História {Sasusaku} Love will remember - A visita de um fantasma do passado

Quando chegamos na mesa, notei que tinha uma vela e uma flor dentro de um jarro em cima da mesma. Caraca, Sasuke quer mesmo fazer isso parecer um encontro. O que eu daria pra saber o que se passa na cabeça dele...

— Antes que você me coma vivo, pensei em todos os detalhes pra que isso fosse o mais confortável possível. Afinal, não vim aqui só pelo Naruto e pela Hinata. — Sasuke me encarou.

— Por qual outro motivo estamos aqui? — o encarei de volta, sem entender o que ele queria dizer.

— Considere esse jantar uma comemoração. — ele sorriu. — Afinal, não é todo dia que dois amigos voltam a se falar e em menos de 24h bolam um plano pra juntar outro amigo com a garota que ele gosta.

— Entendi. — sorri de volta.

— Escolha o que quiser. — ele me entregou o cardápio, pegou o dele e começou a procurar o que ia pedir.

Peguei o cardápio ainda sorrindo, merda. Eu jurei de pés juntos que não ia mais deixar ele mexer comigo daquele jeito.

Dedilhei pelo cardápio até que decidi pedir um frango a parmegiana. Sasuke chamou o garçom, acho que também já escolheu o que vai comer.

— Boa noite! O quê o senhor e a senhora vão querer? — o garçom perguntou.

— Um frango a parmegiana. — nossas vozes se uniram como se fossem uma só. Eu corei e ele sorriu. Havia se passado muito tempo desde que falamos juntos pela última vez.

— Certo... E para beber?

— Eu quero uma coca. — falei.

— Eu quero uma schweppes. — Sasuke falou.

Bom, a gente não podia ser igual até nessa parte, né?

O garçom anotou os pedidos e saiu. Eu pedi licença pro Sasuke e disse que ia ao banheiro. O mesmo apenas assentiu com a cabeça.

Chegando lá, me olhei no espelho e rapidamente levei um susto. A silhueta atrás de mim... Eu a reconhecia. Era o Sasori. Meu ex namorado. Ou melhor... A pior pessoa com quem eu já me envolvi.

— Eu sabia que mais cedo ou mais tarde a gente ia se cruzar. — ele disse, e eu pude sentir suas palavras perfurando minha alma, algo que instantaneamente me causou arrepios.

— O que você faz aqui? — perguntei tentando disfarçar meu nervosismo.

— Só vim retomar o que é meu. — ele retrucou, se aproximando do meu pescoço. Quando percebi, o garoto sussurou no meu ouvido. — Sentiu saudades, meu amor?

Tudo que eu conseguia fazer era tremer feito uma doida. As palavras pareciam ter fugido. Quando senti o toque de Sasori no meu corpo, fiquei imóvel. Não conseguia pensar numa escapatória. Sabia que na base da força não seria capaz de afastá-lo. Senti sua boca descendo pelo meu pescoço e sua mão atravessar por debaixo do meu vestido e tocar minha intimidade. Eu estava muito fodida.

— Sasori... E-eu não quero. — gemi já desesperada ao sentir o dedo do garoto deslizar pelo meu clitóris em movimentos circulares. Aquilo não era bom e nem me proporcionava prazer. Tudo que eu conseguia pensar era no desespero de não poder me livrar dele.

— Vai dizer que não sentiu falta dos meus dedos, Sakura? — ele enfiou um dedo na minha intimidade. Senti tudo se contorcer dentro de mim.

— E-eu já disse que não quero. — murmurei tentando encontrar uma forma de sair daquela situação.

— Você também não queria na primeira vez. — ele colocou meu cabelo pro lado, começou a deslizar sua língua pelo meu pescoço e introduziu o segundo dedo. — E nem por isso deixei algo me atrapalhar. Não vê que só eu posso te dar prazer, Sakura?

— Eu já disse que não quero! — gritei e o afastei. Olhei para o lado e vi que tinha um vaso. Não pensei duas vezes, peguei ele e quebrei na cabeça do garoto. O mesmo gritava palavrões que eu não conseguia entender e corria na minha direção.

— Sempre gostei desse seu masoquismo, Sakura. — ele gargalhava enquanto me pegava pelo pulso, me obrigando a olhá-lo nos olhos. — Mas você tem sido uma garotinha muito má e precisa de um castigo digno.

O desgraçado puxava meu vestido para cima, até que soltou, deixando-o na altura da minha cintura. Eu não teria mais escapatória a não ser rezar para que aquilo fosse rápido.

— Que porra é essa? — ouvi uma voz familiar. — Solta ela agora!

