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História O calor do inverno - Capítulo Único


Escrita por: NaniSenpai

Notas do Autor


Avisos:

. Naruto, como seus personagens, infelizmente não me pertencem! São uma grande obra de arte genial do Kishimoto! Apenas o enredo é de minha autoria!
. Esta fanfic também será postada nos sites do Fanfiction net, Social Spirit e Nyah, através do login NaniSenpai e suas variáveis.
. Fanfic passando pelo processo de betagem. Nas notas iniciais do autor de cada capítulo estará descrito se o mesmo foi betado ou não.
. Capa e banners dos capítulos editados por mim, mas dedico os créditos aos artistas de cada imagem usada.
. Não plagiem! Passível de denúncia caso o façam.

~*Yooo, Minna!
Kami! Não me matem! Não desisti das outras fanfics, mas essa é uma oneshot, fiz rapidinho depois de muito tempo sem inspiração e já adianto aqui que estou pagando o que me fizeram prometer por aí sobre escrever um SasuSaku UN! Aí está! kkkkkkkk
Como sabem não li até o fim o mangá ou assisti o anime então se a história ficar incoerente aqui me avisem! Minha ideia foi retratar após o The Last como disse na sinopse, depois do retorno da primeira viagem do Sasuke (soube por aí que ele voltava para a vila periodicamente para atualizar o Hokage e repor itens de missão) e antes de ele sair novamente, levando Sakura consigo (ou melhor, ela se levando sozinha né kkkkk)! Enfim, boa leitura!*~

Estou participando do 1º Desafio do Grupo: Concursos-Fanfic’s de Naruto !

Capítulo 1 - Capítulo Único


 Caminhavam presos ao silêncio. Há dois meses Sasuke saiu da vila novamente e Sakura o acompanhou para expandir seus conhecimentos médicos. Inicialmente o Uchiha era contra, mas o que fazer quando se tem uma garota com boas artimanhas para dobrar a todos? 

— Essa viagem será ótima para desenvolver meus conhecimentos médicos! Quantos venenos e antídotos não existem por aí? Quantos casos raros não vou encontrar? 

Argumento incisivo e extremamente perspicaz para obter o apoio do amigo que se tornou Hokage e ex-companheiro de time. 

Sasuke nunca foi o integrante dono da palavra final na época do Time 7 e parecia que continuaria assim. Se perguntava como sua decisão se tornou tão irrelevante em tão pouco tempo, mas o que não sabia, era que Naruto concordou ciente de que os amigos precisavam desse empurrãozinho para resolverem as coisas entre eles. Por todos aqueles anos Naruto viu Sakura se tornar forte, amadurecer, mas nunca de fato ser feliz. Havia uma corrente invisível a prendendo ao passado e ao garoto que roubara seu coração, assim como também viu Sasuke abdicar de seu futuro e felicidade para cumprir seu destino como vingador pela tragédia de sua família. 

— Vá, Sakura-chan… mas quando voltar assumirá o hospital! A Obaa-chan me matará se eu obrigá-la a fazer isso por muito mais tempo e, você, Teme, não faça nada estúpido com a Sakura-chan. Te chuto o traseiro se souber que a abandonou em algum lugar por aí! — o loiro o viu intensificar a carranca e se preparar para contra-argumentar quando o silenciou com um gesto altivo e uma expressão convencida — Isso é uma missão. — alegou, tirando qualquer possibilidade de recusa, ainda que tivesse tentado. 

Obviamente Sasuke resistiu o quanto pôde diante da ideia. Independente do quanto alegava de que aquelas viagens eram para pagar por seus pecados e que eles não poderiam envolver Sakura, ou, do quanto Naruto poderia precisar dela ao seu lado, já que havia assumido o alto cargo, sua voz não alcançava os ouvidos dos dois que pareciam ignorá-lo, fazendo planos de aproveitar a viagem e a estadia nas vilas para fortificar alianças ou plantar a ideia. 

