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História Sanatorium (L.S) - Parte 1


Escrita por: Onikka

Capítulo 1 - Parte 1


- NÃO! ME SOLTA! SAI! - O novo hospede do sanatório anunciava sua chegada com gritos desesperados enquanto era arrastado pela sua camisa de força contra sua vontade. Era uma cena agonizante e dramática para quem assistisse.

Seu rosto inchado e seus olhos vermelhos denunciavam a insônia de sua noite anterior, mas nem o sono era capaz de amenizar o terror e o desespero que sentia.

Os médicos o agarravam com uma brutalidade incomum, violenta e forte o suficiente para deixar marcas duradoras pelo seu corpo.

- POR FAVOR! – Sua garganta rasgava durante o berrante grito que saía falhado e rouco. Não havia nenhum ser ali presente que não houvesse notado sua extravagante presença.

E como se fosse possível, os gritos de socorro do homem ficaram mais potentes e agudos após a chegada do médico que carregava uma injeção consigo.

- F-FIQUE LONGE DE MIM! SAIA DAQUI! – Ele implorou, debruçando-se no chão sujo e frio, encarando com terror e medo a imagem da agulha adentrando em sua pele.

Todos assistiam aquela cena com desdém e indiferença. Exceto o psiquiatra recém-chegado que encarava tudo tão amedrontado quanto o corpo que estava sendo pressionado no piso.

- EU NÃO FIZ NADA! – Ele soltava em berros cada sílaba com o restante do ar que restava nos pulmões, até que chegou ao ápice da droga que havia sido injetada nele e então o rapaz parou de lutar, deixando o corpo cair em relaxamento e desistência.

Os traços fortes em seu rosto e a veia marcada na sua testa deram lugar a uma feição estranhamente séria e apavorada. E num último ato de derrota, revirou os olhos para cima até fechar os mesmos, totalmente inconsciente.

Os enfermeiros que antes pressionavam o rapaz sobre o chão largaram o corpo e enxugaram o suor da testa pouco se importando de como iriam leva-lo até o quarto sem uma maca. Eles poderiam até mesmo arrastá-lo pela perna, de qualquer forma, nenhum paciente valia algo ali. Todos eram tratados igualmente como lixos; desde os filhos da burguesia aos pacientes mandados pelo governo. A única diferença era que se dividiam por classes.

Mas aquele homem não fazia parte de nenhum dos lados. Ele se incluía entre os lúcidos e os psicopatas perigosos que foram mandados ali pela polícia.

- Oque é isso? – O psiquiatra novato sussurrou para a mulher que estava atrás do balcão de recepção, chupando um pirulito rosa, alheia ao que acabara de ocorrer.

- Huh? Você me chamou? – Questionou desviando sua atenção do gibi que carregava nas coxas – Eu tenho um nome, sabia? É Melanie, mas Martinez para você.

- Por acaso isso soa normal para você?- Falou abismados com a indiferença que a mulher havia dado á aqueles gritos sangrentos.

- Ah, você esta falando daquele espetáculo? Não temos culpa dos pacientes serem tão barulhentos assim! – Ela fez uma careta seguida de um bico de choro – Eu odeio barulhos.

- Oque deram a ele? Alguma droga? – Perguntou curioso.

- Não sei, pergunte á Neyde da farmácia, ela quem cuida dos remédios e afins – Respondeu sem fitar o psiquiatra, pois sua atenção estava depositada sobre sua unha e a cerra.

- Entendi. – Ele suspirou, olhando de relance o corpo do paciente ser arrastado até um portão que parecia levar até o porão. Então fez uma anotação mental de que deveria manter distância das pessoas daquele sanatório. Elas não pareciam ser... Amigáveis, concluiu – Será que me pode dizer aonde é a sala de Johannah Tomlinson?

-Oh, eu o levo até Jay. – Afirmou e levantou-se da cadeira, seguindo até as escadas de madeira com o homem ao seu lado – Devo lhe avisar doutor... - Disse após ambos já estarem em frente á porta do provável escritório da sra.Tomlinson – Que nesse sanatório você ainda vai presenciar cenas peculiares, mas peço que...

A porta foi aberta, revelando a sra.Tomlinson que usava um casual terno branco e uma saia lápis bege. Em sua cabeça, havia um formal coque que deixavam a mulher com um ar de charme, seriedade e elegância.

