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História Saussurea - All colors and cares glaze to gray


Escrita por: OtherBoleynGirl

Notas do Autor


Olá, leitores queridos! Trago a notícia maravilhosa que eu passei na faculdade de medicina depois de 3 anos (infernais) de cursinho. E como eu estou comemorando, tem jeito melhor de comemorar do que postando um capítulo novo? Espero que gostem!

Capítulo 4 - All colors and cares glaze to gray


As árvores passavam como borrões em suas visões. Pulando de tronco em tronco, eles viajavam rapidamente para casa.

Após uma missão bem-sucedida na qual deviam proteger uma nobre em Takigakure, o time composto por Neji Hyuga, Rock Lee, Sai e Naruto Uzumaki retornava para Konoha. A missão fora completada sem grandes complicações, mas por algum motivo Naruto estava inquieto. Tudo que o loiro queria era chegar logo em casa. Ele estava ansioso para comer ramem no Ichiraku e para ver Sakura, que havia saído para uma missão alguns dias antes da sua própria ter início.

E, por algum motivo, ele estava inquieto.

– Vamos logo, 'ttebayo!

Os outros sabiam que ele era incorrigível. Por isso, nada disseram. Eles também desejavam chegar logo em Konoha, afinal. Com um suspiro, colocaram mais chakra em seus pés para acompanhar o ritmo incessante e energético do loiro.

 

Chegando em Konoha, eles se dirigiram ao escritório da Hokage para reportar a missão. Mas não sem antes respirarem fundo, deixando que o ar de casa preenchesse seus pulmões, e não antes de sentirem o calor típico da cidade esquentando seus corpos enfim.

Tsunade, a Godaime Hokage, ouviu o que o grupo tinha a dizer e o logo os dispensou. O único que não teve permissão para sair foi Naruto. Surpreso, o jinchuuriki se perguntou o motivo de ter ficado. E quando sua mente já imaginava as mais loucas situações, a maioria envolvendo seu sonho de se tornar Hokage, Kakashi e Yamato entraram na sala.

– Baa-chan...

– Naruto. Eu preciso te dizer algo, mas você deve permanecer calmo.

A alegria do loiro se transformou em preocupação e seu sorriso vacilou.

– Eh? O que houve? Kakashi-sensei, Yamato–

– Naruto! – A Godaime chamou sua atenção. O loiro estava com um sentimento ruim sobre o rumo daquela conversa. – É sobre Sakura.

Os olhos de Naruto se tornaram mais atentos e ele sentiu sua postura se enrijecer. Algo não estava bem. Algo não estava bem. Sakura não estava bem. Antes que ele pudesse abrir a boca, a Hokage continuou:

– Sakura deveria ter voltado de sua missão há mais de uma semana. Nós achamos que–

– Mas, Baa-chan! – Ele interrompeu e abriu os braços. Suas mãos tremiam. – Ela pode ter escolhido um caminho mais longo, ou–

– Naruto. – A Hokage fechou os olhos, e pela primeira vez o garoto notou o cansaço nela; aquilo a afetava com a mesma intensidade. Kakashi deu um passo em direção a Naruto. – Sakura teria avisado. Algo aconteceu com ela.

– Não... – Ele disse, dando alguns passos para longe dos que estavam ali. – Não!

– - -

Os primeiros dias foram os piores para ela. A kunoichi se recusou a sair de seu quarto, preferindo a solidão a qualquer vislumbre dos criminosos.

O quarto onde se encontrava era muito diferente de sua antiga cela. De tamanho médio, o chão era de madeira e as paredes tinham um tom de azul tão claro que era quase branco. Na maior parede do quarto, bem no centro, havia uma grande janela, que manipulava as cores do cômodo de acordo com a quantidade de luz que por ela entrava. Embaixo da janela havia um baú, que Sakura não ousou abrir por mais que quisesse descobrir seus segredos. Na extrema direita, Sakura encontrou um colchão com diversos travesseiros e cobertores. Depois de tanto tempo dormindo no chão duro de pedra, ela se sentiu no paraíso. No canto oposto havia uma prateleira com alguns livros velhos, e Sakura decidiu que daria uma olhada nos títulos mais tarde. Tempo não lhe faltava.

