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História Sândalo... - Bem Vinda ao Meu Mundo.


Escrita por: kitkat_nix

Notas do Autor


Tenham uma BoA leitura 😗

Capítulo 9 - Bem Vinda ao Meu Mundo.


Fanfic / Fanfiction Sândalo... - Bem Vinda ao Meu Mundo.

*Ligação on*

Yuu?

Rai? Por que da ligação?

Preciso de um favor. Você tá no prédio?

Sim. Do que precisa?

Hoje vai um rapaz até meu apê, você pode atender-lo por favor? - Mordo o dedo de leve esperando a sua resposta.

Rapaz? No seu apartamento? - Ele diz enciumado.

É ué! Ele vai limpar o teto e levar meu tapete pra lavar. Então, como estou trabalhando, e você sabe onde fica a chave reserva. Preciso que você o supervisione por mim.

Oh, ok. Tenha uma boa tarde. - Ele manda beijos pelo celular.

Obrigada. Sabe que te amo né. - Sorrio, desligando o celular.

*Ligação off*

(...)

Depois de um dia super cansativo e uma bronca por me atrasar, tudo acabou bem. No caminho para casa passei no mercado e comprei algumas coisas, queria tentar cozinhar algo para Aoi, e assim agradecer-lo por toda a ajuda que ele tem me dado. Em casa joguei minhas coisas em qualquer lugar na sala, e corri para a cozinha. Não sou muito boa cozinhando, mas sei que Chaerin adora o que faço. Aprendi a cozinhar algumas coisas no tempo em que morei com meus avós, ambos tinha uma ótima mão para cozinhar. Com os ingredientes que comprei fiz um simples spaghetti à carbonara, e para acompanhar uma deliciosa garrafa de... Coca-cola. O que? Pensou que fosse uma cara garrafa de vinho?

*SMS On*

Está em casa? - Depois de alguns minutos ele respondeu.

É... Sim? Precisa de alguma coisa?

Oh... você quer vir... jantar aqui em casa?

Jantar? Claro, desde que você seja a minha sobremesa. - Ele ri num tom rouco.

Aish! Você só pensa nisso? Ah, esquece. Retiro o convite. - Ouço a campainha tocar e corro até a porta. - A-oi... - Abro a porta e logo meu celular vibra com mais um sms.

Isso é um pouco rude. Você já tinha me convidado.

*SMS Off*

Yuu... - Reviro os olhos.

O que? Você convidou, eu já estou aqui. Aquela tal CL fala muito da sua comida. - Ele entra e calmamente fecha a porta.

Ela é um pouco exagerada. Eu só aprendi um pouco de culinária com meus avós. - Ergo os ombros, indo pra cozinha.

Wow! Culinária de avós... Isso deve estar realmente ótimo. - Ele se senta olhando a comida sobre a mesa.

Lembra quando nos conhecemos?

Sim. - Aoi já foi logo caindo de boca no spaghetti.

Bem, aqui... - Empurro a garrafa de coca-cola para o seu lado.

Oh... enfim, agora esta pagando a coca... - Ele ri - Obrigado. Mas eu prefiro a forma de pagamento antigo. - O moreno ergue uma sobrancelha me jogando um beijo.

Ah, sinceramente... Não dá pra conversar com você. - Viro a cabeça, de queixo erguido. - Se não quer a coca... - Tento puxá-la, mas ele rápidamente agarra a garrafa, me fazendo rir.

Not my Coke, baby.. Note my Coke. - O mais velho me dá um olhar mortal, e eu só faço rir.

Ele agarra a garrafa como se não ouvesse amanhã, é realmente um grande viciado em coca-cola. Ele se empanturrou com meu spaghetti, depois se esparramou todo no sofá, parecia um gato velho, gordo e preguiço. Arrumei minhas coisas que eu jogará na sala antes, dei um pequena arrumada no local, e Yuu só me acompanhava com olhos atentos.

Que foi?

Nada. Só estou a admirando. - Ele sorri docemente.

Em? - Encaro o mesmo.

Sabe, me sinto como se fossemos um casal. Tipo, casados a um bom tempo.

O-o  que? - Engasgo com a saliva.

Ha Ha Ha. Não precisa se engasgar. - Aoi se levanta ficando bem perto de mim.

A-o-i... - Sinto minhas costas levemente se encostarem na estante atrás de mim.

É mesmo uma pena. - Ele diz em meu ouvido, passando meu cabelo atrás da orelha.

Hum...? - O olho sem entender.

