

- Não se faça de bobo Sehun, sabe muito bem sobre o que quero falar, digo das memórias de Luhan – Sorri de canto, era divertido irritar Minseok.

- Mas então, o que devemos fazer? – Suspirei baixo - E? – Continuei brevemente.

Ouvi um suspiro audível na linha.

- Darmos um tempo, principalmente para o Luhan, precisamos reorganizarmos isso tudo – Não estava gostando nada daquilo, agora que o meu princípe voltou, tenho que me afastar dele? Mas não mesmo.

- Uma boa idéia, faltaremos amanhã na escola? – Menti, já tinha algo em mente.

- Infelizmente sim, quero dizer, ele deve estar muito confuso, será o melhor – Murmurei um som em concordância – Acho que é só isso então, at...

Desliguei a chamada antes que terminasse, joguei o celular na minha cama e rumei até a varanda que tinha em meu quarto, apoiei-me sobre o batente, observando as estrelas em todo aquele breu. Soaria até estranho, mas sentia como se elas me observassem, ri soprado, tirando alguns fios de meu rosto.

Por mais que eu quisesse, não conseguia distrair meus pensamentos dele.

Fechei os olhos, lembrando do que havia passado, flashs do moreno novamente passavam por minha mente.

Meu príncipe, não se preocupe, pois logo irá lembrar de mim.

      

       Somente de mim.

 

                   

 ✘✘✘

 

 

Não era do meu costume chegar cedo na escola, mas hoje era preciso tal sacrifício. Levantei-me e fui direto para o único banheiro daquele apartamento, tomei uma ducha rápida, não queria me atrasar. Terminei de me vestir e fui pegar meus pertences; Chaves da minha moto e celular. Desci as escadas e fui em direção a pequena garagem daquele lugar, não demorei a encontrar minha moto, sorri de canto, ela era uma das minhas coisas preferidas, quando subi na mesma, não demorando a dar partida e correr em direção àquele inferno ou colégio como muitos chamavam.

Como eu desejara, consegui chegar bem cedo, ainda tinham poucos alunos entrando pelo portão. Estacionei a moto e me adiantei para entrar o mais rápido possível naquele grande prédio.

Evitei sentar nas últimas carteiras da sala como sempre fazia e optei por sentar um pouco mais ao meio, pouco alunos tinham chegado, a maioria me olhando de modo estranho, provavelmente pelo fato de ter chegado tão cedo. Apenas sentei de modo relaxado em minha cadeira e fiquei à espreita de quem entrava pela porta, concentrando-me apenas em encontrar aquela pessoa.

Entravam mais e mais alunos na sala e nada do meu Luhan aparecer, não demorou muito para que a professora entrasse e começasse a aula, porém, antes disso, pedi para que pudesse ir ao banheiro, suspirei um pouco com raiva, Minseok poderia estar certo, ele deve ter levado um susto com tudo que aconteceu ontem e talvez não quisesse nos ver. Estava tão imerso nesses pensamentos que não percebi quando esbarrei em um corpo, fazendo o mesmo ir ao chão, estava prestes a xingar o infeliz, porém antes pude ver quem realmente era, senti meu peito pular em ansiedade ao encontrar meu lindo príncipe. Ele estava tão bonito, seu uniforme devidamente arrumado em seu pequeno corpo e seus cabelos negros com alguns fios derramados sobre sua testa. Tudo parecia estar girando ao meu favor.

- Me desculpe - Estendi-lhe a mão, ele parecia não ter me visto, pois ainda estava de olhos fechados, agachei até a sua altura e me aproximei mais um pouco, podendo sentir o adocicado cheiro de seu perfume - Está tudo bem? - Seus olhos se abriram lentamente, observei aquele lindo rosto, seus orbes castanhos logo se encontraram com os meus de súbito por alguns segundos, eu realmente esperava um empurrão ou algo do tipo, mas ele continuava parado no mesmo lugar. Como se meu corpo se movesse por si próprio fez aproximar-me mais, mirei seus lábios, como queria beijá-los novamente! Logo Luhan pareceu sair do transe e se levantar rapidamente praticamente pronto para se afastar de mim.