No dia seguinte a dupla deixou a vila. Sakura se esforçou ao máximo para conter a avalanche de emoções e sentimentos que transbordavam de si. Havia decidido se incluir na viagem do ex-companheiro quando Sasuke chegou para reportar ao Hokage as novidades, ficando dois dias na vila para logo sair novamente. Ao sair do hospital o viu caminhar pela vila como um completo estranho, e uma inquietação em seu interior despertou ao constatar que era o que ele havia se tornado. Ela não o conhecia mais. Conhecia apenas o homem que deixou a vila em busca de redenção, como se nunca tivesse realmente convivido com ele a ponto de um dia já ter sido um integrante de sua família, porque era como considerava o Time 7. 

— Preciso conhecê-lo… — sussurrou, observando-o de longe entrar na torre do Hokage — Preciso entendê-lo. 

Naquele momento, prometeu a si mesma que depois de fazer o que se propôs, o deixaria ir de seu coração e tocaria sua vida. Seria sua libertação. E, apesar de se apoiar a isso em seu plano secundário, pois o primário, sem dúvidas, era aprimorar seus conhecimentos médicos, a esperança não havia ressurgido em seu coração maduro. Não esperava que ficariam juntos ou algo do gênero depois daquilo. 

— Vamos fazer uma parada. — Sasuke anunciou, se sentando. 

— Trouxe onigiri. - comentou e tirou da bolsa um obentô que preparou às pressas antes de retomarem a viagem — Fiz alguns com tomates, como você gosta. 

O Uchiha a encarou por mais tempo do que se permitiria em sã consciência, mas nos últimos dias seu corpo fazia isso, agia e reagia como bem entendesse. O comentário envolvendo uma peculiaridade própria o paralisou. Não lembrava de alguma vez terem falado sobre preferências culinárias, até algo que estava no passado o fazer lembrar vagamente de ter respondido à ela essa pergunta quando eram mais novos. 

Sakura abaixou levemente o rosto, sentindo as bochechas arderem — O quê? — perguntou, quando Sasuke continuou a encará-la. 

— Nada. — respondeu e se serviu. 

Fechou os olhos para se impedir de voltar a encará-la. De repente, seus olhos tornaram-se obcecados por ela; em como agia e reagia as diversas situações. Na noite anterior, um pouco antes de decidir parar no casebre para passarem a noite, em quartos separados notoriamente, percebeu uma mania da garota, uma mania irritante. Quando passava muito tempo em silêncio e perdida nos pensamentos, movia os lábios como se estivesse falando, mesmo que nada fosse dito e aquilo parecia tão interessante, que mesmo num momento de estresse da garota, onde inconscientemente apertou os passos ficando a frente dele, copiou a ação e se colocou ao seu lado, para observá-la por mais tempo e sem perceber, observá-la tornou-se seu melhor passatempo, até descobrir que provocá-la era melhor

— O que foi, Sasuke-kun?! — Sakura esbravejou, não aguentando mais ser encarada. 

Uma discreta curva surgiu no canto dos lábios finos em linha reta de Sasuke ao vê-la com o rosto inteiramente rubro de irritação.

— Nada. — respondeu, com falso desdém, observando a tonalidade avermelhada intensificar enquanto o rosto passava por inúmeras expressões: em menos de um minuto ficou surpresa, indignada, confusa, envergonhada, desconfiada, até acabar irritada e ficar emburrada. 

— Então pare de me olhar como se eu não estivesse vendo! — ela até tentou controlar o gênio, a voz irritadiça e as baforadas frustradas, mas era impossível. De algum modo, Sasuke provara que tinha um humor negro contra si e mesmo consciente disso, era inevitável cair em suas armadilhas. 

Algum tempo passou quando retomaram a viagem. Nesse tempo, Sasuke a importunou três vezes:

A primeira, quando disse que havia arroz no canto da boca e, preocupada, ela o limpou, envergonhada, só que não havia nada e ela apenas o divertiu com a cena. 

A segunda, foi quando a ouviu resmungar algo como “Por que isso só acontece comigo?” e ele usou isso a favor do próprio humor, a questionando se ele estava a aborrecendo, para vê-la corar até as orelhas e reagir nervosamente gaguejando e tropeçando, balbuciando coisas incompreensíveis em sua defesa. 

