1. Spirit Fanfics >
  2. Sassy Girl >
  3. Camila Cabello

História Sassy Girl - Camila Cabello


Escrita por: mambabeyo

Capítulo 2 - Camila Cabello


Lauren’s point of view

 

19h25min e eu gostaria de dizer que estou em casa, ou em um daqueles encontros arranjados da tia Sally ou em qualquer outro lugar que não fosse a entrada da Kordei Gallery. Eu poderia dizer que a razão disso é a minha estupida curiosidade, ou um espirito vingativo adormecido, mas a verdade é que eu só queria uma razão mínima para encontrar aquela garota.

 

Suspirei outra vez e adentrei o lugar, o ambiente transmitia uma sensação boa de calmaria. Havia apenas pinturas, em todas as paredes para onde você olhasse encontraria algo diferente e alegre. As obras ali eram vivaz e eu fiquei curiosa em saber quem as fez. Ia me aproximar de um dos quadros quando alguém tocou o meu braço.

 

- Laurel Jauregui. – A ali estava ela, a tempestade que dissolveria aquela calmaria, aparentemente sóbria.

 

- Lauren. – Corrigi e ela sorriu suavemente. Ficamos ali por um momento, ela me encarando com curiosidade e eu apenas admirando-a como a excelente trouxa que sou.

 

- O que aconteceu? – Ela perguntou e saiu dali e em direção ao centro da galeria.

 

- Ué, você...

 

- Não estou te ouvindo. – Caminhei até ela que parou um garçom e pegou duas taças de vinho, me entregando uma quando parei ao seu lado em frente a uma das varias pinturas.

 

- Você estava muito bêbada e quase foi atropelada. Eu te puxei no ultimo segundo, você me chamou de lua e então desmaiou. E eu assumi a responsabilidade e te levei pra minha casa, alguém deve ter chamado a segurança pra nós... – Expliquei o fato não controlando a velocidade das palavras. - Pra mim... Você! – Apontei-a me dando conta naquele momento da informação que o Sr. Jordan me deu. Foi ela quem me “denunciou”.

 

- Chamei você de lua? – Questionou desviando da acusação.

 

- Chamou.

 

- Acho que me lembro disso. - Sorriu, mas não um sorriso bom, pelo menos não pra mim. - Mas eu duvido do resto da história.

 

Nos acomodamos em alguns puffs por ali mesmo. Ela virando varias taças de vinho e eu tentando manter uma conversa viável.

 

- Camila Cabello. – Ela respondeu já um pouco embriagada.

 

- Cabello. – Repeti tentando fixar o nome em minha memória.

 

- C-A-B-E-L-L-O. – Soletrou como quem ensina uma criança a ler.

 

- Certo. – O garçom se aproximou de nós e entregou a ela uma garrafa de vinho.

 

- O que está estudando? – Perguntou antes de levar a garrafa a boca e beber o liquido direto dali.

 

- Administração. – Aparentemente o puff em que ela estava não era muito confortável, então ela decidiu sentar no chão.

 

- Você é esperta? – Com quantas taças de vinho alguém fica embriagado, afinal?

 

- Talvez um pouco, eu não sei.

 

- Não sabe? A maioria das pessoas espertas é esperta o bastante pra não ter que estudar administração. – Seja lá quantas taças foram, ela já estava começando a enrolar algumas palavras. - Obrigada por me salvar, Laurel. – Disse ao enlaçar os seus braços em minha perna direita.

 

- É Lauren e... Posso te perguntar por que você estava completamente bêbada no meio da rua? – Perguntei realmente interessada.

 

- Fase irresponsável. – Disse descansando a sua cabeça em meu joelho.

 

- E o que isso quer dizer? – Certo que todos temos nossas fases, mas eu sempre fui daquelas pessoas que acham que para alguém estar completamente bêbado por aí, sozinho, esse alguém tem algum problema.

 

- Não sabe o que é irresponsável? Não é tão esperta assim, não é? – Riu de sua própria piadinha.