- P-Por favor, fique longe de mim - Seu rosto estava adoravelmente rubro, reprimi um sorriso de meus lábios, ele já ia correr, mas antes que saísse agarrei com uma de minhas mãos seu pulso - Merda! S-Sério, me desculpe, eu não queria ter feito nada disso com você - Menti, tinha que fazer algo, senão ele fugiria sempre. Luhan pareceu confuso e um pouco nervoso.

- Me desculpe, é que... você me lembra uma pessoa que eu amo muito - Abaixei minha cabeça, de modo a parecer abalado, ele parecia querer dizer alguma coisa, percebi sua boca entreabrir como se algo inesperado fosse sair dali.

- Luhan! - Uma voz feminina cortou o silêncio, olhei adiante podendo ver uma garota que parecia ser da nossa sala, acho que seu nome era Haneul - O que faz aqui fora? A nossa Sunbae já deve estar na sala - Disse a menina, ostentando um sorriso no rosto para o meu Luhan, o que aquela garota queria com ele? - Ah! Oppa, não tinha te visto - Olhou em minha direção sorrindo, porém este sendo mais fraco que o anterior, apenas a mirei seriamente, não gostei nada dessa menina - Err, vamos entrar? - Chamou ela, um pouco sem graça, Luhan apenas assentiu com a cabeça de maneira tímida, eles olharam para mim como se esperassem uma resposta também.

- Eu tenho que ir ao banheiro - Falei, vendo a garota seguir em direção a sala, juntamente com Luhan logo em seguida - Espero poder conversar melhor com você depois - Falei baixo assim que o menor passou por mim, esperei que tivesse ouvido.

As aulas passaram de maneira rápida, pelo menos para mim que fiquei dormindo em todas elas, não dava a mínima para o que aqueles velhos idiotas falavam. Não demorou muito para que o intervalo chegasse, arrumei minhas coisas e logo peguei a mochila, já estava na hora de me mandar e claro continuar meu plano, mas antes de levantar, pude ver Luhan e aquela garota conversando de forma animada, pelo menos só ela, olhei de canto para o moreno e ele parecia meio perdido, Haneul pareceu enfim perceber isso e acabou tocando a palma da mão do outro, apertei  fortemente minha mochila entre os dedos, não sei o que deu em mim naquela hora, mas me levou a agarrar o braço do mais baixo e puxá-lo para qualquer lugar longe dali.

 

- Solte-me, está me machucando! - Retrucou o menor um pouco nervoso, paramos no jardim da escola que no momento se encontrava pouco movimentado, afrouxei minha mão sobre o seu braço que agora se encontrava com uma marca vermelha de dedos, senti-me culpado.

- Eu não queria... me desculpe - Alisei com os meus dedos a sua marca - Só te causo problemas - Virei-me, tentando parecer um grande culpado.

- Já perdi a conta de quantas vezes se desculpou hoje - Suspirou o menor, puxando de volta seu braço - Eu realmente não te entendo, uma hora está calmo, já na outra está alterado - Murmurou Luhan de modo duvidoso, olhando para um pequeno arbusto que lhe parecia interessante no momento.

- Eu... realmente não sei o que dizer - Bufei, abaixando minha cabeça.

- O q-que quer comigo? Eu não te conheço - Murmurou o menor, mexendo em seus dedos.

- Me chamo Sehun - Sorri de uma forma tímida - Já que está cansado de minhas desculpas, uma boa forma de me redimir poderia ser chamá-lo para sair?

- Sair? Com você? N-Não sei se deveria - Com um olhar constrangido, deu meio passo para trás, afastando-se de mim.