E a terceira, foi quando puxou a capa que ela usava quando o ultrapassou e ela se virou tão bruscamente que tropeçou. Cairia se ele não tivesse sido rápido em segurá-la, rodeando o único braço na cintura feminina, a deixando tão corada que poderia ser facilmente confundida com um tomate e ele apreciava muito tomates.

Foi o primeiro contato próximo daquela maneira que tiveram depois que voltou de outra dimensão com a ajuda de Sakura e teve de segurá-la para que não caísse por desgaste. Ele tinha mil e umas provocações na ponta da língua, como “Por que está tão vermelha, Sakura?” ou “Ao menos disfarce que está atraída por meus lábios.”, mas ficou em silêncio, preso naquelas enormes esmeraldas, como se fosse um lago de águas cristalinas que mergulhava por minutos sempre que os encontrava, sentindo a respiração irregular dela acariciar seu rosto e o calor do corpo dela. Definitivamente o Uchiha pisara em terras desconhecidas pela segunda vez. As reações que aquele contato despertou eram incompreensíveis. 

Por que a única coisa que pensava era "Desde quando Sakura tinha tanta beleza?".

E não era uma beleza superficial, era uma beleza genuína, ingênua e madura, inocente e sexy. Qual o problema dos sinônimos e antônimos? Por que eles pareciam impregnar em cada centímetro dela? 

— O… - ela engoliu a seco, os olhos ainda arregalados — O que-…? — as palavras se perderam no sussurro inseguro. 

— O quê? — perguntou, inconsciente da mão se espalmando pelas costas da garota e dos ônix presos nos lábios avermelhados e aparentemente macios. 

Numa epifania, Sakura o empurrou tão forte que ele foi jogado contra uma árvore e teria adquirido algumas costelas quebradas se não tivesse um bom reflexo. 

— O que pensa que está fazendo, Sasuke-kun?! — vociferou irritada, da forma como vociferava contra Naruto quando o mesmo fazia alguma imbecilidade. Levantou o punho, tremendo de raiva e fechou os olhos — Não me diga que resolveu bancar um idiota pervertido como o Naruto! — acusou-o e Sasuke poderia jurar que havia chamas incendiando as esmeraldas — Shannaroooooo! 

Amaldiçoou sua má sorte em fazê-la lembrar do Naruto numa hora daquelas, porque ela realmente perdia a cabeça quando se tratava das idiotices dele. Por sorte era um Uchiha, desviar de seus golpes era um tanto difícil, principalmente porque ainda não aprendera completamente a lidar com a diferença do peso do corpo sem um braço para manter o equilíbrio, mas não impossível, e parecia que o destino estava ao seu lado, pois algumas gotas caíram do céu, dispersando temporariamente a fúria da kunoichi. 

— Oh… — sussurrou, olhando para cima — vai chover… 

Se perdeu por mais alguns minutos na mudança brusca de humor e reação, observando-a fechar os olhos e apreciar as gotas tocando o rosto. 

Sakura sempre despertou seu interesse por isso, ela realmente apreciava as pequenas coisas, como o calor dos raios solares, ou o frio da neve, ou no quanto a chuva refrescava e amenizava o tempo abafado. 

Algum tempo depois, ela direcionou o rosto em sua direção. Em silêncio o encarou, mas não sabia decifrar o que se passava por sua mente, contrária a sua transparência habitual, ela se mostrou um mistério enquanto o olhava. 

Repentinamente o coração adormecido do ex-vingador deu sinais de vida. Começou a bater num ritmo irregular, até acelerar ao ponto de achar que logo teria uma taquicardia. Batia tão forte em seu peito que o ouvia em seu ouvido. 

Tum-tum. 

Tum-tum. 

Tum-tum. 

Sem perceber prendeu a respiração e se sentiu acanhado por ser encarado tão explicitamente. Ficou irritado consigo mesmo, porque não sabia lidar com aquela situação. Frustrado, não conseguia se decidir entre virar as costas e fingir que nada aconteceu, ou se aproximar e arrancar daquela boca qualquer coisa que pudesse acalmar seu coração, que nem sabia que ainda estava vivo dentro de si, no sentido figurado, obviamente. 

