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História Sândalo... - Descobertas Parte 1


Escrita por: kitkat_nix

Notas do Autor


BoA Leitura Jovens 👻

Capítulo 17 - Descobertas Parte 1


Fanfic / Fanfiction Sândalo... - Descobertas Parte 1

(...)

Não disse nada para Aoi sobre eu ter ouvido uma parte de sua conversa ontem á noite, deitei como se nada tivesse acontecido. No outro dia de manhã bem cedinho, me levantei sorrateiramente, tomei um banho, peguei umas roupas do Yuu, e fui embora. Fiz tudo bem silêncioso, Aoi dormia feito uma criança, e eu não queria acordá-lo, sai e fui direto para a estação, como era um Sábado, só haviam expressos, e eles começariam a funcionar só a partir das 8 horas da manhã, e ainda eram 6 horas da matina. Eu estava morrendo de sono, fui até o guichê, comprei meu bilhete de volta para o centro da cidade, tomei um cafézinho, me encostei num banco, e claro, puxei um ronco. Nem vi a hora passar e logo meu expresso de volta pra casa já tinha chegado, fui a primeira a embarcar, peguei um lugar maravilhoso perto da janela, me acomodei no banco, e fiquei observando pela janela aquelas pessoas lá fora, todas apressadas, correndo, outras conversando, umas mexiam em seus celulares, casais, aquilo me deu um tédio enorme, que acabei fechando a cortina, e me afundando naquele banco macio do mesmo. De uma hora pra outra me lembro da conversa do Yuu ao telefone, e quão preocupado e irritado ele estava, acabei resmungando comigo mesma.

"Tsc! Lucian... Caído... Anjo... Vampiro... Bruxa... Íncubos... Succubus... Aish! - Ri sozinha parecendo uma doida. - Arg! Tudo isso é um longo sonho, que espero poder acordar logo. Que loucura de vida eu tenho, se eu contasse pra alguém a pessoa me internaria na hora. - Solto o ar abaixando a cabça."

Sem perceber, levei um pequeno susto quando vi um homem sentado do meu lado, de cabeça baixa, com cabelos castanhos amarrados pra tráz, com luvas de couro preta, com um sobretudo preto e um tipo de boina de pastel.

Aish! - Mordi meus lábios envergonhada. - Ele deve achar que sou maluca. - Retruquei baixinho comigo mesma.

Maluca não. Apenas, alguém interessante. - Sua voz doce, e aveludada irrompem meus ouvidos.

Hãm? - O olho assustada. - Será que pensei alto de mais? - Ri sem graça.

Não. Eu apenas tenho um ouvido muito bom, Srta.Estamos Quites. - Sua voz é animada.

Ele ergue a cabeça, retirando sua boina, e alguns fios de seu cabelo castanho, caem sobre o seu rosto iluminado pelo amarelo sol da manhã fria de Nagoya, o castanho se vira me encarando com um sorriso.

Ta-Ta... - Sua beleza é reluzente e me deixa quase sem fala. - Takanori Matsumoto. - Minha voz sai com tudo quase num grito, as poucas pessoas que já tinham ocupado os seus lugares no expresso, me olharam espantadas. - Oh, me desculpem, desculpa... - Me levantei sem graça, e dei uma breve curvada em direção daquelas pessoas.

Hahaha! - Taka dá uma risada gostosa. - Sabe, você é engraçada. Quero conhecer mais esse seu lado desajeitado, durante esse tempos atrás que saímos, você parecia um pouco séria, distante, um tanto quanto mistériosa. Gostaria de tentar decifrá-la. - O castanho diz apoiando seu cotovelo no encosto do banco, e repousando seu queixo em cima da mão, enquanto me encara.

De-Decifrar? Ha ha ha - Ri nervosa novamente. Ele me deixava assim. - Não tenho nada para que seja decifrado, sou um livro aberto.

Oh, mesmo? Então, acho que esse livro está fechado para mim. Como posso abri- lo?

O que? - "OMG! Quem diria que ele é assim tão direto. Quem te viu quem ti vê." - Hmm... Acho que nem eu mesma sei. - Virei a cabeça meio tímida.

Você tem sorte.

Sorte? Porquê?

Porque eu gosto de desafios. - Takanori ri gentilmente. ... - Eu fico sem palavras.

