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História Sangue do Dragão - Profecias


Escrita por: Ulv

Capítulo 62 - Profecias


PDV: Jon

 “Malditos sejam os dragões!”

Nunca pensei que diria isso, mas malditos sejam todos eles!

Gelo era veloz, mas deixou a ferocidade com os irmãos. Nagga arrancou um dos dragões de cima de mim, mas mesmo assim, outros dois me atacavam com fúria inesperada.

Retirei a espada da bainha e brandi, cortando a asa do dragão cor de barro seco, com olhos dourados. A força do golpe não foi o suficiente para arrancar fora sua asa, mas serviu para que se afastasse de mim, deixando que Gelo voasse para longe.

Do lado de baixo a batalha era quase que injusta. Os dragões, que voavam em grande quantidade pelo céu de Valíria atacavam os homens com fúria, arrancando-lhe membros, ou os queimando inteiros. Podia-se ver um dos dragões mortos, um dos menores, mas os homens o tinham matado.

Outros mais, soldados de todos as regiões corriam de volta a praia, tentando se salvar. Outros mais corajosos corriam em direção inversa.

Na ponta leste da ilha, podia-se ver de longe uma linha grossa e longa de fogo. Mesmo de longe se podia ouvir o som da batalha, que daquele lado ocorria sem o incomodo dos dragões, e dos mastros e bandeiras queimando. Veygar voava se batendo, jogando golpes e ataques para todos os lados, onde os pequenos dragões o cercavam. Nagga tinha a ferocidade de um animal, rasgava os filhotes a sua volta e descia em terra para estraçalhar seus inimigos.

“Que meus filhos estejam bem”, pensava naquele pequeno instante em que tive paz.

Apertei as pernas em Gelo, que voou o mais rápido que pode, atraindo os cinco dragões que me atacaram junto. Eram apenas filhotes, que apesar de grandes e em maior quantidade não tinham o extinto de caça, não para atacar um dragão adulto. “Porém, se eu ficar parado eles vão me resgar como um lobo rasgaria um coelho velho”.

Voei o mais rápido que pode, passando por colinas cobertas de flores roxas, a fumaça dos vulcões me fez tossir um pouco, com o cheiro forte de enxofre.

Um dos dragões, amarelo queimado parecia ser tão velozes quanto Gelo, e me alcançou. Quando dei por mim ele já estava grudado a cauda de Gelo, que deu meia volta e mordeu a garganta do filhote. Gritei quando o pequeno dragão atacou Gelo de volta, e acabou raspando seus dentes do meu braço.

Senti o sangue escorrer pela cota de malha que foi inútil. Segurei as rédeas apenas com uma mão e brandi a espada para traz, ela acertou os olhos do dragão amarelo queimado, que rugi de dor e abandonou a luta.

Olhei para traz e constatei que os dragões não me seguiam mais. Isso era ruim.

Consegui ver mais a frente, Rhaegal se enrolando com Drogon no céu, os dois se atacavam de uma maneira que nunca tinha visto, uma fúria mortal. Que eu não duvidava de que um saísse morto dali. No meio daquela dança vermelha e negra, consegui ver muito de relance algo brilhar.

-Elas estão loucas. – estava horrorizado, loucura era a única explicação para tudo o que estava acontecendo ali, tudo.

Apertei os olhos e consegui ver mais nitidamente quando Daena brandiu a espada e bateu com outra, Daenerys, dei-me conta. As duas estavam lutando em cima dos dragões. “Vão se matar”, constatei por fim, cogitando seriamente a possibilidade de fazer alguma coisa.

Balancei a cabeça e apertei Gelo com as pernas, que voou na direção das duas.

Antes que pudesse chegar até elas, um dragão, maior que os outros, de um azul escuro profundo e brilhante se atravessou na minha frente.  Rosnei de ódio ao ver seu cavaleiro.

-Snow! – o homem gritou para mim com seu habitual sorriso idiota e malicioso.

-Naharis. – saudei de volta.

Ele puxou sua espada curva em uma das mãos e insinuou um ataque.

-Soube que se deitou com a minha mulher. – girei Blackfyre nos dedos e me posicionei pata um ataque.