E em seu olhar esfumado, ela demonstrava raiva contra Melanie.

- Melanie, sua criança inconveniente – Saudou a garota com um sorriso falso nos lábios – Porque não vai ver se tem alguém na recepção, menina mal educada? – Após a fala, Melanie deu meia volta com olhos já lacrimejados e afastou-se da presença da mulher que praticamente lhe expulsou.

-Olá, senhora Tomlinson. – Saudou o psiquiatra com os mais formais modos, erguendo a mão em direção á mulher. Ela o segurou sem hesitar, iniciando um amigável aperto.

- Onde estão os meus modos, não é mesmo? Queira entrar, senhor Styles. – Ela recolheu a mão e afastou-se da porta para dar entrada ao homem que adentrou no cômodo.

O cheiro que aquele quarto exalava era de puro álcool e produto barato de limpeza. As paredes estavam revestidas num papel de parede preto e pouco convidativo enquanto as frestas de luz que saiam das largas janelas eram a única iluminação presente.

Era um cenário magnífico e sombrio, totalmente composto por realeza em cada mobília dourada ali presente.

A mulher sentou-se na poltrona, aguardando que eu fizesse o mesmo na simples cadeira que havia diante de sua mesa.

- Essa decoração é um tanto exótica e discreta, nunca achei que poderia definir algo usando essas palavras tão opostas juntas, mas parece a definição perfeita para esse local. – Gargalhou enquanto sentava na cadeira. Aquele ambiente tão incomodante seria um tanto confortável na sua época de heavy metal, pensou o psiquiatra.

- Obrigada pelo incomum elogio, Styles – Respondeu com indiferença enquanto vasculhava as papeladas á procura de algum em específico. Seu olhar corria entre as letras de cada papel com agilidade, enquanto a caneta entre seus dedos batia contra a mesa repetidamente. Ela é uma mulher de negócios, isso era um fato verídico.

- Caso necessário, trouxe o restante das informações sobre os cursos que fiz a respeito da área. Também trouxe minhas documentações, mas acho que você já deve ter recebido a impressão deles, certo?

- Recebi sim, querido. – Falou com um cativante carinho, quase que maternal enquanto guardava o resto das papeladas já que havia encontrado a que procurava – Recebi muitos diplomas, mas o seu foi oque mais me chamou a atenção. – Ela pôs os óculos no rosto enquanto iniciava uma leitura mental – Aqui também diz que você tem experiências com doentes mentais e obviamente é nessa área que o senhor irá trabalhar. Nos outros diplomas não havia nada relacionado a isso, oque achei irônico, pois isso é um sanatório e-

- Senhora Tomlinson, desculpa lhe interromper, mas já conheci muitos psicólogos e psiquiatras que desejam trabalhar aqui por um motivo em específico e acho que você já tem conhecimento do por que, e não é para trabalhar com os pacientes daqui.

Johannah riu.

- Oh, claro, rapaz. Está falando do famoso assassino, não é? – A mulher se levantou e caminhou até a janela, encarando sem expressão a paisagem suja das árvores mortas – Alguns jornalistas enviaram diplomas falsos se passando por psiquiatras para ganharem uma entrevista grátis com o psicopata, e admito que foi difícil identificar os falsos diplomas. Mas com bastante tempo e cautela, descobri você.

O homem sorriu em resposta, deixando á mostra a profunda covinha que havia em sua bochecha.

- Espero que seja gentil com nossos pacientes. Alguns deles são temperativos demais, então peço que tenha paciência. Mas não se preocupe... – Jay retirou um cigarro e um isqueiro do bolso de seu blazer, acendendo de imediato e levando em direção a boca vermelha – Só vou lhe indicar os casos que necessitam do seu trabalho, os mais graves, nós ajudamos.

 - Claro, mas... – O homem baixou o olhar, hesitante em perguntar algo.

- Algum problema, sr.Styles?

- Por acaso eu serei responsável pelo assassino? Digo, eu irei trabalhar no caso dele?

O sorriso de Johannah se desmanchou por um segundo, dando lugar a uma expressão de frieza enquanto seu olhar encarava a mesa, pensativa.

