-Quem está ai?- Questionou Beatriz em alta voz- Vamos apareça!
Beatriz mirou os olhos de um lado a outro esperando encontrar a dona daquela suave voz, porém a ruiva nada encontrou. Então a paladina desconfiada, retirou de seu colo cuidadosamente Erios a quem analisava e pôs no chão, então por fim levantou-se do chão com rigidez e desembainhou novamente a espada, esperando que aquilo poderia ser o inicio de um novo ataque.
-Senhora o que faremos?- Peter estava enérgico com o possível ataque.
-Devemos proteger Erios- Respondeu de forma ríspida.
O fato era que todos os caminhos estavam levando a um possível ataque, e ninguém ali presente queriam arriscar serem surpreendidos novamente por algo que não podiam explicar.
-Me perdoem não quis assusta-los. Não vim para o seu mau- relatou novamente a suave voz.
-Se não veio para o nosso mau, então se revele agora.- Ordenou Melissa. -
Tudo bem abaixem as armas- Pediu amistosamente.
-Claro que não! Quem nos garante que não uma inimiga,- Eregon por sua vez foi rude- vamos apareça.
-Não sou sua inimiga!- Declarou claramente alterada, próximo ao ouvido de Eregon.
O centurião assustou-se mui gravemente com o som das palavras pronunciadas ao lado direito de seu ouvido.
-O meu nome é Macha,- revelou-se- sou uma ninfa de Carnavale.
Uma intensa luz surgiu na frente de Eregon afastando-o para trás, o brilho era tão dourado quanto ouro e os espectros de seus raios luminosos semelhante ao do arco-íris. Mas passado alguns pouquíssimos minutos, aquela surreal luz deu espaço a uma bela mulher de aparência jovem e meiga.
-Oi garoto! Você é lindo.- Declarou ela espontaneamente ao fitar Eregon- Qual é o seu nome?
-Eregon respondeu constrangido.
-Hum, gostei deste nome. E de você.- Sorriu Macha delicadamente.
-Obrigado. Macha era uma ninfa habitante do escondido vale de Carnavale, nas terras do reino de Polaris do Sul.
Apesar de sua condição mistica e não humana seus hábitos e comportamentos além de sua própria aparência física era tão humana quanto aos que estavam ali diante de seus olhos, salvo os transparentes par de asas que jaziam em suas costas.
-Tudo bem já chega disso- Beatriz falou de forma ríspida- Você disse que poderia ajuda-lo- guardou a espada.
-Sim me desculpe, deixe-me vê-lo- A ninfa voou até Erios- Eregon venha até mim.
-Porquê!?- Indagou curioso.
-Não tenha medo- insistiu ela.
Eregon não sabia o que estava acontecendo com ele mesmo, seu corpo estava tremulo, seu coração batia cada vez mais rápido a medida que olhava a ninfa, suas mãos suavam inexplicavelmente era um nervosismo só, apesar de todo o seu treinamento, mas de uma coisa o centurião tinha certeza, parecia que ele e Macha se conheciam a muito tempo.
-Tudo bem- respondeu ele.
O centurião aproximou-se de Masha e agachou-se ao seu lado e somente a fitou por um longo tempo, o rapaz viu sua confiança neles que estavam todos armados, ao analisar cuidadosamente o estado físico de Erios. Contudo, o que mais chamou a atenção do centurião e o surpreendeu foi o momento em que a jovem mulher retirou o branquíssimo capuz rendado que usava sobre sua cabeça, revelando ainda mais sua encantadora beleza.
-O que foi Eregon!?- Percebeu Masha que o centurião não tirava os olhos dela.
-N-não é nada, pode continuar- respondeu envergonhado.
Masha voltou seus cintilantes olhos azuis para Eregon, e timidamente riu. Eregon por sua vez, teve a oportunidade de contemplar o fino e delicado rosto de Masha bem próximo ao seu, com isto o centurião fitou seu olhar sereno e sua face meiga, seu fino nariz e suas bochechas pouco rosadas, por fim viu seus delicados mas provocantes lábios, então naquele instante seu desejo era somente um o de beija-la.