Só vi Sasuke voar pra cima de Sasori e lhe dar um soco reto em seu rosto. O ruivo gargalhou e devolveu o soco, acertando o ombro de Sasuke. Esse já não pensava mais, apenas foi pra cima do ruivo.

— Sasuke, por favor, para! — gritei enquanto arrumava meu vestido. — Alguém me ajuda, por favor!

Eis que Naruto apareceu e separou os dois. Hinata vinha logo atrás, estava com tanto medo quanto eu. Ao ver o rosto de Sasori, se botou à frente de Naruto e Sasuke, apontou o dedo na cara do ruivo.

— Você? Como tem coragem de vir até aqui? — ela gritava. — Eu mandei você deixar ela em paz, Sasori! Você quer ser preso novamente?

— Eu não tenho medo, gatinha. Nem de você, nem da polícia, nem desses mimadinhos. — Sasori ria ao ver Hinata nervosa.

— É melhor você ir embora, babaca. — Naruto disse sem emoção alguma.

— Eu vou. Mas me aguarde que eu volto, minha querida. — Sasori andou em direção a saída, mas antes disso me deu um tapa na bunda que fez eco no banheiro todo.

— Filho da puta! Eu vou te matar! — Sasuke ia correr atrás dele e recomeçar a briga, mas Naruto o segurou firmemente.

— Para com isso, Teme! Olha como a Sakura tá! Você só ta deixando ela mais nervosa. — Naruto falou apontando pra mim, que já desabava em lágrimas e continuava imóvel.

— Puta merda! — Sasuke gritou e me abraçou. Um abraço desesperado. Eu o abracei com todas minhas forças, e creio que o mesmo também. — O quê aquele filho da puta fez com você, Sakura? — o garoto gritava, eu podia sentir a fúria em sua voz.

— E-ele tentou me estuprar... O-outra vez. — eu tremia.

Senti os olhares incrédulos de Sasuke e Naruto sobre mim. Hinata abraçava o loiro e chorava também. O gerente chegou e perguntou se algo havia acontecido. Sasuke apenas disse que eu passei mal e que teriamos que ir embora. Pagou a conta e fomos na direção da saída. Ele me estendeu sua mão e eu a peguei. Eu ainda tremia muito. Naruto e Hinata nos seguiam preocupados.

— Não quero estragar a noite de vocês, Dobe. E nem a Sakura quer, não é? — ele me olhou, assenti com a cabeça. — Eu vou pro hotel com a Sakura tentar acalmar ela. Fiquem e pelo menos dois de nós vão ter uma noite boa.

— Promete que vai cuidar dela? — Hinata disse enquanto limpava a maquiagem arruinada pelo choro.

— Eu prometo. — Sasuke disse.

Naruto deu dois tapinhas no ombro do amigo e de longe pude ler seus lábios falando baixinho um "fica bem" pra mim. Hinata me abraçou apertado. Eu não conseguia me mover pra retribuir. Ela se soltou, deu a mão pro Naruto e ambos caminharam pra dentro do restaurante outra vez.

Sasuke me abraçou novamente. Não disse nada, apenas permanecemos assim esperando o taxi chegar.

Quando o carro chegou, ele deu o endereço do hotel e me colocou deitada no banco com a cabeça em seu colo. Foi fazendo cafuné em mim até que cai no sono. Acordei já no hotel, deitada na cama do quarto em que eu e Ino dormíamos. Me lembrei que Sasuke dormiria nele essa noite. Queria procurar o garoto, mas não tinha forças nem pra me mover.

Foi quando vi o mesmo entrando no quarto com uma bandeija com um sachê de aspirina, um copo de água e algo para comer que não consegui deduzir o que era. Ele se sentou ao meu lado e colocou a bandeija em cima do criado mudo.

— Você tem muito o que me contar. Mas por hoje, tome esse remédio e volte a dormir. Não quero te estressar mais ainda. Se estiver com fome, comprei um croissant pra você. — pegou o copo e a aspirina, me entregou ambos.

Tomei a aspirina e em seguida a água, mas não conseguia sentir fome.

— Eu não to... C-com... Fome. — eu, que sempre fui a pessoa mais faladeira do universo, parecia não conseguir falar.

— Tudo bem. Então se acalma.

Sasuke tirou sua camisa e se deitou ao meu lado, passou sua mão por trás da minha cabeça, fazendo com que eu deitasse sobre seu peito. E assim ficamos. Ele fazia carinho nos meus cabelos, enquanto eu me segurava para não cair no sono. Senti que estava protegida, então me permiti adormecer novamente.