- Óbvio – Respondeu ao fitá-lo nos olhos – Vou lhe entregar os horários, pode começar amanhã, Styles?

- Sem problemas, senhora – Respondeu o psiquiatra ao se levantar, erguendo a palma em direção a Johannah novamente que agarrou sem hesitar.

- Ótimo. Ah, mas ainda tenho que lhe apresentar os cômodos do sanatório. Pode aguardar um segundo aqui? – Perguntou com preocupação no olhar.

- Sim, eu posso.

- Certo, se me dá licença... – Jay se despediu, saindo da sala e deixando o rapaz sozinho naquela larga e sombria sala.

Curioso como era, é claro que Styles não iria ficar sentado quieto aguardando a mulher, então começou a analisar a estante de livros dali.

Estranhou o fato de que a maioria dos livros era sobre o sobrenatural, sobre a mente humana e até mesmo trauma, mas havia um livro em específico que clamava pela atenção do homem. Era um livro grosso e gastado, com a aparência de antigo e o letreiro da capa havia sido tampado pela poeira excessiva.

O livro não estava junto aos outros, como deveria estar, mas encontrava-se sobre uma estante que era o único móvel daquela sala que não havia detalhes em dourado. E assim como o livro, o móvel também parecia ser antigo.

O homem se aproximou do livro, analisando cada detalhe empoeirado e até mesmo as pequenas teias de aranha que estavam ali. Após a análise, passou a mão sobre a capa, fazendo uma fumaça marrom surgir pela poeira. Ele esfregou a capa dura até a cor original aparecer junto com o título, mas não estava em seu idioma.

‘’Gedankenkontrolle’’ Era oque dizia o letreiro cinza.

- É um presente do meu bisavô. – A voz de Johannah ecoando pela sala fez Harry dar um pulo de susto, virando seu olhar aterrorizado em direção á mulher que se encontrava encostada na porta, o fitando com desconfiança. – Você é um ser curioso.

- M-me desculpe, eu só-

- Venha, não tenho muito tempo. Terei uma reunião ainda hoje. – Interrompeu, saindo da sala em seguida. Styles lhe seguiu, fechando a porta e dando uma última olhada sobre o livro antigo.

Ambos desceram a escada dando de cara novamente com Melanie, que foi ignorada por Johannah. Ela entrou no elevador sendo seguida pelo psiquiatra.

Jay iria lhe apresentar exatamente tudo que havia nos seis andares do sanatório. O primeiro andar era onde a alimentação de mais de 50 pessoas era preparava e havia apenas poucas faxineiras limpando o espaço iluminado, branco e organizado enquanto um ou dois cozinheiros faziam seu serviço.

- Ás vezes alguns pacientes vinham aqui para ajudar a faxina ou para ajudar os cozinheiros, mas não fazemos mais isso depois de um... Acidente. – Após a fala, Styles olhou para o cômodo novamente e notou que uma das faxineiras lhe encarava com terror. No olhar avermelhado da moça loira, havia algo estranho. Após analisar com mais cuidado, o psiquiatra notou que no glóbulo ocular daquela menina, havia um corte que estava sangrando e o sangue começava a escorrer pela sua bochecha. Mas ela não reagia. Nem sequer demonstrava dor na sua feição, apenas encarava Styles com terror.

- Senhora Johannah, o olho daquela menina está sangrando! –Styles disse com desespero, assistindo a gota de sangue escorrer pelo rosto da menina e cair sobre o chão branco. Aquela cena era agonizante para o psiquiatra que sentiu que poderia vomitar de enjoou a qualquer hora. Só depois de certo tempo, Johannah notou oque acontecia e fez um gesto do qual o homem ao seu lado não havia notado, mas alguém havia.

- Querido, me diga uma coisa... – Jay iniciou, colocando as mãos sobre os ombros de Styles  e lhe encarando com preocupação e carinho maternal – Por acaso é a primeira vez que vem a algum hospício ou sanatório?

O psiquiatra havia estranhado a pergunta, mas balançou a cabeça em afirmação. Ele já havia trabalhado com doentes mentais, mas nunca visitava os hospícios e sequer imaginava trabalhando em um, mas ele precisava analisar o assassino mais sangrento da cidade. Isso iria estar nos jornais, no seu diploma e seria reconhecido pelo seu trabalho. E se tivesse que trabalhar num sanatório para isso, ele iria.