"Deus, por que ele tem que ser tão lindo assim? Olha esse sorriso. Acho que vou infartar." Respirei fundo.

Não se preocupe, eu não desisto fácil. - Ele se encosta na poltrona com um sorrisinho nos lábios.

Takanori se vira para frente, e fecha lentamente os seus olhos, como se estivesse relaxando para a viagem de 2 horas. Eu engoli a seco e fiquei sem palavras, um certo sorrisinho de canto surgiu em minha boca por ouvir o que ele disse. Me recostei na poltrona também, e quando o expresso começou a andar, eu acabei pegando no sono pelo o seu balanço, e embalo.

(...)

Hey moça? Moça? - Senti alguém me balançar levemente.

Hmm? O que foi? - Abri os olhos sonolenta.

O expresso já chegou em sua parada. - Diz a bela moça de cabelos rosa.

Oh, sim. - Me levantei num pulo - Obrigada! E me desculpe. - Me curvei e sai apressada.

"Aish! Que mico eu paguei kkk. Só quero chegar logo em casa e descansar mais um pouco."

Peguei um táxi pra ir embora mais rápido, estava colocando a chave na porta quando meu celular tocou.

Alô?

Rai Hawk? - Ouvi uma voz tímida.

Sim, quem deseja? - Abri a porta e entrei.

Ah, sim... Oh, você trabalha aos sábados?

Sim, sim, sem problemas. Precisa fotografar o que? - Sem querer um bocejo escapa.

Oh... acho melhor ligar outra hora.

Não, não. Tudo bem, eu só acordei cedo de mais.

Ops! Eu te acordei? Eu realmente sinto muito Senhorita Hawk.

Hahaha! Tudo bem. Rai, me chame só de Rai. Pode me passar o endereço e eu irei até você.

Realmente? - Ouço a mulher suspirar. - Ok, o endereço é Rua Snowker, Número 300, no bairro das Sakuras.

Ok, anotado. Que tipo de fotos são? Preciso saber, assim levo só os equipamentos que vou usar.

Fotos simples... familiar... - A voz da mulher é tão doce.

Ok. As fotos são para agora né? Estarei a caminho então, obrigada senhora...?

Calistho, Caslistho Desteny.

Oh, sim, muito obrigada pela sua preferência senhora Calistho.

Desliguei, e logo peguei minhas coisas para tirar essas fotos, como é algo simples não vou precisar de tanto equipamento, lentes e essas tranqueiras todas. Rápidamente saí, corri até o ponto de táxi mais perto, e fui até a residência da mesma. Chegando no bairro já pude avistar a sua casa de longe, era uma linda casa de 2 andares, tinha uma construção épica, e muito bonita. Apertei o interfone, e pude ouvir a voz da mesma que acabará de falar comigo no celular.

Sim, quem é?

Senhora Calistho Desteny?

Sim.

Ah, sou eu, Rai Hawk, a fotografa.

Oh, sim. Perdão, vou liberar o portão para que você possa entrar. - Ouvi o portão dar um estalo e logo se abriu.

Wow!! - Fiquei boquiaberta.

O quintal era enorme, com árvores, plantas, flores, decorações, um laguinho com carpas, chafaris, tudo muito harmonioso que dava uma sensação boa, refrescante, de paz e bem zen.

Senhorira Hawk! - Ouço a voz doce da mulher.

Sim. - Me viro com um grande sorriso.

Me desculpe atrapalhá-la no seu dia de descanso. - A mulher parecia brilhar.

Oh... é... não, tudo bem. Eu estou disponível para qualquer momento. - Fitei a mesma de boca aberta.

Entre por favor! - Ela diz com um sorriso.

A sala era enorme, a casa era mesmo grande, apesar de ter um estilo épico no lado de fora, por dentro ela é toda moderna e bem refinada.

A casa da senhora é mesmo muito bonita. - Disse enquanto olhava ao meu redor.

Obrigada criança! - A mais velha falava de um jeito esquisito as vezes.

Bem, onde será feita a foto? - A olho curiosa.

Em? É, bem... sente-se primeiro. - Ela me indica o sofá com as mãos.

Tudo... bem? A senhora parece estar sozinha, seus parentes ainda vão chegar para a foto?

