História Sândalo... - My first Dream.

(...)

Já se passaram 4 meses desde que vim para o Japão, tive sorte por que logo que cheguei já consegui vários trabalhos como fotografa. Já fiz sessões de fotos de ídolos, casórios, batizados, cosplayers e festas em geral. E claro, tirar foto pra mim também é um hobby, e com isso já pude visitar vários lugares bonitos, legais e alguns até sinistros e estranhos. Todos os dias que posso ligo para a minha mãe e conversamos durante horas sobre várias assuntos, e as vezes apenas falamos coisas fúteis. 

*ligação on* 

Então? Já conseguiu um namorado? - Ouço sua risada maliciosa.

 Mãee! - Reviro os olhos do outro lado do celular. 

O que? Eu não disse nada de mais. Sei que você está se divertindo muito aí, durante esses 4 meses que já se passaram. 

É, tá sendo legal. Fiz algumas poucas novas amizades. Posso até dizer que já tenho um bom amigo. - Um sorriso acaba escapando.

Oh... Bom amigo é? Sei, sua danadinha. - Já posso até imaginar a cara que ela está fazendo. 

Bem, como anda o pentelho? - Suspiro. 

Ele não adimite mas está morrendo de saúdades. Ele adora exebir a irmã mais velha que tem para os coleguinhas da escola. - Ela falava sussurrando para que Adrian não a escute, assim me fazendo rir. 

Essa formiga atômica não tem jeito, sempre exibido. - Sorrio. 

Então... Hoje é sexta á noite. Vai fazer o que? - A ruiva curiosa pergunta. 

Acho que só vou ficar em meu apê mesmo. Ainda tenho umas fotos para editar e entregar amanhã. 

Não se esforce de mais e tenha um tempo para descansar, ok? 

 Yes, Sir! - Falo em tom brincalhão e ao fundo posso ouvir uma voz masculina grave a chamando, deve ser o seu namorado. 

Ok! Beijos minha querida. Já estou atrasada para o meu jantar romântico. Vamos comemorar nosso 50 dias de namoro. - Ela ri maliciosa. 

Tenha uma boa noite Senhorita Freya. E não faça nada que eu não faria. - Falo sarcásticamente e desligando em seguida. 

*ligação off* 

Volto a atenção para o meu notebook já que tenho muitas fotos para editar. Depois de falar com minha mãe me sinto mais leve, então volto a atenção para o meu computador. Passo algumas horas mais em frente ao computador fazendo as edições. Já completamente cansada de tanto olhar para a tela do mesmo, me jogo sobre o chão gelado retirando meus óculos e repousando os olhos os fechando, respiro fundo tentando dar uma relaxada e antes que eu pudesse perceber acabei dormindo. 

 *Sonho On* 

De repente sinto um vento frio tocar a minha pele, o céu esta realmente escuro apesar da lua estar cheia, o céu está sem estrelas, tudo parecia calmo. Eu mesma me vejo em pé no canto da parede de um quarto amadeirado, com um vestido branco manchando de sangue, com a cabeça baixa e o cabelo cobrindo o meu rosto. Detalhe, aquela eu, era uma criança com mais ou menos uns 8 anos. Acabei exclamando: "Mas que... merda tá acontecendo?". A eu criança dá um sorriso de lado em meio aos seus cabelos caídos sobre o rosto como se tivesse me ouvido, e isso é mesmo muito macabro. Ela começa a caminhar até mim em paços vagarosos, senti todo o meu corpo ficar tenso, eu não conseguia mover um músculo se quer enquanto a via vir em minha direção com aquele sorriso diábolico. Inesperadamente ela para e sua expressão se torna uma de medo e dor. Quando olho para a janela ao lado de sua cama bagunçada, havia ali um homem com seus 1.62 de altura em pé completamemte imóvel. Eu só conseguia ver que ele vestia umas roupas estilo vitoriana, com cabelos liso que tinha leves ondulações, seu tom de cabelo era castanho claro que chegava até seu ombro, sua pele era pálida e ele mantia em seu rosto um largo sorriso como o de um lunático. Sim, eu só podia ver o seu sorriso e não a sua face, o que estava me deixando intrigada. Essa pessoa tinha uma forte presença que me fazia arrepiar dos pés a cabeça. Eu podia sentir tudo junto com ela, toda aquela mistura de sentimentos como medo, dor, angústia e desespero. Vejo aquele homem contornar a cama e começar a andar lentamente até a garotinha, ela se agacha no canto daquela mesma parede que a vi, abraçando o próprio joelho e abaixando a cabeça. Ele para na frente dela e se agacha a encarando, parecia estar esperando que ela tivesse coragem de o encarar olho no olho. O homem tira aquele sorriso do rosto pondo agora uma expressão séria, ele leva sua mão até a cabeça da pequena a erguendo e forçando-a olhar diretamente em seus olhos. Sinto meu corpo congelar e uma lágrima involuntária percorrer a minha bochecha, isso era o que ela estava sentindo naquele momento e eu também podia sentir. O mais velho passa seus pequenos dedos sobre o rosto da jovenzinha limpando aquela lágrima que teimava em cair de seus olhos redondos e brilhantes. "Droga...  Porque ele não diz nada?" Pensei comigo mesma já não aguentando mais tudo aquilo. Eu estava sentindo o meu corpo pesado, estava cansada, suada e com uma leve dor de cabeça. Então tirando a mão do rosto da pequenina, o sinistro a deslizou até seu pescoço passando lentamente as pontas dos dedos em sua pele, até chegar em seu ombro onde abaixou a alça de seu vestido deixando sua pele branca e macia á mostra. "WTF?... O que ele vai fazer? É algum tipo de pedófilo?" Pensei comigo mesma novamente. A pobre garota tremia em suas mãos e podia se ouvir ela sussurrar de medo lhe pedindo que não a matasse. Eu estava doida para ajuda-la mas, meu corpo não se movia um centímetro se quer, parecia que quanto mais força eu fazia para me mexer, mais eu ficava presa ao chão. Ela então me lançou um olhar que suplicava por ajuda, enquanto eu só podia vê-lo admirando aquele parte exposta da pele dela. O mais velho começou a apróximar seus lábios do ombro dela, e depositou um beijo ali em meio a um sorriso maligno, ele arqueia vagarosamente sua cabeça para tráz abrindo a sua boca, assim pude avistar os seus dentes afiados serem expostos, vejo o homem se apróximar com ferocidade em direção ao seu pescoço, e a pequena fechar os seus olhos bem apertados. A única coisa que pude fazer foi gritar um "NÃO" com todas as minhas forças, assim fazendo aquele ser me notar e vir rápidamente até mim. O castanho pega diretamente em meu pescoço tirando todo o meu ar, rapidamente minha visão começa a ficar embasada, sinto minha garganta se fechar, e o ar não pasaava, sinto a vida se esvaindo lentamente do meu corpo, sem que eu possa reagir ou me mover.