-Não tenho culpa se sua mulher vai procurar em outros o que não tem na cama dela. – seu sorriso morreu e quando vi o dragão azul já estava em cima de mim, Gelo se esquivou e mordeu a garganta do dragão, o que me deu tempo o suficiente de desferir um grande golpe circular em Daario, que o desviou com agilidade. -Isso é uma loucura, Daario, olhe em volta.

-Já olhei, e sei bem o que isso é. – cruzamos as espadas novamente, ele não se equilibrava perfeitamente no dragão, então a vantagem ainda era minha. Golpeei com a espada e consegui cortas seu braço, um corte fundo que fez o sangue pingar. – Essa loucura já foi longe demais, e ao contrário do que todos pensam, não podemos voltar atrás. Apenas jogar os dados e rezar.

-Quem começou isso tudo? – gritei de volta. Gelo foi atacado, e sua asa quase arrancada com tamanha fúria do dragão de Daario. Batemos as armas por mais algumas vezes, enquanto os dois tentavam se equilibrar em cima dos dragões. Empurrei a cabeça do animal com o pé, já que ele vinha com todo o intuito de morder minha perna.

Brandi a espada, que Daario conseguiu parar, mas não parou o soco que dei em seu rosto, que o fez cuspir um pouco de sangue. Ele rosnou de raiva e me atacou. Desviei dos sucessivos golpes, mas acabei levando um corte fundo na coxa, senti o sangue escorrer pela minha perna.

Daario sorriu.

-As duas começaram isso, a muitos anos atrás. Daena ficou louca e Daenerys também. Cada uma louca por uma coisa, por um motivo. – vi as duas de relance, continuavam brigando com os dragões, já feridos.

-E nos, não somos tão loucos quanto, apoiando elas em sua loucura?

-Talvez a loucura seja relevante para todos. – neguei com a cabeça sem saber o que dizer e desci, fiz Gole parar em uma colina limpa, onde logo abaixo cresciam as preciosas Lágrimas de Valíria.

Daario me seguiu quando desmontei de Gelo, ele fez o mesmo. Paramos nos olhando por um tempo, analisando o oponente.

-Acho que é o que deve ser. Somos guerreiros que lutam em terá, com uma espada da mão e a sorte na outra. – levantei minha espada. -Está na hora de testar a sorte.

-E para que? – Daario franziu o cenho e ficou me olhando. – Para que lutar?

“Minha família”

-Não seu você, Daario Naharis, mas eu tenho um motivo para matar você. – ele se tornou sério, olhou para cima, onde nossas respectivas esposas lutavam com seus dragões.

-Eu também tenho pelo que lutar, Jon Targaryen. – assenti, e ataquei.

 

 PDV: Agartha

Continuei atirando minhas flechas enquanto os homens lutavam como iguais, um uma fúria incessante, que em treinamentos não se vê. Nunca pensei que me encontraria no fervor de uma batalha, com toda a adrenalina correndo por meu corpo.

Vi Heron e Daemyon se afastarem correndo, deixando uma trilha de mortos atrás de si. No céu eu podia ver Rhaegal lutando com Drogon e pela fúria dos dois, me surpreendi que já não estivessem mortos.

Puxei mais uma flecha e retesei o arco, com alguns segundos para mirar, acertei a coluna de um dos homens, que caiu sem vida no chão.

Senti meus cabelos serem puxados. Fui arrancada de cima do muro em que tinha me posicionado. Quando dei por mim já estava no chão, um homem de longos cabelos castanhos trançados me prendeu no chão, com o peso do seu corpo.

-Vadiazinha. É a princesa, não é? – ele tentou prender meus braços no chão, enquanto me contorcia para me livrar dele. – Acho que posso fodê-la antes de te matar, sua cadelinha.

Olhei em volta, em desespero total, mas não tinha uma alma viva ali, a luta estava acontecendo mais para frente.

-Filho da puta, me solte! – gritei e tentei chutar sua virilha, mas ele apenas segurou meu joelho, abrindo minhas pernas.

Senti sua língua passando por meu pescoço, e o pânico me acometeu de um modo desesperado. Sua mão soltou a minha e desceu até minha calça, desatando os nós. Gritei e usai minha mão livre, arranhando o rosto do homem até que o sangue escorreu.