Quem me dera pudesse revê-los... - Ela resmunga baixinho.

Hum? - A olho sem entender.

Prepararei um chá para tomarmos. Conlicença! - Ela saiu em direção a cozinha me deixando sozinha na sala. Que senhora estranha. - Disse pra mim mesma.

A senhora Calistho parecia ter uma grande aura branca, e reluzente que ofuscava meus olhos. Ela também parecia ser muito bonita, mestiça, com longos cabelos cinzentos, pele bem branquinha, olhos amarelados, seu rosto era jovem, eu não dava pra ela mais que seus 30 anos, seu corpo e rosto pareciam muito bem desenhados. Ela vestia um confortável kimono vermelho, com detalhes pretos, seus longos cabelos cinzentos estavam amarrados num longo rabo de cavalo, com um coque em cima, e sua voz como eu disse, era realmente doce, agradavél e aconchegante. Olhando a sala, a mulher parecia ter vários objetos antigos, e fotos também, na parede havia um belo quadro pintando a mão, que realmente me chamava a atenção. Depois de alguns minutinhos ela retorna para a sala, com uma bandeja nas mãos, a colocando na mesa de centro, em frente aos dois sofás pretos.

Aqui está! - Sorrindo a mestiça coloca a xícara com chá na minha frente.

Obrigada! - O cheiro doce do chá invade as minhas nárinas. - Wow! Chá de híbisco vermelho! - Com vontade dei um grande trago no chá.

Oh... A senhorita entende de chás.

hahaha Não muito, sabe...? - Cocei a cabeça sem graça. - Quando eu era pequena, aprendi sobre algumas ervas com meus avós, principalmente as que servem para fazer chás. - Sorri timidamente.

Isso é muito bom, muito bom. - Ela parecia estar meio triste.

Sabe, não quero ser intrometida, mas a senhora parece um pouco triste e sozinha. - Repouso a xícara em minha perna enquanto a seguro.

Sabe criança... - Ela solta um risinho - Quando se vive à tanto tempo como eu, as coisas simplesmente se tornam assim.

É... você é... - Respiro pensando o que dizer.

Eu sou filha da Cassandra, a velha da tribo cigana Destiny. - Sua voz é tristonha.

Cumé que... cof cof cof... é? - Me engasguei com o chá.

Hahaha! Não precisa se assustar. Pelo visto você se lembra dela, não é? - Seus olhos amarelados brilhantes me encaram.

Oh, veja bem... Aquela senhora... que me deu a pulseira celta... era sua mãe? - A encaro espantada.

Sim, você está certa. Sabe pra quê servia aquela pulseira? - A mais velha toma um gole de seu chá, sem tirar os olhos de mim.

Era pra... dar sorte? - Ergo uma sobrancelha.

Isso foi o que ela disse, mas na real a pulseira te protegia. Não era uma proteção qualquer, era uma proteção contra o caído, Lucian ou como ele era chamado Ruki.

Hmm... - Nenhuma palavra sai.

Não sabe o que dizer? Tudo bem, pense um pouco, eu não tenho pressa.

A sua mãe, está bem? - Lhe dei um olhar preocupada.

Está com medo? - Ela sorriu. - Não se preocupe, ela ainda está bem, apesar dele pensar que ela está morta.

Como? - A olhei assustada - Ele tentou matá-la?

É a única coisa que aquilo sabe fazer, desde que era anjo e agora.

Hm? - A encarei sem entender.

Não me olhe assim criança. Ele sempre matou, afinal, era um guerreiro. Ele tinha que fazer isso, mas agora ele mata por simples prazer.

Você o conhece? Tipo, cara a cara? Íntimamente? - Lancei um olhar curioso em sua direção.

Hahaha... Criança curiosa, isso ainda pode te prejudicar.

Desculpe! - Abaxei brevemente a cabeça.

Beba seu chá, ou ele irá esfriar... - Ouço seu riso um pouco sinico.

Meus olhos se encontram nos dela. Mas quem é realmente ela? Além de ser filha dessa Cassandra. Sua voz antes doce e meiga, estava se tornando sinistra, e seu belo sorriso parecia deboxar de mim, mas seu olhar era um pouco tristonho. O que ela quer de mim?


Notas Finais


Mais um cap... queria escrever mais então, dividi em duas partes. ^^


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