 

- E-eu sei o que essa palavra quer dizer, o que eu quero saber é o que você quer dizer com isso. – Percebi que algumas pessoas nos observavam discretamente, reprovando silenciosamente a situação.

 

- Porque você se importa Laurel? – Ela ergueu-se ainda de joelhos e aproximou o seu rosto do meu.

 

- É Lauren e eu me importo por que...

 

- Luarel, Luarel, Luarel... – Começou a cantarolar o nome e mais algumas pessoas nos olharam com uma expressão não muito feliz.

 

- Certo. – Eu passei boa parte da minha noite tentando ser gentil com aquela garota, querendo entender o que se passava com ela e oferecendo um ombro amigo mesmo sem conhecê-la, mas comecei a achar que ela era daquelas pessoas que não queriam ajuda. - Acho que eu vou embora, Camila. Eu espero que você passe por essa fase e tenha uma vida relativamente feliz e livre de desastres para todo o sempre. – Levantei-me . - Tchau.

 

- A minha noiva terminou comigo. – Ela disse antes que eu pudesse dar algum passo. Olhei pra ela e seus olhos estavam banhados de lagrimas.

 

- Tudo bem. – Me aproximei novamente, ficando de joelhos para ficar a altura dela. Procurei um lenço no bolso interno da jaqueta e estendi a ela.

 

- Você tem um lenço? Não é asmática, é?

 

- Não, eu não sou. Mas é que de onde eu venho as pessoas costumam usar lenços.

 

- De onde você vem? De 1850? – Questionou com o que parecia ser o seu típico tom de ironia me fazendo quase me arrepender de ter voltado atrás. - Tá limpo?

 

- Claro! – Entreguei o lenço a ela que assoou o nariz parecendo que ia expelir até o pulmão por ali.

 

- Obrigada. – Disse devolvendo o lenço quase jogando em meu rosto, quase tombei pra trás tentando desviar do pano sujo. – Toma.

 

- Não, você pode ficar. – Respondi tentando me afastar.

 

- Não, é seu. – Disse como uma criança birrenta e eu apenas peguei o lenço e deixei em cima do puff que eu estava sentada antes.

 

- Tudo bem. – Revolvi sentar no chão mesmo e sem vergonha alguma ela sentou de lado em meu colo e descansou sua cabeça em meu ombro.

 

- Por quê? Porque ela terminou com você? – Desajeitada acariciei seus cabelos tentando ao máximo ignorar os olhares tortos que recebíamos.

 

- Bom... – Ela ergueu seu rosto e colocou sua testa contra a minha. - Eu gosto de bananas. – E desmaiou em meus braços. Outra vez dei tapinhas em seu rosto, sacudi e nada. Ela pretendia fazer daquilo um habito?

 

- Aposto que ela se dopou apenas para não me encarar. – Uma voz desconhecida atraiu a minha atenção, ergui os olhos e deparei-me com uma bela morena sorrindo divertidamente para mim. – Normani Kordei. – Estendeu-me a mão tendo de se curvar um pouco para alcançar a minha.

 

- Conhece ela? – Disse me referindo a bela adormecida em meus braços.

 

- Camila. Fomos colegas de quarto na faculdade. – A mulher tirou um papel do bolso traseiro de sua calça social branca e me entregou. – Este é o endereço dela, infelizmente não posso sair daqui, mas confio em você para deixa-la em segurança. – Piscou e saiu dali.

 

Sem opções, carreguei Camila até a saída e graças ao cavalheirismo de um senhor consegui um taxi.

Aquela garota era a complicação em forma humana e o mais prudente seria me afastar dela enquanto havia tempo para dissipar qualquer ilusão romântica. Mas algum tipo de sexto sentido ou platonismo insano me fazia querer descobri-la. Isso é tão confuso.

Você já sentiu essa necessidade sem precedentes de estar ao lado de alguém sem ao menos conhece-la mais do que alguns meses ou semanas? Não? Obrigada por me fazer sentir-me ainda mais louca.


Notas Finais


twitter: mambabeyo


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...