- Por que não? Não farei nada demais. Eu prometo! – Pisquei sorrindo. Li em algum lugar que um sorriso é a melhor forma de cativar pessoas.

- E-Eu tenho que ajudar minha mãe em casa e tem os deveres escolares, acho que não poderei ir – O menor corou ao perceber meu sorriso exagerado e desviou o olhar com uma expressão insatisfeita. Talvez tenha percebido o tênue esforço que tive que fazer para sorrir daquele modo.

- Qual é? Não invente desculpas! Vamos, vai ser divertido... sinto que podemos ser grandes amigos.

Ele recusara mais algumas vezes, porém eu não iria desistir e depois de muita insistência aceitou sair comigo. Combinamos de ir a uma cafeteria ao entardecer, também havia lido, provavelmente no mesmo livro, que lugares calmos e tranquilos são bons para conhecer e se aproximar de pessoas também calmas e tranquilas.

Nada poderia dar errado. Minseok jamais descobriria e em pouco tempo Luhan estaria apaixonado por mim, perdido em meus braços. Suas memórias estariam de volta, com algumas alterações claro, e ele me amaria. Apenas a mim.

As aulas haviam terminado, não aguentava tanta futilidade e inutilidade num só lugar. Decidi voltar para casa, dormir um pouco e me preparar alguns minutos antes para o nosso encontro, sim, transformarei aquilo em um encontro.

Ao chegar, deixei os sapatos sobre um pequeno tapete na entrada do apartamento e percebi que meu celular vibrava e emitia algum tipo de luz. Olhando percebi inúmeras ligações de um número salvo como Minseok, mas o que esse esporro queria? Tsc, não pode ficar um minuto sem mim?

Larguei o celular por ali mesmo, ele iria ligar de novo mais tarde então achei melhor esperar. Deitado no sofá, assisti a um filme qualquer esperando as horas passarem, mas parece que Cronos estava afim de brincar um pouco e decidiu congelar o tempo. Maldito seja! O relógio não anda!

 

 

✘✘✘

 

 

- Venha, aproxime-se de mim.

- Mestre – O senhor de meia idade curvou-se em reverencia a silhueta que emitia uma aura esmagadora.

- Então, diga-me, como eles estão? Espero que não estejam causando muitos problemas – Levantou a mão gesticulando que o servo podia se levantar.

- As crianças? Ah... as crianças. Elas estão bem, nenhum problema foi identificado até agora, pelo visto estão se comportando como o esperado. – Ajeitou os óculos.

- E ela? Fale-me dela.

- Continua linda, seus olhos são como representações da mais polida Lapiz Lazulli. É compreensível o porquê se apaixonou por ela – Tossiu um pouco, pigarreando - Sua vida ainda é pacata e normal, está feliz com o que tem agora.

- Está amando alguém?

- Ainda és o único a quem ela amou e permanece amando.

A conversa foi encerrada ali, o senhor estava de volta ao lugar de onde partira, se preparou para dormir pois iria dar aula logo cedo no dia seguinte.

 

 

✘✘✘

 

 

 

- O que?! Não posso ter me atrasado! – Acordei assustado, coçando os olhos e o cabelo.

Cronos não era tão cruel assim quanto pensei, ainda tinha tempo, tudo estava nos seus conformes. Desliguei a televisão, dei uma ajeitada no sofá e me dirigi ao banheiro. Não pretendia demorar com o banho, mal podia esperar pelo momento em que encontraria Luhan de novo.

Terminei de me vestir e fui em direção a garagem, rodando as chaves em meus dedos. Dei partida e dirigi em direção a cafeteria. Burlei todas as regras de transito possíveis, estava com um pouco de pressa e não seriam algumas regras que iriam me parar. Deixei minha belezinha estacionada numa esquina próxima e fiz o resto do percurso a pé.

