História Santuário - Preparativos para a missão

-Bom dia! Senhor Erios- Cumprimentou um soldado.

 -Senhor!- Cumprimentou outro soldado.

O nome de Erios era temido e respeitado entre todo o povo de Arcádia, e não era diferente quando se tratava do exercito arcádio já que fora o paladino que havia treinado pessoalmente todos os mestres de batalha e de estratégia na batalha, centuriões, arcontes e outros paladinos até. Erios era o melhor guerreiro de Arcádia e isso o fazia reconhecido entre todos os demais reinos do norte.

-Bom dia soldados- Cumprimentou o guerreiro.

Erios adentrava os salões da grande cidadela de Santuário.

-Bom dia, Paladino Erios- Cumprimentou Mondragon o arauto do rei de Acádia que jazia no portal da sala do trono.- O que deseja meu amigo?

Erios estava de fronte ao arauto.

-Eu desejo uma audiência com rei Eron- Respondeu o paladino.

Mondragon analisou o amigo por alguns minutos e logo após riu timidamente de forma que despertou a curiosidade do guerreiro.

-Perdoe-me por lhe causar constrangimento. Mas você pode me responder uma pergunta?- Indagou a arauto.

-Faça-me!- Respondeu o soldado.

-O assunto do qual você deseja discutir com o rei é sobre Scarlett. Estou certo? Não sinta-se obrigado a responder por favor.

O paladino ficou curioso quanto a pergunta de seu antigo amigo, mas decidiu confiar no mesmo.

-Sim é sobre Scarlett que vou conversar com o rei Eron. Tenho uma nova pista sobre ela e desta vez acredito que a encontrarei.- Replicou o guerreiro.

-Tudo bem não vou mais incomoda-lo com perguntas afinal isto é particular seu. Aguarde um momento vou anuncia-lo ao rei.- O arauto virou as costas para o paladino, abriu a gigantescas portas da sala do trono e adentrou no salão.

Mondragon rapidamente chegou-se ao rei e relatou tudo o que Erios lhe disse, então o rei ordenou que o paladino adentrasse rapidamente.

-Erios pode entrar o rei deseja vê-lo- Declarou o arauto.

O rei Eron ao contrário dos demais reis do norte que eram um bando de glutões, beberrões, sem alguma educação, que não pensariam duas vezes em matar seus servos ainda que fosse o mais leal, era um rei gentil, honesto, compreensivo mas que acima de tudo amava mais que a própria vida a justiça. Eron amadureceu rapidamente após a morte de Sheron e do desaparecimento de seu filho recém-nascido, então o rei jamais aceitava ou melhor tolerava comportamento bárbaros, já que em outros reinos está insistência de Erios por sua filha seria punido com a morte.

Eron conheceu Erios ainda na sua infância quando este possuía a idade de 6 anos numa cidade próxima de Santuário que se chamava Olimpia. Lá Eron deu-lhe uma casa e uma vida arreglado já que sua feição pelo garoto foi de imediato, mais tarde quando o futuro paladino havia completado 11 anos o rei o levou direto aos seus aposento reais, onde o treinou pessoalmente táticas de batalha, esgrima, arco e flecha e toda sorte de cousas que  um rei precisava saber. Sim Eron treinou Erios para ser seu sucessor mesmo o garoto supostamente não possuísse sangue real. O rei considerava Erios como um filho e toda sua família como sua também, por está razão todas as vezes que pôde Eron convidou o guerreio e sua família para habitar na cidadela das rosas, contudo o paladino se negava a aceitar. Aproveitando a oportunidade do casamento de Erios o rei presenteou-lhe com uma casa digna de um lord e empregados para seu serviços. Erios até tentou negar contudo o rei lhe insistiu até que foi obrigado a lhe ordenar. Eron o via como filho o sangue de seu sangue.

-Bom dia meu rei,- Aproximou-se o soldado.