Você irá descobrir... ou melhor, irá se lembrar. - Ele me encara com aqueles olhos pretos penetrantes.

Yuu... - Minha voz sai fraca, e não consigo parar de olhar-lo.

Bem, obrigado pelo jantar. - Ele diz sorrindo passando o polegar entre seus lábios.

Fico ali paralisada o observando andar, Yuu me dá um tchau, entra no pequeno corredor que dá até a porta, abre a mesma e depois ouço se fechar. Meu corpo tenso se relaxa, me deixo cair vagarosamente até o chão me ajoelhando, na sala escura apenas a luz da tv e da lua entra pela janela. "O que ele quis dizer com isso?" Fiquei ali, no chão durando uns minutos pensando no que ele falou. "Ok. Hora de dormir." Me levantei desligando a TV e caminhando até meu quarto no mesmo me joguei sobre a cama, afundando a cabeça naquele travesseiro macio, estava um pouco cansada, e acabei dormindo daquele jeito, de bruço, toda jogada e torta na cama.

*Dimensão On*

"Algo está pingando?  O que é isso? Onde estou? Por que meu olhos estão vendados? Esse cheiro de ferrugem... Por acaso... é sangue? Espera... estou... acorrentada?"

Fiz essas perguntas a mim mesma em pensamento, só queria saber onde diabos estava agora, que sonho ou visão era essa. Tentei me mexer, mas estava acorrentada presa pelos pulsos e tornozelos, várias partes do meu corpo ardiam, pude perceber que estava em uma cama, eu também podia deduzir que estava vestindo um fino vestido ou camisola, e me sentia observada, como se alguém estivesse se deleitando daquela cena.

Oi? - Claramente fiquei sem resposta. - Você poderia me responder, por favor? - Ouço algo cair sobre o chão, mexo a cabeça para os lados tentando sentir alguma coisa.

"Onde eu estou dessa vez?"

Ouvi uma risada rouca que vinha do pé da cama.

Você...? Dessa vez poderia pelo menos me dizer o seu nome? Ou eu deveria te chamar de Lucian? - Ele ri de novo.

Pode me chamar de Ruki. - Sua voz faz eco pelo local.

Tipo, Ruki? Ruki? Pera aí, você fica verde também? - Falo divertidamente.

Está perdendo o medo pelo que vejo, vadiazinha.

É, sabe, depois de tanto te encontrar você não parece mais tão assustador, Lucian... - Falo sarcásticamente.

NÃO me CHAME assim. - Ruki tenta fazer uma voz assustadora.

HA HA HA HA... - Nem eu sei porque estou rindo. Talvez eu esteja ficando insana, e gostaria muito de ver a sua cara nesse momento.

... - Ele a encarou mortalmente.

Ah, o que foi? Ficou tristinho? Vai correr para o colo da mamãe... - Sorri sarcásticamente, e queria saber que merda eu tava fazendo. Era como se eu não fosse eu. 

Ouço ele mexendo em algumas coisas e andando de um lado para o outro, parecia nervoso por eu o estar tratando sem medo algum, e sem respeito. Seus passos se direcionam até mim, sinto meu braço arder e algo quente escorrer, provavelmente ele estava tirando o meu sangue.

Não vai dizer mais nada? Te deixei nervoso? Humf, me desculpe.

Cale a porra dessa boca Akasha! - Ruki diz calmamente.

"Quem porra é Akasha? Talvez esse não seja o meu corpo?"

Eu não conseguia me controlar direito, quero dizer, algumas palavras simplesmente saiam de minha boca. Sinto sua pequena e quente mãos se envolverem em meu pescoço, Ruki parecia estar com medo, suas mãos tremiam, seus dedos queria apertar com toda força meu pescoço, mas não se mexiam, eu podia ouvir ele suspirar várias e várias vezes como se estivesse pensativo.

O que foi? Não consegue me matar? Me ama tanto assim que quer me ver morta? - Viro a cabeça para o seu lado.

"Mas que cacete. Por que eu disse isso?"

Me diga Takanori Matsumoto... - Taka tira minha venda e por fim posso ver o seu rosto.

Takanori parecia triste, estava cabisbaixo, tinha uma expressão de desgosto em seu rosto, as mangas de sua camisa com babados estavam dobradas, o seu colete marrom sujo de sangue. Olhei mais para o lado e vi um espelho enorme, fiquei assustada porque aquela na imagem não era eu, mas ao mesmo tempo era eu. Bem confuso, era uma eu mais velha com pelo menos os seus 35 anos, com longos cabelos cor de fogo encaracolados, olhos castanhos que eu podia jurar que ficavam num tom cor de vinho, pele macia e bem branquinha, lábios carnudos e rosados, parecia ser alta como eu, suas expressões eram sempre sarcástica, debochada, com um sorrisinho nos lábios, e cheia de escárnio, como se ela fosse a tal.