-Sua cadela! – gritou e me deu um soco no rosto. Senti o gosto do sangue na boca e um ódio que eu não conhecia me fez gritar. – É virgem, princesinha? Ninguém nunca te fodeu antes?

Ele foi desatando as próprias calças, puxando as minhas para baixo.

Enrosquei as pernas nele, que deu risada, mas parou de rir no momento em que me forcei nele, o agarrando com a mão livre. Usei os dentes para morder seu pescoço com toda a minha força. Escutei-o gritar em agonia quando sua carne cedeu e um pedaço de carne ficou na minha boca. Sangue jorro no meu rosto, mas não me dei por satisfeita, rasguei sua garganta com os dentes.

Virei-o, e o montei. Nunca soquei o rosto de alguém como fiz com aquele homem, que já estava praticamente morto, com uma hemorragia constante na lateral do pescoço.

Quando não o via mais se mover, me levantei, limpando o sangue da boca com a mão. Amarrei novamente minha calça, que não tinha sido abaixada e voltei a procurar meu arco, que deixei cair durante a queda.

Graças aos Deuses ele não tinha se partido. O peguei do chão e analisei minha aljava, para ver se as flechas não quebram. E sim, elas se quebraram tudo o que me restava era uma única flecha sobrevivente.

- Se não estivesse morto, essa seria para você. – apontei para o homem, cuspindo o seu próprio sangue nele. – Agora sei porque é tão bom matar. – “Os homens merecem morrer”, terminei mentalmente e prossegui. Agora estava na hora de ir para a verdadeira batalha.

Olhei para o céu e dessa vez quem vi foi o dragão vermelho e negro que nomeamos de Blackfyre ainda quando crianças. Subi novamente no muro e o analisei, Aegon o montava, queimando os oponentes em terra.

Peguei minha única flecha e mirei, segui-o por seu trajeto querendo acertar o cavaleiro. Blackfyre foi planando por uma área reta, onde só o que cresciam eram flores brancas e vermelhas, rasteiras no chão.

Segurei a respiração e soltei a corda do arco. A flecha foi tinindo até o dragão. Não pude ver exatamente onde ela ficou, só sei que Blackfyre pousou e Aegon caiu do dragão.

Larguei o arco e a aljava no chão e sai correndo como louca, pulando por rochas e cadáveres que se espalhavam pelo chão. Me abaixei, rolando pelo chão no momento em que um dos dragões atacou os soldados com fogo. Quando me levantei voltei a correr o mais rápido possível.

Ao chegar no local onde Blackfyre estava, pude ver Aegon caído no chão, retirando a flecha do braço. Saquei minha espada e ele virou o rosto em minha direção.

-Agartha. – sorriu e o seu dragão silvou para mim, como se não me conhecesse ou fosse me atacar. -O que você quer, menina?

-Um dragão. – ele gargalhou.

-Primeiro vai ter que me matar.

-Por isso estou aqui. – precipitei-me para cima dele, sem ao menos deixa-lo se preparar. Infelizmente, ele conseguiu puxar a espada tempo e desviar meu golpe.

Não parei, continuei a atacar, com golpes na diagonal e lateral, cortando o ar com força e não o deixando respirar por um momento. Eu estava mais do que decidida, eu queria mata-lo.

-Teve uma época em que sonhei em casa-la com meu filho, Aerys, mas sua mãe e pai nunca deixariam a princesa casar com o simples filho de um bastardo. – ele girou a espada com rapidez e cortou meu rosto, apenas um pequeno aranhão ardido. -Foi então que Daenerys me procurou e me disse que eu poderia ter muito mais.

-Tudo o que precisava era matar o próprio filho. – segurei a espada com as duas mãos e ataquei com um golpe vindo de ima, que ele parou com pouca dificuldade.

-Tudo o que pediu era um sacrifício, você também fez o seu, pela causa. E foi pela morte do seu dragão que estamos aqui. Foi a vida dele que deu a vida de todos esses aqui. – ele abriu os braços um segundo antes de gorar o corpo e batem em minha espada com força. – Foi você, acima de tudo, a sua burrice, que nos trouxe aqui. Seu sacrifício.

