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História Saussurea - The Cool Kids


Escrita por: OtherBoleynGirl

Capítulo 2 - The Cool Kids


Quando Sakura acordou, a primeira coisa que sentiu foi uma forte dor de cabeça. Ela levou algum tempo para entender onde estava e o que havia acontecido.

Correntes prendiam as mãos e pés da kunoichi, e ela imaginou que seriam elas as responsáveis por seu chakra estar tão perigosamente baixo. Ainda de olhos fechados, ela se esforçou para analisar suas feridas. Algumas costelas estavam fraturadas, seu braço direito possuía queimaduras de segundo grau, o tornozelo esquerdo parecia estar torcido e roxos e arranhões pintavam toda a extensão de sua pele clara. Ela havia sofrido também uma concussão, e o lado direito de seu rosto estava inchado. Sangue seco se misturava aos fios rosados e emaranhados dela, bem como manchava seu rosto e suas roupas.

O chão duro e áspero machucava seu corpo, e ela notou que estava tremendo de frio. Abriu os olhos lentamente, mas não enxergou nada naquele quarto escuro. A única coisa que sabia é que o recinto era pequeno e gelado. Ela estava encolhida em um dos cantos, seu corpo em uma posição estranha como se ela tivesse sido quebrada. Ela tentou se levantar, lutando para manter a consciência, e apoiou o peso de seu corpo nos cotovelos.

A porta se abriu abruptamente, revelando seus infames captores. Itachi Uchiha e Kisame Hoshigaki entraram no pequeno quarto escuro e olharam para a kunoichi que tentava se erguer. Após alguns minutos, os esforços dela foram suficientes apenas para que ela se sentasse, a cabeça apoiada na parede de pedra. Seu coração martelava em suas orelhas, e ela respirava com certa dificuldade.

Ela olhou para os dois homens com raiva, o cansaço ameaçando escurecer sua visão. A luz que entrava no quarto castigou seus olhos depois de tanto tempo na escuridão. Ela iluminava Itachi de modo que este parecia ter descido dos céus, e Sakura prendeu a respiração por um instante.

— Parece que ela finalmente acordou, Itachi-san. – Disse Kisame, um riso escapando de seus lábios.

O Uchiha respondeu seu parceiro com um ''hn'', os olhos cor de carmim cravados na garota. Ele deu alguns passos na direção dela, e agachou para que ela pudesse olhar para o temido Sharingan.

— Você sabe o motivo de estar aqui, kunoichi. – Não era uma pergunta.

— Não é difícil deduzir isso. – Ela cuspiu as palavras, levantando os olhos para ele. Rubi e esmeralda colidiram. As próximas palavras, ao contrário das primeiras, deslizaram para fora da boca dela em um tom de puro prazer. – Vá se foder.

Itachi se levantou lentamente, a sombra de um quase sorriso em seu rosto. Kisame soltou outro riso.

— Essa ai tem a língua afiada, – disse o homem tubarão.

— Eu acredito que você não compreende sua posição aqui. – Itachi falou para Sakura, ignorando o comentário de Kisame.

— Ah, eu entendo bem, na verdade. – A garota respondeu, dessa vez com um sorriso triunfante em seu rosto. – Vocês me enxergam como a cobaia perfeita para o Naruto, ou melhor, como vocês o chamam, para a Kyuubi, e não estão errados. Eu sei que ele irá vir por mim, mais cedo ou mais tarde. Além disso, a sua organização talvez nutra certo interesse por alguns segredos de Konoha, que eu nunca irei revelar. Pode me torturar o quanto quiser, Uchiha. – Ela o desafiou, ainda sorrindo. – E aliás, como está a sua visão? Eu nunca irei curar seus olhos. Nunca.

Em um piscar de olhos Sakura estava de pé pressionada contra a parede, Itachi a segurando pelo pescoço com força. A expressão de Itachi não havia mudado, ele continuava impassivo. Os lábios dele roçaram sua orelha, e ela prendeu a respiração.

— Eu não pediria por isso, kunoichi. Entretanto, você deve ter mais cuidado com suas palavras.

Ele soltou a garota e recuou. Com os olhos arregalados, ela soltou o ar que havia prendido e deixou seu corpo deslizar pela parede fria. Ela estava tremendo, e não sabia dizer se era de medo ou raiva.

— Uma linha de raciocínio impressionante. Sinto-lhe dizer que a Akatsuki irá usufruir, sim, de suas habilidades medicinais. Isto é, se você deseja continuar viva. Ouso dizer, Sakura Haruno, que você provou ser tão inteligente quanto dizem.

