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História Sangue Sujo (pausada) - Prólogo


Escrita por: vifernanda11

Notas do Autor


Meus queridos, depois de literalmente anos sem postar nada eu estou de volta!!!
Essa fic tem coisas que eu inventei e coisas que existem realmente, por exemplo, a cidade de Dellago não existe, mas eu fiz como sendo uma cidade no Paraná. O mesmo para os personagens, já que eu me inspirei nos nomes de pessoas ao meu redor.

ESSA FANFIC ESTÁ EM EDIÇÃO, MAS NÃO HÁ MUDANÇAS CONSIDERÁVEIS NA HISTÓRIA.

Boa leitura!!

Capítulo 1 - Prólogo


 

Eu poderia começar com uma história triste de como minha vida se encontra no mais insuportável caos. No entanto, não acredito que seja adequado começar essa história com um toque de tristeza, mas sim com uma memória de felicidade, com o meu humano vivo.

 

                                                                              DELLAGO, BRASIL – 1814

Em uma pequena cidade ao norte do estado do Paraná, no dia 28 de maio de 1814, foi quando tudo começou. Eu não me recordo de detalhes, afinal eu havia acabado de nascer. Essa parte da história em que eu lhe narro meu caro leitor, foi escrita a partir de memorias que me foram ditas a tempos, memórias que não são minhas mas de outras pessoas, se são mentiras eu jamais saberei, pois as pessoas que me contaram tais fatos à muitos já não se encontram entre nós.

Era uma típica manhã fria de outono, mas a casa estava quente demais. A fornalha que aquecia o casarão no inverno estava ligada ao máximo. Os criados corriam para todos os lados como baratas tontas, pegando água, toalhas, tirando lenções manchados de sangue vivo. Eu nasci em uma família muito rica, já que a família de meu pai era da nobreza e veio de Portugal com Dom João. Meu pai era comerciante de escravos, ganhava muito bem com a venda de negros para as famílias ricas por todo o Brasil. Minha mãe era a filha de um militar da Coroa Real, minha avó me contava que o Rei e meu avô eram amigos intimos, jogavam sinuca quase todos os dias. Em um desses encontros meu pai foi convidado pela corte para um baile no palácio e foi lá que ele conheceu minha mãe. Ele me disse que nunca havia visto tamanha beleza e delicadeza em uma dama. Passaram a noite dançando e depois de algumas semanas o casamento estava arrumado.

Eu nasci muito pequeno e com muito cabelo. Minha avó me achava lindo, me chamava de anjo e naquela época eu era um. Cresci cercado de amor, mimos e tudo o que uma criança precisa. Aulas de etiqueta, piano, inglês, francês, literatura e artes faziam parte do meu cotidiano. Deus foi bom em levar minha avó antes de ela ver o que me tornei, ela era tudo para mim. Com 18 anos eu comecei a me esquecer do que era ser um anjo, eu era o jovem mais cobiçado pelas damas e até mesmo pelos cavalheiros. Eu era baixo, com os cabelos castanhos e cacheados até as costas, eu tinha curvas e as coxas grossas, mas não me parecia com uma mulher. Meu rosto era de um homem sério a maior parte do tempo, meus olhos eram castanho, minha boca e bochechas rosadas. Dizem as más linguas que minha cara de santo era por ser um demônio na cama. Elas estavam certas. Lembro-me de um episódio em que minha mãe me pegou cavalgando em um escravo que acabara de chegar na fazenda. Eu o seduzi para a área onde ficavam os cavalos de meu pai. Ele era forte, alto e muito bonito, seria vendido para uma viúva. Eu imaginava para que ela usaria aquele pedaço de mal caminho, então resolvi provar antes. Eu vi minha mãe parada no batente da porta, seu rosto estava em choque. Naquele exato momento eu parei de gemer. Meu enorme dom de encenação entrou em ação e comecei a gritar implorando para que ele parasse, me arranhei, chorei, bati nele e quando ele me soltou eu corri para minha mãe me cobrindo em vão com as mãos, mesmo não me importando de fato com a nudez. Em prantos eu digo:

- Mamãe, por favor me ajude! Estou gritando a tanto tempo que estava quase desistindo de minha vontade de lutar! Ele me pegou a força e me forçou a fazer coisas horrendas mamãe! Eu me sinto sujo!! Deus não vai me perdoar, eu vou para o inferno por ter me deitado mesmo sem o meu consentimento antes do matrimônio! - Eu dizia cada palavra chorando e soluçando. Eu era um ótimo ator. Minha mãe acreditou em cada palavra, me cobriu com seu xale e me abraçou chorando e dizendo que não era minha culpa. O escravo foi executado no dia seguinte. Não foi dito o motivo, já que era a honra da família Maldonado em jogo. O único problema é que meu pai teve que arrumar outra mercadoria para vender.

Como você pode ver meu leitor, eu não era o anjo que minha amada avó falava. Isso vira fato na noite do baile de máscaras em que o Diabo pessoalmente veio me visitar em forma de homem.


Notas Finais


Deixe suas críticas e elogios nos comentários por favor, isso vai me ajudar a melhorar a escrita para vocês!!
bjão


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