Ruki me encara então sorri sem mostrar os dentes, e crava seus dentes em meu ombro, apertando minha cintura sinto suas unhas me perfurarem, de novo estava sendo torturada por esse homem.

P-pare... - Um grunido de dor escapa por entre a palavra, mas so sinto seus dentes se aprofundarem mais e mais. - PARE!!! - Tento erguer as mãos para empurrar-lo, mas as correntes me impedem.

Está com medo agora? - O castanho diz em meus ouvidos.

Só pare por favor. - Respiro - Por que você faz isso? O que eu te fiz? - Sinto uma lágrima percorrer o meu rosto.

Oh, não chore minha cadelinha. - Ruki limpa aquela lágrima que insistia em percorrer apenas em um olho.

Então, me responda. Por que? - Encaro seus olhos.

Simples, porque você é você. - Ele sorri.

Não. - Viro a cabeça me olhando no espelho. - Essa não sou eu, quer dizer, sou eu mas...

Essa é o seu passado. Alguém suja, má, perigosa, traídora e egoísta... - Ele diz olhando meu reflexo no espelho. - A você do futuro, é a reencarnação dessa vagabunda imunda. - Taka diz se virando pra mim.

Então como eu estou... Aqui?

Bem, simples. Você é uma bruxa minha querida. - O mais velho ergue uma sobrancelha me encarando.

O que? Cê tá de brinks com a minha cara, né?

Você, pode ver criaturinhas mágicas, seres de outros mundos, pode fazer viagens temporais, ter visões, sonhos lúcidos, pode navegar de uma dimensão para outra, etc e etc... - Ele diz se levantando e gesticulando.

Bruxa? Lucian? Vampiro? A escolhida? - Essas palavras naturalmente saem de minha boca.

Oh, esta recordando algo? Agora a pouco, você estava um pouco, fora de sí. Acho que era Akasha quem estava presente, você é tão poderosa que suporta duas almas dentro de só um corpo. - Ele sorri de canto.

Você... Lucian, o anjo caído. Eu sou o seu sacrifício.

Ha ha. - Sua risada é suave. - Minha pequena. Sim, você é meu sacrifício, minha sina, a minha maldição. - Suas unhas roçam devagar minhas bochechas.

Era pra você ter me matado quando esse corpo estava vivo, certo? Mas pelo o que suponho, você se envolveu de mais com ela, e o resultado foi que você se apaixonou por uma megera.

Bravo, bravo... - Suas palmas ecoam pelo quarto iluminado por velas. - Cadelinha esperta. - Lucian dá fracos tapinhas em minha cabeça.

Acho que é a primeira vez que conseguimos ter uma conversa quase normal.

Nope. Eu costumava conversar muito com você, quando era bem pequena. Mas você não se lembra, o que é uma pena.

Conver.... - Meus olhos se fixam no nada.

Se lembra agora? - Ouço seu sussurro em meu ouvido. - Eu sou aquele filho da puta, aquele mesmo que matou seus avós, e a sua querida vizinha. - Takanori ri e meus olhos se fixam nos seus olhos vermelhos.

Você...

Bem vinda ao meu mundo. - Sua voz é divertida. - É assim que me sinto. Todo tempo que passa, eu como uma alma desesperada nessa terra, vejo todos que gosto e amo morrerem. - Sua voz é triste. - Sejam assassinados, morte narural, envenenamento, acidentes, ou até mesmo pelas minhas próprias mãos. - O castanho diz com raiva.

Lu-Lucian... - Posso ver uma lágrima escorrer de seus olhos.

Eu já disse, não me chame assim. - Ele se vira.

Lucian! - Tomo coragem e chamo novamente seu nome.

Por quê você é tão teimosa? Me chamando com essa voz tão doce, quando eu só lhe causo o mal e dor.

Lucian. - Suspirei e o chamei de novo, chamar o seu nome era como um conforto.

Por que? Por que você se parece com ela? Mas são tão diferentes. Por que preciso gostar de você mais uma vez?

"Ele... Tá chorando? OMG! O que eu faço? Não sei lidar com pessoas chorando."

Lucian... - Tento mais uma vez.

