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História Sândalo... - Descobertas Parte 2.


Escrita por: kitkat_nix

Notas do Autor


BoA Leitura meus Abores 😻

Capítulo 18 - Descobertas Parte 2.


Fanfic / Fanfiction Sândalo... - Descobertas Parte 2.

Então, você não me chamou aqui para fazer uma foto. Certo?

Sim e não.

Oi? - Estou começando a ficar louca.

Sim, eu quero uma foto. E não, porque precisamos conversar. A foto deixaremos para o final.

Ok... Em que posso ser útil?

Você se conhece?

Como assim?

Sabe sua origem criança?

Rai, me chame de Rai, não criança. - Revirei os olhos, colocando a xícara na mesa.

Ok, ok... Rai. Me desculpe, eu já estou na terra mais de 400 anos, não sei de que outra forma chamá-la.

Talvez pelo meu nome? - Disse um pouco arrogante.

Hahaha... Um pouco insolente, mas tudo bem.

TSC! - Dei de ombros. - Eu sei que minha mãe é uma bruxa bem antiga, sou descendente dela, tenho vários poderes, sou a reencarnação de uma bruxa piradona, e sou o sacríficio de sangue puro para um anjo expulso do reino dos céus... ah, e eu não faço a miníma ideia de quem é meu pai. - Cruzo os braços a encarando.

Parabéns! - Ela bate palma, e ri delicadamente. - Você sabe mais não é?

Deixe me ver... - Apoio o indicador na boca. - Sou amiga de 2 primos, um íncubos e uma succubus, minha família toda da parte da minha mãe eram bruxos, o pai do meu irmão é um caçador... Não sei de muita coisa. Por quê?

Você quer saber sua origem? - Calistho repousa sua xícara na mesa, cruza as pernas, e me encara erguendo uma sobrancelha.

O-ri-gem...? Ha ha ha Do que você tá falando?

Claro, que sendo bruxa você ganha alguns poderes como, visões, viagens astrais, sonhos lúcidos muito mais fortes, faz pequenas viagens ao passado e etc... - Ela faz uma pausa e se curva em minha frente. - Também cada uma domina um poder, sejam eles terra, água, fogo ou ar. Mas você vai além disso tudo, você pode ter o controle de tudo e de todos, uma pena sua mãe ter arrancado suas forças e memórias, mas não por completo. Sabe porque? - Vejo um sorrisinho em seus lábios. - Por que nem ela mesma pode com sua força, você é tão poderosa que, apenas em um piscar de olhos esse mundo poderia estar destruído. - A cinzenta se encosta no sofá, e apenas me observa.

Você... tá brincando né? - Me sinto atordoada, como se tivesse levado uma bolada na cabeça.

Não faça essa cara anjinha... - Meu corpo gela quando ela diz a última palavra.

TSC! Anjinha... Anja... Eu odeio que me chamem assim, estou longe de ser algo parecido com isso. - Minha voz é grave e sem emoção.

Que tal a foto agora? - Calistho se levanta sorrindo.

Hmm... - Apenas balanço a cabeça em sinal afirmativo.

Calistho retira a bandeja de chá da mesa, e a leva para a cozinha, eu pego minha mochila, retiro a câmera da mesma, e arrumo a sua lente. Calistho, volta da cozinha toda sorridente, e me pede para segui-la á uma outra sala, com uma melhor luz, e cores melhores para o fundo da foto. Era uma sala bem arejada, com grandes janelas, as paredes eram pintadas num tom cor de vinho, no centro da sala havia uma mesa redonda bem grande, com um pano branco cheio de desenhos de lírios amarelos, mais no canto da sala, perto de uma das janelas havia uma cadeira de balanço antiga, o chão era todo amadeirado, e muito bem vernizado e limpo, num outro canto mais escuro tinha um piano preto. A sala era bem bonita, mas parecia muito vazia, sombria, e me fazia lembrar algum sonho, pensando nisso meu corpo se arrepiou dos pés a cabeça.

Com medo?

Em? N-Não... - Esfrego meus braços. - Eu só sinto um dejavú nesse local. - Observo todo o lugar.

Não se assuste, diferente dele eu não me alimento de sangue.

Ah, sim, e isso vai me deixar muito mais confortavél. - Sorri sinicamente.