-Farei outro, logo, logo. – respondi em voz baixa.

-E é essa a mesma burrice que você cometeu ao matar o seu próprio dragão. – ele se exaltou e em um golpe muito bem articulado, fez a espada voar dos meus dedos. Aegon colocou a ponta da espada na minha garganta, me fazendo erguer o queixo. -E é a mesma burrice que vai te matar.

Ergui o queixo altivamente. Se tivesse que morrer seria do modo em que escolhi viver, mesmo podem aproveitar tão pouco.

-Se parece com a vadia da sua mã.... – pulei de susto ao ver a ponta de uma espada o atravessar o peito.

Dei um salto para traz e o fitei assustada. Quando Aegon Blackfyre caiu de joelhos no chão pude ver minha prima, Arianne Martell. Seu rosto estava contorcido em uma expressão assustadora de raiva. Ela arrancou a espada das costas dele e o deitou no chão, ainda vivo.

- Arianne.... – ele tentou falar no momento em que ela colocou o joelho em seu peito, o fazendo gritar de dor. Blackfyre rugiu atrás da gente. Voltei a pegar minha espada e colocar no cinto.

-Você matou meu filho, Aegon. Um dia eu o amei – ela abaixou-se para sussurrar em seu ouvido. - , hoje vou ter seu coração. – vi o brilho de uma faca que ela retirou de dentro das roupas. – Literalmente.

Olhei enquanto ela empurrava a faca para dentro do marido, rasgando sua carne. Blackfyre rugiu em agonia no momento em que acho que ele morreu. Mas não fiquei ali perdendo tempo, me virei e corri até o dragão. Ele empinou a cabeça e rugiu alto quando cheguei perto.

-Não! – gritei com ele, que voltou a se abaixar. “Se pensar demais, estarei perdida”, pensei antes de correr e praticamente me jogar em cima do dragão, que se debateu.

Me arrastei pela sua asa até chegar nas costas. Ele jogou a cabeça para traz, rugindo e tentando me derrubar. Agarrei bem seu pescoço enquanto ele de contorcia, furioso.

-Você é meu! – gritei a plenos pulmões e agarrei seus corvos, o que o fez parar de uma hora para outra. – Meu!

Ofeguei enquanto o dragão se acalmava, abaixando-se, quase que em reverencia.

-Você é meu. – murmurei com calma e senti seu calou em minhas coxas. Apertei meus pés nele, que tomou o céu para si. Gargalhei ao sentir o vento batendo no rosto e o calor das escamas do meu dragão. Apertei mais os pés e ele voou rápido, rugindo, quase que satisfeito. – Voe!

Voe.

 

PDV: Daena

Tudo estava apenas uma confusão de cores e sangue, onde eu mal conseguia brandir minha espada direito. Sei bem que uma hora consegui arranhar o braço de Daenerys com minhas unhas. Batemos as espadas algumas vezes e tenho quase certeza de que minha perna estava com um corte da coxa até a panturrilha, onde as garras de Drogon estiveram. Rhaegal sangrava pelo pescoço, mas continuava a atacar o irmão, maior que ele.

Gritei ao enterrar a espada no meio das escamas do dragão negro, Daenerys bateu a espada na minha, quase a atirando da minha mão. Eu mal podia olhar para baixo, tamanha era a confusão que estava acontecendo conosco.

Rhaegal rugiu quando Drogon o atacou pela barriga. Tive que me agarrar com todas as forças no pescoço dele para não cair quando se curvou para se defender do ataque. Daenerys aproveitou o momento e enfiou sua espada na articulação do meu braço esquerdo. Berrei de dor e senti o sangue quente escorrer pelo braço.  Golpeei debilmente a frente e acabei rasgando um dos olhos de Drogon que se afastou na hora, se contorcendo.

-O que estamos fazendo? – gritei com ela. – O que estamos fazendo?

-Lutando. – respondeu e fez Drogon se acalmar. Dessa vez Rhaegal investiu contra o irmão, mordendo e arrancando um pedaço de sua asa negra.

-Mas pelo que? – gritei de volta no segundo em que nossas espadas se chocaram.

-Amor.