*Sonho off* 

Acordo completamente suada, levo minha mão correndo até meu pescoço, começo a tossir como se o ar voltasse de uma só vez, e ferosmente preenchesse todo o meu pulmão o fazendo queimar. Sem que eu esperasse meu telefone toca me dando um grande susto. 

*ligacão on* 

Al... COF COF COF - Quase nem consigo atender o telefone. - Alô. 

Rai... Tudo bem? Você parece aflita. 

Ah, sim, eu estou bem. -Falo com a voz ainda um pouco fraca. - Você só me pegou tirando um cochilo.

Dorminhoca como sempre em? - Ouço a risada de Chaerin. 

Pra que você está me ligando?

Como assim pra que? - Ela fala surpresa. - Hoje é sexta. Dia de enchermos a cara, e cairmos na gandaia. - CL diz alegremente. - O que acha? - Ela deve estar agora fazendo aquela carinha de pidonha que só ela tem.

Ok, ok... Eu preciso mesmo refrescar meus pensamentos hoje. - Dou uma bufada. Precisava tirar esse sonho maluco da cabeça.

Obaa! Eu passo aí pra te pegar daqui uns 10 minutos. Beijos minha delicinha... - CL faz um barulho de beijo ao telefone e desliga. 

*ligação off*

Me levantei um pouco tonta e fui para o banheiro, e claro, não poderia deixar de olhar o meu pescoço pelo reflexo do espelho. Aquele momento tenso me veio átona novamente, para tentar esquecer balancei a cabeça negativamente, tirei minhas roupas e entrei de baixo daquela água morna tão gostosa, senti todos meus músculos se relaxarem, e toda a tensão ir embora ralo abaixo juntamente com a água. Em aprenas 3 minutos eu já tinha tomado meu banho, trocado de roupa e penteado meus cabelos, que afinal eram liso, cortado num chanel se bico super fácil de penteá-lo. Bufei pensando que ainda teria que me maquiar, e no fim acabei não fazendo nada em especial. Fiz o básico de maquiagem que eu já eatava acostumada. Rímel, lápis preto, um deleniado, e uma sombra preta. Para o rosto, o básico de sempre, uma base, corretivo e pó. É, eu não sou muito de maquiagem, nem se quer entendo muito bem como fazer ou passar. Completo o meu look de calça jeans preta com detalhes rasgados, uma camiseta simples de banda, e óbviamente uma linda jaqueta preta de couro, acompanhada do meu querido allstar vermelho. Complemento o resto  do look com um choker, e uns colares mais compridos, minhas pulseiras, anéis, brincos e piercings na orelha. Sim, acessórios e piercings são uns dos meus pontos fracos. Em seguida ouço a campainha tocar, corro até a porta e quando a abro, Chaerin ou como todos a chamam CL, ergue seus pés mesmo estando de salto, e me dá um forte, mega, apertado e sincero abraço. 

Wow! Você está... - Ela coloca o indicador na boca, e pensa o que dizer mas a interrompo. 

Calati Boca! - Reviro os olhos fazendo ela rir. 

Você sempre se veste assim, só com preto, preto, preto e mais preto. Acho que preciso te doar umas roupas. -Ela fala irônica. 

Ca-la-da, sua kenga... - Olho a CL com o canto dos olhos. Nossa amizade era assim, cheio de apelidos carinhosos e muita educação. - Não vou mais servir de alargadora/esticadora de suas roupas quando elas encolhem. - Dou de ombros e ela ri. - Isso é bullying só porque tenho 1.76 de altura. 

Boba!! Sabe que te amo mesmo sendo essa vareta de cutucar estrelas. -Ela me joga um beijo. - Agora vamos porque já são 10:30 e não vamos conseguir aproveitar nada. 

Sim, você tem razão. 

Ah... - A loira faz uma breve pausa e se apróxima toda sexy de mim. - Sim, sou uma kenga. Mas só sua e sei que você adora. - Chaerin fala com uma voz sedutora, me puxa e beija o canto de minha boca, me dando uma piscada. -Tá... Agora chega de palhaçada e bora lá. 

Peguei meu celular e minhas chaves e saímos. Nos divertimos bastante, enchemos a cara, cantamos, dançamos, tiramos fotos, rimos, e né, pegamos os boys delicinhas da balada.