Você perdeu o seu faro crian... Rai.

Faro? E eu virei cachorro perdigueiro agora? - Não aguentei e ri.

Rá, engraçadinha. Você era boa adivinhando as espécies de seres, apenas pelos cheiros que eles exalam.

Eek!! Isso soa um pouco, nojento? E grotesco? - Balanço a cabeça negativamente. - Vamos a foto, Calistho.

Ela me lança um olhar mortífero, enquanto se ajeitava na pose que queria, perto de seu piano. Arrumei minha câmera, e começamos a tirar algumas fotos, super exigente ela supervisionava cada foto, e aquela que ela não gostava eu tinha que apagar. Ficamos ali mais ou menos 2 horas só pra tirar algumas fotos, eu já estava cansada, e de saco cheio. A última foto ela quis tirar perto da janela, eu calculava que já era umas 3 da tarde, o céu era claro, o dia era frio, apesar de ter sol, e a metade da lua se fazia presente no céu bem nítidamente.

Tá, agora... Ah, sim. Aqui, essa cadeiro de balanço dá um ótimo contraste. - Coloquei a mesma ao seu lado, perto da janela.

Tem certeza? - Calistho me lança um olhar desconfiado.

Claro, eu tenho certeza. Pode confiar em mim. - Sorrio fazendo um "jóia" com o polegar.

O céu mudou em poucos minutos, era como se estivesse dividido com uma parte clara, e outra escura. Tirei a foto, e ela saiu perfeita, o jeito que o céu estava deu um ótimo contraste, combinou perfeitamente com ela. Comecei a verificar as fotos na câmera, olhando uma por uma, estava orgulhosa, meu trabalho é mesmo ótimo, passei por cima da última foto, mas a voltei rápidamente, tinha algo estranho nela.

Mas... caralho isso... - Minha voz saiu um pouco alta.

Boca educada em?

Me desculpe! - Encaro suas costas enquanto ela coloca a cadeira no seu canto. - Incrível... - Ergo a câmera comparando Calistho e a foto.

O que foi criança? Você parece abismada. - Ela dá passos firmes em minha direção.

Na-nada... - Abaixo a câmera tirando da foto.

Você não me engana. - Sem esperar ela parte pra cima de mim, tentando pegar minha máquina.

Não, para!! - Me desvio dela. - Calistho, para. Não, você vai quebrá-la. - Eu era mais alta que ela, ergui meus braços segurando a câmera, ela pulava segurando minha roupa tentando pegar a mesma. - HA HA HA HA HA HA!! - Não aguentei e ri da situação, era engraçado vê-la daquele jeito.

Seu poste ambulânte, não ria de mim.

Desculpa, mas é engraçado sabe? Parecemos bem íntimas kkkk - Segurei minha barriga enquanto ria.

TSC! Eu não sou baixinha, você que é muito alta. - A mais velha resmunga.

Para! - Me afastei e ela quase caiu - Se você parar, eu deixo você ver.

E se eu não quiser?

Problema seu então. - Ergo os ombros, fazendo brevemente um beicinho.

Sem esperar ela me ataca de novo como uma gata selvagem, eu me desequilibrei, e ela veio caindo em cima de mim, estavamos em queda livre perto daquela mesa redonda, Calistho poderia bater sua cabeça na mesa, para proteger-la não pensei duas vezes, soltei minha câmera, e a abracei, repousando sua cabeça em meu peito, usei meu corpo para cobrir-la, e quem acabou se machucando foi eu. Bati minhas costas na mesa, e acabei caindo sentada, enquanto a segurava com uma mão em sua cintura, e a outra mão em sua cabeça, com meus dedos entre os fios cinzentos de seu cabelo.

Gyaah! - Um gemido de dor escapou. - Você... Merda... Você tá bem? - Abaixei um pouco a cabeça, assim podendo ver o seu rosto, ela parecia assustada, e sua cara era de uma raposinha com medo.

Me desculpe! - Ela sai dos meus bracos. - Foi minha culpa...