Johannah suspirou e cruzou os braços.

- Então é comum ter alucinações nas primeiras semanas. Algumas pessoas evitam tanto locais como esse que acabam associando ao medo, e medo gera visões, você sabe disso afinal trabalha no ramo da mente humana. Sabe oque o medo pode causar a uma pessoa. Á nossa visão, na verdade! – Encerrou rindo.

Totalmente em desacordo, Styles empurrou o ombro da mulher de sua frente na esperança de ajudar a garota e perguntar oque havia acontecido, mas a menina havia sumido.

- Acho que você tem razão – Concordou ainda confuso – Mas eu não estou com medo. Talvez seja algo psicológico, pedi minha irmã á alguns anos atrás e ainda têm sido difícil pra mim. Esse tipo de alucinação não é crônica, são só temporárias, mas não se preocupe. Eu não irei ter o tempo todo.

- Oh, eu entendo. Sinto muito pela sua perda querido, mas vamos prosseguir. – Encerrou a conversa e caminhou de volta ao corredor que levava ao elevador. Notei que em cada andar sempre há um pequeno corredor que leva até o cômodo, oque deixa o ambiente menos assustador já que as janelas são largas e o dia sempre é ensolarado e quase nunca chove. Talvez seja por isso que as árvores que circulam o sanatório estão sem vida.

O segundo andar se resumia a um largo e longo corredor com repletas portas de aço em cada lado, uma de frente á outra. E no final do corredor, pôde-se notar que havia uma única porta de madeira que se encontrava aberta, deixando á mostra o provável segurança que afundava uma rosquinha num copo de café enquanto assistia uma enorme tevê de plasma que mostrava as câmeras de segurança.

Tudo era pacífico. Sem gritos, sem pedidos de socorro, sem pessoas delirando e sem batidas contra a porta. Era tranquilo, calmo e até mesmo confortador.

- Então, é aqui que vivem os pacientes? – Perguntou o psiquiatra com ironia, mesmo fazendo uma pergunta séria. Não conseguia acreditar que um sanatório poderia ser tão calmo assim.

- Sim, são poucas pessoas, como pode ver. Mas isso é por que tivemos uma crise durante anos, mas já está sendo resolvido e está tudo funcionando em perfeita ordem. Como deve ser.

- Entendi. Os responsáveis pagam pela recepção dos pacientes?

- Sim, e é aqui que todos ficam.

-Desculpe por incomodá-la com perguntas, é que não sei como um sanatório funciona, é tudo confuso pra mim. Quer dizer, é tudo novo para mim.

- Oh, não se preocupe. Eu adoro tirar suas dúvidas. – Respondeu com um sorriso e deu meia volta, entrando no elevador novamente – Venha, ainda tenho que lhe mostrar a segunda ala dos pacientes, a enfermaria e por último; a ala dos funcionários. É lá que você irá ficar, mas não será problema algum caso queira outra sala. – E, encerrando sua fala, clicou no botão do terceiro andar.

- Sra.Johannah? – Styles soltou num suspiro tedioso ao ver o terceiro andar igualmente ao anterior. A única diferença era que o segurança parecia ser mais magro.

- Pois não?

- Eu acho que duas alas não são suficientes para a quantia de pacientes que recebe por mês. Pesquisei sobre esse local e-

- Nós recebemos muitos pedidos sim, mas quando estamos lotados não aceitamos mais pacientes. Mesmo que sejam enviados pelo governo, não iriamos aceitar ninguém com todas as salas cheias! Ou acha que iriamos cavar um buraco e por os que sobraram lá dentro? – Gargalhou – Esse site que você viu deve estar desatualizado, rapaz. – Irritada, clicou no botão de número cinco e voltou á sua posição de braços cruzados e olhar frio.

- Acho que você pulou a enfermaria... – Comentou Styles.

- Estou com um pouco de pressa, então irei apenas lhe mostrar sua sala e amanhã Melanie pode muito bem lhe apresentar o restante do sexto andar.

- E o fórum? – Perguntou Styles, apontando para o botão do último andar que indicava o subsolo, ou o sótão do prédio.