-Bom dia Erios. O que deseja meu filho?- Indagou o rei.

Eron estava em toda a sua glória assentado sobre um trono de ouro e bronze, onde várias pedras de onix negro estava incrustadas em relevo de ramos nas laterais como detalhe.

-Meu rei! Hoje pela manhã veio até mim um falcão de Wallhaven, reino de Lotário no oriente, que me entregou uma carta.- Iniciou o guerreiro- A carta veio me notificar sobre o atual estado de Scarlett minha filha mais velha e sobre sua localização.

Ao ouvir isto o rei imediatamente levantou-se de seu trono. Curioso e ansioso o rei caminho de um lado para o outro.

-Prossiga Erios estou ouvido.

Eron sabia que todos os reinos do oriente estava sobre o total controle de Ragna rei da Pérsia e senhor dos Leões Persas. Eron não temia os persas, mas também não almejava uma guerra.

-Sim meu rei! Segundo as informações Scarlett estava escondida neste vilarejo, por um guerreiro que a protegeu durante todos estes anos já que este a salvou do grupo de persas que nos atacaram 15 anos atrás. Foi notificado que este homem desconhecido havia adotado Scarlett como sua filha e a partir de então passou a cuidar dela.-  Finalizou Erios.

Eron ao perceber que Erios não havia mais nada a declarar fitou-o por tempo afinal era incrível ver um soldado se dedicar tanto assim para um familiar perdido não que estes fossem frios e sem coração mas justamente era porque o tinham que preferiam abandonar os sentimentos.

-Imagino que seu plano é ir até o vilarejo de Wallhaven para resgatar sua filha. Estou certo!? Imagino que também você orquestrou todo o plano de batalha minuciosamente detalhe por detalhe. Quantos dias iram ficar fora, o que levariam, o que irão cavalgar, em fim acredito que já pensou em tudo. Mas já pensou que isto poderia ser uma  cilada para você?- Indagou o rei.

-Sim meu senhor já pensei nesta hipótese. Mas meu instinto de guerreiro e de pai acredita que está carta é verdadeira.- Finalizou Erios.

O rei franziu as sobrancelhas e riu em seguida chamou o arauto que se aproximou do rei rapidamente. Eron sussurrava algo no ouvido de Mondragon ao finalizar o rei o enviou rapidamente. Erios por sua vez aguardava ansiosamente pela resposta do rei que se sentara em seu trono em silêncio.

-Meu soberano aqui estão os dois centuriões que mandou chamar Peter e Eregon.- Era Mondragon que se aproximava, seguido por dois jovens guerreiros.

-Aproximem-se centuriões Peter O líder dos Centuriões e Eregon seu irmão.- Ordenou o rei.

-O que deseja de nós meu rei?- Indagou Peter.

Peter e Eregon eram gêmeos idênticos, mas para poupar perguntas sobre sua igualdade Peter havia cortado seu cabelo deixando-o curto.

-Erios lhe explicara tudo de forma que tudo será obedecido sem questionamentos.- Relatou o rei.

Ao finalizar sua declaração Eron fitou Erios que abria um largo riso de esperança, algo que geralmente não demostrava para ninguém principalmente na presença do rei de Arcádia. Então voltando a sua postura de soldado Erios deu um passo a frente e explicou toda a estratégia na missão, onde dormiriam se precisasse, o que comeriam, o que levariam de armas, o que fariam caso ocorresse um ataque e durante um longo tempo tudo foi explicado na presença do rei sem ser interrompido ou questionado.

-Senhor não duvido da força de Erios, mas acho que este paladino está se equivocando.- Iniciou Eregon.

-Silêncio Eregon. Me perdoe meu. Me perdoe Erios.- Peter sentiu-se constrangido com a atitude do irmão.

Todos fixaram seus olhares para Eregon.

-Explique-se- Declarou o rei mudando de posição no trono.