-Amor? – Rhaegal quase que montou Drogon e arranhou suas costas com as garras. -Para mim isso é vingança por algo que eu não entendo.

-O mundo é meu para tê-lo, eu fui a escolhida, a mãe de dragões. – Daenerys gritou para mim quando estávamos lado a lado, e nossos dragões de engalfinhavam com fúria extrema. Brandi a espada por sua cabeça, mas ela se abaixou.

-Eu sei, mas como chegamos a isso? Você tem o mundo....

-Não, o mundo foi tomado por você. Eu só quis tomar minha gloria de volta. – senti o braço esquerdo estremecer com a força de estar me segurando a Rhaegal. – Eu perdi tanta coisa...

-Todos nos perdemos coisas. – gritei irritada. – Mas nenhuma perda significa fazer o que estamos fazendo.

-Tudo isso começou naquele dia, do dia em que teve que escolher. – cerrei os dentes de ódio, mas Drogon voou um tanto para o lado no momento em que íamos nos golpear novamente. – O dia em que jurou me matar.

-Não teria que mata-la se tivesse entendido.

-Você tinha tudo e eu...

-Tinha Westeros, Daario, o amor do povo.... -  senti-me entrar em Rhaegal que atacou Drogon com uma fúria que eu não senti ser capaz. Os dois se embolaram, se arranhando e mordendo. Rhaegal perdeu um pedaço da asa direita e eu gritei de dor em meu corpo. Segurei seu pescoço com as duas mãos e me deixei ser um dragão por um momento. Avancei na barriga de Drogon, rasgando com as garras enquanto mordia a garganta do dragão.

De algum modo que jamais ficaria claro para mim, acabamos nos soltando quando atingimos o chão.

Soltei o pescoço de Rhaegal e rolei pela grama. Acabei me cortando com a minha própria espada. Rhaegal tinha se afastado de Drogon e os dois rugiam um para o outro, se desafiando a lutar.

Daenerys foi se levantando do chão, meio cambaleante. Levantei-me também, segurando o braço esquerdo.

-...E eu o amava. -  falei para ela, que apenas sorriu de um modo que me fez querer arrancar seu coração no mesmo instante.

-Eu também.... por isso digo que estamos lutando por amor. Eu amava minha família e ele estava destruindo isso, e acabou destruindo de qualquer modo. Seu bastardo....

-Meu filho é um dos meus bens mais preciosos. – olhei para o lado e dai de cara com Jon, lutando avidamente com Daario, em uma luta que fazia faíscas saltarem das espadas.

-Bem que eu vou tirar de você, como todo o resto. – gritou no momento em que me atacou, segurando a espada com as duas mãos.

-Não se eu arrancar seu coração primeiro! – agastei seu golpe com um grite de dor no braço e na perna, tinha quase perdido os dois.

-É ai que se engana Daena, eu não tenho um coração.

Ela gritou e me atacou, cambaleei para o lado, parando seu golpe.

Mesmo com um joelho apoiado no chão, consegui girar a espada e cortar sua perna. Ela gritou e se afastou. Levante do chão, designada a terminar logo com aquilo.

-Eu amei você Dany, um dia... Acho que quando ainda erámos crianças demais para entender.

-Hoje somos velhas e rancorosas. Eu também te amei Daena. Mas o amor acabou a muito tempo atrás.

-Sim. – engoli em seco e me atirei em cima dela, juntando toda a minha coragem. – Hoje só resta dor.

Larguei a espada e segurei minha adaga de osso de dragão. Senti quando ela perfurou Daenerys, mas a também senti uma dor aguda na coluna e o sangue subindo quente pela minha garganta.

Nós olhamos por um instante, lilás e purpúreo se encarando. Quando fitei as mãos, tinha seu sangue nelas e na ponta na adaga se encontrava uma pedra vermelha, que se esfarelou.

Caímos as duas de joelhos no chão.

Os dragões voaram no céu, batendo suas asas com força e rugindo.

O som da liberdade.


Notas Finais


Obrigada por ler. ^-^
Comentem, por favor, estamos quase terminando a fanfic. Comentem pelo menos nesse final para mim saber o que acharam, e o que estão achando. *-*


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