Johannah virou o rosto em sua direção com lentidão, encarando os olhos verdes com desconfiança e julgando-o mentalmente por ser tão curioso e ousado. Iria ter futuros problemas com o homem, pensou a mulher.

- Não há nada do que ver lá. É aonde se deposita o lixo e o acesso é restrito apenas para funcionários com autorização. Caso queira explorar por lá, me avise. Irei fazer questão de mandar algum faxineiro limpar e alguém lhe acompanhar durante o processo. Mas isso se quiser, é claro. Caso você tenha um gosto peculiar para analisar as lixeiras alheias. – Terminou com um sorriso irônico e debochador nos lábios. O psiquiatra apenas abaixou a cabeça em resposta, sentindo-se um pouco ofendido pelo tom rude e o humor peculiar da mulher.

As portas do elevador se abriram e logo revelaram outro corredor, desta vez mais estreito e com uma larga e retangular janela que iluminava as três únicas portas que continham ali. Johannah se apressou em caminhar até a última porta, destrancando enquanto o psiquiatra analisava as outras.

Havia letreiros dourados sobre as portas de madeira que Styles não compreendia.

‘’Arzte/Therapeuten’’ Dizia a primeira porta que abafava risadas roucas do outro lado.

‘’Menschenversuche’’ Dizia a segunda que exalava paz e silêncio.

‘’Psychologie’’ Dizia a terceira porta do qual Johannah tentava abrir.

- Você vai receber alguns pacientes no horário marcado diariamente, então quando finalizar, faça questão de entregar os resultados diretamente para mim. – Ordenou ao abrir a porta, dando espaço para que Styles entrasse no cômodo.

Ao entrar na sala logo o odor de cigarro e álcool preencheu seu olfato. O lugar era calmo, e o piso marrom dava um ar elegante ao ambiente. Havia uma única mesa de madeira, acompanhada a uma poltrona giratória que parecia ser confortável. Styles sentou-se na mesma e confirmou sua teoria. Era extremamente confortável sentar naquela maciez de couro.

Sobre a mesa, não havia muitas coisas. Tinha uma agenda vazia, um retrato sem foto e o resto de whisky vencido num copo.

- Ah, que terrível! – Criticou Johannah ao pegar o copo – Pedi para que arrumassem e eles deixam essa porcaria aqui! – Falou com ódio na voz e olhar dilatado em impaciência – Se me dá licença, Styles, preciso levar isso até a lavanderia.

- Tem uma lavanderia aqui?

- UM MINUTO, STYLES – Exclamou com o tom alterado, fechando a porta com brutalidade ao sair. Styles deu um pulo por conta do som causado pelo impacto da porta, mas logo se acalmou e suspirou, pensando seriamente em negar a oferta de emprego do que aturar uma chefe tão ranzinza.

Continuando sua análise, Styles abriu as gavetas da mesa. Na esquerda, não havia nada além de vazio e poeira de cigarro. Na direita, deparou-se com teias de aranha e, estranhamente, uma carta.

Styles o pegou com cautela, e ainda com confusão e estranhamento pela situação, abriu o envelope. O papel era alaranjado assim como o envelope, tinha a aparência de ser antigo e havia um desenho que parecia ter sido feito por pilotos coloridos.

O rabisco infantil retratava uma cena. Era um quarto roxo, e nesse quarto havia uma cama azul, com um pequeno garoto laranja deitado sobre ela. O menino laranja tinha uma carinha triste enquanto os homens vermelhos que o rodeavam não tinham feição. O primeiro homem vermelho segurava sua perna, o segundo observava sem emoção alguma na ponta da cama e o terceiro... Estava em cima dele, ajoelhado diante de seu minúsculo corpo. Aterrorizante e horrível.

‘’What Ted saw ‘’ era oque estava escrito no canto do papel.

E após analisar com mais cautela, o psiquiatra notou que havia um pequeno ursinho assistindo a tudo e, provavelmente, seu nome era Ted.

 

 

Um beijo pra quem gostou da fanfic e pra quem não gostou, paciência!

OBS; se vcs procurarem ‘’what ted saw’’ no google, vocês vão achar essa pintura. É pesado, mas eu quis relatar de alguma forma que o que se passa nessa história é real e talvez ainda exista (infelizmente).

Até a próxima.



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