A kunoichi se concentrou, nos primeiros dias, apenas na tarefa de se curar totalmente. Nos intervalos entre uma sessão e outra, Sakura se sentava no parapeito da grande janela ora assistindo o vento balançar as folhas das árvores, ora lendo um dos livros que havia encontrado na prateleira, enquanto o sol beijava sua pele. Uma vez por dia, ela encontrava uma bandeja com comida do lado de fora de sua porta. A comida normalmente vinha acompanhada de um ''maldita kunoichi, un!''.

Os únicos machucados que ela não havia curado eram os roxos em sua pele, aqueles deveriam se curar sozinhos. Ela os deixara ali como forma de protesto, para que eles não se esquecessem do sangue que sujava suas mãos. Não que ela pensasse que aquilo faria alguma diferença para eles, é claro. Para ela, por outro lado, aquilo era muito significativo.

Após alguns dias, ela decidiu sair do quarto. Decidida, Sakura foi até a cozinha e se deparou com Kisame, Deidara e Itachi. O primeiro zombava de algo que o artista tentava explicar; o Uchiha comia em silêncio.

– Olha só quem resolveu se juntar a nós. Aproveitando a toca, gatinha? – zombou o homem azul.

– Pelo menos ela saiu. Estou cansado de ser babá, un! – reclamou o loiro.

Ignorando os comentários e com os punhos cerrados, ela andou até a mesa e pegou um pedaço de pão e uma maçã. Quanto estava saindo, ouviu Kisame:

– Eu pensei que kunoichis comiam mais?

– Bem, sim, advinha só. Quando eu vi os rostos feios de vocês, perdi a fome. Especialmente o seu, cara de peixe.

Kisame se levantou e bateu as mãos na mesa, a raiva tomando conta de seu rosto, enquanto a risada de Sakura ecoava pelos corredores.

 

Nos dias que se seguiram, o padrão de troca de insultos entre Sakura, Kisame e Deidara se manteve. Eles passaram a se insultar tanto que parecia quase amigável. A garota também passou a sair mais da ''toca'', como Kisame havia dito.

Surpreendentemente, ela percebeu que estava, pouco a pouco, transformando o ódio intenso que sentia pelos criminosos em algo diferente. Amizade. Empatia. Talvez os insultos entre eles tivessem realmente se tornado amigáveis, e Sakura não sabia o que pensar disso. Eles eram criminosos classe S, pelo amor de Deus. Mas a kunoichi via, cada vez mais, a humanidade que neles existia.

Ela notou que Kisame podia ser muitas coisas, mas desleal não era uma delas. O homem-tubarão parecia verdadeiramente respeitar Itachi e a organização. Por mais que ela se irritasse com ele, ela sabia que ele não era totalmente mal. Quando olhava para ele, a kunoichi se lembrava de Sai. Sakura notou também que Deidara possuía muita paixão dentro de si. Dinâmico, ele parecia iluminar o cômodo com a expressão que se formava em seu rosto todas as vezes que falava sobre arte. Ele a lembrava de Naruto muitas vezes. Sakura sentia falta de casa.

Entretanto, Sakura mantinha certa distância de Tobi e Itachi.

Algo em Tobi deixava Sakura aterrorizada, e ela não conseguia explicar o quê. Ela suspeitava que por trás da máscara laranja e da atitude boba, havia um perigoso homem. Mas ela não queria exatamente descobrir o que era esse lado maligno dele. Sempre que ele lhe dirigia a palavra, ela sentia um calafrio na espinha. Ela não gostava nada dele. E quanto a Itachi, a presença do homem a deixava nervosa. Seu coração parecia nunca conseguir se acalmar na presença dele, e ela preferiu apenas evitar o Uchiha.

Certo dia, todavia, Sakura estava na varanda dos fundos assistindo o por do sol. Ela havia desenvolvido o hábito de observar o céu, já que era o mais próximo que ela conseguia chegar de seus amados amigos. Naquele dia em especial, o céu estava de tirar o fôlego com a mistura das cores vermelho, laranja, amarelo e branco.

Itachi fazia chá na cozinha. Quando notou a garota, foi até ela.

– Você gostaria de uma xícara de chá?

Sakura não havia notado a presença do homem, por isso levou um grande susto. Com uma das mãos no peito, como se ela estivesse tentando controlar seus batimentos, ela se virou para encará-lo. Como se Itachi não fosse belo o suficiente, as luzes do fim do dia contornavam suas feições com perfeição. Seus olhos vermelhos complementavam o horizonte criado pelo sol, e Sakura se perguntou se o mesmo não estaria com inveja por saber que nunca seria capaz de ofuscar Itachi Uchiha. Por um momento, ela se esqueceu de como respirar.

