História Sangue Imortal - Anjos da Noite - Fome de Sangue

—Eu não vou fazer mal a ela. -Resmungou Jack fitando o rosto de David. —Ela é hibrido, ela é especial para a minha raça!

—O Porque ela é especial para a sua raça, Lycan? -Questionou Selene colocando se na minha frente. —Quem mais sabe sobre ela?

—Os Lycan podem sentir a presença dela! -Respondeu Jack olhando diretamente para mim. — O sangue dela é poderoso,e muito forte.

—Selene, o que eu faço com esse garoto? -Perguntou David com sua arma engatilhada.

—Deixe o garoto aí. -Respondeu minha mãe me levando para longe.  —Ele não vai se atrever a fazer nada contra nós!

No andar inferior da casa, Selene verificou todas as portas e janelas do local antes de adormecer. Em um ponto mais escuro da sala David se posicionou para descansar, ele não parecia nada confortável em saber que um jovem Lycan estava vivo no cômodo acima. Porém o vampiro parecia tão cansado que dormir um pouco não seria uma ideia tão absurda.

[...]

Uma onda de calor atingiu meu estômago, e rapidamente eu acordei, com as pernas tremendo sem entender o que estava me acontecendo, procurei por socorro mas permaneci em silêncio.

—Eve… -Chamou Jack ajoelhado na lateral da escada que ligava o andar superior. —Você precisa de sangue, seu corpo precisa!

—Eu estou bem. -Falei abrindo meus olhos que estavam fechados pela dor.

—Vem comigo. -Chamou Jack pegando em minha mão. —Eu sei onde podemos encontrar sangue fresco.

—Eu sinto dor… -Sussurrei caminhando a passos lentos. —O que está acontecendo comigo?

—Você está apenas com fome! -Respondeu o garoto me levando para fora da casa.

No fundo de um grande celeiro, havia uma caminhonete azul escuro, na qual Jack me ajudou a subir. O meu estômago queimava, as minhas veias saltavam, e meu coração estava batendo fraco, minhas forças não estavam mais comigo.

Em uma velocidade alta, Jack dirigia a caminhonete seguindo a estrada que levava a Nova York. Com um casaco em meus ombros, eu repousava a cabeça na janela do veículo, sentindo a agonia da fome me consumir.

—Fique firme. -Disse o garoto acelerando a caminhonete. —Já vamos chegar em Nova York!

—Eu não posso ir para Nova York, sem minha mãe e David! -Sussurrei com a voz fraca. —Precisamos voltar, Jack!

—Primeiro você precisa se alimentar, e conhecer algumas pessoas! -Falou Jack olhando para a estrada. —O meu pai vai ficar muito feliz em te conhecer, linda híbrida!

As palavras de Jack foram as últimas coisas que ouvi, antes de desmaiar. O gosto acobreado característico do sangue foi o que senti primeiramente, e com certa dificuldade tentei me colocar de pé.

—Está tudo bem? -Perguntou o homem ajoelhado ao meu lado. —Como você se chama?

—Eu me chamo Eve. -Respondi virando meu rosto para ver quem era o dono da voz. —Michael!