Droga! Ele chegou antes. Consegui ver seu corpo magro sentado numa das mesas próximas ao vidro. Entrei no lugar de aparência rústica e os sinos na porta avisaram sobre a chegada de alguém. Percebi que ele olhou para ver quem era e ao perceber quem havia entrado suspirou e sorriu.  Logo dei de cara com um balcão expondo os mais diversos bolos e tortas, realmente estávamos no lugar certo.

- Estou aqui – Ele acenou com a voz num tom baixo.

- Sim, já tinha visto – Respondi indo até a mesa e sentando a sua frente.

Luhan estava sorrindo e toda aquela desconfiança e receio aparentava ter desaparecido. Apenas aparentava. Como sou um gênio! Foi provavelmente uma jogada de mestre tê-lo convidado para sair, ele deve estar apenas confuso e precisa de alguém que coloque suas emoções no lugar e eu serei esse guia! Eu serei esse guia!

Coloquei o capacete sobre uma das cadeiras vazias e sentei da maneira que achei mais conveniente, largado. Uma das minhas preocupações naquele momento com certeza não eram os bons modos.

Chegando mais perto pude perceber que ele estava acanhado, com medo, como se algo ou alguém estivesse faltando, mas tentava disfarçar a todo momento. Não posso dizer que conseguira, mas era divertido vê-lo tentar. No fim a desconfiança ainda estava ali.

- Achei que não viria e a propósito me chamo Luhan – Deu a iniciativa no assunto quebrando o silencio.

- Acha que eu perderia essa chance?

- Chance? Para que? – Indagou desconfiado.

- Quer comer algo?  Vamos, eu pago – Disse após tossir um pouco numa tentativa fútil em mudar o assunto.

- É que... não terei como te pagar de volta.

- Pode me pagar com outro beijo, o que me diz? – Sorri de canto. Fiz uma tentativa arriscada, poderia acabar com as chances de aquilo dar certo, mas desafiar o perigo era um dos meus hobbies.

- D-De onde tirou isso? Não pode sair por aí beijando as pessoas e achando que elas irão retribuir! – Suas bochechas estavam absurdamente vermelhas, ele tentava controlar o tom de voz para que as pessoas ao redor não ouvissem, mas sua irritação pareceu vencer o controle.

Nesse instante, todos pareciam olhar-nos e cochichar algo entre si. Porém, eu não me importava e Luhan parecia também que não.

- Calma aí, era apenas uma brincadeira, não precisa ficar tão irritado – Dei um peteleco em sua testa – Ei, você já beijou outro alguém antes?

- Yah! – Cobriu sua testa com as mãos – Mas que tipo de pergunta é essa? Me chamou aqui para falarmos disso? Tsc’ acho que tenho que ir – Seus olhos não pareciam amigáveis e o corpo do pequeno mencionou que poderia levantar e sair a qualquer momento, precisava impedi-lo a qualquer custo.

- Não, não, não...  Por favor, não vá embora – Não é do meu feitio usar de gentilezas, mas naquele momento um simples ‘ por favor ‘ poderia mudar o rumo das coisas – É uma pergunta como outra qualquer, coisa de amigos sabe? –  Segurei em seu braço, sorrindo com os olhos.

- A-Amigos? – Sentou-se novamente em seu lugar. Sua expressão fora atenuada, como se escutar aquela palavra fizesse sua tensão diminuir bastante – É que... eu nunca fui beijado por alguém antes, ainda mais um garoto – Relaxou na cadeira, suspirando, como se estivesse livrado sua consciência de um fardo.

Ele não mudou nada, ainda permanecia a criança inocente e frágil por quem me apaixonei.

- Nunca? Então? Fui o primeiro? – Estava funcionando.

- S-Sim – corou um pouco mais.

- Tudo bem, ninguém ficará sabendo – Soltei uma gargalhada baixa segurando o riso por toda aquela timidez e talvez por ter descoberto que ele provavelmente ainda era invólucro. Ao perceber meu riso, fez um pequeno bico, acho que ficou bravo por um momento, mas não se conteve e acabou rindo um pouco também. É oficial, agora somos amigos. A primeira etapa estava concluída – Então, decidiu o que quer comer?