– Oh, um, sim. Obrigada.

Quando ele voltou, entregou-a a xícara de chá e também se sentou na varanda. Junto com a luz, o sol levava consigo o calor. Um vento frio soprou entre eles.

– Você não tem razão para me temer, kunoichi. – Ele disse com os olhos fechados, após alguns instantes de silêncio. – Eu garanto.

– Eu não o temo. – Ela disse, dando um longo gole em seu chá. – Eu apenas me sinto inquieta na sua presença, Uchiha. – Ela olhou para ele, que agora também a olhava, desta vez com olhos escuros. O mundo pareceu parar por um segundo, enquanto eles se perdiam na imensidão de seus olhos. Sakura piscou e olhou para frente. – Talvez tenha algo a ver com, você sabe, o fato de ter exterminado todo o seu clã?

Um sorriso se formou no rosto de Itachi. Ele sabia que ela o temia, por mais que insistisse no contrário. Mas ele sabia também que sua resposta havia sido honesta, em parte. Ela o intrigava.

– Entendo, – foi a única resposta dele.

 

A falsa paz que pareceu preencher a casa por alguns dias foi rompida por um muito ferido Deidara que voltava de uma missão com Tobi. Segundo o homem mascarado, uma das explosões do loiro havia dado errado.

Sakura mal teve tempo para pensar, apenas precisava salvar Deidara. Se ela não agisse logo, ele perderia um dos braços. E esse era apenas o começo dos problemas do loiro.

Após uma rápida análise, ela concluiu que o braço era de fato a prioridade. Concentrando seu chakra para estimular as células a se reconstruírem e os tecidos a se juntarem, Sakura levou duas horas de trabalho intenso até o braço estar totalmente curado. Depois, Sakura usou o restante de seu chakra para curar os órgãos internos e as queimaduras. Quando terminou, apesar de Deidara estar inconsciente, Sakura sabia que ele ficaria bem. Após uma última conferida nos sinais vitais do homem, ela desmaiou.

 

Quando acordou, a kunoichi estava deitada em um colchão ao lado mesa que ela havia usado para salvar Deidara. Sem saber quanto tempo havia se passado ou como este colchão havia aparecido ali, ela se levantou para observar o quarto. O loiro ainda dormia na mesa, e Sakura ficou satisfeita com os resultados após uma nova checagem.

Quando ela estava prestes a sair da sala, ouviu Deidara acordar. Ele despertou lentamente, e olhou para quarto com uma expressão confusa. Quando ele percebeu que ainda tinha dois braços, entretanto, seu rosto se iluminou.

– Sakura... Obrigado, un.

Ela sorriu para ele com a mesma compaixão que sorria para todos seus pacientes, sussurrou um ''de nada'' e saiu do local. Por ter usado quase todo seu chakra ela se sentia fraca, e uma forte dor de cabeça a impedia de raciocinar com precisão. Quando chegou na cozinha, encontrou Tobi esperando por ela.

– Sakura-chan! Obrigado por salvar Deidara-senpai!

– Ah... Não foi nada, Tobi. É o meu trabalho... Certo?

– Sim sim! Mas mesmo assim, Tobi achou muito impressionante. Tobi até preparou comida para Sakura-chan, já que Tobi sabia que Sakura-chan estaria com fome depois de salvar Deidara-senapai!

Sakura agradeceu e olhou para a mesa, onde estava a comida preparada por Tobi. O homem preparou peixe acompanhado de arroz branco e salada hijiki. Quando ela se sentou para comer, percebeu que ele a observava.

– Sakura-chan é a melhor ninja médica, não é?

A garota semicerrou os olhos e olhou para ele. Aonde ele queria chegar com aquilo?

– Dificilmente. Tsunade-sama e Shizune ainda são as melhores.

– Eh... Entendo.

Após comer, a garota foi para seu quarto. Ela precisava de uma boa noite de sono, sem dúvidas. Quando entrou em seu quarto, percebeu que havia algo em cima do colchão que ela dormia. Ao se aproximar, notou que eram roupas. Um short preto similar aos que ela usava e uma blusa mais curta também preta com mangás compridas. Ela estava se perguntando para que era aquilo, quando Kisame apareceu em sua porta.

– Se prepare, kunoichi. Em breve, iremos viajar.



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