Eu te observei esse tempo todo... Te vi nascer, virar uma jovenzinha, e quando começou a ser uma adolescente eu já te via como uma mulher, e agora... a adulta que desejo... - Encaro suas costadas com uma expressão de espanto.

Lu... - Ele sela nossos lábios.

Nesse momento é como se a minha mente se desconecta-se. Sinto sua pequena mão passear por entre meu corpo e me apertar, Ruki para o beijo mordendo meus lábios tirando um pouco de sangue, parte para o meu pescoço dando mordidas carinhosas e beijos, meu corpo se arrepia com seus toques.

"Espera? Eu sou mesmo uma puta que gosta de BDSM? Espera, por que me chamei de puta?"

Meu corpo se molvia sozinho aos seus toques, ele desliza suas mãos em minha barriga me acariciando, sobe elas massageando meus seios, solto um gemido baixo e prazeroso. Meu quadril se mexe sozinho, rebolando e roçando minha íntimidade em sua perna, Ruki ri malicioso rasgando minha camisola aos poucos, me deixando com os seios a mostra, sinto seus caninos delicadamente perfurarem o colum do meu seio, e isso me dá um prazer enorme, um grunido escapa, mas dessa vez é prazeroso.

"Não. Para. Isso não é certo, essa não sou eu. Essa é a Akasha."

PARA! - Grito de repente, e o vejo fazer uma cara de raiva enquanto franzi o cenho.

Não era você, não é? - Apenas assinto com a cabeça. - Jovem, iremos nos encontrar. Vou tentar não ser possessivo e não ficar com raiva.

O que você quer dizer? - Taka ri.

Sua mãe fez uma ótima mágia pra você esquecer tudo, ou deixar tudo confuso em sua mente. - Ele ri irônico.

Você está com raiva?

Muita raiva. Você não se lembra mais do meu lado bom, do meu pouco lado humano que ainda existia...

Ainda existe. Bem no fundo, mas ainda esta aí. - Minha voz sai suave.

Ha ha ha.  - Ele me encara surpreso. - Nos veremos em breve, vadiazinha.

Seus caninos se cravam ferozmente eu meu peito, duas vozes horrivéis gritam de dor, a minha própria voz e a dessa Akasha. Sinto cada gota do sangue ser sugado que transbordam em seus lábios, seus olhos vermelhos me encaram olho no olho, depois de um certo esforço meu pulso ensanguentado escapa das correntes, minha visão já estava turva, tudo girava, eu não ouvia mais nada ao meu redor, tudo parecia ficar cada vez mais longe, juntando minhas ultimas forças, ergui meus braços automáticamente, e levei minhas mãos em seu belo rosto pálido e gelado, lágrimas escorreram em nossos olhos, então não vi mais nada, e meu corpo que era o corpo de Akasha, simplesmente desfaleceu em seus braços.

*Dimensão Off*

"COF, COF, COF, COF..." 

Acordei de repente e super desesperada, peguei todo o ar que pude de uma só vez, assim me engasgando.

"Aaahh... - Suspirei aliviada"

Enfim, em um suspiro consegui me recuperar, ainda tossindo um pouco, levei a mão no peito que doia muito.

"COF, COF... Cacete... COF, COF... O que aconteu? Não me lembro de nada."

Massagiei meu peito e fui até a cozinha, tomei um copo d'água me acalmando.

"Puta merda... nunca mais durmo de bruço."

Voltei pro quarto, entrei no banheiro e me olhando no espelho vi que, estava cheia de marcas como arranhões, mordidas, pequenos cortes, roxos no braço, perna e pescoço, meus pulsos e tornozelos tinham marcas roxas.

"Ai meu caralho alado... O que aprontei dessa vez?"

Tirei minha roupa e vi mais marcas nas minhas costas, barriga, peito e até nos meus seios. Passei meus dedos nessas marcas, elas pareciam ser muito antigas, mas doiam como recém feitas.

"Droga. Essas marcas atrapalham minhas tatuagens. Principalmente as asas nas costas."

Dei uma ultima olhada no espelho, enchi a banheira e simplesmente me afundei naquela água morna, relaxante e aconchegante.

"Morda e toque-me, mate e toque-me baby. Querendo você de novo... Intoxicação"


Notas Finais


Mais um cap 👏 Mas ficou meio 💩 rs Eu me distraí e me desconcentrei no meio da estória. *bate mão na testa*
Obs1: A frase do final é um pedaço da letra da música Intoxication do Xia Junsu.
Obs2: Akasha é do filme "A Rainha dos Condenados." Amuuuu 😍


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