-Me perdoe meu rei, mas estamos falando de persas, saqueadores, mercenários e sabe se lá o que mais. Como só nós três poderemos ir atrás de uma garota que não se sabe se ainda vive?

Todos fizeram silêncio. Eron começava a demonstrar certa ira, mas preferiu abrir um sorriso e em seguida levantou-se do trono e caminhou até o jovem rapaz de cabelos brancos e olhos azuis e tocou em seu ombro.

-Meu rapaz! Responda-me você é arcadio?- Indagou Eron que fitava fixadamente o jovem nos olhos.

-Sim, meu rei- Respondeu tremulo.

-Então porque toda está covardia. Se lutarmos contra persas, lemurianos ou atlantis qual será a diferença? Somos fortes porque lutamos juntos e não como um bando de desesperados. Acredite em você mesmo garoto ou será que terei de escolher outro centurião em seu lugar? Honestamente esperava somar centuriões não diminui-los. Então o que me responde?- O rei Eron já velho regressou a seu trono.

-Me perdoe senhor isso não vai mais acontecer- Desculpou-se completamente envergonhado o centurião.

-Tudo bem! Agora sigam-me- Novamente o rei desceu de seu trono.

Eron caminhou até a imensa janela de seu palácio a cidadela do cervo e fitou todo o reino que se estendia dalém da cadeia de montanha. Erios e  e os irmãos centuriões estavam mais atrás do rei.

-Este reino é muito grande e já é hora de encontrar um novo rei para ele. Alguém forte e destemido, porém justo e honesto, que defenda e não que destrua. O simbolo de Arcádia é um cervo, por conta de da paz e harmonia que existe em nossa casa, mas também possuímos outro brasão jaz perdido a muito que o lobo simbolo de nossa perseverança na batalha. Não está em nosso vocabulário,  derrota. Então a partir de hoje teremos o lobo por brasão também.

Os guerreiros em silêncio escutavam seu rei.

-Erios como queria tê-lo como filho- Revelou o rei e depois fez silêncio por alguns segundos até continuar- Vá atrás de sua filha resgate-a, faça os preparativos e vá mais rápido possível.- O rei então despediu-se do paladino e dos centuriões, em seguida novamente caminhou até seu trono.

-Bom dia! Jayme vejo que hoje deu-se ao trabalho de acompanhar Scarlett até em casa, muito obrigada meu futuro genro.- Brincou Susan mãe adotiva de Scarlett.

-O que como assim? nada disso Jayme é somente meu amigo.- Respondeu Scarlett aos berros.

-Mas é assim que tudo começa- Gritou Jofrey seu pai adotivo do interior da casa.

Jayme estava sem palavras e sem nenhuma expectativa de que aquilo resultaria em algo produtivo o rapaz virou as costas sorrateiramente, mas fora impedido de seguir adiante por Scarlett que o puxava pela gola da camisa.

-Você não dirá nada?- Indagou a ruiva.- Estou passando vergonha por sua culpa.

-O que não tenho nada a ver com isso. Tchau!- O rapaz conseguiu-se livrar-se das garras de Scarlett e correu

-Estávamos brincando com você Scarllett, Venha aqui me dê um abraço forte.- Susan abriu os braços.

Scarlett não havia compreendido aquela atitude, mas ela não esperava que sua vida estava para mudar para sempre. Susan abraçou Scarlett fortemente e depois aproximou-se Jofrey que se uniu as duas.

-Você já tem dezoito anos minha filha e já está na hora de lhe dar o maior presente que você um dia nunca pensou em receber- Iniciou Jofrey conduzindo Scarlett até a mesa.- Seu pai está vindo atrás de você, mas vou lhe explicar tudo desde o inicio para que possa entender melhor nossa razões de mante-la aqui durante tanto tempo longe de sua família real.

O coração de Scarlett palpitou com força levando, garota a sentir uma forte tontura e cair sobre a mesa.