Sakura olhou para ele, surpresa. Ela sabia que era inteligente; sempre tirara as maiores notas da Academia. Mas ela não esperava ouvir isso de um inimigo, ainda mais de Itachi Uchiha. Um sorriso triunfante se espalhou em seu rosto, e ela empinou o queixo, orgulhosa, na direção dele.

— Alguém irá trazer comida mais tarde. – Ele disse, virando-se para sair. – Kisame, talvez seja prudente deixá-la com chakra o suficiente para tratar suas feridas. Nesse estado, ela é inútil. – Seu tom era frio, e ele se virou para o tubarão. – Pare de sugar seu chakra.

— Sim, Itachi. – Ele engoliu em seco e andou até a kunoichi. – Se você tentar algo, criança, irei sugar até a última gota do seu chakra. E é uma pena... Parece que a Samehada não irá mais se alimentar de você.

Os dois homens deixaram o quarto, e Sakura ficou mais uma vez sozinha no escuro. Seu coração batia rápido, e uma lágrima silenciosa deslizou por sua bochecha. Ela precisava escapar, mas sabia que seria inútil tentar. Mesmo que ela conseguisse passar por todos elas, ela não tinha ideia de onde estavam. E fraca como estava, ela seria facilmente capturada novamente por elas, se eles não a matassem. A kunoichi sabia que, mesmo se estivesse morta, a Akatsuki ainda usaria seu corpo para atrair seu melhor amigo.

Ela fechou os olhos, o cansaço finalmente vencendo. Frustrada por não poder fazer nada, ela se entregou para a escuridão.


Sakura acordou algum tempo depois, o som de passos ecoando no corredor do outro lado da porta. Ela sabia que não eram os passos de Itachi, pois ele jamais faria tanto barulho. Itachi possuía leveza e graciosidade. Os passos que escutava, muito pelo contrário, eram barulhentos e desleixado. Ela também escutou vozes. Uma era alegre e barulhenta; a outra, irritada.

Os passos pararam e a porta se abriu, revelando os donos as vozes. Um deles tinha longos cabelos loiros, presos em um rabo de cavalo alto. Uma longa mecha de cabelo cobria um de seus olhos, que eram grandes e azuis como o céu. Assim que ele a viu seu corpo enrijeceu, e ele parou com uma das mãos na maçaneta da porta. Ao notar a reação dele Sakura apertou os olhos, imaginando onde ela já o havia visto.

— Deidara-senpai? Por que parou? – Perguntou o outro homem, dono da voz animada. Ele usava uma máscara laranja com apenas um buraco no lugar de um dos olhos. Seus cabelos eram negros, e, apesar de sua voz animada, cada risada dele causava um arrepio frio em sua espinha. Ele carregava uma bandeja, com o que Sakura presumiu ser comida.

O homem da máscara laranja riu como uma criança antes de puxar um Deidara indignado para dentro do quarto escuro. Ele andou até Sakura, deixando a bandeja no chão perto dela.

— É Sakura-chan, certo? Tobi trouxe comida! – Ele andou até Deidara, e bateu nas costas do loiro. – Deidara-senpai, Tobi não sabia que você tem medo do escuro!

Deidara piscou algumas vezes, e olhou para Tobi.

— Tobi! Eu não tenho medo do--

— Tudo bem, Deidara-senpai! Todo mundo tem medo de algo! Tobi, por exemplo, tem medo de besouros. Mas Tobi gosta de todos os outros insetos.

— O quê? Cale a boca Tobi, un!

Ele saiu de perto de Tobi, e andou até Sakura. A kunoichi levantou a cabeça para ele, e o loiro apontou o dedo indicador para ela.

— Você! Foi você quem matou Sasori no danna! – Ele gritou. – Por sua culpa, estou preso com esse idiota, un!

Deidara saiu do recinto, deixando para trás um Tobi muito confuso. Ele pensou na ironia que era ter aquela kunoichi como refém. Quem diria que a aprendiz da Godaime acabaria sendo capturada pela Akatsuki? E Deidara sabia do que ela era capaz no campo de batalha, ele avisaria os outros. Apesar de serem mais fortes, eles não podiam subestimá-la.


No quartinho, Tobi se desculpou pelos modos de seu parceiro e disse que esperava que a estadia dela com a Akatsuki fosse prazerosa. Quando ele finalmente foi embora, ela ficou pensando nas palavras dele. Lágrimas de raiva brotaram em seus olhos, e ela empurrou a bandeja para longe. Mais uma vez, ela fechou os olhos e se deixou ser tomada pela escuridão.


Notas Finais


Eu estou bêbada e acho que esse é o melhor momento pra postar o segundo capítulo. Muito obrigada a todos que estão lendo, estou muito muito feliz! Espero que tenham gostado :) por favor comentem.


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