-O que você pretende fazer?- Indagou Beatriz cortando o clima, ao perceber a intensa troca de olhar do futuro casal.
-Bem, eu já analizei o ferimento de seu amigo [...]- fez uma pausa- [...] e não tenho boas notícias.
-O que descobriu?- Beatriz ficou nervosa.
-Como você já devem saber essa infecção no ombro dele não é de ordem natural ela se grudou a energia vital dele e está o matando aos poucos.
-Como assim?- Indagou Peter.
-Eu vi a distância quem os atacou e posso lhe responder, que desde muito antes da existência deste reino ou melhor a milênios aquelas criaturas vagueiam entre nós as escondidas, não sei explicar o que são ou de onde viram, o que sabemos é que eles não são de forma alguma deste plano.- Declarou ela.
-E que ira fazer?- Questionou curioso Eregon.
-Meu poder é limitado, por isso vou tentar retirar parte desta terrível infecção, mas não será o suficiente se isso continuar por mais tempo no corpo dele, claramente ele logo virá a óbito.
-Mas então se for assim ele poderá morrer de um jeito ou de outro.- Desesperou-se Beatriz ao imaginar sua irmã sem o seu amado.
-Confiem em mim.- pediu um voto de confiança- Dizem que uma ninfa pode reconhecer seu amado logo na primeira vez que o vê e que a partir daquele momento seu poder se intensifica de forma sem igual, quando decide aceita-lo. É por isso que está aqui ao meu lado Eregon. Dê-me sua mão.
Masha deu uma última olhada em todos e viu que Eregon estava confiante ao lhe estender a mão, quanto aos outros viu que estavam apreensivos, por fim fitou Erios uma última vez e agarrou fortemente a mão daquele a quem deliberadamente entregou seu coração. Segurando a mão de Eregon, Masha elevou sua mão ao seu coração e começou, com os olhos fechados e com a cabeça erguida aos céus, a entoa um antigo cântico. Todos maravilharam-se com a canção, mas o que estava por vir ainda era mais maravilhoso e surpreendente, pois o todo o corpo de Masha começou a brilhar, algo semelhante a luz do sol lembrava seu corpo o que ofusco os olhos de Peter, Beatriz e Melissa. Eregon por sua ves, estranhamente não teve sua visão alterada.
-O que é isso?- indagou Peter procurando enxergar.
-Eu não sei- respondeu Melissa tapando os olhos com as mãos.
De alguma forma inexplicável Eregon sentia-se conectado a Macha, de uma forma que nem mesmo o próprio centurião compreendia.
-Vejam!- Falou Peter ao ver que a intensidade da luz diminuíra. Peter se exaltou ao ver flamas douradas envolver o corpo de Erios e está mesma adentrar diretamente em seu ferimento, logo em seguida o paladino começou a reagir ao estranho tratamento, dado pela ninfa.
-Parece estar funcionando- comentou Melissa.
-Sim! É verdade- concordou Beatriz com um largo estampado em seu rosto. Masha ainda cantava profundamente e a medida que a jovem ninfa entoava seu cântico, ela se sentia mais forte. Eregon por se vez, mais ligado a jovem mulher.
-S-Scarlett!- Sussurrou o paladino com dificuldade ao despertar.
-Ele esta reagindo!- Bradou Peter com felicidade. Erios O Escudo Ancestral e paladino-mor de Arcádia começava a reagir conforme a suave voz de Macha abaixava o tom.
-Scarlett! -Não se esforce demais Erios- aproximou-se Beatriz.
-O que está acontecendo?
Masha acabava de finalizar seu cântico e rapidamente voltou seu olhar para Eregon que correspondia com um riso estampado em seu rosto. Erios por sua vez despertou.
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