História Sândalo... - Vamos Conversar?

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*Narrativa Rai On*

Alguns dias se passaram depois daquele, acabei fazendo amizade com Takanori, e muitas vezes saímos para vários lugares, bebiamos, comiamos, riamos. Sabe, comecei a me sentir ligada a ele, sempre queria vê-lo, ouvir sua voz, me sentia como se já o conhecesse à séculos, acho que eu estava ficando dependente de seu ser. Takanari é o tipo de pessoa misteriosa, meio quieto, cheio de segredos, todo obscuro, cavaleiro, diz umas coisas engraçadas as vezes, um tipo sedutor James Bond, ele é intrigante e me faz querer saber mais sobre si.

Sobre CL, já fazem 5 semanas que não nos falamos, se ela não vai dar o braço a torcer, dessa vez não correrei atrás feito uma trouxa. Sobre Aoi, parece que ele tá em uma pequena turnêzinha com seu grupo, já fazem 2 semanas que só nos falamos pelo celular, ou via skype.

Sobre mim? Bem, continuo na mesma, apesar de descobrir novos segredos, ou melhor, relembrar algumas memórias perdidas, e acho que tudo vai começar a se encaixar agora. Eu sou a reencarnação da tal bruxona, poderosa e maldosa Akasha, sou uma espécie de sacrifício para um anjo caído e condenado, nasci bruxa mais uma vez, minha família são todos bruxos, pelo menos da parte de minha mãe são. Sobre meu pai? Ou da família do meu pai? Bem, posso dizer que minha mãe é mãe solteira. Nunca conheci meu pai, nem muito menos sei quem é ele. Se meu pai é o mesmo do meu irmão? Nope. O pai dele é um grande e famoso caçador. Sim, sim. Esse mesmo, o tal Van Hellsing... Ha ha ha ha... Estou brincando. O pai da pulga atômica, vulgo meu irmão mais novo Adrian, é sim um caçador, mas ele parou com isso quando conheceu minha mãe, e o pentelhinho loiro nasceu, mas infelizmente os dois se separaram, eles pareciam Tom&Jerry da vida real sabe?

Quero saber mais sobre mim mesma, me redescobrir. Por algum mistério aquele livro sinistro acabou sumindo, já o procurei pela casa toda e nada. Agora eu lembro que CL e Aoi são succubus, e íncubos e mais, eles são primos. A mãe da CL é a Deusa lua, senhora da luz, da noite e da beleza. O pai de Yuu é o grande Deus das sombras, trevas, escuridão. Ambos pais são parentes, por isso os 2 são primos. Antes da turnê Yuu me contou que quando mais nova, eu tinha meus poderes todos descontrolados, já que minha mãe e avós esconderam isso de mim, eu não sabia como usar-los devidamente. Durante um tempo quando eu estava ma escola ou em casa, cheguei a machucar algumas pessoas, e por ser perseguida por esse ser, minha família decidiu me isolar na pequena ilha que meus avós moravam. Foram uma série de fatores que levou minha mãe Freya a me isolar.

1º Meus poderes descontrolados. Eu me sentia uma aberração, alguém amaldiçoada, um monstro tentando conviver e se adapitar ao mundo humano.

2º As perseguições e visitas constantes desse caído. Comecei a ficar com várias marcas, e ferimentos. Não tinha como minha mãe explicar isso na escola, e para as outras pessoas. Mas algo me diz que, não foi sempre assim tão ruim ter as suas visitas. Algo me diz que em algum momento ele me tratou bem, antes de me fazer mal. Preciso muito relembrar sobre mim mesma.

3º Ser eu mesma. Ser eu mesma seria um problema, já que meus famíliares escondiam minha verdadeira origem, eu tinha que ser outra pessoa, alguém que a sociedade e eles precisavam que eu fosse.

Ah, Aoi me explicou um pouco sobre que tipos de poderes que eu tinha ou ainda tenho. Ele disse que eu era tipo esses eletrónicos universais, funcionava em tudo e pra qualquer coisa. Eu conseguia controlar tudo, e fácilmente aprendia sobre as outras coisas, mas o que eu realmente dominava bem era a força da natureza, controle de mente, e roubar poderes. É, roubar poderes tipo a vampira do X-Man. Sobre as outras que eu dominava eram os feitiços, mágias, conversar, ver e tocar outros seres ou coisas sobrenaturais, ter visões e premonições, entre várias outras coisas que se possa imaginar. A última vez que usei meus poderes foram na CL e Aoi quando retiraram minhas memórias, segundo o moreno os meus poderes voltaria quando eu lembra-se disso, eu me lembrei, mas não sinto nada. Obviamente a Senhora Freya Hawk deve ter feito algum feitiço que, está restringindo minha força.

Sabe, agora que lembro como meus avós morreram, me dá uma dor forte no peito, eles eram tudo pra mim, minha força, meu ar, meu ser, meu chão, minha vida, meu estéio, minha segurança, meu refúgio. Eles eram tudo na minha inútil vida. Acho que nem com minha própria mãe eu tinha ou tenho uma relação assim, nos damos muito bem hoje em dia, mas ela sempre me afastava, me xingava, me deixava meio abandonada, eu me sentia como um empecílho na vida dela, eu sentia que ela me odiava, ou não gostava de mim, eu me sentia indesejada pela minha própria mãe, ela não me dava carinhos como hoje ela dá ao meu irmão. Mas agora entendo que ela só queria me proteger, me afastar disso tudo de bruxas, e mágias, ela só queria o meu bem, mas não sabia como fazer-lo direito e corretamente, ela se preocupava tanto em me dar proteção, e esquecia de me dar carinho, amor, afeto, assim me fazendo sentir uma zero á esquerda. Mas fico feliz, porque quando o Adrian nasceu ela já sabia o que fazer, e não iria machucá-lo ou magoar-lo, mesmo nossos casos sendo bem diferentes. Nossa relação ainda é um pouco abalada, ainda tem alguns muros, e montanhas que devemos escalar, e derrubar. De uns anos pra cá, desde que aquelas duas estrelas importantes pra nós duas se foram, nós realmente nos acercamos muito mais, e viramos grandes melhores amigas.

*Narrativa Rai Off*