Tá, tá, tá, tá... - Sacudi as mãos em sinal de que não tinha problema. - Tudo bem, não foi nada, não precisa ficar assim. Isso só vai ficar roxo, e doer por alguns dias, nada de mais, que já não tenha me acontecido antes. - Tento respirar fundo, mas minhas costelas doem. - UUIII!!! ... - A pequena fica me olhando sem palavras. - Que foi? Já pode parar de me olhar assim, Kitsune. - Seu olhos mestiços se arregalam.

Você sabe? - A mestiça me olha assustada.

Uhum! - Balanço a cabeça positivamente. - Desde que cheguei aqui, eu já desconfiava que você era alguma coisa. - Com dificuldade, me estico e pego minha máquina. - Espero que não tenha quebrado. - Por sorte a mesma liga normalmente. - Isso me deu a confirmação. - Viro a câmera para que ela veja.

Desteny ficou boquiaberta, a imagem era sua metade raposa, e sua metade humana. Na parte em que estava escuro, com lua, do seu lado direito, apareceu algumas de suas 9 caudas, seus olhos amarelos brilhavam vividamente, era uma aura forte, até parecia outra pessoa. Do lado esquerdo, que estava claro, e com os fracos raios de sol, ela era simplesme ela.

Realmente, é verdade que apenas na luz da lua as Kitsunes ou Gumihos, mostram o seu verdadeiro eu?

Sim, é uma lenda para o mundo humano, mas uma lenda real. Nossa verdadeira forma se mostra quando somos agraciados pela mãe lua, nossa deusa e protetora.

Wow!! Isso é... incrível. - Sorrio meio anestesiada pela surpresa.

Era pra você ter medo, mas desde de pequena é assim. - Ela me dá as costas. - Até mesmo no passado quando te ajudei. É bom ver que sua reencarnação é melhor do que você era... Akasha - Sua última palavra sai em tom de sussurro, mas posso ouvi-la.

Akasha... então, você também conheceu ela? Foi ferida por ela? Ela te fez mal? - Me levanto com difuculdade.

Eu achava que ela era minha melhor amiga, eu a ajudei escapar da floresta uma vez, Akasha tinha se machucado muito... - A raposinha faz uma pausa e toma um ar. - Eu fui uma besta achando que podia acreditar nela, e para salvá-la eu dei minha fonte de vida.

Seu Vital?

Sim, minha gota, meu vital. Era só pra curá-la, e depois ela me devolveria, mas aquela cadela só estava me usando. Eu estava morrendo, ficando fraca. Quando eu soube que ela tinha conhecido esse caído, eu já sabia que coisa boa não viria por aí.

Me deixe adivinhar. - Caminho com dificuldade até ela, ficando na sua frente. - Lucian estava tentando matá-la, você ainda com esperanças de que ela pudesse virar "boazinha", tentou ajudá-la, mas infelizmente foi pega no flagra. Lucian te caçou, você estava sem força e quase morreu... - Encaro seus olhos. - Então, Cassandra, te achou, te curou, lhe devolveu a vida, e depois te adotou como filha. Só que você teve que viver se escondendo, porque o caído te queria morta. - Ela fica espantada - Agora, você se arrisca, me chama até aqui mesmo sabendo que ele pode te encontrar, você quer vigança por que ele machucou sua mãe. Correto? - Sorrio.

Co- como você sabe?

Bem, sabe? Não é muito difícil adivinhar, e muito fácil de lê-la. - Repouso minha mão em seu ombro.

Você é mesmo insolente.

A verdade é que, eu já estive junto com Akasha, residindo em um corpo só. Sabe, algumas lembranças dela estão bem vividas aqui. - Aponto 2 dedos para a minha cabeça.

Ual! Você é mesmo forte. - A baixinha me encara deslumbrada. - Como esperado de uma descendente de arcanjo. - Ela tapa a boca.

O que? Ar-ar... ARCANJO? - Minha voz sai gritada. - Tipo, arcanjo, arcanjo? Os verdadeiros guerreiros poderosos, e de confiança maior de Deus?

Você não ouviu isso de mim... - Desteny coloca o indicado na boca, pedindo segredo.

Eu fiquei completamente anestesiada, fora de mim por alguns instantes. Dá pra acreditar? Um arcanjo? Meu pai? Que safado esse arcanjo em?. Respirei fundo, tentando me acalmar, eram mais fichas que precisavam cair direito em meu disco rígido cérebro.

Você pode... - Fui interrompida.