Mas aí aconteceu, o rosto frágil se iluminou, os olhos fecharam-se minimamente com o sorriso que os lábios esboçaram, movendo as bochechas delicadamente rubras. Ela estava sorrindo para ele. Sorrindo o sorriso mais lindo que já havia visto em toda a sua vida, mesmo que os únicos que lembrava eram dela, de seu melhor amigo e os que estavam em seu passado, colorindo sua infância antes da tragédia. Podia contar nos dedos quantas vezes se sentira tão comovido, envolvido e surpreendentemente contagiado por aquele sorriso depois de tudo que viveu, e então, chegou a uma clara conclusão: nenhuma. Foi a primeira vez que um sorriso foi direcionado somente à ele e o mais intenso que já vira. Era sublime, contemplativo, cálido, ameno. Despertava em si luz que achava ter perdido em tanta escuridão, paz em meio a tanta guerra, alívio para tanta dor e perdão para tantos pecados. 

Observava cada detalhe e gravava em sua memória para que tivesse algo que pudesse consolá-lo quando ela voltasse para a vila e o deixasse sozinho em sua redenção. 

chuva caía envolvendo seus macios fios róseos e escorria por sua tez irradiante. 

Uma preocupação refreável o despertou daquele torpor. Olhou os pequenos ombros escondidos pela capa e os encontrou trêmulos. Ela estava com frio e ele gostaria de aquecê-la

— Vamos procurar algum abrigo. Pegará um resfriado se continuar assim. — disse, instintivamente ignorando o olhar surpreso dela e o fato de que ao passar por ela, a própria mão segurou o pulso feminino e, conforme andavam, alcançou a pequena mão, a entrelaçando.

Quando foi que se tornou tão impulsivo assim? 

E o pior ainda estava por vir. O único abrigo que encontrou em mais de dez minutos caminhando foi uma pequena e apertada caverna exposta aos fortes ventos, mas não havia outra opção, a não ser a que seu corpo impôs sem seu consentimento. Ao vê-la tremer tanto, o instinto mais uma vez agiu a envolvendo em um abraço. Lhe daria calor para o frio que sentia e decidira que lhe daria certezas que nunca ofereceu a ninguém para a confusão que a dominava. Lhe daria tudo que tivesse, e moveria céus e terras por ela, por tê-lo salvado de si mesmo. 

E no fim descobriria junto dela o calor do inverno.


Notas Finais


~*Ownnn! Quem disse que Senpai não sabe repetir o milagre de fazer uma one amorzinho?! kkkkkkkkk
Não me desafiem, galera! Sério! Eu levo isso muito a sério kkkkkkkk
Agora contem! O que acharam? Gostaram?
Bem fofinho né? Sem um pingo de safadeza, mas bem, Sasuke tem a safadeza no sorriso de canto, certo? Pelo menos é o que eu acho kkkkkkkkk
Gostaram de ver como imagino que deve ter sido essa viagem deles? Acho que depois desse final a relação deles passou a crescer cada vez mais, mas sempre de forma sutil, pelas beiradas, sem os dois nem mesmo perceber! =P
Espero que tenham gostado, gente! Essa oneshot me ajudou a desempacar do meu bloqueio sério e quero agradecer a ~Sakurai89, Amaralina, que me incentivou a participar e até participou comigo, fora tudo que tem feito por mim! E obviamente quero agradecer a todos os meus fiéis leitores e aos novos! Minhas fanfics não seriam nada sem vocês!
É isso, Minna! Logo logo trago atualizações das outras fanfics minhas!
Até a próxima!*~

Obs: Deixarei aqui o link do grupo do desafio que estou participando, caso alguém que escreva queira dar uma olhadinha e até participar ou até mesmo para quem quiser acompanhar esses desafios/concursos! Ahhh é, e votem em "O calor do inverno" e em mim! =P

https://www.facebook.com/groups/211397512621013/
BjoO!*~


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