- Hmmm... – Luhan colocou o dedo indicador sobre o maxilar como se estivesse escolhendo algo e não pude deixar de notar o quão fofo ele ficava fazendo isso - Acho que vou querer aquele cheesecake – Apontou para o balcão. Seus olhos brilhavam como uma joia recém polida.

- Aquele? – Confirmei, fui até o balcão e voltei logo em seguida com o pedaço de torta em mãos – Aqui está, aproveite que hoje é por minha conta.

Ele comia numa voracidade como se sua vida dependesse disso. Eu o conhecia muito bem e sabia que era louco por doces.

- Desculpa, é que você parece muito com alguém que amei perdidamente – Interrompi a comilança, antes que se engasgasse com algum pedaço.

- Huh? De quem está falando? – O menor voltou seu olhar para mim.

- Não se mova – Limpei o canto de sua boca que se encontrava sujo com chantilly com meu polegar, o lambendo logo em seguida. Percebi que ele corou novamente com minha ação –Não me conhece mesmo? Realmente não se lembra de nada?

- Não conheço... lembrar? Eu deveria lembrar de algo?

- Não... não se preocupe com isso, é apenas uma paranoia minha – Suspirei.

- E-Ei, aquele beijo – Sua face corou terminantemente – Ainda não respondeu, por que me beijou?

- Tsc, esqueça isso... pensei ter beijado quem eu conhecia e amava – Não estava errado. Tinha beijado alguém que conhecia e amava, mas ele não precisava saber disso, não agora. Parei um pouco e resolvi brincar com o perigo mais uma vez - Foi tão ruim assim?

- N-Não, digo, s-sim! – Soltou um grito abafado, balançando a cabeça tentando desfazer a confusão.

- Podemos repetir se quiser, garanto que dessa vez não será ruim – Dei uma leve risada pela expressão confusa e cômica do menor.

-Mas o qu... – Antes que conseguisse terminar a frase meu celular tocou, quebrando toda a cena da qual eu já estava começando a gostar.

- Droga! – Sussurrei mas para mim que para os outros – Desculpe-me, preciso atender – Coloquei o celular no ouvido sem olhar direito para ver quem era, mas consegui reconhecer a voz. Kim Minseok.

 

- Sehun? É você? Onde esteve?

- Aish! Péssima hora para ligar novamente. Você é mesmo um chato.

- Te liguei o dia todo! Por onde esteve?

- Cuidando da minha vida – Revirei os olhos.

- Quem é? Com quem está falando? – Luhan perguntou, tentando olhar o celular.

- Está com Luhan? Você está mesmo com Luhan? Imaginei que não iria cumprir o acordo.

- Merda! Ele desligou. Como deixei isso acontecer? – Dei um soco na mesa, frustrado.

- M-Mas quem era? Aconteceu algo? – Luhan arfou, assustado com minha reação.

- Não... nada importante. Mas preciso resolver isso, podemos continuar nossa conversa outro dia? – Disse levantando da mesa e pegando meu capacete – Vamos, te deixarei em casa.

- Não precisa, posso ir a pé – Ele levantou logo em seguida.

- Eu insisto, vou leva-lo para casa – Peguei em seu pulso, o trazendo para fora da cafeteria.

- O-Ok, estou bem atrás de você – A voz do jovem saiu com eco devido ao puxão que dei em seu corpo. 

Agora estava guiando minha moto pelas ruas da Coreia, levando-o para casa. Tinha falhado, o plano tinha falhado.

 


Notas Finais


EITA NOCINHORA, MUITAX TRETAS HEIN? Esse capítulo foi uma verdadeira hemorragia para as hunhans shippers HoHoHo

Mas não se desesperem Xiuhans shippers! Ou talvez sim. Não sei ao certo dizer, apenas lendo para descobrir!

Adie 0/


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