Não... Me perdoe Rai, mas isso é algo que você deve resolver com sua mãe. Eu já disse de mais, bem mais do que eu deveria.

Sim... tudo bem, eu estou agradecida. Aos poucos vou descobrindo a mim mesma. Eu peço desculpas por qualquer coisa. - Me curvei.

Fui para a sala que estavamos antes, guardei minha câmera, coloquei minha mochila nas costas e estava prestes a sair.

Espera... - Calistho corre em minha direção.

Ah, me desculpe, sobre as fotos, eu as mando depois por e-m... - Seus lábios macios e doces tocam os meus, num reflexo eu a empurro, segurando seus ombros. - Tá maluca? Não que eu não tenha gostado, mas...

Idiota! Eu gosto de homens. - Ela ri da minha cara.

Então... - A olho atordoada.

Uma segunda chance, todos merecem...

O que? Tá maluca mesmo né? Doidinha de pedra, aí! - Sinto sua pequena, mas pesada mão se chocar com minha cabeça. - YAAAA! Isso dói... - Falo chorosa e fazendo bico.

Aish! Vê se me respeita garota! 

Tchau, sua doida! Até nunca mais... - Estiro a língua feito criança.

Sai irritada e sem olhar pra tráz, andava em passos firmes, mas percebi algo diferente. Meu corpo não doia mais pelo tombo, meu corpo parecia rejuvenescido, me sentia mais viva e cheia de força, como se fosse criança novamente.

"Beijos como esse? Eu aprovo! Quero mais vezes hahaha."

Sai toda saltitante e feliz, peguei o ônibus no ponto mais próximo e fui embora.

(...)

"Wow! Esse morro de casa nem parece cansativo agora!"

Peguei logo o elevador, estava doida pra chegar no meu apê, arrancar os tênis, me jogar no sofá e dormir. Já eram 6 da tarde, e eu estava completamente exausta, apesar de ter energia depois daquele beijo. O elevador parou no meu andar, caminhei saltitante até a porta, levei a chave até o mesmo, mas a porta já estava destrancada.

"Um bandido? Ou talvez um tarado? OMG!"

Abri a porta devagar, entrei pé por pé, peguei firme um taco de baseball que ficava atrás da porta, e fui caminhando até a sala, ouvi um barulho vindo da cozinha, e fui averiguar.

KYYYAAAAAA!!!

Mãe? Aish! Droga, que susto, poxa... - Apoiei as mãos no joelho, me abaixando e reapirando fundo.

Pra quê esse taco menina?

Eu achei que fosse um ladrão, ou um tarado. Aish! - Repouso a mão no peito e a mais velha ri, ri como se tivesse ouvido a piada do século. - Não vejo graça, Srta. Freya Hawk.

Desculpe Arlequina do Paraguay! HA HA HA HA! - Ela riu até chorar.

TSC! Já acabou Jéssica?

Já... não, não, não, pera, tem mais. - Ela riu mais um pouco até se engasgar.

Aff! Mãe! - Reviro os olhos, me jogando no sofá.

Ok... hahaha... Agora sim. - Freya limpa a garganta depois de tanto rir.

Pera aí... a senhora num tava na Coreia? - Dou um olhar interrogativo á mais velha.

Tava, e agora tô aqui! TAADAA! Surpresa! - Deixo um riso escapar.

A pulga atômica também? - Olho para os lados.

Não. O seu querido Sthefano vai cuidar dele pra mim, durante os dias em que eu estiver aqui.

Ah, sim... Pobre coitado, do Stephano. - Ela dá uma breve risada. -Então? - Lhe dou um olhar alegre e feliz -  O que foi? Porque veio? - A ruiva se senta ao meu lado, e me lançando um olhar sério.

Precisamos conversar...!


Notas Finais


Obs 1: Achei esse pv do Gazettinho a cara da fic: https://www.youtube.com/shared?ci=3yFOPFziMH0
Obs 2: Tinha mais um link que a linda @nattygpc tinha me passado, mas perdi ele TT
Obs 3: Kitsune e Gumiho são raposas. Kitsune é raposa em japanês. Gumiho é raposa em coreano.
Obs 4: Nem eu sei que rumo essa fic vai tomar.
Bjs na bunda de vcs 😚


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